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O COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE ALGUMAS COMMODITIES (CAFÉ, SOJA, AÇÚCAR E SUCO DE LARANJA)

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O COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE ALGUMAS COMMODITIES (CAFÉ, SOJA, AÇÚCAR E SUCO DE LARANJA)

Ricardo Dalla Costa1

RESUMO

O presente artigo vem analisar o nível de preço e produtividade, tecnologia, comercialização e competitividade das commodities café, soja, açúcar e suco de laranja no mercado internacional.

Partindo da hipótese que o preço das quatro commodities tendem a decrescer nos próximos anos seja pela razão do excesso do estoque mundial ou por dificuldades aduaneiras ditada pelo protecionismo de algumas nações.

Palavras Chaves: Commodities; preço; quantidade.

INTRODUÇÃO

O presente artigo visa a considerar o preço de mercado de quatro produtos agrícolas específicos, como o café, a soja, o açúcar e o suco de laranja.

Dessa forma, será apresentado nesta seqüência respectiva uma análise de comparação e a verificação da hipótese de que as quatro commodities tendem a cair a partir de 2003.

Análise de tabelas e gráficos ilustram o desenrolar deste trabalho de forma a facilitar a interpretação.

CAFÉ

Com a queda no preço do café no mercado internacional, ou seja, “os baixos preços do café, 40% menores do que no ano passado, levou representantes brasileiros do setor a liderar um audacioso plano internacional de retenção do produto, visando uma melhora, ainda não verificada, dos preços no mercado mundial” (VILLELA, 2001).

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2 A retenção do café para evitar queda nos preços faz lembrar a queima do café na década de 30, por motivos de retenção do produto por causa do excesso mundial e queda nos preços, além da recessão mundial devido a crise mundial de 1929. Porém, a meta é reter “20% do total das exportações de cada um dos países produtores, membros ou não da Associação dos Países Produtores de Café (APPC)” (id).

Para obter uma visão da redução do preço, os países que importam café aumentaram seus estoques em 10%, sendo os Estados Unidos em 70%. Desse modo, existe um excesso de produto no mercado, fazendo com que o preço baixe. Considerando que a safra de café mundial em 2001 foi por volta de 118 milhões de sacas, isso explica uma oferta muito grande do produto.

No caso do Brasil, a implantação de tecnologias, como por exemplo, o uso de fertilizantes, adubos e defensivos aliados ao sistema de plantio adensado, promove um aumento de 8,6 sacas/ha no período de 1995 a 1991 para 15,7 sacas/ha em 1998, ou seja, a tecnologia fez um aumento de 82,6% na produção nacional.

Ainda, a tecnologia adequada é ditada em dólares e com a desvalorização do real os insumos tornam-se mais caros e a previsão das áreas plantadas será uma redução entre 10% e 15%. Juntando tudo, os custos tornam-se inviáveis e os produtores tendem a diversificar a produção, substituindo o café por outras culturas, como o milho, soja e até mesmo por frutas.

A Tabela 1 mostra a série de preços em milhões de dólares e quantidades produzidas da commoditie café de 1990 a 2002, e a Tabela 2 a quantidade produzida em 1000 toneladas no período de 1991 a 2000.

A Tabela 2 também mostra o principais produtores de café, que são os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. O Paraná já foi grande produtor de café, porém sua vocação atualmente está na soja. Os principais mercados internacionais são os Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

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TABELA 1 – SÉRIE PREÇO DA COMMODITIE CAFÉ (1990 – 2002)

Exportações - setor: café - (FOB) - Mensal - US$(milhões)

