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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP Maria Helena Guimarães de Castro

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Academic year: 2021

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(2)

República Federativa do Brasil

Fernando Henrique Cardoso

Ministério da Educação - MEC

Paulo Renato Souza

Secretaria Executiva do MEC

Luciano Oliva Patrício

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP

Maria Helena Guimarães de Castro

Diretoria de Informações e Estatísticas Educacionais

(3)

A MATRÍCULA

NO ENSINO FUNDAMENTAL

EM PERSPECTIVA

Um Modelo de Simulação

Para a Previsão do

Comportamento da Matrícula

Usando o Fluxo Escolar

(4)

SUMÁRIO

Apresentação ... 7

Tabela 1. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa Brasil 1971-1998... 8

Tabela 2. Evolução da Taxa de Analfabetismo na População de 15 anos ou mais ... 8

Tabela 3. Taxas de Transição entre Séries no Ensino Fundamental - Brasil 1981-1995 ... 8

1 - Alguns Aspectos que Influenciam o Estoque de Matrícula no Ensino Fundamental ... 9

1.1 - A Evolução da Matrícula e o Fluxo entre Séries... 9

Tabela 4. Distribuição da Matrícula por Idade na 1ª Série do Ensino Fundamental - Brasil 1991-1998... 10

Tabela 5. Taxas Agregadas de Rendimento Escolar no Ensino Fundamental - Brasil 1995-97 ... 10

1.2 - A Legislação ... 11

Tabela 6. Taxas de Distorção Idade x Série no Ensino Fundamental - Brasil 1998... 12

Tabela 7 Matrículas em Classes de Aceleração no Ensino Fundamental, por Séries de Ingressos - Brasil 1998 ... 12

Tabela 8. Evolução das Matrículas em Classes de Alfabetização, Pré-escola e Supletivo Brasil 1996-1998... 14

Tabela 9. Evolução da Matrícula no Supletivo, na Pré-escola e em Classes de Alfabetização Bahia 1997-1998... 14

Tabela 10. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa Brasil 1991-1998... '... 14

1.3 - As Classes de Aceleração de Aprendizagem ... 15

1.4 - As Classes de Alfabetização... 15

1.5 - A Pré-escola ... 15

1.6-O Supletivo... 16

1.7 - A Consistência dos Dados Apurados pelo Censo Escolar ... 16

1.8 - A Progressão entre Séries ... 16

2 - O Modelo de Fluxo Escolar... 17

2.1 - Conceitos e Definições ... 17 2.1.1 -Coorte ... 17 2.1.2-Matrícula Inicial... 17 2.1.3 - Transferidos ... 18 2.1.4 - Admitidos ... 18 2.1.5 - Novos Ingressos... 18 2.1.6 - Transferências... 18 2.1.7-Matrícula Total ... 18 2.1.8 - Alunos Aprovados ... 18 2.1.9-Reprovados ... 18

2.1.10 - Afastados por Abandono ... 18

2.1.11 - Matricula Final... 18

(5)

2.1.13 - Promovidos... 18 2.1.14-Evadidos ... 18 2.1.15 - Taxa de Repetência ... 18 2.1.16 - Taxa de Promoção ... 18 2.1.17 -Taxa de Evasão... 18 2.1.18 - Taxa de Reprovação....: ... 18 2.1.19 - Taxa de Aprovação... 18 2.1.20 -Taxa de Abandono... ... 19 2.1.21 - Matrícula na idade i ... 19

