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Germano M. S.; Garcia V. C.; Aquino Filho G. F.; Amaral L. H.; Schimiguel J.

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ANÁLISE CURRICULAR DO CURSO DE GRADUÇÃO PRESENCIAL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE UNIVERSIDADES DA BAIXADA SANTISTA

Mariana Simões Germano¹; Viviani de Cássia Garcia²; Gilmar Ferreira de Aquino Filho³; Luiz Henrique Amaral4; Juliano Schimiguel5

-

¹ FORTEC e-mail: mariana@fortec.edu.br ²e-mail: vivianicgarcia@ig.com.br – ³e-mail: g.aquinofilho@gmail.com

4

UNICSUL e-mail: luiz.amaral@cruzeirodosul.edu.br

5

e-mail: schimiguel@gmail.com Resumo

O ensino superior e sua organização administrativa em geral ainda é obscuro para alguns apesar do seu crescente número de ingressantes. O presente estudo aborda como a administração pública da área educacional é organizada, tendo como foco o curso superior de contabilidade superior. Entre os órgãos que compõem a organização administrativa educacional do ensino superior, está presente o Conselho Nacional de Educação - CNE, dentre suas atribuições está presente a definição da organização curricular dos cursos superiores. O estudo tem como objetivo verificar se três universidades da baixada santista estão atendendo adequadamente as exigências previstas nas diretrizes curriculares nacionais para o curso de bacharel de graduação em ciências contábeis através de uma pesquisa exploratória. O curso de ciências contábeis foi escolhido em função da sua procura pelos estudantes segundo dados do SEMESP. O estudo concluiu que existem particularidades entre os currículos, mas todas as universidades estudadas estão de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

Palavras-chave: Organização curricular, Conselho Nacional de Educação, Ciências

Contábeis.

1. INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988 define que a educação é um direito de todos independente de do sexo, raça, cor, gênero, orientação sexual, credo religioso, classe social, localização geográfica, identidade, ela deve ser oferecida de forma gratuita, de qualidade e em todos os níveis, etapas e modalidades.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996 dividiu a educação em dois níveis: básica e superior. A educação básica se subdivide em: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

Compete ao município a oferta da educação infantil e ensino fundamental, ficando o estado responsável pela oferta o ensino médio.

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O ensino superior pode ser ofertado por instituições privadas como também pelo setor público. A educação oferecida pelo setor privado é uma concessão do estado, mas ambas as partes devem seguir as políticas de regulação e avaliação do ensino superior.

Um dos maiores desafios da educação brasileira é o aumentar o número de pessoas que concluem o ensino superior, pois muitos que saem do ensino médio não dão continuidade a sua formação. Conforme informação do Plano Nacional de Educação, no Brasil ocorreram 8.400.689 matrículas no ensino médio no ano de 2011 enquanto no ensino superior ocorreram apenas 6.765.540.

O Plano Nacional de Educação do ano de 2013 afirma que houve um aumento do número de pessoas que concluíram o ensino superior, mas a existência nas diferenças regionais é expressiva. A média do país foi de 17,6% enquanto a média da região norte e nordeste tiveram um percentual de 11,6%, também houve uma diferença positiva na região centro-oeste, apresentando um percentual de 23,9%. Conforme mostra tabela abaixo:

Percentual de pessoas de 18 a 24 anos que frequentam ou já concluíram o ensino superior de graduação no Brasil entre 1997 – 2011

Brasil/Regiões Ano 1997 2004 2011 Brasil 7,1 12,1 17,6 Norte 3,6 6,3 11,9 Nordeste 3,4 6,4 11,9 Sudeste 9,3 15,4 20,1 Sul 9,1 17,3 22,1 Centro-oeste 7,3 14,0 23,9

Fonte: Plano Nacional de Educação 2013

Segundo pesquisa do SEMESP os 10 cursos superiores mais procurados em 2011 são:

Curso Matrículas Concluintes Ingressantes

Direito 645.605 84.283 181.156

Administração 625.763 101.604 195.259 Enfermagem 209.165 41.637 60.768

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Ciências Contábeis 194.251 28.481 67.653 Psicologia 124.527 16.641 41.074 Engenharia Civil 110.371 4.377 58.986 Gestão de pessoal / RH 93.987 21.113 50.063 Ciência da Computação 93.533 12.402 31.451 Fisioterapia 89.888 15.804 29.479 Fonte: Semesp

Segundo Semesp a taxa de evasão dos cursos presenciais das instituições privadas em 2011 foi de 35,9% e de 19,8% na rede pública.

