1 2 Curso de Pós Graduação em Formação de Auditores
Auditoria para Estudos de Estabilidade
3
Luiz Carlos Peres
• QUÍMICO FORMADO PELA UNIVERSIDADE IBIRAPUERA, COM MAIS DE 40 ANOS DE EXPERIÊNCIA NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, COSMÉTICA E QUÍMICA, ONDE EXECUTOU PALESTRAS E TREINAMENTOS EM DIVERSOS PAÍSES COMO ALEMANHA, ESPANHA, MÉXICO E ARGENTINA, PÓS-GRADUADO EM DIDÁTICA PARA O ENSINO SUPERIOR PELA UNIVERSIDADE SÃO PAULO E GESTÃO DA QUALIDADE PELA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. SEMPRE OCUPOU CARGOS GERENCIAIS E COM TRÂNSITO INTERNACIONAL EM EMPRESAS COMO SCHERING DO BRASIL E CIBA-GEIGY. EXAMINADOR DO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE (1992), POR 4 ANOS MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO.
•
• PALESTRANTE E PROFESSOR DOS CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA FARMACÊUTICA, ENGENHARIA COSMÉTICA E FORMAÇÃO DE AUDITORES DO INSTITUTO RACINE, NAS ÁREAS DE VALIDAÇÃO DE PROCESSOS, QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES, BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE, BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO, RESULTADOS FORA DA ESPECIFICAÇÃO (OOS), CONTROLE DE MUDANÇAS E FORMAÇÃO DE AUDITORES.
•
• ATUALMENTE É EXECUTIVO DA LUCAPE CONSULTORES ONDE FUNDOU E ATUA A MAIS DE 8 ANOS NO MERCADO DE CONSULTORIA, TREINAMENTOS, VALIDAÇÃO E AUDITORIAS ENVOLVENDO-SE EM VÁRIOS SEGMENTOS INDUSTRIAIS.
4
Programação – Primeira parte:
• Algumas apresentações para nossa avaliação
• Legislação e comparativos de nossos programas com o ICH • Dados dos testes – Teorias de avaliação
– Segunda parte: • Considerações finais – Terceira parte:
• Dinâmica de grupo • Estudo de caso
• Avaliar a documentação de Estabilidade
– Protocolos
– Cronograma dos estudos
Produtos envolvidos – É o primeiro estudo? – É de lote validado?
– Existem reclamações no SAC? – Já teve algum recall?
Detalhes sobre o produto
• Os lotes envolvidos estão validados?
– Se sim, estavam planejados para fazer o estudo de estabilidade?
– Constam do cronograma?
7
Registro x Realidade
• O registro do produto na documentação da Anvisa esta igual ao praticado ou existem algumas modificações?
8
Verificações
• Verificar os documentos de produção e embalagem.
• Avaliar os documentos da validação para verificar se estes lotes podem ser feitos os estudos de estabilidade.
9
Câmaras Climáticas envolvidas no estudo
– Estão qualificadas?
– O desenho da qualificação esta igual onde realmente foi colocado o produto?
– Avaliação dos relatórios de temperatura e umidade – Existe um software para isso?
– Está validado?
10
Comparação
• Embalagem do produto esta conforme. • Possui uma ou várias apresentações?
Avaliar o Protocolo do Estudo de estabilidade do Produto
– Tratamento das amostras retiradas para análise – Tratamento das amostras que não foram
analisadas conforme programação – Existe procedimento para tal finalidade?
Base dos estudos
13
Base dos estudos
• Internacional Conference on Harmonisation of Technical Requirements for Registration of Pharmaceuticals for Human Use - (ICH)-desde 1990
• Autoridades: Europa, Japão e Estados Unidos.
– Tratamento de aspectos científicos e registro de produtos.
14
Base de estudos
• Aparecem agora os estudos pré-clínicos
– In vivo e In vitro
– Eficácia relacionada aos estudos clínicos em humanos
– Dentre outros a: • Terminologia médica
• Padrão eletrônico de transferência de informações regulatórias
• Entre outras
15
Orientações ICH
• Q1AR2 Teste de estabilidade de novos
insumos ativos e produtos farmacêuticos
• Q1B Teste de estabilidade: testes de fotoestabilidade de novos insumos ativos e produtos farmacêuticos • Q1C Teste de estabilidade de novas
formas farmacêuticas
16
Orientações ICH
• Q1D Agrupamento e matrização para estudos de estabilidade de novos insumos ativos e produtos farmacêuticos
• Q1E Avaliação dos dados de estabilidade
Legislação
• Brasil aplica em 2005 a Resolução N° 1 Guia para a Realização de Estudos de Estabilidade
Informação
• Brasil, Rússia, Índia e China, pertencem a elite das economias emergentes o chamado BRIC podendo exportar produtos
farmacêuticos para outras regiões cobertas pelo ICH
19
Zonas Climáticas Segundo Grimm - 1986
• Zona I * Clima temperado
• Zona II * Clima subtropical ou mediterrâneo • Zona III * Clima quente e seco
• Zona IV * Clima quente e úmido (a) * Clima quente e muito úmido (b)
Legislação brasileira 20
Zonas Climáticas
• Outros:
– Baixa temperatura em geladeira de 2 a 8 °C – Em Freezer -20°C
21
Interferentes nos estudos
• Alguns itens que possuem interferência nos estudos:
– Temperatura – Umidade
– Luz
-– Propriedades físico químicas de substâncias ativas – Excipientes farmacêuticos
– Formas farmacêuticas – Processo de fabricação – Materiais da embalagem primária
22
Objetivo do estudo de estabilidade
• Fornecer evidência de como a qualidade dos insumos ativos ou produtos
farmacêuticos variam com o tempo sob a influência de fatores ambientais.