2.1.22 - População na idade i... 19

2.1.23 - Matrícula no Supletivo de 1a a 4a série... 19

2.1.24 - Matrícula no Supletivo de 5a a 8a série... 19

2. 1.25 - Matrícula em Classes de Alfabetização ... 19

2.1.26 - Matrícula em Classes de Alfabetização com mais de 6 anos ... 19

2.1.27 - Matrícula em Pré-escola ... 19

2.1.28 - Matrícula em Pré-escola com mais de 6 anos... 19

2.1.29 - Coorte de 6 anos ... 19

2.1.30 - Matrícula em Classes de Aceleração ... 19

2.1.31 - Matrícula de alunos que não frequentavam escola ... 19

2.1.32 - Matrícula de alunos que frequentavam supletivo ... 19

2.1.33 - Ingressos de Fora do Sistema ... 19

2.2 - Simulação de uma Coorte ... 19

2.2.1 - Fluxo de Entrada... 19

2.2.2 - Fluxo de Saída ... 19

3. Simulação do Fluxo Escolar ... 21

3.1. - Taxas de Transição - Ajustes da Matrícula Inicial do ano de 1998... 21

3.2. - Taxas de Transição - Hipóteses para o cálculo das Taxas ... 22

3.3 - Estimativas 1999 e 2000 ... 22

3.3.1 - As estimativas para o ano de 1999 tiveram a seguinte composição... 22

3.3.2 - As estimativas para o ano 2000 tiveram a seguinte composição ... 23

3.4 - Estimativa para a rede pública... 24

4 - Conclusões e Recomendações ... 24

ANEXO I

Tabela A.l - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Brasil... 29

Tabela A.2 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Rondônia... 30

Tabela A.3 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Acre ... 31

Tabela A.4 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Amazonas ... 32

Tabela A.5 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Roraima ... 33

Tabela A.6 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Pará ... 34

(6)

Tabela A.8 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Tocantins...36

Tabela A.9 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Maranhão...37

Tabela A. 10 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Piauí...38

Tabela A .11 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Ceará ...39

Tabela A. 12 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Rio Grande do Norte ...40

Tabela A. 13 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Paraíba ...41

Tabela A. 14 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Pernambuco ...42

Tabela A. 15 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Alagoas...43

Tabela A. 16 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Sergipe...44

Tabela A. 17 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Bahia...45

Tabela A. 18 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Minas Gerais...46

Tabela A. 19 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Espírito Santo ...47

Tabela A.20 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Rio de Janeiro ...48

Tabela A.21 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - São Paulo...49

Tabela A.22 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Paraná ...50

Tabela A.23 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Santa Catarina...51

Tabela A.24 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Rio Grande do Sul...52

Tabela A.25 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Mato Grosso do Sul ...53

Tabela A.26 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Mato Grosso ...54

Tabela A.27 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Goiás...55

Tabela A.28 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar Distrito Federal...56

ANEXO II

Tabela B. Fluxo Escolar - Taxas de Transição Entre Séries - 1997 ...57

ANEXO III

Tabela C. Matrícula Inicial do Ensino Fundamental Regular - 1996-2000...61

ANEXO IV

Tabela D. Evolução da Participação da Rede Particular no Total da Matrícula Inical do...65

Ensino Fundamental Regular - 1996-2000

ANEXO V

Tabela E. Matrícula Inicial do Ensino Fundamental Regular na Rede Pública - 1996-2000 ... 69

(7)

Apresentação

Este trabalho foi motivado pela necessidade de se estimar o comportamento futuro da matrícula no ensino fundamental no Brasil para subsidiar o planejamento de algumas ações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE. Esta demanda fez com que a equipe técnica da Diretoria de Informações e Estatísticas Educacionais - SEEC. unidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, iniciasse uma ampla reflexão sobre a evolução da matrícula no ensino fundamental. Foi um minucioso trabalho de investigação, onde procuramos identificar todos os componentes que estão influenciando o estoque de matrícula, sua distribuição entre as séries e sua estrutura etária, quer seja pelas políticas implementadas atualmente ou pelo reflexo das ações do passado. A partir daí, iniciamos um processo de exploração dos modelos mais aceitos para estimar o comportamento futuro da matrícula. A opção escolhida foi a de utilizar o modelo de fluxo escolar. E um modelo que foi amplamente discutido e que se mostrou adequado para este propósito. Evidentemente, como todo modelo, existem hipóteses e restrições que devem ser levadas em consideração quando da utilização dos resultados aqui apresentados.

