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PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFEEIRO EM TUBETES ASSOCIADA A DIFERENTES FORMAS DE APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES

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Academic year: 2021

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DIFERENTES FORMAS DE APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES

EMERSON LUIZ BARBIZAN

1

REGINA MARIA QUINTÃO LANA

2

FERNANDO CAMPOS MENDONÇA

2

BENJAMIM DE MELO

2

CARLOS MACHADO DOS SANTOS

2

ALEX FABIANY MENDES

3

RESUMO – Verificaram-se os efeitos de diferentes fo

r-mas de aplicação de fertilizantes sobre o desenvolvimen-to de mudas de cafeeiro (Coffea arabica L., cv. Mundo Novo) produzidas em tubetes de 120 ml. O experimento foi conduzido sob delineamento experimental de blocos casualizados com parcelas subdivididas e quatro repeti-ções; cada subparcela foi constituída de 30 plantas, sendo 12 na parte útil. Nas parcelas, testou-se a aplica-ção de fertilizantes via fertirrigaaplica-ção (Com e Sem) e, nas subparcelas, a aplicação de cinco doses do fertilizante de liberação lenta osmocote (0 g/L; 2,73 g/L; 5,45 g/L,

8,18 g/L e 10,91 g/L). As características avaliadas foram: altura de plantas, diâmetro de caule, número de pares de folhas, matéria seca de raízes e parte aérea, volume de raízes e área foliar. Concluiu-se que a fertirrigação pode ser usada para complementar a adubação inicial no subs-trato, no caso de subdosagem de osmocote. O fertilizan-te de liberação lenta fertilizan-teve efeito positivo sobre o volvimento e a qualidade das mudas. O máximo desen-volvimento da parte aérea das mudas deu-se na faixa de 7,7 a 9,1 g/L do fertilizante de liberação lenta. A dose pa-ra máximo desenvolvimento de pa-raízes foi de 6,8 g/L.

TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Café, mudas, tubetes, fertilização, Coffea arabica.

COFFEE TREE SEEDLING PRODUCTION IN SMALL CONTAINERS

ASSOCIATED TO DIFFERENT KINDS OF FERTILIZER

APPLICATION

SUMMARY – The effects of different kinds of fertilizer

application on the development of coffee seedlings (Coffea arabica L., cv. Mundo Novo), grown in small plastic containers (120 ml), was studied. The experiment was carried out under a randomized blocks, split plot experimental design, with four repetitions. Each subplot had a total of 30 plants and 12 plants in the useful part of the subplot. The use of fertigation in the plots (with and without) and the application of five levels of the slow-release fertilizer osmocote (0 g/L; 2.73 g/L; 5.45 g/L, 8.18 g/L and 10.1 g/L) in the subplots were tested. The

characteristics evaluated were: plant height, stem diameter, number of pairs of definitive leaves, root and above-ground dry matter, root volume, and leaf area. It is concluded that fertigation can be used to overcome the deficiencies of the initial fertilization (mixed in the substrate) in the cas e of an uncomplete osmocote fertilization. The slow release fertilizer had a positive effect over coffee seedling development and quality. Maximum seedling development was reached with osmocote levels between 7,7 and 9,1 g/L, and the highest root development at the level of 6,8 g/L.

INDEX TERMS: Coffee crop, seedlings, small plastic containers, and fertilization, Coffea arabica.

1. Graduando, Agronomia- ICIAG/UFU – Universidade Federal de Uberlândia, Av. Amazonas s/n, Bl. 2E, Caixa Postal 593, 38400-902, Uberlândia, MG.

(2)

3. Engenheiro Agrônomo, Eucatex Agro. INTRODUÇÃO

A produção de mudas bem desenvolvidas e de boa qualidade é fator primordial para o cafeeiro, pois condiciona uma carga genética adequada e essencial ao sucesso da cult ura.

