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34 Assembléia Nacional da ASSEMAE VIII Exposição de Experiências Municipais em Saneamento AVALIAÇÃO DA UNIDADE MÓVEL DE CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DA UNIDADE MÓVEL DE CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA

Osman de Oliveira Lira

Farmacêutico - Bioquímico pela Faculdade de Farmácia - UFPE. Pós Graduação “Lato Sensu” Em Saúde Pública pela Faculdade de ENFERMAGEM LUÍZA MARILLAC – Centro Educacional SÃO CAMILO/BA. Responsável Técnico pela Unidade Regional de Controle da Qualidade da Água da Coordenação Regional de Pernambuco da FUNASA. .Endereço: Rua Francisco Mendes n° 236, apto 104 Piedade Jaboatão dos Guararapes - PE - CEP: 54410.150 - Brasil - Tel: (0xx81) 34749407. E-mail: osmanlira@bol.com.br e

corepe.urcqa@funasa.gov.br

Declaração: Declaro submeter-se as condições estabelecidas no regulamento do evento.

RESUMO

O trabalho ora apresentado é resultado de esforços dos servidores da FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE – MINISTÉRIO DA SAÚDE, que estão lotados nas UNIDADES REGIONAIS DE CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA, cuja necessidade provocada pelas dificuldades operacionais, fez com que fosse desenvolvido um projeto de Unidade Móvel Laboratorial, de maneira que a mobilidade e agilidade entre as diversas localidades trabalhadas, quando das inspeções sanitárias periódicas nos sistemas de abastecimento de água e monitoramento da qualidade da água produzida para consumo humano, comprovassem a importância da relação entre essas atividades e os seus resultados, fator essencial para a rapidez que deve ser empreendida no desencadeamento das medidas necessárias, a partir do risco identificado, evitando-se doenças relacionadas com a água para consumo humano, bem como impactos ambientais.

A Unidade móvel é adaptada para funcionar como laboratório de campo, que pode ser destinada às ações de vigilância e monitoramento do tratamento e da qualidade da água produzida por Sistemas de Abastecimento de Água. Está estruturada para realizar coletas, acondicionamento e transporte de amostras de água para diversas análises; realizar análises microbiológicas e analises físico-químicas de substâncias químicas que representam riscos a saúde, bem como aquelas análises que determinam o padrão de aceitabilidade. Sua estrutura permite ainda que sejam desenvolvidas ações de educação e saúde, intervenções nas operações unitárias da Estação de Tratamento de Água - ETA, cuja execução não está ao alcance dos laboratórios de baixa complexidade que geralmente estão disponíveis nas ETA´s. Esta Unidade deve estar sempre vinculada a um laboratório de alta ou média complexidade.

PALAVRAS-CHAVE: Unidade Móvel, Controle e Água para Consumo Humano.

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INTRODUÇÃO

A Fundação Nacional de Saúde órgão executivo do Ministério da Saúde, é uma das instituições do Governo Federal responsável em promover a inclusão social por meio de ações de saneamento e proteção à saúde dos povos indígenas. Entre suas atribuições regimentais destacam-se o fomento à implantação de sistemas de abastecimento da água em municípios brasileiros de pequeno porte e em área indígena, o apoio a esses municípios desenvolvendo atividades de acompanhamento técnico por meio de inspeções sanitárias periódicas nos sistemas de abastecimento de água e monitoramento da qualidade da água produzida para consumo humano. Essas atividades são realizadas por 11 (onze) Unidades Regionais de Controle da Qualidade da Água - URCQA, componentes da estrutura organizacional da Fundação Nacional de Saúde, situadas estrategicamente em algumas unidades federadas, com uma estrutura delineada para dar apoio técnico a todos os estados que fazem parte de sua área de atuação. O Departamento de Engenharia de Saúde Pública - DENSP gerencia essas atividades, cujo marco legal prioriza os municípios brasileiros em caráter excepcional (Incisos I e V. Art. 5 da Portaria n° 1469/2000 – substituída pela Portaria n° 518/2004 do Ministério da Saúde ), e área indígenas.