(8)

Tabela 1. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa - Brasil 1971-1998 MATRICULA NO ENSINO FUNDAMENTAL

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA TRATIVA

PÚBLICA ANO

TOTAL

TOTAL % FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA %

1971 17.066.093 14.667.179 85,9 127.930 10.028.518 4.510.731 2.398.914 14,1 1980 22.598.254 19.700.180 87,2 169.338 11.928.315 7.602.527 2898.074 12,8 1984 24.825.545 21.803.639 87,8 135.461 13.980.372 7.687.806 3.021.906 12,2 1989 27.557.542 24.114.558 87,5 140.983 15.755.120 8.218.455 3.442.984 12,5 1991 29.203.724 25.585.712 87,6 95.536 16.716.816 8.773.360 3.618.012 12,4 1995 32.543.968 28.752.549 88,3 31.330 18.175.169 10.546.050 3.791.419 11,7 1996 33.131.270 29.423.373 88,8 33.564 18.468.772 10.921.037 3.707.897 11,2 1997 34.229.388 30.565.641 89,3 30.569 18.098.544 12.436.528 3.663.747 10,7 1998 35.792.554 32.409.205 90,5 29.181 17.266.355 15.113.669 3.383.349 9,5 Fonte: MEC/INEP/SEEC

Tabela 2. Evolução da Taxa de Analfabetismo na População de 15 anos ou mais

TAXA DE ANALFABETISMO NA POPULLAÇÃO DE 15 ANOS OU MAIS POR GRUPOS DE IDADE

ANO TOTAL 15 a19 ANOS 20 a 24 ANOS 25 a 29 ANOS 30 a 39 ANOS 40 a 49 ANOS 50 ANOS OU MAIS 1970 33,6 24,3 26,5 29,9 32,9 38,5 48,4 1980 25,4 16,5 15,6 18,0 24,0 30,8 43,9 1991 20,1 12,1 12,2 12,7 15,3 23,8 38,3 1995(*) 15,6 6,8 7,5 9,3 11,0 16,7 32,7 1997(*) 14,7 5,7 7,1 8,6 10,2 15,2 31,6

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 1970/1980/1991 e PNAD 1995/1997

(*) Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá

Tabela 3. Taxas de Transição entre Séries no Ensino Fundamental - Brasil 1981-1995 Séries (%) Ano/Indicador 1ª 2* 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª REPETÊNCIA 1981 57 28 22 18 34 30 27 21 1985 51 34 25 23 40 33 29 21 1990 46 34 26 23 41 34 30 23 1995 46 32 24 19 34 27 23 18 PROMOÇÃO 1981 41 66 70 71 56 62 66 68 1985 47 60 66 66 50 57 64 66 1990 53 61 68 68 51 58 64 64 1995 53 64 71 72 58 64 70 69 EVASÃO 1981 2 6 8 11 10 8 7 11 1985 2 6 9 11 10 10 7 13 1990 1 5 6 9 8 8 6 13 1995 1 3 5 9 9 9 7 13

Fonle: MEC/INEP/SEEC (Censos Educacionais).

(9)

1. Alguns Aspectos que Influenciam o Estoque de Matrícula no

Ensino Fundamental

Antes de iniciarmos a abordagem direta ao modelo de estimação da matrícula, vamos discutir o comportamento da matrícula no ensino fundamental nos últimos 28 anos e as tendências atuais, considerando alguns aspectos que estão atuando diretamente no volume desta matrícula e em sua estrutura etária.

1.1 A Evolução da Matrícula e o Fluxo entre Séries

Nos últimos 5 anos o Sistema Educacional Brasileiro iniciou um verdadeiro processo de transformação, onde diversos programas foram implementados pelo governo federal visando promover uma mudança de rumo da educação nacional. Nas décadas de 70 e 80, veja Tabela 1, buscava-se a universalização do ensino com prioridade na construção de prédios escolares. Naquela época, para muitos analistas, esta política se justificava tendo em vista o contingente elevado da população fora da escola, notadamente no ensino fundamental. Para se ter uma idéia do esforço que foi feito naquele período, basta observar que em 1971 a taxa de analfabetismo na faixa etária de 15 anos ou mais era de 33,6%, e, em 1997, este percentual caiu para 14,7%. Cabe salientar, entretanto, que a maior parte deste contingente se concentra nas idades mais avançadas, veja Tabela 2. É importante observar que a participação da rede pública foi decisiva para esta mudança. Pela Tabela 1 vemos que a rede pública cresceu 121,0% neste período, enquanto a rede privada teve um aumento de 41,0%, passando de uma participação de 14,1% na matrícula total para 9,5%.