1990 01 92.9 1991 01 172.2 1992 01 172.9 1993 01 88.4 1994 01 123.1 1995 01 185.8 1996 01 124.2 1990 02 91.3 1991 02 104.6 1992 02 133.8 1993 02 100.4 1994 02 160.2 1995 02 188.3 1996 02 127.4 1990 03 103.5 1991 03 156.6 1992 03 116.7 1993 03 96.7 1994 03 101.6 1995 03 230.3 1996 03 118.3 1990 04 89.5 1991 04 137.8 1992 04 108.9 1993 04 86.4 1994 04 93.2 1995 04 222.6 1996 04 145.4 1990 05 99.1 1991 05 119.5 1992 05 95.4 1993 05 71.2 1994 05 115.5 1995 05 248.2 1996 05 155.7 1990 06 95.5 1991 06 122.8 1992 06 75.6 1993 06 87.3 1994 06 152.7 1995 06 267.7 1996 06 160.4 1990 07 98.4 1991 07 105 1992 07 111.7 1993 07 109.2 1994 07 191.7 1995 07 178.3 1996 07 196.3 1990 08 133.7 1991 08 175.4 1992 08 86.5 1993 08 124.8 1994 08 308.1 1995 08 234.8 1996 08 233.3 1990 09 85.9 1991 09 92.8 1992 09 76.5 1993 09 203.7 1994 09 372.9 1995 09 244 1996 09 214.3 1990 10 121.1 1991 10 147.8 1992 10 93 1993 10 118 1994 10 383.8 1995 10 203.2 1996 10 292.3 1990 11 212.8 1991 11 141.9 1992 11 74.1 1993 11 139.5 1994 11 399.8 1995 11 171.9 1996 11 250.9 1990 12 195.1 1991 12 157.6 1992 12 109.1 1993 12 181.2 1994 12 300.5 1995 12 152.8 1996 12 207.8 1997 01 197.7 1998 01 198.8 1999 01 193.3 2000 01 152.6 2001 01 103 2002 01 85.1 1997 02 221.5 1998 02 228 1999 02 242.3 2000 02 175.3 2001 02 105.3 2002 02 85.5 1997 03 297.2 1998 03 200.6 1999 03 270.4 2000 03 140.1 2001 03 120.4 2002 03 87.8 1997 04 313.8 1998 04 178.4 1999 04 215.1 2000 04 133.9 2001 04 126.7 2002 04 106.2 1997 05 297.8 1998 05 179.4 1999 05 193.2 2000 05 166.3 2001 05 116.4 2002 05 86.3 1997 06 250 1998 06 218.3 1999 06 187.5 2000 06 139.2 2001 06 122 2002 06 69.9 1997 07 264.8 1998 07 260.8 1999 07 180.5 2000 07 108.2 2001 07 108.3 2002 07 126.7 1997 08 288.1 1998 08 270.7 1999 08 224.8 2000 08 169.3 2001 08 147.4 2002 08 135.2 1997 09 301.7 1998 09 265.1 1999 09 205.9 2000 09 149.2 2001 09 116.2 2002 09 149.2 1997 10 301.3 1998 10 245.5 1999 10 193.7 2000 10 170.5 2001 10 129 2002 10 152.9 1997 11 242.5 1998 11 215.6 1999 11 209.6 2000 11 155.1 2001 11 127.2 1997 12 241.8 1998 12 243 1999 12 215.3 2000 12 124.5 2001 12 95

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Com os dados da Tabela 1 foi feito a média aritmética dos meses pertencentes aos respectivos anos, chegando ao preço médio mostrado na Tabela 3 conjuntamente com a quantidade produzida mostrada na Tabela 2.

TABELA 3 – CAFÉ: PREÇO, QUANTIDADE E VARIAÇÃO Ano Preço Méd Var (%) Qtde. Var (%)

1990 118.233 - - - 1991 136.167 15.2 3051 -15.2 1992 104.517 -23.2 2587 -1.2 1993 117.233 12.2 2555 2.3 1994 225.258 92.1 2613 -28.9 1995 210.658 -6.5 1858 44.6 1996 185.525 -11.9 2686 -12.8 1997 268.183 44.6 2341 47.4 1998 225.350 -16.0 3450 -5.3 1999 210.967 -6.4 3268 11.7 2000 148.683 -29.5 3651 - 2001 118.075 -20.6 - - 2002 108.480 -8.1 - -

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do IPEA-DATA; FUNCEX; IBGE; SECEX/MDIC

Assim, o Gráfico 1 ilustra a relação do preço no período de 1990 a 2002 GRÁFICO 1 – EVOLUÇÃO DO PREÇO DO CAFÉ

0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 1985 1990 1995 2000 2005 Anos P re ço U S $ ( m il hõe s)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 3

Ainda assim observa-se que após a abertura comercial, os preços tiveram uma oscilação com tendência de alta até 1997, que é o preço mais alto da série. Porém, de 1997 a 2002, a série apresenta tendência de queda, sendo a média de 2002 inferior a de 1990.