Recipientes adequados ao desenvolvimento de-vem apresentar volume suficiente para o crescimento das mudas, além de proteger as raízes contra desidrata-ção e danos mecânicos. Também devem proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento do sistema radicular e facilidade de manejo no viveiro, no transporte e no plantio (Campinhos Júnior & Ikemori, 1983). Além disso, é muito importante a influência do recipiente so-bre o enovelamento de raízes na fase de viveiro, que continua na fase de campo e pode baixar a estabilidade das futuras árv ores.

No sistema usual de produção de mudas de cafe-eiro, utilizam-se saquinhos plásticos e um substrato composto por 70% de solo e 30% de esterco bovino, en-riquecido com adubos químicos. Es se sistema apresenta alto custo de transporte, longa permanência em viveiro, baixo rendimento de plantio, consumo elevado de subs-trato, riscos de contaminação das mudas por patógenos e crescimento de plantas daninhas na fase de viveiro (Guimarães et al., 1998). A produção de mudas em tube-tes sob telados facilita o isolamento do viveiro em rela-ção a insetos, protege contra nematóides e doenças de solo, facilita o controle de pragas e doenças da parte aé-rea, preserva a integridade do sistema radicular no vivei-ro e melhora as condições de trabalho dos operários (t u-betes suspensos do solo) (Lima, 1986; Vichiato, 1996). Além disso, o uso de tubetes na cafeicultura reduz o pe-ríodo de viveiro, antecipa o plantio no campo, diminui o uso de substrato, evita plantas d aninhas, dispensa o ex-purgo do substrato e elimina problemas de "peão torto" e enovelamento de raízes (Tubaldini, 1997; Gu imarães et al., 1998).

Substrato é a mistura de materiais usada no de-senvolvimento de mudas, sustentando e fornecendo n u-trientes à planta. Pode ser de origem vegetal, animal ou mineral, sendo constituído por uma parte sólida (partícu-las minerais e orgânicas) e pelo espaço poroso, que é ocupado por água ou ar. O desenvolvimento do sistema radicular é influenciado pela aeração do substrato, que depende da composição de suas partículas. O substrato exerce influência significativa sobre a arquitetura do sis-tema radicular e o estado nutricional das plantas (Spurr & Barnes, 1973, citados por Guimarães et al., 1998).

Um substrato ideal é aquele que satisfaz as exi-gências químicas e físicas das mudas, fornecendo um teor adequado de nutrientes ao seu desenvolvimento. Deve apresentar composição uniforme, baixa densidade, grande porosidade, alta CTC, boa retenção de água, i-senção de pragas, patógenos e sementes, ser abundan-te, operacionalizável e economicamente viável. Vários materiais têm sido usados na produção de mudas em t u-betes, is oladamente ou em misturas, destacando-se: vermiculita, esterco bovino, “moinha” de carvão, serra-gem, bagaço de cana, acícula e casca de pínus, casca de eucalipto compostada, casca de arroz calcinada, húmus de minhoca e turfa (Campinhos Junior et al., 1984; Gu i-marães et al., 1998).

Considera-se inadequado o uso de materiais de origem mineral (argila e areia) para a produção de mudas em tubetes, em razão do peso e desagregação do subs-trato, e por não serem estéreis (Campinhos Júnior & I-kemori, 1983).

Os macronutrientes primários (N, P e K) geral-mente são adicionados ao substrato na forma sólida, mas podem ser fornecidos na forma líquida (fertirriga-ção) (Landis et al., 1989). Os macronutrientes secundá-rios (Ca, Mg e S) estão presentes em muitas formulações comerciais. Geralmente o Ca e o Mg são fornecidos pela aplicação de calcário calcítico e dolomítico, e o enxofre é fornecido em pequenas quantidades, pela d ecomposição de matéria orgânica, água de rios, chuva e aplicação de vários tipos de defensivos agrícolas (Califórnia Fertilizer Association, 1985, citado por Landis et al., 1989). Nos substratos comerciais para mudas, é imprescindível o fornecimento dos micronutrientes (B, Cu, Zn, Fe, Mn e Mo). O balanço dos micronutrientes é indispensável, pois o excesso de um pode interferir na disponibilidade de outro (Landis et al., 1989).