O ensino fundamental, até a promulgação da lei n° 9.394, de 1996, que estabeleceu as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, era um sistema seriado de 8 anos de duração, tendo como idade adequada para ingresso 7 anos. Portanto, idealmente, o aluno deveria concluí-lo aos 14 anos. Esta população-alvo tinha uma taxa de atendimento escolar de 67,1% em 1970, chegando, em 1998 a 95,8%. Evidentemente, naquela oportunidade não se tinha um diagnóstico preciso sobre a progressão dos alunos nas séries do ensino fundamental e, desta forma, muitos fenômenos que se consolidavam não foram diagnosticados. Um desses fenômenos era o correto conhecimento das taxas de transição1 de fluxo escolar. Com o interesse de alguns pesquisadores2, a sociedade

brasileira pôde tomar conhecimento de quão perverso era o tratamento dado aos alunos, sobretudo nas primeiras séries. Costa Ribeiro usou o termo "pedagogia da repetência" para justificar a impressionante taxa de repetência na 1a série do ensino fundamental, que era de 57 % em 1981, veja Tabela 3.

Com a grande cobertura do sistema, o foco de atenção nesses últimos anos passou a ser a melhoria da qualidade do ensino e a tentativa de redução dessas taxas. Veja como o problema tomou proporções gigantescas. Em 1998, estimamos que 95,8% da população de 7-14 anos estudava e 95,3% estudava no ensino fundamental. O que impressiona é que havia um contingente de mais de 35 milhões de alunos matriculados no ensino fundamental (mais de 7 milhões que a suposta população-alvo). A coorte de 7 anos em 1998 era de 3,2 milhões de pessoas e na 1ª série havia mais de 7 milhões de matrículas, mais de duas vezes o tamanho da coorte. Veja a Tabela 4.

1 Promoção, Repetência e Evasão

2 Sérgio Costa Ribeiro, Ruben Klein, Philip Fletcher e João Batista Gomes Neto 3 Projeções preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

(10)

Tabela 4. Distribuição da Matrícula por Idade na 1ª Série do Ensino Fundamental - Brasil 1991-1998

Matrícula Ensino Fundamental Ano

Série Total Menos de 7 Anos

7 Anos 8 Anos 9 Anos 10 Anos 11 Anos 12 Anos 13 Anos 14 Anos Mais de 14 Anos 1991 1a Séne 6.045.787 627.470 1.823.713 1.146.708 769.973 554.470 384.362 268.921 178.332 112.458 179.380 100% 10,4% 30,2% 19,0% 12,7% 9.2% 6,4% 4,4% 2,9% 1,9% 3,0% 1998 1a.Série 7.079.742 442.523 2.257.871 1.678.152 769.416 522.150 359.225 261.669 194.818 140.187 453.731 100% 6.3% 31.9% 23,7% 10.9% 7,4% 5,1% 3.7% 2,8% 2,0% 6,4% Fonte: MEC/INEP/SEEC

Tabela 5. Taxas Agregadas de Rendimento Escolar no Ensino Fundamental - Brasil 1995-97

Aprovados (%) Reprovados (%) Abandono (%)