O Gráfico 2 ilustra a relação da quantidade no período de 1991 a 2000, com tendência de queda da produção até 1997 quando então inverte a trajetória.

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GRÁFICO 2 – EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE PRODUZIDA DO CAFÉ

0 1000 2000 3000 4000 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 Anos Q u a n ti d a d e (1 00 0 t)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 3

O Gráfico 3 ilustra a variação percentual do preço do café de 1990/91 a 2000/02 e a variação da quantidade referente ao período 1991/92 a 1998/1999.

GRÁFICO 3 – VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PREÇO E DA QUANTIDADE DE CAFÉ

-50.0 0.0 50.0 100.0

0 5 10 15

Variação % do Preço Variação % da Qtde.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 3

A Tabela 4 ilustra a cotação do café na Bolsa de Nova Iorque referente aos anos 2001 e 2002, comprovando mais uma vez uma queda no preço internacional do café.

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7 TABELA 4 – COMMODITIES Soja em grãos * US$ cents/bushel Açúcar ** US$ cents/LBS-peso Café em grãos ** US$ cents/LBS-peso Suco de laranja ** US$ cents/LBS-peso JAN/01 480,51 10,11 66,34 77,37 JAN/02 435,57 7,43 47,78 88,49

Nota: * Bolsa de Chicago ; ** Bolsa de Nova Iorque. Fonte: Suma Econômica, p. 39, 2002.

Sendo assim,a hipótese de que o preço da commoditie café tende a cair nos próximos anos é confirmada, isto é, em 1997 o preço começa a cair e a produção a aumentar.

SOJA

O Mercado da soja é muito animador para o produtor brasileiro, principalmente quando a produção americana cai.

A previsão de 48 milhões de toneladas de soja brasileira é diagnosticada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para safra 2002/03.

Com a desvalorização do real, o mercado externo é um atrativo muito importante para a economia brasileira, mas por outro lado, o preço dos insumos ficam mais caros, uma vez que são cotados em dólar.

Com o desempenho e expectativa em alta, os produtores de soja estão otimistas. Um bom exemplo é o Grupo Maggi, que com aplicação de tecnologia em insumos obteve uma produtividade mais alta do Brasil, cerca de 57 sacas/ha2 .

Desse modo, a estimativa para a exportação da soja é por volta de US$ 5 bilhões o que vem a contribuir com um superavit na Balança Comercial.

Contudo, não podemos esquecer que a média nacional é de 39,7 saca/ha chegando até 50 sacas/ha no cerrado usando insumos apropriados.

Com os dados da Tabela 5 observa-se que a produção está nos Estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Já os países consumidores em grãos são os Países Baixos, Espanha, Alemanha. Para o Farelo, Países Baixos, França, Alemanha e Espanha. Para o Óleo, o Irã e a China.

2 Sacas por hectare.

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Após a abertura comercial, os dois primeiros anos o preço da commoditie soja teve queda para depois seguir uma trajetória de aumento, até 1996, quando então volta a seguir a trajetória de queda. A Tabela 6 exibe a série visualizada nos Gráficos 4 e 5.

