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ENSINO DA MUSICA

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Academic year: 2021

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ENSINO DA MÚSICA

ENSINO DA MÚSICA

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ACTIVIDADES DE

ENRIQUECIMENTO CURRICULAR

ENSINO DA MÚSICA

Introdução

Há duas espécies de iniciação musical: aquela em que se aprende a ouvir , a

música e aquela em que se aprende a praticá-la. O melhor método é ligar a primeira à

segunda, apesar de dar primordial importância à primeira.

A iniciação prática tornou-se, graças aos progressos da orientação psicológica da educação musical, acessível a todas as crianças a quem a música interesse. Esta iniciação é um meio de desenvolvimento artístico e um elemento de cultura geral, uma vez que, exigindo a comparticipação total do ser humano - dinâmico, sensorial, afectivo, mental e espiritual - colabora no desenvolver de todas as faculdades , harmonizando-as entre si e contribuindo para o desenvolvimento da personalidade humana.

Trata-se de uma educação musical e não de um simples ensino

Esta educação pode ser começada desde a idade de três anos e mesmo mais cedo. Tem pois lugar nos Jardins-de-Infância e continua no Ensino Básico.

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O método que irá ser focado neste pequeno apontamento, é um método activo, comparável a outros já existentes para outras disciplinas.

Objectivos

A iniciação musical infantil, pretende atingir os seguintes objectivos:

1º Desenvolver nas crianças o amor pela música e prepará-las, com alegria, para a

prática vocal ou instrumental.

2º Dar às crianças, por meios pedagógicos apropriados, um máximo de possibilidades

de aprenderem música, ainda que não sejam para isso especialmente dotadas.

3º Dar esta oportunidade, quanto possível, a todas as crianças, o que é realizável, visto que os elementos fundamentais da actividade musical são próprios a todo o ser humano, como o sentido rítmico, a audição e a sensibilidade, a emotividade e a inteligência ordenadora e criadora.

4º Dotar o ensino da música, desde o começo, de raízes profundamente humanas. Trata-se não apenas de ensinar os "rudimentos da música" mas de estabelecer as "baTrata-ses" da arte musical.

5º Favorecer, por meio da música viva, a evolução mental da criança.

A música é muitas vezes tomada como um simples meio de distracção, de evasão ou de divertimento superficial, quando pode ser, e é realmente, a expressão daquilo que o ser humano tem em si de mais profundo.

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Bases

Condições de base indispensáveis ao professor de música: 1º Amar as crianças e a música.

2º Conhecer as bases psicológicas da educação musical, assim como a psicologia da criança.

3º Encarar a música como um meio de cultura humana.

O professor deve ser receptivo à vida e ser vivo e dinâmico.

É necessário não esquecer que a criança vem para a música com alegria, e essa alegria deve ser mantida constantemente pela beleza e pelo interesse dos exercícios, assim como pelo entusiasmo do professor.

Por outro lado, ao princípio, é menos importante conduzir à perfeição do que permitir que a criança exteriorize a sua vitalidade e desenvolva a sua iniciativa.

Os princípios de ordem geral a serem adoptados e que devem poder manter o seu valor ao longo de todo o estudo musical, dizem respeito, principalmente, aos elementos fundamentais da música encarados em função da natureza do ser humano. Seria um grave erro psicológico e pedagógico considerar a música apenas em si mesma, como se pode fazer para outras ciências. Como arte, a música é directamente tributária das faculdades humanas, físicas, afectivas e mentais.

Em primeiro lugar há que valorizar as relações psicológicas estabelecidas entre a música e o ser humano; em segundo lugar é necessário não recorrer a processos marginais á música com o fim, apenas, de tornar o ensino mais atraente, porquanto o

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som e o ritmo, pela sua própria natureza, são de uma riqueza infinita; e em terceiro lugar, que o ensino da musical propriamente dito, teoria e ciência, só exista depois de uma iniciação prática, e que este ensino, baseado na vida musical, nunca se afaste dela, dando uma importância de primeiro plano ao sentido rítmico e ao ouvido musical, até ao fim dos estudos de música.

Trata-se, portanto, mais de seguir princípios do que adoptar métodos. Os métodos inventam-se e podem mesmo manter-se ao abrigo de garantias verdadeiramente perigosas. Ao contrário, os princípios existiram desde sempre. É preciso descobri-los, só ou com o auxílio de outrem. Portanto, é necessário que uma experiência inteligente e sensível desperte os princípios de vida, a fim de que o aluno seja também pedagogo e se torne vivo e criador. Assim, poderá adaptar o ensino ao seu próprio temperamento e às suas possibilidades, pois os processos metodológicos, quando partem da vida, são de uma riqueza ilimitada.

É evidente que se pode também partir de formas estabelecidas - rítmicas, melódicas e harmónicas - para alcançar a vida através delas e aproveitar assim a herança do passado.

É normal que uma criança imite antes de criar. O perigo está em crer que as formas constituem a música quando, o que é preciso, é sempre ultrapassá-las.