A Unidade Móvel de Controle da Qualidade da Água - UMCQA é um veículo tipo furgão adequado para funcionar como laboratório de campo para a realização de análises de amostras de água. Este tipo de laboratório, em função da facilidade de deslocamento e presteza na emissão de laudos laboratoriais, tem condições de agilizar as intervenções e ações corretivas que se fizerem necessárias para a melhoria da qualidade da água, principalmente em situações emergenciais que demandam respostas e intervenções imediatas, quando se tratar do aparecimento de surtos ou epidemias relacionados com doenças de origem e transmissão hídrica. O projeto foi desenvolvido na Coordenação Regional de Pernambuco com base nas informações e sugestões dos profissionais que trabalham nas Unidades Regionais de Controle da Qualidade da Água e sua concepção foi otimizada em outubro de 1998. O inicio de utilização efetiva aconteceu em maio de 1999, quando a primeira versão foi apresentada oficialmente no 20° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, 10 a 14 de maio de 1999 – RIOCENTRO – Rio de janeiro. No momento sugere-se uma versão atualizada em consonância com a Portaria n° 518/2004 do Ministério da Saúde.

O programa básico da UMCQA compreende os ambientes da cabine do motorista e atividades do laboratório. Neste contexto estão incluídos características do veiculo, espaço físico do laboratório, instalações do laboratório, hidráulica, elétrica e segurança. A segurança da Unidade Móvel, ambiente laboratório, tem relação direta com a probabilidade de um produto não produzir danos em condições específicas para os técnicos e o meio ambiente. Para tanto, existem normas operacionais para Coleta dos Resíduos Químicos, Líquidos e Sólidos, Teste de Incompatibilidade, Tratamento de Neutralização e Coleta de Material Microbiológico.

A FUNASA possui três Unidades Móveis estrategicamente localizadas nos Estados de Pernambuco, Ceará e Maranhão que estão vinculadas as Unidades Regionais de Controle da Qualidade da Água de cada Coordenação Regional da FUNASA.

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METODOLOGIA

As ações de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano têm como base legal a Portaria Nº 518/2004, cuja operacionalidade deve estar pautada em diretrizes técnicas. A vigilância e o controle da qualidade da água para consumo humano compreendem, fundamentalmente, atividades exercidas de forma continua pela autoridade de saúde publica e responsável pelo controle incluindo inspeções sanitárias dos mananciais e sistemas de abastecimento de água, coletas e análises dos parâmetros relacionados com a potabilidade da água para consumo humano. Tendo como Recursos Humanos um motorista e dois técnicos de nível médio e superior, A UMCQA foi projetada e tem condições de desenvolver as atividades de:

Monitoramento de Mananciais de Captação (Resolução CONAMA Nº 20, de 18/06/86); Monitoramento da Potabilidade da Água para Consumo Humano (Portaria Nº 1469/2000);

Procedimentos em Situações de Emergência (Surtos Epidemias e Acidentes Ambientais relacionados com a água para consumo humano).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos questionamentos com relação à eficiência e praticidade da UMCQA, é possível afirmar que a demanda expressiva atendida pelas Unidades Moveis em suas áreas de abrangência ratifica a necessidade desse laboratório na rotina da vigilância e controle da água para consumo humano. Em destaque as Situações de Emergência, como exemplo: o Acidente Ambiental no Estado de Minas Gerais com o rompimento de uma barragem da fábrica produtora de papel e celulose, Indústria Cataguases de Papel Ltda, que contaminou as águas do ribeirão do Cágado e dos rios Pomba e Paraíba do Sul. A UMCQA lotada no Estado de Pernambuco foi destacada para o atendimento e chegou a região afetada cerca de duas semanas após o acidente, ocorrido em 29 de março de 2003. Desta forma, foi possível monitorar no próprio município atingido as águas de fontes alternativas determinando-se pontos de contaminação da água e correções, de modo a garantir a água potável para a população. Destaca-se neste momento o atendimento às localidades em calamidade ou emergência atingidas pelas fortes chuvas do mês de janeiro de 2004.

Considerando a experiência acumulada e a Portaria n° 518/2004 do Ministério da Saúde, bem como novas metodologias e procedimentos de biossegurança a FUNASA propõe a segunda versão da UMCQA, totalmente adequada aos aspectos recomendados pelas legislações vigentes.