TABELA 6 – SOJA: PREÇO, QUANTIDADE E VARIAÇÃO Commodities - soja em grão

Preço / tonelada métrica - EUA - Anual - US$ Ano Preço Var (%) Qtde. Var (%)

1990 246.75 - - - 1991 239.562 -2.9 15395 26.1 1992 235.517 -1.7 19419 18.7 1993 255.25 8.4 23042 8.8 1994 252.833 -0.9 25059 3.5 1995 259.25 2.5 25934 -10.6 1996 304.5 17.5 23190 12.8 1997 295.417 -3.0 26160 19.9 1998 245.417 -16.9 31370 -1.9 1999 199.583 -18.7 30765 3.6 2000 211.25 5.8 31887 - 2001 195.5 -7.5 - - 2002 - - - -

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados: IPEADATA; IFS; CECEX/MDIC; CONAMA

O Gráfico 4 mostra uma tendência de alta dos preços até 1996 para depois seguir uma trajetória de queda.

GRÁFICO 4 – EVOLUÇÃO DO PREÇO DA SOJA

0 100 200 300 400 1985 1990 1995 2000 2005 Anos P re ço U S $ ( A nua l)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 6

O Gráfico 5 mostra a tendência de aumento da produção a partir da abertura comercial.

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GRÁFICO 5 – EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE PRODUZIDA DA SOJA

0 10000 20000 30000 40000 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 Anos Q u a n ti d a d e (1 00 0 t)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 6

O Gráfico 6 mostra a relação entre a variação percentual da quantidade produzida e a variação percentual dos preços.

GRÁFICO 6 – VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PREÇO E QUANTIDADE DA SOJA

-30.0 -20.0 -10.0 0.0 10.0 20.0 30.0 0 2 4 6 8 10 12

Variação % do Preço Variação % da Qtde.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 6

A Tabela 4 ilustra a cotação da soja na Bolsa de Chicago referente aos anos 2001 e 2002, comprovando mais uma vez uma queda no preço internacional da soja.

Logo, com o aumento da produção após a abertura comercial e uma seqüência de queda nos preços a partir de 1997, a hipótese de que o preço da

commoditie soja tenha uma trajetória de queda para os próximos anos é

confirmada.

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AÇÚCAR

O mercado do açúcar vem crescendo consideravelmente, principalmente depois da abertura comercial.

Porém, não se pode esquecer da enorme influência da cana-de-açúcar com nosso potencial energético, principalmente como combustível. O álcool produzido pelas usinas abastece o mercado nacional onde já manteve cerca de 90% da frota nacional de automóveis com esse combustível.

A Tabela 7 fornece a série de dados de 1990 a 2002 e a Tabela 8, pode-se observar a exportação em mil toneladas entre 1991 a 2000.

Dentre os grandes produtores, destaca-se os Estados de São Paulo, Alagoas e Paraná e as principais nações compradoras são a Rússia, os Emirados Árabes Unidos, Irã, Arábia Saudita e Marrocos.

A Tabela 9 é a média dos preços anuais da série da Tabela 7 conjuntamente com os dados da quantidade em 1000 toneladas fornecido pela Tabela 8 e a variação do preço e quantidade do açúcar.

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TABELA 7 – SÉRIE PREÇO DA COMMODITIE AÇÚCAR (1990 – 2002)

Exportações - setor: açúcar - (FOB) - Mensal - US$(milhões)