Nem sempre é fácil fazer compreender, a alunos e professores, a vantagem de utilizar as forças vitais musicais e humanas. É grande o prestígio das fórmulas, das receitas e mesmo dos truques que favorecem a lei do menor esforço. Ora, na arte, o esforço é a única garantia de reais progressos.

A actividade pedagógica centraliza-se nas canções (encaradas pedagogicamente), na cultura auditiva (com material auditivo) e no desenvolvimento do sentido rítmico (instinto e consciência).

A tudo isto juntamos posteriormente o nome das notas (como simples denominação dos sons), assim como algum vocabulário musical referente aos elementos do som e do ritmo.

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Introdução ao Plano de Trabalho

O seguinte plano de trabalho obedece a uma determinada ordem de importância cronológica do ponto de vista estritamente musical.

O ritmo e o som precedem a música propriamente dita. São os chamados elementos pré - musicais.

Está indicado que cada professor faça a gestão da planificação conforme os seus gostos e concepções, uma vez que a ideia de perfeição varia de indivíduo para indivíduo.

O professor é o responsável pela descoberta dos princípios susceptíveis de serem vividos e realizados por ele próprio num sentido criador.

A primeira finalidade do pedagogo é a de despertar vida nas crianças, favorecer a sua espontaneidade e a sua expressão pessoal.

A primeira atitude a obter da criança é a sua adesão. A segunda a sua participação activa.

Não se trata de criação, mas de um acto pessoal partindo primeiro da imaginação reprodutiva e depois da construtiva.

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Materiais de Trabalho a Utilizar

Conjunto de livros e CD´s: “Da escola ao Palco”

Expressão Musical e Dramática Foco Musical (Educação e Cultura) Livros e material didáctico, lda Bairro das lombas, lote 8 Trajouce 2785-219 São Domingos de Rana Telf/Fax: 214452261

Música 1 -2 – 3 – 4

Educação Artística 1º Ciclo do Ensino Básico Livro do Professor e Livro do Aluno

Porto Editora

Pequenos Músicos

Expressão e Educação Musical 1º Ciclo Manual e Livro de actividades

Paulo Henriques – Nuno Castanheira – Luís Batalha Gailivro

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Plano de Trabalho

I

Canções IIEscutar Reconhecer Reproduzir 1º ao 4º Ano Canções de embalar.

Canções e jogos. Lenga-lengas.

Pequenas canções, partindo de um movimento natural: balanceado, salto e palmas, etc...

 Escutar: Interesse, atenção

e silêncio.

 Reconhecer:Postais

ilustrados sonoros com diversos instrumentos e objectos sonoros.

 Reproduzir:

Sons diversos, mesmo com alguma imprecisão.

(escalas e acordes) 3º ao 4º Ano Canções temáticas

Canções com ritmos interessantes.

Canções de intervalos fáceis.

Canções fáceis com acompanhamento de percussão.

Letras diferentes para a mesma melodia.

 Escutar e reconhecer:

Sons mais difíceis e em grande número.

 Reproduzir:Com mais

precisão alguns sons isolados e seguidos.

 Reproduzir Pequenas

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III Emparcelamento Classificação IV Altura do Som Subida e Descida 1º ao 4º Ano Emparceirar os

instrumentos sonoros pelo seu género.

Emparceirar tons e meios tons.

Ordenar a forma da música com nomes ou algarismos.

Diferenciação de sons graves (mais baixos) e agudos (mais altos).

Diferenciar sons grossos e pesados e finos e leves. Sentir a subida e a descida do som por meio de

glissandos sobre o xilofone ou outro instrumento.

3º ao 4º Ano Emparceirar os sons segundo o timbre ou a intensidade. Classificar instrumentos quanto à sonoridade e quanto à família. Exercícios para a

ordenação de sons segundo os nomes.

Estudo de alguns movimentos sonoros. Exercícios variados, por imitação ou invenção. Seguir com a mão, no espaço, os sons de canções simples.

Início dos gráficos de movimentos sonoros.

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V

Ritmo e Métrica InvençãoVI Improvisação 1º ao 4º Ano Clavas: bater pancadas

dizendo vocábulos ou algarismos.

Bater o ritmo de algumas canções.

Reproduzir e inventar ritmos.

Jogos de batimentos com vocábulos variando as intensidades.

Canções com marchas saltos, rodas, etc...

Invenções rítmicas: batendo com as mão ou com os pés; com

instrumentos de percussão ou instrumentos sonoros Subidas e descidas com a voz ou com os

instrumentos.

3º ao 4º Ano Ritmos, mas com um grau de dificuldade

mais elevado. Início da noção de compasso: marchar segundo o compasso. Numa canção, bater: 1º o ritmo

2º o tempo

Idem, mas com um grau de dificuldade

mais elevado.

Bater o ritmo de frases ditas ou pensadas. Invenção de frases

ritmadas ou de melodias com quadratura.