Entre 2000 e 2011 o ensino superior privado do estado de São Paulo cresceu 91,4% em relação ao número de matrículas.

Com o objetivo de colaborar ainda mais com a administração pública no que diz respeito a área da educação, o Conselho Nacional de Educação – CNE, foi instituído através da lei n° 9.131 de 25/11/1995, com a finalidade de colaborar na formulação da Política Nacional de Educação e exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento do Ministério da Educação conforme consta no site do Ministério da Educação – MEC, inclusive em assuntos que dizem respeito ao ensino superior.

O Conselho Nacional de Educação tem como atribuições formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, zelar pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira, segundo Ministério da Educação - MEC.

Sendo o foco da pesquisa a baixada santista, composta por nove cidades, o Semesp divulgou que em 2011 a região contava com 25 instituições de ensino superior, sendo 20 privadas e 5 públicas.

A Região Metropolitana de São Paulo concentra um percentual significante relacionado as matriculas de ensino superior. No ano de 2011 juntas representaram 1,1 milhão de matrículas, tendo como foco a baixada santista, apresentando em 2011 2,8% das matrículas realizadas em instituições privadas e públicas, segundo Semesp.

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No que diz respeito aos cursos mais procurados da baixada santista na modalidade presencial, o curso de graduação em Ciências Contábeis apresenta a 9° colocação no ranking, conforme mostra o gráfico:

Fonte: Sindata/Semesp Base: Censo INEP

O curso de Ciências Contábeis possui grande relevância entre os cursos de ensino superior ofertados no Brasil e também na Baixada Santista, tendo em vista a sua grande procura.

Através da resolução do Conselho Nacional de Educação, CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004 foram instituídas diretrizes curriculares do curso de graduação de Ciências Contábeis, a presente pesquisa tem como objetivo analisar a organização curricular do curso de graduação em Ciências Contábeis na modalidade presencial de três universidades privadas da baixada santista a fim de verificar se existe alguma variação na organização curricular do curso de graduação em ciências contábeis na modalidade presencial entre as universidade analisadas, bem como verificar se os mesmos atendem as exigências previstas na legislação do Conselho Nacional de Educação (CNE) instituídas através da resolução CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004. 2. REFERECIAL TEÓRICO Administração Direito Pedagogia Gestão logística Enfermagem Medicina Engenharia civil Ciência da computação Ciências contábeis Negócios internacionais 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000

Matriculados em 2011 cursos presenciais baixada santista

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2.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO BACHAREL DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A resolução CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004 institui as diretrizes curriculares nacionais para o curso de bacharel de graduação em ciências contábeis.

O artigo 2° da resolução prevê que as instituições de ensino superior deverão estabelecer a organização curricular através do projeto pedagógico considerando os seguintes aspectos:

 Perfil profissional para o formando esperado para o formando considerando as competências e habilidades;

 Componentes curriculares integrantes;

 Sistemas de avaliação do estudante e do curso;

 Atividades complementares;

 Monografia, projeto de iniciação científica ou projeto de atividade como trabalho de conclusão de curso, sendo opcional para a instituição de ensino superior;

 Regime acadêmico de oferta;

 Outros aspectos que tornem consistente o referido Projeto.

Já no inciso 1° ainda do artigo 2° é necessário que o projeto pedagógico abranja os seguintes elementos estruturais:

 Objetivos gerais, contextualizados em relação à suas inserções institucional, político, geográfica e social;

 Condições objetivas de oferta e a vocação do curso;

 Carga horária das atividades didáticas e para integralização do curso;

 Formas de realização da interdisciplinaridade;

 Modos de integração entre teoria e prática;

 Formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;

 Modos da integração e pós-graduação, quando houver;

 Incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como instrumento para iniciação científica;

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 Concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado, suas diferentes formas e condição de realização, observado o respectivo regulamento;

 Concepção e composição das atividades complementares;

 Inclusão opcional de trabalho de conclusão de curso (TCC).

Conforme o artigo 3° da resolução CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004 o aluno ao concluir o curso de graduação em ciências contábeis deverá estar capacitado para:

 compreender as questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e financeiras, em âmbito nacional e internacional e nos diferentes modelos de organização;

 apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais envolvendo apurações,

 auditorias, perícias, arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de inovações tecnológicas;

 revelar capacidade crítico-analítica de avaliação, quanto às implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação.