1990 01 45.8 1991 01 53.2 1992 01 49.2 1993 01 59.8 1994 01 52 1995 01 145.7 1996 01 112.8 1990 02 71.8 1991 02 57.5 1992 02 59.4 1993 02 41.6 1994 02 11.7 1995 02 138 1996 02 51.1 1990 03 66.8 1991 03 50.2 1992 03 56.9 1993 03 29.8 1994 03 30.9 1995 03 73.8 1996 03 51.1 1990 04 53.2 1991 04 35 1992 04 44.8 1993 04 43.1 1994 04 30 1995 04 101.6 1996 04 47.5 1990 05 39.9 1991 05 17.7 1992 05 29.5 1993 05 60.2 1994 05 50.6 1995 05 108.6 1996 05 74.8 1990 06 38.6 1991 06 6.9 1992 06 21.4 1993 06 33.3 1994 06 101.2 1995 06 104.9 1996 06 133 1990 07 22.3 1991 07 15.2 1992 07 27.9 1993 07 58.9 1994 07 139.3 1995 07 209.4 1996 07 195.6 1990 08 34.6 1991 08 17.6 1992 08 31.6 1993 08 88.5 1994 08 175.6 1995 08 259.7 1996 08 222.3 1990 09 32.8 1991 09 9.2 1992 09 52.5 1993 09 83 1994 09 123.1 1995 09 214.9 1996 09 210.2 1990 10 12.4 1991 10 18.4 1992 10 67.4 1993 10 101 1994 10 130.7 1995 10 215.5 1996 10 206.7 1990 11 24.9 1991 11 56.5 1992 11 65 1993 11 104.4 1994 11 90.9 1995 11 206.6 1996 11 195.9 1990 12 91.1 1991 12 107.2 1992 12 95.3 1993 12 84.5 1994 12 57.4 1995 12 141.5 1996 12 107.9 1997 01 124.9 1998 01 253.9 1999 01 118.7 2000 01 81.5 2001 01 229.6 2002 01 148.3 1997 02 31.5 1998 02 132.4 1999 02 144.9 2000 02 115.5 2001 02 74.3 2002 02 127.9 1997 03 45.2 1998 03 84.7 1999 03 109.2 2000 03 32.6 2001 03 116.1 2002 03 65.4 1997 04 44.5 1998 04 93.6 1999 04 99.8 2000 04 12.7 2001 04 71.8 2002 04 53 1997 05 71.5 1998 05 61.5 1999 05 130.8 2000 05 11.6 2001 05 78.5 2002 05 90.3 1997 06 164.1 1998 06 182.3 1999 06 187.1 2000 06 67 2001 06 163.3 2002 06 186.9 1997 07 215.6 1998 07 209.1 1999 07 212.9 2000 07 153.7 2001 07 239.8 2002 07 229.8 1997 08 220.9 1998 08 150.4 1999 08 159.6 2000 08 143.5 2001 08 288.7 2002 08 221.9 1997 09 201.6 1998 09 236.6 1999 09 178.3 2000 09 92.6 2001 09 292.2 2002 09 330.8 1997 10 236.4 1998 10 178.3 1999 10 163.4 2000 10 173.3 2001 10 291.3 2002 10 270.5 1997 11 167.9 1998 11 175.1 1999 11 170.2 2000 11 166.8 2001 11 281.7 1997 12 245.7 1998 12 182.9 1999 12 235.8 2000 12 148.6 2001 12 151.9

Fonte: IPEADATA; FUNCEX

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A TABELA 9 - AÇÚCAR: PREÇO, QUANTIDADE E VARIAÇÃO Ano Preço Méd Var (%) Qtde. Var (%)

1990 44.517 - - - 1991 37.050 -16.8 980.9 37.0 1992 50.075 35.2 1343.8 59.8 1993 66.675 33.2 2148 27.7 1994 82.783 24.2 2742.9 75.0 1995 160.017 93.3 4800 -14.8 1996 134.075 -16.2 4090.3 -6.0 1997 147.483 10.0 3844.2 24.7 1998 161.733 9.7 4792.2 63.3 1999 159.225 -1.6 7826.9 -44.5 2000 99.950 -37.2 4344.08 - 2001 189.933 90.0 - 2002 172.480 -9.2 - -

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados: IPEA-DATA; FUNCEX; IBGE; SECEX/MDIC

Pelo Gráfico 7 é visível a tendência de alta nos preços desde a abertura comercial.

GRÁFICO 7 – EVOLUÇÃO DO PREÇO DO AÇÚCAR

0 50.000 100.000 150.000 200.000 1985 1990 1995 2000 2005 Anos P re ço U S $ ( m il hõe s)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 9

Pelo Gráfico 8, a tendência de alta na produção é verificada, exceto pelo ano de 2000.

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15 GRÁFICO 8 – EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE

PRODUZIDA DE AÇÚCAR 0 2000 4000 6000 8000 10000 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 Anos Q u a n ti d a d e (1 00 0 t)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 9

O Gráfico 9 mostra a variação percentual do preço e da quantidade de açúcar.