A complementação do substrato com nutrientes para mudas em tubetes geralmente é feita com adubos de liberação lenta, visando a reduzir problemas de excesso de solubilidade e perdas por lixiviação de nutrientes. Osmocote®, Nutricote® e uréia revestida com enxofre são alguns exemplos desse tipo de fertilizantes (Landis et al., 1989). Para complementar as necessidades das mudas de cafeeiro em tubetes, pode-se complementar a aplicação de nutrientes por meio da fertirrigação. É uma técnica promissora, mas ainda pouco investigada na produção de mudas em tubetes, necessitando-se verificar sua via-bilidade técnica e econômica na produção de mudas de cafeeiro.

(3)

Objetivou-se com este trabalho determinar a dose mais adequada de um fertilizante de liberação lenta (Os-mocote®) para a produção de mudas de cafeeiro e a efici-ência da complementação da adubação através da água de irrigação, com redução da adubação via substrato.

MATERIAL E MÉTODOS

A área experimental situou-se no município de Araguari – MG, em um viveiro com cobertura de sombri-te preto (sombreamento de 50%). As parcelas foram dis-tribuídas em uma bancada de produção de mudas, com-posta de tela de arame ondulado para suporte de tube-tes, com e 1,30 m de largura e instalada a uma altura de 1,0 m do solo. As mudas de cafeeiro cultivar Mundo Novo IAC 379/19 foram produzidas em tubetes de polie-tileno preto com volume de 120 ml, previamente esterili-zados com uma solução de hipoclorito de sódio a 0,4%. O substrato utilizado foi o Plantmax Café®. O experimen-to foi conduzido em delineamenexperimen-to experimental de blo-cos casualizados com parcelas subdivididas e quatro re-petições. Cada sub-parcela foi constituída por 30 plan-tas, sendo úteis as 12 plantas centrais.

Nas parcelas foi avaliada a fertirrigação, cujos tra-tamentos foram:

- Parcela (C): com fertirrigação em 14 aplicações de freqüência semanal, a partir do 1o par de folhas

defini-tivas, utilizando-se um regador. As fontes de nutrientes foram produtos hidrossolúveis NPK 09-45-15, 15-00-00 e 20-05-30, utilizados alternadamente nas doses de 1,5 g/L, 1,0 g/L e 1,0 g/L, respectivamente, em aplicações sema-nais de 2,2 litros de solução por parcela (Eucatex-Agro, 1998 – Comunicação pessoal).

- Parcela (S): Sem fertirrigação.

Nas subparcelas, foi avaliado o uso do fertilizante de liberação lenta (Osmocote® 15-09-12), nas doses 0; 2,73; 5,45;8,18 e 10,91 g/L, que correspondem a 0, 150, 300, 450 e 600 g por saco de 55 L de substrato. As se-mentes foram pré-germinadas em germinador de areia e repicadas para os tubetes na fase de "orelha de onça", colocando-se uma muda em cada tubete. Semp re que ne-cessário, a irrigação foi feita três vezes ao dia, da instala-ção à avaliainstala-ção final.

Verificam-se no Quadro 1 a precipitação pluvio-métrica ocorrida durante o experimento e as datas de sua ocorrência. Os valores foram considerados no controle da irrigação.

Os tratos culturais e fitossanitários foram feitos de acordo com a necessidade e são apresentados no Quadro 2, juntamente com o período de ocorrência me-dido em dias após a repicagem (DAR), que foi feita no dia 21 de agosto. O experimento teve duração de 146 di-as, do plantio das sementes no germinador de areia ao fim (40 dias até a repicagem, mais 106 dias).

QUADRO 1 – Precipitação pluviométrica (mm) no decorrer do período experimental após a repicagem (DAR) (106

di-as, entre 21/08 e 05/12/1.998).

