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A PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES INGRESSANTES DO CURSO DE MEDICINA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DO TOCANTINS

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Academic year: 2021

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A PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES INGRESSANTES

DO CURSO DE MEDICINA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DO

TOCANTINS

Olinda Mara Dantas¹, Rávilla Ruthiele Meireles Santos¹, Glauber Carvalho Barbosa

Júnior¹, João Paulo Borges de Moraes¹

1 Curso Medicina – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC Palmas)

Quadra 202 Sul, Rua NS B, Conjunto 02, Lote 3 - Plano Diretor Sul, Palmas - TO, 77001-036

olindamaradantas@gmail.com ; ravillaruthiele@hotmail.com ; glaubercbjunior@gmail.com ;

jpbmoraes@hotmail.com

Abstract: The practice of self-medication is a recurring issue in the Brazilian population. Prevalent symptoms and complaints of the population such as viruses, flu, fever, sore throat are associated with self-medication and have induction in the layman's orientation, of professionals not qualified to prescribe medicines or even from Internet searches. This subject is discussed in this study, based on a descriptive research, with a qualitative-quantitative approach based on a case study with medical students, and a private faculty from Tocantins. The objective was to analyze the context of self-medication in medical students. From the results it is possible to perceive that self-medication is a reality in the life of these scholars even though there is an understanding about the prejudice of such an act

Palavras-chave: Automedicação, Estudantes, Medicina. Keywords: Self-medication, Student, Medicine.

1 INTRODUÇÃO

Ao se colocar em discussão a prática da automedicação, prós e contras são levantados. Essa prática relacionada a alunos de medicina é o foco do presente estudo. As categorias de análise foram estruturadas a partir de uma pesquisa exploratória, visando evidências científicas de conhecimentos empíricos acerca da facilidade de venda de medicamentos sem receita, do conhecimento farmacológico que o estudante tem por fazer parte da sua formação e pela crescente consulta a internet sobre informações de medicamentos.

A automedicação é um ato frequentemente realizado pela população, tanto em busca de saúde mental como física, mesmo que exista uma regulamentação para a venda de medicamentos pela

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Ao analisar dados relacionados ao Brasil, é possível perceber que a Região Norte apresenta baixos índices de uso de medicações sem prescrição, entretanto as estatísticas apontam para uma incidência dessa prática em jovens na faixa etária relacionada aos estudantes do ensino superior. Esses números são ainda mais relevantes quando o fato é vinculado a estudantes do curso de Medicina.

A partir do exposto, o objetivo do trabalho é analisar o contexto da automedicação em estudantes ingressantes no curso de medicina, vislumbrando utilizar os resultados encontrados na compreensão de tal prática na população escolhida, possibilitando assim a criação de estratégias para diminuição da mesma.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A automedicação é a prática realizada a partir da ingestão de medicamentos sem o acompanhamento ou prescrição do profissional da área da saúde habilitado. Assunto recorrente na área da saúde, conexo principalmente a sintomas e queixas prevalentes da população como viroses, gripes, febre, dor de garganta, tem sua indução na orientação leiga, de profissionais não habilitados para receitar medicamentos ou ainda a partir de pesquisas na Internet. (ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA, 2001). Considerando estudos existentes acerca da prática da automedicação no Brasil, é possível perceber a prevalência entre mulher e pessoas na faixa etária de 20 a 39 anos, sendo os estados do Nordeste e Centro-Oeste com maior índice. (ARRAIS et al., 2016). Tais dados são justificados pelo fato de mulheres sofrerem com frequentes dores de cabeça e menstruais, iniciando precocemente a prática da automedicação e perpetuando tal hábito. (ARRAIS et al., 2016).

As evidências relacionadas aos efeitos da automedicação mostram diferentes resultados. No entanto, mesmo existindo um lado considerado favorável, também existe um lado com consequências e possíveis riscos para a prática. Várias situações podem levar a efeitos colaterais negativos e/ou piorar o estado do cidadão que procurou comprar o remédio sem prescrição para melhorar sua saúde. A má orientação, a quantidade errada na dose e o errôneo modo de uso podem levar essa pessoa a um caso preocupante de saúde (CASTRO; SANTOS; RODRIGUES, 2007). A automedicação em estudantes de Medicina vem sendo discutida há alguns anos em diferentes países. O conhecimento acerca da área farmacológica e dos processos de saúde-doença, além do fácil acesso a medicamentos e a fármacos, aparecem como elementos

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motivadores em tal processo. Entretanto, é necessário que estudos considerando as especificidades deste estudante sejam realizados para que possam apoiar a estruturação correta da práxis acadêmica, uma vez que este, enquanto futuro médico, fará parte de um importante movimento de apoio a educação em saúde. (SILVA, et. al., 2012).