As habilidades e competências a serem trabalhadas com o estudante de graduação em ciências contábeis são muitas, segundo o artigo 4° da resolução CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004 o profissional deverá revelar as seguintes habilidades e competências:

 utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem das Ciências Contábeis e Atuariais;

 demonstrar visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil;

 elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam os modelos organizacionais;

 aplicar adequadamente a legislação inerente às funções contábeis;

 desenvolver, com motivação e através de permanente articulação, a liderança entre equipes multidisciplinares para a captação de insumos necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de informações contábeis, com reconhecido nível de precisão;

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 exercer suas responsabilidades com o expressivo domínio das funções contábeis, incluindo noções de atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, que viabilizem aos agentes econômicos e aos administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento de seus encargos quanto ao gerenciamento, aos controles e à prestação de contas de sua gestão perante à sociedade, gerando também informações para a tomada de decisão, organização de atitudes e construção de valores orientados para a cidadania;

 desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de controle gerencial, revelando capacidade crítico analítica para avaliar as implicações organizacionais com a tecnologia da informação;

 exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhe são prescritas através da legislação específica, revelando domínios adequados aos diferentes modelos organizacionais.

No artigo 5° da resolução do CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004 está estabelecido que a organização curricular que as instituições de ensino superior deverão adotar a fim “de proporcionar a harmonização das normas e padrões internacionais de contabilidade em conformidade com a formação exigida pela Organização Mundial do Comércio” atendando os seguintes campos:

 Conteúdo de formação básica: estudos relacionados com outras áreas do conhecimento, sobretudo Administração, Economia, Direito, Métodos Quantitativos, Matemática e Estatística;

 Conteúdos de formação profissional: estudos específicos pertinentes às Teorias da Contabilidade, incluindo as noções das atividades atuariais e de quantificações de informações perícias, arbitragens e controladoria, com suas aplicações peculiares ao setor público e privado;

 Conteúdos de formação teórico-prática: Estágio Curricular Supervisionado, Atividades Complementares, Estudos Independentes, Conteúdos Optativos, Prática em Laboratório de Informática utilizando softwares atualizados para Contabilidade.

As atividades complementares também poderão compor o currículo do curso conforme consta no artigo 8° CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004, inclusive em atividades realizadas fora do ambiente escolar.

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2.2 USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

A carga horária obrigatória dos cursos de graduação, bacharelado, na modalidade presencial, foi definida pela Câmara de Educação Superior através da resolução n° 2 de 18 de Junho de 2007. Onde prevê que os cursos de graduação podem ser ofertados em regime seriado através de um sistema de créditos ou módulos, apesar da modalidade ser presencial, 20% da carga horária poderá ser ofertada na modalidade EAD (Ensino à Distância). Segundo a resolução, o curso de graduação em Ciências Contábeis possui carga horária mínima obrigatória de 3.000 horas.

Segundo SODRÉ (2012), o formato da educação brasileira precisa ser revisto, de modo que a tecnologia prevaleça, de modo mais profundo, ele sugere uma mudança no pensamento educacional, pois a educação segue até os dias atuais modelos europeus do século XIX, sendo eles o modelo da prisão e o modelo da igreja.

Nos dias atuais a transmissão do saber e a capacitação dos alunos ocorrem na escola, dentro de salas de aula, segundo o autor a transmissão deste conhecimento pode ocorrer em diversos lugares, não necessariamente em uma sala de aula, mas desde que haja o acompanhamento de um professor.

Pode-se compreender, que a adoção da modalidade EAD (ensino à distância) segundo a resolução n° 2 de 18 de Junho de 2007, é um primeiro passo para um novo modelo na educação brasileira, passando a ser mais uma ferramenta de apoio ao ensino-aprendizagem disponível para alunos e professores no Brasil.

Para corroborar com tal afirmação, MORAES (2010), diz que a educação a distância possui dois tipos de barreira: acesso tecnológico (equipamentos, energia, software) e o acesso social (renda, habilidades, conhecimentos e hábitos de utilização de recursos tecnológicos), além disso, o autor afirma:

(...) a educação à distância (EAD) não apenas segue determinada direção, mas leva educação, em sentido geral, para rumos novos, influenciando decisivamente os modos de organização das escolas, os materiais e procedimentos didáticos, além da definição dos papéis de estudantes e professores (MORAES, 2010, p. 9).