GRÁFICO 9 – VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PREÇO E DA QUANTIDADE -100.0 -50.0 0.0 50.0 100.0 150.0 0 5 10 15

Variação % do Preço Variação % da Qtde.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Tabela 9

A Tabela 4 ilustra a cotação da soja na Bolsa de Nova Iorque referente aos anos 2001 e 2002, mostrando uma queda no preço internacional do açúcar.

Contudo, o estudo mostra uma posição contrária a hipótese inicial e a Tabela 4. O preço da commoditie açúcar não mostra uma trajetória de queda para os próximos anos, e sim, o inverso.

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SUCO DE LARANJA

Com grande destaque nos agronegócios brasileiros, o suco de laranja tem a maior fatia do mercado internacional. Isso por um lado vem a incomodar o Estados Unidos, que com geadas vê-se obrigado a importar do Brasil. A boa qualidade do suco brasileiro faz com que muitos países como a Holanda, Bélgica e os Estados Unidos3 importem sucos brasileiros e reprocessem, misturam e embalam com outros sucos e reexportam, tirando “nossos” mercados. O Gráfico 10 mostra a liderança brasileira na produção do suco de laranja.

GRÁFICO 10 – BRASIL – LIDERANÇA NA PRODUÇÃO

56%

1% 2%

39% 2%

Legenda: Itália (1%); México (2%); Espanha (2%); EUA (36%);

Brasil (52%)

Fonte: BOTEON (2000)

O mercado para suco de laranja é caracterizado sob três tipos, como o suco concentrado congelado, o suco integral pasteurizado e o suco fresco natural.

Interessante análise é feita no artigo do BNDES (1996) e no Gráfico 11, onde

nos últimos cinco anos, o custo de industrialização do suco brasileiro vem apresentando crescimento devido aos maiores custos de colheitas e transporte, implicando um aumento da ordem de 12,5% por tonelada de suco. Ainda assim, o custo por caixa brasileiro continua inferior ao norte-americano. Isto é importante na medida em que o suco de laranja, apesar as diferenciações de produto, é uma commodity, e a competição se dá via preço.

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GRÁFICO 11 –US$ POR CAIXA DE LARANJA PARA PROCESSAMENTO

Fonte: BNDES (1996)

Porém “de 1988 a 1990 os preços internacionais do suco estiveram em alta, com um preço por caixa pago ao produtor . A partir de 1991, os preços internacionais entraram em queda, o que provocou um crescente endividamento dos produtores junto a indústria, causando insatisfação em relação ao contrato de vigência” (id). Isto é observado no Gráfico 12.

GRÁFICO 12 – PREÇOS INTERNACIONAIS VERSUS CONTRATOS DE PARTICIPAÇÃO

Fonte: BNDES (1996)

Mas, para os anos posteriores, o Mercado Futuro de Suco de Laranja Concentrado vem demonstrando queda nos preços em virtude do aumento da safra americana e a espanhola, embora o Brasil ainda tenha a maior participação mundial. Porém, “ao se observar o histórico do preço do suco concentrado na 3 As importações americanas de suco de laranja são denominadas de FCOJ.

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18 Bolsa de Nova Iorque, vê-se claramente que existe uma redução nesses preços, de forma mais acentuada a partir de 1993 (gráfico 1)”. (MEDEIROS, 2002)

De acordo com o Gráfico 13 (que é o Gráfico 1 da citação acima), pode-se observar que com a abertura comercial em 1990, não foi possível mudar a trajetória de tendência de queda dos preços da commoditie suco de laranja. Segundo CARRER (2002), “o câmbio favorável às exportações não está ajudando a ampliar as vendas de suco concentrado de laranja para o exterior”

Contudo, a Tabela 4 apresenta um aumento de preço de janeiro de 2001 para 2002 na cotação da Bolsa de Nova Iorque.

