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NARRATIVAS GRÁFICAS: A ESCOLA DE BELAS ARTES EM QUADRINHOS

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Academic year: 2021

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NARRATIVAS GRÁFICAS:

A ESCOLA DE BELAS ARTES EM QUADRINHOS

Adherbal Artigini Neto

Graduando Educação Artística – EBA/UFRJ neto_artigiani@hotmail.com

Giovanna Rita Rabelo de M. S. Arruda

Graduanda Educação Artística – EBA/UFRJ giovannarita@ufrj.com.br

Resumo do projeto:

Este projeto visa colaborar no aprofundamento dos estudos sobre a história da Escola de Belas Artes, analisando partes de sua trajetória e representando-as através da linguagem dos quadrinhos. Propõe-se, com uma narrativa visual, construir ilustrações sobre a Academia Imperial de Belas Artes, sobre os seus ambientes, professores e alunos. A metodologia desenvolvida envolve pesquisas documentais, historiográficas e iconográficas, assim como uma pesquisa prática, sobre o desenho e a ilustração. Como produto, os quadrinhos serão interpretações das referências e podem estimular reflexões sobre as práticas de ensino desenvolvidas na escola. Com finalidade didática, sua acessibilidade poderá auxiliar na valorização e divulgação para os alunos ingressando na Escola.

Palavras-chave:

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1 - Introdução (Objeto, técnica, justificativa e relevância social):

Em agosto de 1816, Escola Real das Ciências Artes e Ofícios foi inaugurada pelo Rei Dom João VI, na cidade do Rio de Janeiro, com objetivo de estabelecer novas diretrizes para uma Arte Nacional além de um centro acadêmico de educação e pesquisa nos ideais estéticos incorporado das Escolas de Arte Europeias (PEREIRA, 2016). Em 2016, a Escola de Belas Artes comemorou 200 anos de sua presença na Cidade do Rio de Janeiro conseguintemente com início da Missão Artística Francesa no qual mudou a urbanização e na modernização do Rio de Janeiro, como na criação da Escola de Artes.

A presente pesquisa pretende contar a história e o surgimento da Academia Imperial através de uma narrativa em histórias em quadrinhos (HQ), onde as personagens são baseadas em importantes figuras históricas tanto da criação da escola quanto da história do Brasil. Mostrando a chegada da Missão Francesa, os artistas e artesãos que já residiam no Brasil, as dificuldades políticas da criação da Escola e, em paralelo, os acontecimentos históricos do Brasil.

Para a fundamentação da pesquisa sobre a escola usamos diferentes publicações, entre as quais os textos de Sônia Gomes Pereira e Ana Cavalcanti presentes no livro "185 anos da Escola de Belas Artes". Para a construção visual do quadrinho, também utilizamos fontes bibliográficas como "As Barbas do Imperador em quadrinhos" e referências para análise da linguagem de autores especializados tais como: como Scott McCloud1 e Will Eisner2. Os resultados

parciais foram expostos na Semana de Integração Acadêmica em 2018 e após finalizado será publicado para que alunos e pesquisadores tenham acesso ao material. Através desse arcabouço teórico, os pesquisadores envolvidos, analisaram os principais fatos históricos dentro da instituição, o estilo para o desenvolvimento dos desenhos em conjunto com um bom roteiro para criação de um material que instigue os diferentes profissionais da universidade na valorização histórica, cultural e social dessa importante instituição bicentenária vinculado a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

1 Autor do livro “Desenhando Quadrinhos” contar como definir os elementos básicos dos

quadrinhos e como a mente processa sua linguagem

2 Autor do livro “Narrativas Gráficas” discute os princípios da narrativa com a combinação

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Os alunos envolvidos na pesquisa, apresentaram estratégias argumentativas para criação de uma nova narrativa gráfica em HQ para abordar historicamente os principais fatores que elevaram a Academia de Belas Artes, sendo uma referência para o estudo da cidade do Rio de Janeiro assim como sua importância histórica no ensino de artes no Brasil. O uso dos quadrinhos tem relação a uma linguagem mais dinâmica que ajuda na compreensão dos fatores históricos envolvidos a história da Universidade. Usando esta linguagem não somente o público acadêmico poderá ter acesso ao material, mas também pessoas de todas as idades para valorização de uma instituição pública e de qualidade. Como pesquisadores da Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas e Desenho da Escola de Belas Artes, o material finalizado serve como inspiração a um novo recurso para inovação dentro de sala de aula.

2 - Objetivos e metas a serem alcançados:

O objetivo da pesquisa é, principalmente, o resgate da história da Escola de Belas Artes com a confecção de uma narrativa gráfica em quadrinhos. O livro será disponibilizado em formato digital, tendo como público-alvo os alunos que estão ingressando na UFRJ.

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3 - Contextualização histórica e temas abordados:

“A ideia de organizar uma escola que abrigasse estudos científicos, de belas artes de ofícios mecânicos estava de acordo com a indistinção que havia, no início do século XIX, entre as belas artes e as artes mecânicas, e com a valorização das artes relacionadas aos ofícios. Os estudos destes diversos campos do saber destinavam-se a atender os interesses do Estado, com o objetivo de preparar homens para os empregos públicos, além de formar especialistas em atividades técnicas como construção naval e arquitetura, até então inexistentes no Brasil. O projeto inicial de Lebreton visava estabelecer no país uma instituição nos moldes franceses dos séculos XVII e XVIII. Contudo, a o decreto de 1826 não chegou a ser implantado e a Escola não funcionou, levando os profissionais a lecionarem para um reduzido número de alunos ou a procurarem outras atividades sob proteção régia” (SCHWARCZ, 2002, p. 313).