Apesar do ensino à distância (EAD) ser mais uma ferramenta de apoio para o ensino-aprendizagem, ela sofre um certo preconceito, colocando em questão a sua eficiência. Em entrevista à Folha de São Paulo, José Manuel Moran, fala sobre o

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preconceito existente, mas também afirma que os profissionais formados no ensino a distância, são formados com a mesma qualidade que os profissionais da modalidade presencial. Segundo ele, isso já está comprovado, pois os dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que demonstra o desempenho dos estudantes do ensino superior, mostram que em 2007, 9 das 13 áreas avaliadas, os alunos de EAD mostraram desempenho melhor que os alunos dos cursos presenciais, sendo considerados os cursos: Pedagogia, Ciências Sociais e Turismo. (GALLO, 2009; NUNES 2009).

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Foram selecionadas três universidades privadas, sendo 1 do município de São Vicente e 2 do município de Santos, os seus nomes serão mantidos em sigilo por não haver autorização para divulgação da identidade das mesmas, portanto serão referenciadas pelos números 1, 2 e 3.

Os dados da pesquisa foram obtidos através de uma pesquisa exploratória das informações disponibilizadas pelas instituições de ensino superior em seus respectivos sites.

As disciplinas bem como suas respectivas cargas horária ofertadas pelas instituições foram classificadas em: conteúdo de formação básica, conteúdo de formação profissional e conteúdo de formação teórico-prática conforme previsto no artigo 5° da resolução do CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004.

Os resultados obtidos das disciplinas ofertadas com classificação de formação básica, formação profissional e conteúdo de formação teórico-prática estão demonstrados no

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As universidades 1 e 2 apresentaram o mesmo percentual de carga horária dedicada à formação básica, 22%, enquanto a universidade 3 apresentou entre todas a maior carga horária dedicada à formação básica, sendo 27%.

No que diz respeito à carga horária destinada formação profissional, a universidade 1 apresentou o maior resultado, 60% da carga horária do curso é destinado às disciplinas de formação profissional, já a universidade 2 apresentou 51%, enquanto a universidade 3 apresentou um resultado de 53%.

Em relação aos conteúdos de formação teórico-prática a universidade 2 apresentou entre as 3 universidades a maior carga horária, representando 26% da carga horária total, enquanto a universidade 1 e 3 apresentaram 18% e 20% respectivamente.

No que diz respeito a carga horária total do curso foi identificado o seguinte resultado:

Universidade 1 apresentou uma carga horária total de 3.630 horas, a universidade 2 apresentou 3.634 horas e a universidade 3 apresentou 3.600 horas, portanto todas atenderam o quantidade mínima estabelecida de 3.000 horas.

Segundo o Conselho Nacional de Educação as instituições de ensino superior que possuem modalidade presencial podem ofertar 20% das disciplinas na modalidade de ensino à distância (EAD).

Através do gráfico apresentado com os dados coletados é possível identificar que a universidade 2 não oferece disciplinas na modalidade EAD, enquanto a universidade 3

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Universidade 1 Universidade 2 Universidade 3

Análise da organização curricular do curso de graduação

em Ciências Contábeis

Carga horária total Carga horária formação básica

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apresenta a maior quantidade de disciplinas na modalidade EAD entre as três, mas apesar disso, não excedeu o limite estipulado.

Portanto todas as universidades respeitam o limite de 20% da carga horária total na modalidade EAD, mas estão em níveis diferentes de adoção de tecnologia como ferramenta de ensino-aprendizagem.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa realizada fica evidente a existência de diferenças na organização curricular do curso de graduação em ciências contábeis das universidades analisadas da baixada santista, ainda que existam diretrizes a fim de evitar discrepâncias entre elas, a universidade 1 apresentou carga horária superior no que se refere às disciplinas de formação profissional, representando 60% da carga horária total do curso, portanto foi possível responder à questão de pesquisa proposta.

Apesar das diversidades entre os currículos acreditamos que todas as três universidades avaliadas atendem o exigido no artigo 3° da resolução CNE/CES 10, de 16 de Dezembro de 2004, portanto os concluintes estarão capacitados a serem profissionais contábeis, cabe ressaltar que isso não significa que todos estarão no mesmo nível de conhecimento e habilidade.