GRÁFICO 13 – TENDÊNCIA DE QUEDA NO PREÇO DO SUCO DE LARANJA Gráf. 1 - Evolução dos preços do suco de laranja

concentrado. Bolsa de Nova Iorque. 1980/2001

y = -37,653x + 2163,2 -500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 U S $ / t ( m e d ia a n u a l)

preço Linear (preço) Fonte: MEDEIROS (2002)

Analisando a Tabela 10 pode-se observar uma aumento das exportações de 1991 a 2000, com exceção de 1995. Assim, o maior incentivo a cultura da laranja e conseqüente produção do suco, é o fenômeno concorrencial em outros países.

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19 Os principais Estados produtores são o São Paulo, Bahia, Sergipe e Minas Gerais. Os mercados internacionais de maior destaque são Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Estados Unidos, Japão e República da Coréia.

Na Balança comercial do suco de laranja, as importações são desprezíveis se comparadas com as exportações, demonstrando mais uma vez outro potencial da agricultura brasileira.

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CONCLUSÃO

O estudo deste artigo mostrou a capacidade e potencialidade brasileira com suas commodities.

Mesmo com pressões de países desenvolvidos e com uma política voltada de subsídios e refinamento (mistura) do suco de laranja para reexportação, os produtores nacionais investem na produção e tecnologia. Contudo, como colocado na hipótese inicial que as quatro commodities tenderiam a ter queda nos preços a partir dos próximos anos, segundo as séries verificadas conclui-se que o preço do café tende a cair é confirmado, isto é verificado a partir de 1997.

Para a soja, com o aumento da produção após a abertura comercial e uma seqüência de queda nos preços a partir de 1997, o preço apresenta uma trajetória de queda para os próximos anos.

A hipótese inicial não é verificada no caso do preço do açúcar onde mostra uma trajetória de alta para os próximos anos.

Para o suco de laranja, pois segundo CARRER (2002),

As exportações neste ano safra deverão somar 1,1 milhão de toneladas, volume que vem se repetindo há alguns anos. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), Ademerval Garcia, o Brasil tem avançado pouco na conquista de novos mercados e sofre forte concorrência em mercados tradicionais, como dos Estados Unidos e Europa. /.../ O México e a Costa Rica, principalmente, vêm ganhando espaço nas exportações e concorrem com o Brasil, o maior produtor mundial, com 50% de todo o suco produzido no mundo.

Novamente, a hipótese inicial deste artigo vem a confirmar uma tendência de queda no preço da commoditie suco de laranja em virtude de novos produtores.

Como solução, uma política voltada eficientemente para defender os interesses nacionais diante as economias que sobrevivem de subsídios governamentais na qual impedem uma justa competição, talvez o Brasil tenha êxito em impor algo semelhante. Porém o problema será verificado nas dificuldades em sustentar preços mais altos a partir de 2003 levando em conta o aumento da produção, com exceção da commoditie açúcar.

Uma outra solução é a busca de novos mercados, a sua manutenção e credibilidade (como a China que aumentou a importação de suco de laranja em

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22 1.500% a partir de 2000) onde a produção será absorvida rapidamente e o preço tende a aumentar. Ainda assim, um planejamento de redução das barreiras protecionistas com alguns países importadores, faz parte de uma estratégia para o novo Ministro da Agricultura.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 1996). http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/ Acesso em 11/01/2003.

BOTEON, Margarete. Aumento da produção Mundial de Suco. http://pa.esalq.usp.br/ Acesso em 10/01/2003.

Cai a produção americana de soja. Suma Econômica. P. 36-37. Set 2002.

Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2002) http://www.conab.gov.br/ Acesso em 10/11/2002.

CARRER, Nelson Júnior. Suco de laranja mantém média de exportações. Disponível em: http://www.socitrus.com.br/pomar.htm. Acesso em 12/01/2003. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA. 2002b). Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/ Acesso em 07/01/2003.

MEDEIROS, Natalino H. O Mercado de Suco Concentrado de Laranja e os Agronegócios Brasileiros. In: TEXTO PARA DISCUSSÃO – SEMINÁRIO DAS QUINTAS – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA, 28, 2002. UEM: Maringá, 2002.

VILLELA, Gláucio. Derriça Global. Panorama Rural. Ano II, n. 27, p. 28-36 – mai 2001.

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