Unidades da Federação 1995 1996 1997 1995 1996 1997 1995 1996 1997 Brasil 70,6 73,0 77,5 15,7 14,1 11,4 13,6 12,9 11,1 Norte 58,9 62,3 66,0 17.9 18,7 16,6 23,2 19,0 17,4 Rondônia 68,3 70,4 73,0 16,7 15,8 13,7 15,0 13,7 13,3 Acre 65,1 66,5 64,9 17,2 16,8 16,7 17,7 16,7 18,4 Amazonas 63,9 64,9 69,0 16,8 17,0 14,4 19,3 18,1 16,6 Roraima 72,5 73,3 78,2 15,2 15,0 10,7 12,3 11,6 11,1 Pará 53,8 57,8 62,2 20,1 21,5 19,1 26,1 20,7 18,7 Amapá 65,2 66,7 71,3 17,8 22,3 19,7 17,0 11,0 9,0 Tocantins 57,3 64,4 67,8 11,9 12,9 12,2 30,8 22,6 19,9 Nordeste 60,3 62,3 67,4 18,9 17,1 15,4 20,7 20,6 17,2 Maranhão 58,0 62,2 67,9 15,5 15,9 14,2 26,5 22,0 18,0 Piauí 55,1 55,1 61,0 23.5 23,1 21,8 21,4 21,8 17,2 Ceará 72,2 66,8 75,9 13,7 11,7 10,2 14,2 21,5 13,9 R. G. do Norte 58,6 64,1 66,8 22,6 17,0 17,9 18,8 18,8 15,4 Paraíba 63,7 64,3 65,9 17,3 17,1 15,9 19,0 18,6 18,2 Pernambuco 58,7 62,3 66,7 21,2 18,1 16,6 20,1 19,7 16,6 Alagoas 56,1 53,9 55,9 24,5 23,8 20,8 19,4 22,3 23,3 Sergipe 56,3 54,4 62,0 29,9 25,1 20,3 13,9 20,4 17,8 Bahia 58,7 63,3 68,0 17,9 16,5 14,2 23,4 20,2 17,7 Sudeste 79,9 82,9 87,8 13,0 10,2 6,6 7,1 6,9 5,6 Minas Gerais 75,5 80,0 86,5 14,4 10,5 4,9 10,1 9,5 8,5 Espirito Santo 74,4 75,7 80,3 14,8 13,2 10,4 10,8 11,1 9.3 Rio de Janeiro 69,5 80,0 78,2 12,8 13,2 14,4 17,7 6,8 7,4 São Paulo 86,8 86,1 92,6 12,1 8,8 4,5 1,2 5,1 3,0 Sul 76,7 77,8 82,3 15,2 14,9 11,5 8,1 7,2 6,1 Paraná 74,8 76,1 82,5 13,9 14,4 9,5 11,3 9,5 8,0 Santa Catarina 81,3 81,0 83,9 13,5 13,7 11,5 5,2 5,3 4,5 R. G. do Sul 76,4 77,9 81,2 17,4 16,1 13,6 6,2 6,0 5,2 Centro-Oeste 68,5 71,1 74,3 14,9 14.8 12,5 16,6 14,1 13,2 M.G.do Sul 70,1 71,2 73,0 18,3 18,6 17,5 11,5 10,2 9,5 Mato Grosso 65,5 72,1 75,0 12,1 14,0 10,1 22,3 13,9 14,9 Goiás 66,1 68,1 71,8 13,3 13,4 11,4 20,5 18,5 16,8 Distrito Federal 77,3 77,5 81,7 19,1 15,8 13,4 3,7 6,7 4,9 Fonte: MEC/INEP/SEEC

(11)

Klein mostrou nas simulações de fluxo escolar, utilizando os dados dos Censos Escolares do INEP. que a taxa de evasão no Brasil, especialmente nas primeiras séries, são muito baixas (próximas de 1% na 1a série), o que

nos dá uma informação muito valiosa: apesar dos altos índices de não-aprovação. os estudantes continuam na escola. Não vamos abordar aqui as questões pedagógicas e/ou sociológicas que justificam esta permanência, mas apenas as suas consequências, ou seja, trazem um inchaço no sistema e evidentemente aumentam os custos de sua manutenção, tendo em vista que o aluno demora muito mais de 8 anos para concluir o ensino fundamental. Se temos taxas de atendimento próximas a de países como Austrália (96.6%), Coréia (92,3%), Suécia (96,1%) e Dinamarca (96,7%)4, surge uma pergunta: por que a matrícula no ensino fundamental ainda

experimenta uma taxa de crescimento tão alta, quando deveria estar estabilizada, ou mesmo em queda como ocorre no estado de São Paulo em quatro anos consecutivos? Uma das respostas está na elevada taxa de repetência dos alunos, veja Tabela 5. Isso pode ser observado analisando diversos indicadores como as taxas de transição de fluxo escolar, de rendimento e de distorção idade x série, veja as Tabelas 3, 5 e 6.