Invenção de marchas, saltos e movimentos para acompanhar canções.

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VII

Nomes das notas Introdução à escrita e àVIII leitura musical 3º ao 4º Ano Nomes das notas

introduzidas em certas canções simples.

Nomes das notas da escala. Pequenas ordenações

Dó - Ré / Dó - Ré - Mi Dó - Ré - Mi - Fá ...

Educação do ouvido e do sentido da altura relativa dos sons.

Audições comentadas de CD's, cassetes e algumas videotapes e DVD’s.

Memória dos sons (audição absoluta). Emprego dos nomes das notas como simples denominação dos sons. Desenvolvimento do sentido rítmico. 3º a 4º Ano Consciência da escala.

Canções com o nome das notas.

Escalas e ordenações contando as notas.

Idem, com um grau de dificuldade mais elevado. Desenvolvimento do

ouvido absoluto e relativo. Prática de ritmos, tempos e compassos das canções, assim como a subdivisão dos tempos.

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O plano de uma Aula

O domínio da educação musical infantil é vasto. As aulas podem, portanto ter formas muito diversas. Não é preciso que as oito colunas deste plano de trabalho sejam representadas em cada aula. As colunas I, II, IV, V e VI são as mais importantes no princípio. A coluna III é menos urgente. A coluna VII será realizada logo que possível e a coluna VIII virá logo a seguir.

O plano das oito colunas não é limitativo, podendo sempre que necessário acrescentar outros motivos de interesse como jogos musicais, audições em CD's e cassetes, cassetes de vídeo, DVD’S, computador, etc...

O plano de aula pode ter várias ordenações que serão desenvolvidas conforme o local e a organização do educador, do material disponível, da natureza das crianças, entre outros factores.

Porém por uma questão de prática é aconselhável começar pelo material auditivo. Este dá sempre alegria às crianças, desperta nelas interesse seja qual for o grau

de desenvolvimento e permite fazer verdadeiros jogos sonoros. Em seguida pode-se passar aos exercícios de batimentos, com grande variedade de exercícios com a comparticipação inventiva das crianças, uma de cada vez cria um ritmo sendo imitada pelas restantes.

Poderão vir depois as canções que exigem já mais esforço (quer de memória quer vocal), a escala, a prática dos nomes das notas, entre outras coisas, tudo realizado à volta do piano ou outro instrumento, preferencialmente polifónico. As crianças podem bater (com instrumentos de percussão simples) o ritmo das canções, os tempos, o primeiro tempo a subdivisão. Depois, poder-se-á passar à reprodução de ritmos dados com o instrumento disponibilizado e tocado pelo professor, e, sobretudo, à invenção individual de ritmos, que serão repetidos pelo grupo.

Em seguida virá o estudo dos compassos e para terminar os exercícios de ritmo com marchas, saltos e alguns movimentos diversificados. É bom que a lição comece por uma nota de alegria real para a criança, e acabe da mesma forma. O piano pode ser substituído ou completado por outros instrumentos.

Os CD's, as cassetes, os DVD’s e os sistemas de gravação, podem ser importantes. Estes sistemas permitem libertar o professor para que este possa ajudar o

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aluno nos movimentos mais desajeitados e fazer com que os alunos executem os exercícios com os instrumentos de uma forma mais correcta.

Como avaliar os conhecimentos e capacidades de uma criança

Partindo de bases gerais, válidas em todos os graus de desenvolvimento musical, propõe-se a observação dos seguintes pontos:

1º - Um elemento sintético prático: uma canção ou uma execução instrumental. 2º - Um exame auditivo:

a) Do ponto de vista sensorial (divisão intratonal e reprodução de uma simultaneidade de sons).

b) Do ponto de vista afectivo (sensibilidade às consonâncias e dissonâncias e ao grau de afinação na entoação).

3º - Exame do instinto rítmico e métrico, que é preciso não confundir (bater ritmos, andar a compasso, etc...).

4º - Verificar os diferentes domínios da consciência musical (nomes das notas, ordenações de sons, etc...). Para os alunos adiantados: conhecimento auditivo dos intervalos e dos acordes, harmonias, ditado musical, teoria geral, etc...

5º - Exame respeitante à iniciativa, à improvisação e "composição", nesta última avaliar a criatividade da criança; se cria canções novas, com novas palavras, se inventa novas notas, etc.

Para que esta avaliação resulte, é preciso estar à altura de sentir as reacções dos alunos, porque o mesmo resultado exterior pode provir de processos interiores diferentes. Aos cinco pontos de ordem musical acima enumerados, juntam-se as apreciações psicológicas que se podem fazer do comportamento do aluno, que pode ser extrovertido, introvertido, primário, secundário, sensível, inteligente, doentio ou não, etc... É evidente que se o professor conhece por experiência as relações psicológicas que existem entre os elementos fundamentais da música e os da natureza humana, os traços característicos da criança revelar-se-ão pelo próprio exame musical.

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