DAR 34 35 48 50 52 56 57 66 70 71 72 73 75 76 80 85 95 98

Precip. 38 10 6 28 5 29 31 12 30 20 15 05 12 13 5 52 30 20

QUADRO 2 – Tratos culturais realizados no experimento.

Dias após a repicagem Trato cultural

0

Repicagem das mudas

21

Controle de bicho-mineiro

38

Controle de bicho-mineiro

38

Adubação foliar

55

Aplicação de inseticida e fungicida

(4)

69

Padronização das mudas

As avaliações foram feitas aos 106 DAR, quando

mais de 50% das mudas estavam no estádio de plantio no campo (quatro pares de folhas). Foram avaliadas as características: altura de plantas (AP, cm), diâmetro de caule na altura do colo (DC, cm), número de pares de fo-lhas (NPF), área foliar (AF, cm2), matéria seca de raízes (MSR, g) e parte aérea (MSPA, g) e volume de raízes (VR, cm3). Observa-se que o volume de raízes foi medido mergulhando-se o sistema radicular em copo de becker com água e anotando-se a diferença de volume antes e após o mergulho. Os resultados obtidos foram submeti-dos à análise de variância para verificação de diferenças significativas entre si e, posteriormente, analisados por meio de teste de comparação de médias (Tukey) e por regressão polinomial.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 encontram-se os resultados da análi-se de variância das características avaliadas.

De acordo com a análise de variância, o uso da fertirrigação teve efeito significativo sobre AP (1% de probabilidade), NPF, MSPA e AF em AP (5% de probabi-lidade). Houve efeito significativo do fertilizante de

libe-ração lenta, influenciando significativamente todas as características estudadas (1% de probabilidade). Para as características AP e NPF, houve efeito interativo signifi-cativo entre fertirrigação e doses de fertilizante de libera-ção lenta, de forma que as análises foram feitas conside-rando-se essa interação.

Com base nos resultados, foram feitas as análises qualitativas e quantitativas de efeitos dos tratame ntos de fertirrigação e doses do fertilizante de liberação lenta, respectivamente.

Fertirrigação

As características que apresentaram diferenças significativas (teste F) em relação aos tratamentos de fe r-tirrigação, sem interação com doses do fertilizante de li-beração lenta, foram a matéria seca da parte aérea e a á-rea foliar. Na Tabela 2 são apresentados os resultados do teste de comparação de médias para ambos.

A fertirrigação proporcionou resultados superio-res, com efeito positivo sobre a parte aérea das mudas, mas não houve efeito significativo sobre o sistema radi-cular, provavelmente em razão da quantidade de nitrogê-nio presente nas formulações utilizadas na fertirrigação.

TABELA 1 – Resultados da análise de variância das características avaliadas1.

Quadrados Médios Fator de Variação G.L. AP DC NPF MSR MSPA VR AF Blocos 3 9,35 n.s. 0,021 n.s. 0,10 * 0,1057 n.s. 0,19 n.s. 10,24 n.s. 208,39 n.s. Fertirrigação 1 220,89** 0,014 n.s. 0,23 * 0,0006 n.s. 1,75 * 0,31 n.s. 782,61 * Resíduo (A) 3 3,56 0,008 0,01 0,1000 0,14 11,97 45,02 Parcelas 7 Doses O s mocote 4 10292,89** 1,868** 4,56** 2,9238** 45,09** 208,08** 24676,59** Fert. x Doses 4 87,82 * 0,044 n.s. 0,25** 0,0689 n.s. 0,29 n.s. 5,51 n.s. 109,93 n.s. Resíduo (B) 24 21,62 0,017 0,06 0,0268 0,19 4,81 61,91 Total 39 C.V. – A (%) 0,69 1,38 1,31 8,548 3,35 10,91 2,87 C.V. – B (%) 3,69 4,24 7,02 9,889 8,75 15,47 7,54 1 – Altura de plantas (AP), diâmetro de caule (DC), número de pares de folhas (NPF), matéria seca de raízes (MSR), matéria seca da parte aérea (MSPA), volume de raízes (VR) e área foliar (AF).