Diante da conclusão, agora precisa, de uma grande cobertura, uma campanha nacional5 foi desencadeada para

tentar atingir aquele contingente que ainda estava fora da escola. Sabe-se que nesta parcela da população a dificuldade de incorporá-la é muito maior. Seguramente é um contingente extremamente pobre, muitas vezes em situação de risco, sofrendo algum tipo de exploração, e, por isso, a campanha deve ser permanente. Medidas complementares já estão sendo adotadas, como o Programa de Garantia de Renda Mínima6, onde se

remunera as famílias de baixa renda quando todos os seus membros na faixa etária de 7-14 anos estão efetivamente matriculados e frequentando escola.

1.2 A Legislação

A Constituição Federal estabelece que a União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

A União organizará o sistema federal de ensino, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados , ao Distrito Federal e aos Municípios.

Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.

Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

Taxas de Atendimento de 5-14 anos - Education at a Glance OECD Indicators 1998

5 Programa Toda Criança na Escola

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Tabela 6. Taxas de Distorção Idade x Série no Ensino Fundamental - Brasil 1998

Série (%) Unidade da

Federação Total

1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

Brasil 46,6 38,2 44,0 44,5 45,7 54,3 52,5 52,0 50,6 Norte 61,3 51,2 62.3 64,5 64.9 69,7 67,4 65,7 63.6 Rondônia 46,8 28,8 40,3 43,7 46.6 61,4 59,0 57,1 55,9 Acre 57,8 .49,7 60,3 59.9 60,5 62,3 62,6 62,9 61,5 Amazonas 64,6 53,4 62,4 65,4 64,2 74,6 72,5 72,1 71,6 Roraima 45,4 32,0 42,7 47,4 49,7 53,4 54,0 49,2 47,8 Pará 64,0 55,1 68,6 70,4 70,7 70,8 67,4 62.8 59,0 Amapá 48,1 30,0 40,7 49,1 53,9 62,1 61,5 57,3 61,2 Tocantins 64,4 49,1 61,4 66,5 67,9 74,3 72,4 75,1 71,2 Nordeste 64,2 54,1 65,0 67,7 66,3 72.2 69,2 70.2 67,4 Maranhão 65,3 58,3 68,6 68.6 68,6 71,8 68.3 67,8 65,3 Piauí 63,3 56,3 68,1 68,2 69,0 68.9 63,8 58,9 57,0 Ceara 60,4 46,2 59,5 64,6 63,0 69,4 67,5 67,3 66,3 R. G. do Norte 56,4 40,6 54,4 58,5 58,2 65,3 64,7 64,8 64,2 Paraíba 66,5 58.1 70,1 70,0 68.6 74.4 70,9 69.2 66.8 Pernambuco 58,6 45,8 56,3 57,5 57,1 69.2 66.9 67,8 65,7 Alagoas 67,8 58,8 71,0 71,9 71,1 75,6 73,2 72,4 70,1 Sergipe 67,5 57,7 68,6 70,0 69,9 74,0 72,7 72,7 73,1 Bahia 68,4 57,0 69,4 74,1 71,2 75,9 72,1 75,8 71,0 Sudeste 34,2 14,7 22.6 25,6 34,3 43,9 45,5 45,4 44,6 Minas Gerais 42,2 17,2 24,1 27,4 44,1 55,8 58,2 58,7 56,7 Espírito Santo 36,0 13,0 31.3 33,8 34,2 44.7 44,6 45,6 45,5 Rio de Janeiro 41,6 27,8 35,8 37,5 41.7 52,7 49,3 48.6 46.8 São Paulo 26,4 5,7 15,2 19,6 24,8 32,9 36,7 37,4 38,0 Sul 25,8 10,5 17,6 21,4 24,0 35,8 33,1 32.2 37,7 Paraná 28,4 10,4 20,2 24,1 26,2 40,7 31,7 31,5 46,5 Santa Catarina 26,9 12,2 19,0 23,5 25,9 36,4 36,7 35,4 33,6 R. G. do Sul 22,6 9,6 13,7 17,2 20,5 30,3 32,4 31,4 28,3 Centro-Oeste 45,5 25,1 36,3 42,2 43,4 56,7 58,0 57,5 56,1 M.G. do Sul 42,4 22,3 34,3 39,0 39,8 56,6 56,1 54,5 52,3 Mato Grosso 44,1 24,2 36,4 40,7 44,0 57,1 57,0 55,0 53,8 Goiás 51,7 33,1 43,1 47,9 51,7 62,2 62,7 62,6 61,8 Distrito Federal 33,3 2,6 17,3 32,4 19.6 42,8 48,9 51,3 48.8 Fonte: MEC/INEP/SEEC