• Influência básica – condições de armazenamento.
Legislação
• A legislação brasileira através da RE N°1 é destinado apenas a produtos farmacêuticos e não abrange os insumos ativos como é feito pelo ICH Q1A (R2)
Legislação
• Praticamos hoje no Brasil três tipos de estudo:
– Teste acelerado – Teste de longa duração – Teste de acompanhamento
25
Legislação
• Estudo de estabilidade acelerada
– Avalia a degradação química ou mudanças físicas em um produto farmacêutico em condições forçadas de armazenamento.
• Estima ocorrencias com um produto farmacêutico em condições não aceleradas e visa avaliar o impacto no produto em curtas exposições a condições fora daquelas estabelecidas no rótulo e que podem ocorrer por exemplo durante o transporte.
26
Legislação
• Estudo de longa duração
– Verificação das caracteristicas fisicas, químicas, biológicas e microbiológicas de um produto durante depois do prazo de validade esperado.
• Os resultados são utilizados para estabelecer ou confirmar o prazo de validade e recomendar as condições de armazenamento.
27
Legislação
• Estudo de acompanhamento:
– Verifica se o produto mantém suas
características físico, químicas, biológicas e microbiológicas conforme os resultados obtidos nos estudos de e estabilidade de longa duração.
28
ICH Q1A (R2)
• São semelhantes aos nossos mas acrescentam:
– Teste de stresse –condições severas ao produto – Teste de fotoestabilidade –efeito a luz – Testes específicos –inaladores e cremes
ICH Q1A (R2)
• Apresentam ainda os testes intermediários
– Visa aumentar de forma moderada a velocidade de degradação química ou alterações físicas tanto para insumos ativos quanto para o produto farmacêutico que se pretende armazenar a 25°C.
Legislação
• Segundo a RE N° 1 – Anvisa • Condições de armazenamento
15 a 30°C zonas III e IV
• Teste de estabilidade acelerado
40°C +/- 2°C e 76% UR +/- 5% UR
• Teste de longa duração
30°C +/- 2°C e 75% UR +/- 5% UR 31 Legislação • Segundo a RE N° 1 – Anvisa • Condições de armazenamento 2 a 8°C geladeira
• Teste de estabilidade acelerado
25°C +/- 2°C e 60% UR +/- 5% UR
• Teste de longa duração
5°C +/- 3°C 32 Legislação • Segundo a RE N° 1 – Anvisa • Condições de armazenamento -20°C Freezer
• Teste de estabilidade acelerado
-20°C +/- 5°C
• Teste de longa duração
-20°C +/- 5°C
33
Comparativo ICH Q1A
• Condição de armazenamento • Ambiente zonas I e II Teste acelerado 40°C +/- 2°C e 75% UR +/- 5% UR Longa duração 25°C +/- 2°C e 60%UR +/- 5% UR Intermediário 30°C +/- 2°C e 65% UR+/-5% UR 34 Comparativo
• Para Geladeira e Freezer os valores são praticamente iguais.
• Quando mudamos para o armazenamento, tudo modifica.
• Conclusão?
Comparativo
• As zonas climáticas tem forte interferência nos valores a serem atribuídos para a execução dos testes.
Conclusões sobre o estudo de estabilidade
• O grau de variação individual dos lotes, afeta a confiabilidade de que no futuro os lotes manufaturados permanecerão dentro das especificações ao longo prazo da validade do produto.
37
Considerações
• O Grupo do ICH apresenta ainda a importância da condução da análise estatística dos dados e fornece ainda orientações sobre como conduzir essas análises. Não mencionados pela Anvisa.
38
Considerações do autor
• Como não é levada em consideração atualmente, o estudo de estabilidade para os princípios ativos (apenas para o grupo do ICH), não temos hoje a confiabilidade destes estudos uma vez que a compra da material prima sendo de diferentes fornecedores.
39
Considerações do autor
• Estudos estão sendo iniciados
(paralelamente) sobre a interferência do Polimorfismo na validade do produto.
40
Qualificação de Fornecedores
• Busca de fornecedores confiáveis de matérias primas (internacionais) para que os estudos de estabilidade tenham maior confiabilidade.
Informação adicional
• Produtos Fitoterápicos
– Quantidades em excesso de principio ativo estão descritos nas farmacopéias.
– Os protocolos de estudo de estabilidade devem levar em consideração tais quantidades (dados estatísticos) para a confiabilidade dos estudos.
Informação adicional
• Uso e a qualidade dos padrões utilizados nos estudos.
– A utilização dos padrões primários utilizados, tornam o estudo de estabilidade relativamente caros.
43
Outras informações
• Treinamento dos analistas que fazem este trabalho.
• Controladores (softwares) dos
equipamentos onde estão armazenadas as amostras.
44
Outras informações
• Equipamentos onde são realizadas as análises:
– Qualificação do equipamento – Fornecedores dos reagentes – Qualidade da coluna cromatográfica – Preparo das fases móveis
– Calibração da vidraria
– Utilização e guarda dos padrões
• Conhecimento do analista
45 46
Referências Bibliográficas
1. International Conference on Harmonisation ofTechnical Requeriments forRegistration of Pharmaceuticals for Human Use.
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução n° 1 de 29/27/2005.
3. Artigo Estudo de Estabilidade – Comparação entre Regulação Brasileira e Harmonizada da União Europeia, Japão e Estados Unidos – Revista Farmaco e Medicamentos autora Gláucia Karime Braga.