** - Teste F significativo a 1% de probabilidade * - Resultado do teste F significativo a 5% de probabilidade

(5)

N.S. - Teste F, resultado não significativo Fertilizante de liberação lenta

As figuras 3 a 7 apresentam as regressões poli-nomiais para DC, MSR, MSPA, VR e AF em relação aos tratamentos de doses do fertilizante de liberação lenta. A utilização desse fertilizante teve efeito quadrático sobre todas as características citadas, conforme é possível observar nas fig uras.

O diâmetro do caule aumentou com a aplicação do fertilizante de liberação lenta até um máximo de 3,46 mm, que correspondeu à dose de 7,7 g/L.

Nas Figuras 4 e 5 têm-se as regressões polino-miais para matéria seca de raízes e de parte aérea, respec-tivamente, em função da dose do fertilizante de liberação lenta. Os máximos valores de matéria seca de raízes e de parte aérea foram 0,36 e 1,17 g/planta para as doses de 6,8 e 8,7 g/L, respectivamente.

Na Figura 6 é apresentada a regressão polinomial para volume de raízes (VR) em função da dose do fertili-zante de liberação lenta. O máximo valor de VR (3,11 cm3/planta) foi obtido com a dose de 6,8 g/L.

Na Figura 7 verifica-se o resultado da regressão polinomial para a área foliar (AF) em função da dose do fertilizante de liberação lenta. Segundo o resultado da regressão, a máxima área foliar será de 149,8 cm2 e pode ser obtida aplicando-se 9,1 g/L do fertilizante de libera-ção lenta.

Efeito interativo Fertirrigação x Doses do ferti-lizante de liberação lenta

Os resultados do teste de Tukey relativos às ca-racterísticas altura de plantas (AP) e n úmero de pares de folhas (NPF), em interação com as doses do fertilizante de liberação lenta, encontram-se na Tabela 3. Observa-se que nas duas menores doses do fertilizante de liberação lenta (0 g/L e 2,73 g/L) houve efeito significativo e posi-tivo da utilização de fertirrigação. O mesmo não foi veri-ficado a partir da dose intermediária (5,45 g/L), evidenci-ando-se o efeito de fertilização contínua do fertilizante de liberação lenta.

TABELA 2 – Médias de matéria seca da parte aérea (MSPA) e área foliar (AF) de mudas de cafeeiro em tubetes, em

relação aos tratamentos de fertirrigação1.

Fertirrigação MSPA (g) AF (cm2) Com 5,26 a 108,85 a Sem 4,85 b 99,99 b

1-Nas colunas as médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

DC = 2,2877 + 0,3065 Osm - 0,02 Osm2 R2 = 0,9487 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0 2 4 6 8 10 12 Doses Osmocote (g/L) Diametro do caule (mm) DC Obs. DC Est. Máximo DC = 3,46

(6)

FIGURA 3 – Diâmetro do caule (DC) em função da dose do fertilizante de liberação lenta.

FIGURA 4 – Matéria seca de raízes (MSR) em função da dose do fertilizante de liberação lenta.

FIGURA 5 – Matéria seca de parte aérea (MSPA) em função da dose do fertilizante de liberação lenta MSR = 0,1183 + 0,0721 Osm - 0,0053 Osm2 R2 = 0,9150 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0 2 4 6 8 10 12 Doses Osmocote (g/L)

Matéria Seca de Raízes (g/planta)

MSR Obs. MSR Est.

Máx. MSR = 0,36 g/planta

MSPA = 0,2086 + 0,2187 Osm - 0,0125 Osm2 R2 = 0,9930 0 , 0 0 , 2 0 , 4 0 , 6 0 , 8 1 , 0 1 , 2 1 , 4 0 2 4 6 8 10 12 Dose Osmocote (g/L)

Matéria Seca Parte Aérea (g/planta)

MSPA Obs.