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Universidade 1 Universidade 2 Universidade 3

Carga horária das disciplinas ofertadas em EAD

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As três universidades apresentaram particularidades em sua organização curricular e que merecem ser ressaltadas: a universidade 1 oferece a disciplina de empreendedorismo em seu currículo, onde a mesma foi classificada como disciplina de formação básica, a universidade 2 apresentou em seu currículo as disciplinas de gestão de pessoas e elaboração e avaliação de projetos, ambas foram classificadas como disciplinas de formação básica, e a universidade 3 apresentou as disciplinas de responsabilidade social e ambiental, técnicas de negociação, classificadas como formação básica e por fim a disciplina trabalho interdisciplinar de curso, classificada como formação teórico-prática.

Apesar da comprovação da eficiência da adoção do ensino à distância, e autorização pelo Conselho Nacional de Educação da adoção de até 20% da carga horária total do curso presencial na modalidade à distância, foi verificado que apenas a instituição 3 está aderindo ao uso da tecnologia próximo ao permitido, a instituição 2 não oferece nenhuma disciplina nesta modalidade, e a instituição 1 oferece uma carga horária mínima.

No decorrer da pesquisa foram encontradas algumas dificuldades, pois as universidades não divulgam a ementa das disciplinas em seus respectivos sites com o objetivo de esclarecer o aluno ou o indivíduo interessado pela informação a respeito do curso, também foi possível verificar que não existe uma padronização na nomenclatura das disciplinas ofertadas, isso não facilita a compreensão da organização curricular do ponto de vista do aluno ou alguém interessado na informação.

A pesquisa teve como fator limitante o tempo, a diversidade de nomenclaturas das disciplinas entre as universidades, a falta de acesso à informação direta através de membros das universidades e também a falta de acesso ao PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e ao PPI (Projeto Pedagógico Institucional) das universidades, tendo em vista que estes também não são publicados nos sites das universidades.

Apesar da existência das disciplinas ofertadas nos sites das instituições de ensino, não foi possível localizar a carga horária oferecida em todos os sites acessados, os valores das mensalidades e informações a respeito do coordenador do curso bem como opções de atuação no mercado de trabalho, foram localizados em todos os sites acessados.

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Acreditamos que seja necessário fornecer mais informações do projeto pedagógico do curso nos sites das instituições de ensino superior.

Sugerimos para pesquisas futuras uma análise dos currículos das instituições de ensino a fim de conhecer o que é oferecido de modo profundo em de cada disciplina, bem como a comparação de currículos de mais universidades de uma determinada região, ou entre regiões, ou até mesmo entre países. Também é possível analisar e comparar as notas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) das instituições de ensino superior que oferecem disciplinas na modalidade presencial apenas com as instituições de ensino superior que oferecem as disciplinas na modalidade presencial e também à distância, a fim de contribuir com as informações fornecidas pelos autores a respeito desta nova modalidade na educação brasileira.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de Dezembro de 1996.

Conselho Nacional de Educação, Resolução n° 2 de 18 de Junho de 2007.

Conselho Nacional de Educação. Resolução n° 10, de 16 de Dezembro de 2004.

GALLO, Ricardo. Número de alunos matriculados dobrou entre 2007 e 2008. Folha de São Paulo, São Paulo, 11 Ago. 2009. Caderno Especial, p.4.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acessado em 06/09/2015 - .

MEC - Ministério da Educação. Acessado em 03/01/2016 -

http://portal.mec.gov.br/escola-de-gestores-da-educacao-basica/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/14306-cne-historico.

MEC - Ministério da Educação. Acessado em 03/01/2016 - http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/apresentacao/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/14303-cne-atribuicoes.

MORAES, Reginaldo C. Educação a distância e ensino superior: Introdução didática a um tema polêmico. 1ª Edição. São Paulo: Editora Senac, 2010, 120p.

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NUNES, Paula. Alunos de graduação remota dobram. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 jun. 2009. Caderno Empregos, p. F4.

Plano Nacional de Educação 2013, disponível em , acesso em 03/09/2015.

SEMESP - http://semesp1.tempsite.ws/semesp_beta/wp-content/uploads/2014/04/Mapa-do-Ensino-Superior-no-Estado-de-SP-26-08-2013.pdf. Acessado em 10/10/2015.

SODRÉ, Muniz. Cultura e educação. Reinventando a Educação. Diversidade, descolonização e redes. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

Referências

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