CONCLUSÕES

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A demanda por serviços de saneamento é determinada pelo crescimento da população total e, em especial, pelo crescimento da população urbana. Sem prejuízo da atenção que deve ser conferida pelo setor público à população rural, é nas cidades que se localiza a maior parte da demanda, bem como os problemas decorrentes da ausência de abastecimento de água. Entretanto no meio rural, onde residem aproximadamente 32,5 milhões de brasileiros ou 24,5% da população, a situação é grave, considerando que 24,4 milhões, ou seja, 75,1% da população rural não têm acesso aos sistemas públicos de abastecimento de água e se abastece de água proveniente de soluções individuais ou coletivas. No que se refere ao número de domicílios ligados à rede geral, os contrastes entre áreas urbanas e rurais tomam-se ainda mais evidentes, pois contrapõem coberturas da população de 91,4% em áreas urbanas contra 24,9% nas rurais. A afirmação de BELLO (2000), diz que mesmo nas regiões secas do Nordeste, onde está quase um terço da população, e apenas 3,3% das disponibilidades hídricas do país, as águas seriam suficientes para atender a demanda, se não fossem os problemas da falta de gerenciamento adequado e a contaminação de corpos hídricos e mananciais. Nesta visão, entende-se que um programa de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano deve ser incrementado utilizando idéias e iniciativas inovadoras que na prática contribua efetivamente no abastecimento de água para consumo humano seguro e em quantidade suficiente atendendo a cota mínima diária por ser humano que é na ordem de 50 litros, segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, somados à dessedentação, preparo de alimentos, higiene pessoal, doméstica e uso sanitário.

Portanto, a concepção de um Laboratório Móvel é questão imprescindível a ser adotada em um programa de Vigilância e Controle da Qualidade da Água - VCQACH, cuja experiência foi consolidada por intermédio das Unidades Regionais de Controle da Qualidade da Água da FUNASA, e ratifica a relação custos/benefícios, agilidade nas intervenções e ações corretivas que se faz necessárias para a melhoria da qualidade da água para consumo humano, principalmente em situações emergenciais que demandam respostas e intervenções imediatas.

As Figuras 1 a 4, apresentadas a seguir, mostram a correlação entre primeira versão e a segunda proposta de versão que atende a legislação vigente e mantém um perfil moderno nos padrões necessários de biossegurança. Figura 1: UNIDADE MÓVEL EM ATIVIDADE NA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO DE BAIXO EM PERNAMBUCO Figura 2: UNIDADE MÓVEL - PROPOSTA DE UMA NOVA VERSÃO Figura 3: UNIDADE MÓVEL - VISTA INTERNA e Figura 4: UNIDADE MÓVEL VISTA INTERNA - PROPOSTA DE UMA NOVA VERSÃO.

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Figura 1 figura 2

Figura 3

figura 4

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 1469, de 29/12/2000. Republicada no diário Oficial da União n° 38 – E de 22/02/2001, Seção 1, pág. 39.

2. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Brasília: 1998.

3. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 20, de 18.06.86. Estabelece classificação das águas doces, salobras e salinas do território nacional. Diário Oficial de 30.07.86. Seção I. 4. GUIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA, Ministério da Saúde, FUNASA, CENEPI – 2000

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5. Guias para la Calidad del Agua Potable, Vol. 1 – Recomendaciones – OMS, Ginebra – 1995, Segunda edicion

6. MARTELLI M.L.P. & LIRA O Manual Técnico de Análise de Água Para Consumo Humano, 1° Edição, MS-FNS, Brasília – 1999.

7. Manual de Saneamento, 2° Edição, MS-FUNASA, Brasília – 2000. 8. HELLER, L. Saneamento e Saúde.Brasília: OPAS, 1997.

9. Standard Methods For the Examination of Water and Wastewater - 18° edição – 1998.

10. MARTELLI M.L.P. & LIRA O, Programação e Projeto Físico de Unidade Móvel para Monitoramento e Controle da Qualidade da Água, 1° edição, MS – FUNASA, BRASILIA – 2001.

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