Tabela7. Matriculas em Classes de Aceleração no Ensino Fundamental, por Séne de Ingresso • Brasil 1998

Matrícula em Classes de Aceleração por série de Ingresso Região

Geográfica Total

1ªséne 2ª série 3ª série 4ª séne 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série Brasil 1.189.998 129.115 106.793 181.007 126.380 218.113 141.207 152.816 134.567 Norte 29.454 8.327 5.696 6.333 2.245 2.316 1.749 1.599 1.189 Nordeste 411.719 101.200 56.367 112.350 33.138 57.851 5.822 40.970 4.021 Sudeste 563.964 12.078 29.097 39.211 87.796 103 690 106.353 98.987 86.752 Sul 153.789 2.394 6.764 9.403 2.137 53.506 26.483 10.728 42.374 Centro-Oeste 31.072 5.116 8.869 13.710 1.064 750 800 532 231 Fonte: MEC/ÍNEP/SEEC

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Em função destes preceitos constitucionais, nos últimos anos tem sido acelerado o processo de municipalização de escolas, com a transferência para os Municípios da responsabilidade sobre a gestão de escolas antes pertencentes à esfera estadual de ensino, sobretudo aquelas que ministram da 1a à 4a série do

ensino fundamental, veja Tabela 10.

Havia, até bem pouco tempo atrás, situações pelo menos inusitadas: alguns municípios com grande capacidade de arrecadação tributária não possuíam rede de ensino, sendo as escolas de ensino fundamental existentes em seu espaço territorial pertencentes às redes estadual e particular. Estabelecendo como prioridade o ensino fundamental e procurando corrigir disparidades regionais e sociais, o MEC elaborou e propôs a Emenda Constitucional N° 14/96, criando o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério-FUNDEF, regulamentado pela Lei N° 9424, de 24 de dezembro de 1996 e implantado a partir de 1o

de janeiro de 1998.

Este Fundo, de natureza contábil, instituído no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal gera condições para o enfrentamento do problema, por meio do incremento do investimento tomando-se como referência o número de alunos matriculados no ensino fundamental nas redes estadual e municipal. Estes dados são apurados pelos Censos Escolares realizados anualmente pelo INEP, que passam a ter fundamental importância uma vez que subsidiam os diversos programas educacionais do MEC, não só para o cálculo do coeficientes para distribuição dos recursos do FUNDEF como também para o gerenciamento de programas como a Merenda Escolar, Livro Didático, Dinheiro na Escola, entre outros.

Se por um lado o FUNDEF garante um piso mínimo para investimento anual nos alunos atendidos pela rede pública em cada unidade da federação, com pelo menos 60% destes recursos destinados à valorização do magistério (salários e/ou programas de qualificação), por outro lado, é imprescindível que os dados que subsidiam tal distribuição sejam fidedignos e reflitam a realidade de cada estado, sob pena de o programa não atingir os objetivos previamente estabelecidos.

Os dados dos Censos Escolares deixaram de ter um uso meramente estatístico e passaram a ter um uso gerencial e, por isso, sua precisão deve ser a maior possível.

Com a introdução dos processos de auditoria e controle de qualidade, o INEP procura identificar as causas que geram possíveis inconsistências na prestação das informações e garantir que o erro verificado se mantenha em níveis aceitáveis, para que, com estas informações, medidas corretivas e até punitivas sejam implementadas buscando, progressivamente, a melhoria dos dados declarados nos Censos Escolares.