MSPA Est.

(7)

FIGURA 6 – Volume de raízes (VR) em função da dose de Osmocote®

FIGURA 7 – Área foliar (AF) em função da dose de Osmocote®

TABELA 3 – Altura de plantas e número de pares de folhas de mudas de cafeeiro em tubetes, em função das doses

de fertilizante de liberação lenta e utilização de fertirrigação1.

Altura de plantas (mm) Número de Pares de Folhas Doses (Formulação 15-09-12)

(g/L) Com Sem Com Sem

Zero 70,025 a 59.425 b 2,478 a 1,850 b 2,73 129,925 a 118,225 b 3,603 a 3,228 b 5,45 146,400 a 146,125 a 3,770 a 3,958 a 8,18 143,450 a 147,250 a 3,853 a 4,040 a 10,91 152,925 a 148,200 a 3,978 a 3,835 a VR = 1,0368 + 0,6125 Osm - 0,0451 Osm2 R2 = 0,9182 0 , 0 0 , 5 1 , 0 1 , 5 2 , 0 2 , 5 3 , 0 3 , 5 0 2 4 6 8 10 12 Dose Osmocote (g/L) Volume de raízes (cm 3 /planta) VR Obs. VR Est. Máx. VR = 3,11 cm3 AF = 16,324 + 29,368 Osm - 1,6154 Osm2 R2 = 0,9949 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 2 4 6 8 10 12 Dose Osmocote (g/L) Área Foliar (cm 2 /planta) AF Obs. AF Est. Máx. AF = 149,8 cm3

(8)

1-Na horizontal, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Nas figuras 8 e 9 observa-se a comparação dos resultados da interação entre doses do fertilizante de li-beração lenta e fertirrigação, em forma de regressão poli-nomial, para AP e NPF, respectivamente. Em ambas as figuras, observa-se um efeito significativo da fertirriga-ção apenas nas menores doses do fertilizante de lib era-ção lenta, passando a ser praticamente insignificante a partir da concentração de 4 g/L, a partir da qual a fertirri-gação tornou-se desnecessária. Tal como nos casos an-teriores, determinou-se a dose do fertilizante de liberação lenta para máxima AP, com e sem fertirrigação. Os

máxi-mos valores de altura de plantas foram 155,1 mm com fer-tirrigação e 154,7 mm sem ferfer-tirrigação, obtidos com as doses de 8,3 e 8,2 g/L de fertilizante de liberação lenta.

Na Figura 9 têm-se os resultados do experimento para NPF.

Da mesma forma que as demais características, obtiveram-se as doses do fertilizante de liberação lenta para maximizar os resultados. Os valores máximos de NPF foram 4,01 e 4,14 pares/planta (com e sem fertirriga-ção), e foram obtidos com as doses de 8,4 e 7,9 g/L do fertilizante de liberação lenta, respectivamente.

FIGURA 8 – Altura de plantas em relação à dose do fertilizante de liberação lenta, com (C) e sem (S) fertirrigação.

FIGURA 9 – Número de pares de folhas em relação à dose de fertilizante de liberação lenta, com (C) e sem (S)

fertirri-gação.

NPFCOM = 2,5878 + 0,3377 Osm - 0,02 Osm2 R2 = 0,9271

NPFSEM =1,8805 + 0,5748 Osm - 0,0366 Osm 2 R2 = 0,9956 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 Dose Osmocote (g/L)

No. Pares de Folhas (cm)

COM Obs. SEM Obs. COM Est. SEM Est.

APCOM = 75,483 + 19,179 Osm -1,1551 Osm2

R2 = 0,9316

APSEM = 62,163 + 22,504 Osm - 1,3683 Osm2

R2 = 0,9826 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 2 4 6 8 10 12 Dose Osmocote (g/L) Altura de Plantas (mm)

(9)

Discussão geral sobre a maximização das carac-terísticas estudadas

Os resultados obtidos estão em concordância com Oliveira et al. (1995), que constataram a produção de mudas de melhor qualidade com a utilização de um fertili-zante de liberação lenta (formulação 17-09-13), anteci-pando em 40 dias a liberação de mudas com considerável economia de mão-de-obra. Andrade Neto (1998) também observou resultados superiores em mudas de cafeeiro com o uso de fertilizante de liberação lenta, em relação à aplicação de superfosfato simples e cloreto de potássio ao substrato.