Durante o governo de D. João VI criou, no dia 12 de Agosto de 1816, a Escola Real de Ciências Artes e Ofícios. A chegada da Missão Francesa, artistas e outros profissionais vindos da França, foi de extrema importância pois foi atribuído sob o comando dos mesmo o início da Academia. Por causa principalmente da situação política que cercava o Brasil, a instituição só conseguiu ser oficialmente inaugurada dez anos mais tarde em 05/11/1826.

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“(No Brasil) não havia universidades, nem tipografias, nem periódicos, Além de primária, a instrução se limitava à formação de clérigos e ao nível que hoje chamamos secundário, as bibliotecas eram poucas e limitadas aos conventos, o teatro era paupérrimo, e muito fraco o intercâmbio entre os núcleos povoados do país, sendo dificílima a entrada de livros” (CANDIDO, 2002: 8-9).

Ademais dos problemas políticos a serem enfrentados, o início da Academia foi afetado por problemas diplomáticos entre os portugueses e os franceses, por terem ideias diferentes sobre o futuro da escola.

4 - Metodologia:

Como futuros educadores, vemos a importância de manter viva a história da Escola de Belas Artes. Os alunos, ao ingressarem na faculdade, não tem conhecimento da importância histórica que a instituição tem.

Através de uma grande levantamento bibliográfico e iconográfico começamos a realizar a pesquisa necessária para o início da preparação do roteiro e do storyboard3. Para a organização desta parte gráfica, pesquisamos em diversas fontes aconselhadas pelo Professor Mestre Henrique Cesar da Costa Souza, sobre como escrever um roteiro, organizar e diagramar um quadrinho, dentre outros.

Ao final desta fase, começamos a confecção dos quadrinhos e a arte-finalização. A princípio, o intuito é fazermos quatro livros de aproximadamente 60 páginas cada durante os dois anos de bolsa de iniciação científica.

Assim que o livro for finalizado começaremos a divulgação e o disponibilizaremos em formato digital e físico para os alunos que ingressarem na faculdade. Iniciaremos também a confecção do próximo livro.

3 Roteiro que contém os desenhos em sequência cronológica, mostrando todas as cenas principais da decupagem dos fatos.

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1° Fase:

Levantamento Bibliográfico e Iconográfico Seleção de temas que serão abordados 2° Fase:

Preparação do Roteiro Início do Storyboard 3° Fase:

Ilustração do Quadrinho

Preparação do Material para publicação 4° Fase:

Publicação do Livro

5 - Resultados e contribuições esperadas:

Como resultado esperamos que sejam elaborados quatro (04) livros sobre a história da Academia Imperial de Belas Artes e que haja uma publicação física e digital, podendo servir como livro paradidático.

6 - Impactos previstos:

Esperamos que os livros consigam manter a história da Academia viva e ajudar com que os novos alunos ao ingressarem adquiram um sentimento de pertencimento, entendam a história do local onde estudam e o peso do nome da

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BIBLIOGRAFIA

PEREIRA, Sonia Gomes. 185 anos de escola de belas artes. 1 ed. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Belas Artes, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, 2002. 221 p.

SCHWARCZ, Lila Moritz; SPACCA, . As barbas do imperador: D. Pedro II, A História de um monarca em quadrinhos. 1 ed. São Paulo: Quadrinhos na cia, 2013. 143 p.

TERRA, Carlos G.. Arquivos da escola de belas artes nº 27: 200 anos. 1 ed. Rio de Janeiro: Rio Books, 2016. 250 p.

Revista trimensal de história e geographia: Jornal do Instituto Historico Geographico Brasileiro. 1 ed. Rio de Janeiro: IHGB, 1841. 564 p.

BN DIGITAL. Revista illustrada. Disponível em: <http://bndigital.bn.br/acervo-digital/revista-illustrada/332747>. Acesso em: 16 mar. 2018.

DEBRET, Jean Baptiste. Viagem pitoresca e historica ao brasil: Tomo II. 3 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1978. 370 p.

DEBRET, Jean Baptiste. Viagem pitoresca e histórica ao brasil: Tomo I. 2 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1954. 270 p.

GRAHAM, Sandra Lauderdale. Proteção e obediência: Criadas e seus patrões no Rio de Janeiro. 1 ed. Tradução de Viviana Bosi. São Paulo: Companhia de Letras, 1992. 238 p.

OTTONI, Teófilo; ARAÚJO, Valdei Lopes De. Teófilo ottoni e a companhia do mucuri: a modernidade possível. 1 ed. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Cultura : Arquivo Público Mineiro, 2007. 494 p.

ROSA, Ângelo De Proença. Victor meirelle de lima: 1832-1903. 1 ed. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982. 120 p.

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CORTELAZZO, Patricia Rita. Um dia de aulas na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro - entre 1826 e 1851. 2009. 239 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/251653>. Acesso em: 15 ago. 2018.

TREVISAN, Anderson Ricardo. Debret e a Missão Artística Francesa de 1816: aspectos da constituição da arte acadêmica no Brasil. n°14, pp. 9-32, 2007. plural, Revista do Programa de Pós Graduação em Sociologia da USP, São Paulo.

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FREIRE, John Wesley; VALIAS, Helenice. Educação em linha: 1808: as portas se abrem.... 17 ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 2011. 68 p.

MOTTA, Fernando C. Prestes. Resenha: Arte, Privilégio e Distinção, de José Carlos Durand. São Paulo, 101-102,jan/jun. 1989

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