3 MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa básica, descritiva, com abordagem quali-quantitativa. Para coleta de dados utilizou-se um questionário misto, online, com 12 questões as quais 25 estudantes do 1º período do curso de Medicina de uma instituição de ensino superior privada responderam. As questões foram construídas a partir de conhecimento prévio, oriundo de pesquisa exploratória de cunho bibliográfico sobre a temática. O instrumento teve como foco a prática da automedicação a partir de variáveis como hábito, frequência, tipo de medicamento e influência.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram 25 alunos com idades entre 17 e 22 anos, sendo 16 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. Entre os 25 alunos entrevistados, 19 destes confirmaram que a família possui um costume de tomar remédios sem prescrições. Isso confirma as evidências teóricas acerca da prevalência relacionada a “cultura enraizada” na família, mas também podendo ser influenciado por outros círculos sociais. Paralelo a este motivo, os entrevistados também relataram a facilidade de compra como um dos motivos para a prática de automedicação. Assim, 80% dos entrevistados acham que, por ser muito fácil encontrar os remédios, existe uma conivência para se automedicar sem direcionamento. Ao abordar o tipo de medicamento utilizado sem prescrição ou acompanhamento médico por alunos de medicina participantes, pode ser constatado que trafegam entre os mais comuns medicamentos que indicam obrigatoriamente a necessidade de prescrição.

Ao serem questionados sobre uma lista de 12 medicamentos que usualmente são utilizados sem acompanhamento, as respostas mostram que 11 já foram usados por alguns e somente um único fármaco não foi utilizado pelos estudantes, como é possível observar no Gráfico 1. Cerca de metade da população pesquisada indica que faz uso corriqueiro desses medicamentos. Por fim, 23 estudantes já haviam se automedicado nos últimos cinco dias.

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Gráfico 1: Tipos de medicamentos utilizados em práticas de automedicação em estudantes de Medicina.

Quando interrogados sobre os resultados de automedicações, todos disseram que houveram melhorias. Os sintomas ruins podem ter desaparecidos, mas por outro lado também existiram efeitos colaterais indesejáveis, uma vez que 36% dos estudantes relataram que já sofreram com efeitos colaterais negativos, mesmo 48% dos entrevistados disseram terem lido a bula.

Destarte, foi perceptível que a grande maioria dos universitários faz uso regular sem instrução, esses dados são preocupantes pois o método é inadequado corroborando em possíveis efeitos colaterais que de fato existiram segundo os relatos dos participantes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante os dados coletados e analisados é possível afirmar que a automedicação é uma realidade na vida desses acadêmicos de medicina. Tem-se evidenciado que tal prática pode afetar de forma integral a população pesquisada, uma vez que o uso de medicamentos sem acompanhamento ou prescrição pode afetar o sujeito de forma social, além de este estar sujeito as dependência e efeitos colaterais. Concomitante a isso, empresas farmacológicas que facilitam a venda de medicamentos, promovendo o acesso as drogas sem prescrição gerando uma continuidade na prática da automedicação. Assim, é notável que por mais que a grande maioria possua conhecimentos sobre as possíveis desvantagens da automedicação, grande parte da população incluída na pesquisa não

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA MÉDICA. Automedicação. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 47, n. 4, p. 269–270, dez. 2001.

CASTRO, H. C.; SANTOS, D. O.; RODRIGUES, C. R. Automedicação: Entendemos O Risco? Infarma - Ciências Farmacêuticas, v. 19, n. 11/12, p. 33–36, 2007.

GOMES, R. Antropologia do corpo e modernidade. Cadernos de Saúde Pública, v. 27, n. 11, p. 2277– 2278, nov. 2011.

SILVA, C.G.R.; OLIVEIRA, T.M.; CASIMIRO, T.S.; VIEIRA, K.A.M.; TARDIVO, M.T.; JUNIOR, M.F.; RESTINI, C.B.A. Automedicação em acadêmicos do curso de medicina. Medicina (Ribeirão Preto) n. 45, v. 1, p. 5-11, 2012.

Referências

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