O máximo desenvolvimento da parte aérea (AP, DC, NPF, MSPA e AF) ocorreu com a utilização de doses do fertilizante de liberação lenta entre 7,7 e 9,1 g/L, que correspondeu à aplicação de 1,16 a 1,37 g/L de N, 0,69 a 0,82 g/L de P2O5 e 0,92 g/L de K2O. O máximo crescimen-to do sistema radicular (MSR e VR) ocorreu com a dose de 6,8 g/L, ou 1,02 g/L de N, 0,61 g/L de P2O5 e 0,82 g/L de K2O. Pode-se dizer que a dose mais recomendável de fertilizante de liberação lenta (15-09-12), a fim de se obter mudas com raízes mais vigorosas e proporcionar uma melhor relação entre matéria seca de parte aérea e raízes, que poderá favorecer o seu d esenvolvimento no campo, foi de 6,8 g/L.

Os resultados deste experimento foram superio-res aos encontrados por Tubaldini (1997) para DC, AP, MSPA e MSR, apesar de um período experimental menor (146 dias) que o citado pelo autor (180 dias). Isso indica uma melhor adequação da formulação utilizada para a produção de mudas de cafeeiro neste experimento. No experimento de Tubaldini (1997), os resultados superio-res aos deste experimento para NPF evidenciam o efeito do aumento da concentração de nitrogênio na formula-ção de liberaformula-ção lenta. Pelos resultados de maximizaformula-ção encontrados, sugerem o uso de doses menores que a re-comendação de fertilizante de liberação lentadada pelo autor (9,1 g/L) para a formulação 18-05-09. Neste experi-mento, foi utilizada uma formulação 15-09-12 e, portanto, a quantidade de nutrientes foi diferente. A dose reco-mendada pelo autor forneceu 1,64 g/L de N, 0,46 g/L de P2O5 e 0,82 g/L K2O, com maior dose de nitrogênio do que neste experimento e conseqüente maior crescimento da parte aérea das mudas. As maiores diferenças entre as duas formulações são os t eores de nitrogênio e fósfo-ro. No presente experimento, procurou-se valorizar o de-senvolvimento do sistema radicular, justificando a dose ideal e a formulação utilizada.

A tecnologia de produção de mudas de cafeeiro tem evoluído rapidamente, incorporando técnicas e

in-sumos na obtenção de plantas mais vigorosas e livres de problemas fitossanitários. É necessário que os experi-mentos com mudas de cafeeiro em tubetes sejam também avaliados quanto ao comportamento dos diferentes tra-tamentos no campo.

CONCLUSÕES

Doses crescentes do fertilizante de liberação len-ta (15-09-12) resullen-taram em melhor qualidade das mudas, até as doses que maximizaram os resultados para parte aérea (7,7 a 9,1 g/L) e sistema radicular (6,8 g/L).

Como o desenvolvimento do sistema radicular, é de fundamental importância para a implantação da lavou-ra cafeeilavou-ra, recomenda-se que seja priorizado o equilíbrio entre a parte aérea e o sistema radicular no desenvolvi-mento das mudas na fase de viveiro.

A fertirrigação pode ser usada para complementar a adubação inicial no substrato com menores doses do fertilizante de liberação lenta. As doses mais adequadas de fertilizantes aplicados por meio da fertirrigação e por fontes de liberação lenta deverão ser determinadas pela análise de custos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE NETO, A. Avaliação de substratos alterna-tivos e dois tipos de adubação para a produção de mu-das de cafeeiro (Coffea arabica L.) em tubetes. 1998. Tese (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras.

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