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Tabela 8. Evolução das Matriculas em Classes de Alfabetização, Pré-escola e Supletivo - Brasil 1996-1998

SUPLETIVO

ANOS CLASSES DE

ALFABETIZAÇÃO PRÉ-ESCOLA TOTAL 1ª a 4ª SÉRIES 5ª a 8ª SÉRIES 1996 1.443.927 4.270376 2.136.508 850.151 1.286.357

1997 1.426.694 4.292.208 2.210.325 899.072 1.311.253 1998 806.288 4.111.120 2.081710 783.591 1.298.119

VARIAÇÃO 1996-98 -44.2% -3,7% -2.6% -7.8% 0,9%

Fonte: MEC/INEP/SEEC

Tabela 9. Evolução da Matrícula no Supletivo, na Pré-escola e em Classes de Alfabetização - Bahia 1997- 1998 SUPLETIVO ANO TOTAL 1a a 4a SÉRIE 5a a 8a SÉRIE CLASSES DE ALFABETIZAÇÃO PRÉ-ESCOLA 1997 156.052 84.827 71.225 239.265 337.513 1998 6.177 2.550 3.627 89.487 251.221 Variação 1997-98 -96,0% -97,0% -94,9% -62.6% -25,6% Fonte: MEC/INEP/SEEC

Tabela 10. Evolução das Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa - Brasil 1991-1998

1a a 4a SÉRIE 5a a 8a SÉRIE

ANO

TOTAL ESTADUAL MUNICIPAL TOTAL ESTADUAL MUNICIPAL

1991 15.551.179 100,0% 8.204.453 52,8% 7.346.726 47,2% 8.236.953 100,0% 6.845.337 83,1% 1.391.616 16,9% 1996 18.026.556 100,0% 9.442.059 52,4% 8.584.497 47,6% 11.363.253 100,0% 9.026.713 79,4% 2.336.540 20,6% 1998 19.520.344 100,0% 7.593.028 38.9% 11.927.316 61,1% 12.859.680 100,0% 9.673.327 75,2% 3.186.353 24,8% Fonte: MEC/INEP/SEEC

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1.3 As Classes de Aceleração de Aprendizagem

As principais políticas implementadas pelo atual governo, que está em seu segundo mandato, foi o de melhorar o desempenho do sistema. Algumas medidas muito importantes foram tomadas neste sentido, como a implantação de Classes de Aceleração de Aprendizagem, em que classes especiais, com orientação pedagógica própria, estão sendo criadas para atendimento de alunos com distorção idade x série. O objetivo é devolver o sincronismo idade x série, veja Tabelas 6 e 7. Nos estudos de avaliação desenvolvidos pelo SAEB7 foi

identificado que um dos fatores de atuam diretamente no rendimento do aluno é exatamente a adequação entre sua idade e a série que frequenta.

1.4 As Classes de Alfabetização

A educação básica no Brasil tem a seguinte organização: educação infantil, para o atendimento prioritário às crianças de 0 a 3 anos em creches e de 4 a 6 na pré-escola. Sucessivamente, aparece a educação fundamental, que, se mantendo o sistema seriado ou ciclos de 8 anos, teria como público alvo a população de 7-14 anos, e, finalmente a educação média que, por sua vez, atenderia a população de 15-17 anos. Na Região Nordeste do Brasil, informalmente, foi introduzida uma nova categoria, as chamadas classes de alfabetização. Grande parte do contingente ali matriculado tem mais de 6 anos de idade, o que nos faz supor que, na verdade, essas classes de alfabetização são uma forma de suprir a deficiência no atendimento em pré-escola. Não existindo, de forma abrangente o atendimento em pré-escola, as crianças quando ingressam na escola, especificamente na Ia série

do ensino fundamental, "não estão preparadas para o início da escolarização", e, desta forma, são alocadas nestas chamadas classes de alfabetização, que na verdade acabam se caracterizando como uma subseriação da 1a série do ensino fundamental, ou 1a série "fraca", de tal forma que a criança, no ano seguinte, volta a cursar a

1a série, ou 1a série "forte". Isto é uma das formas que Costa Ribeiro classificou de "pedagogia da repetência".

A criança acaba sendo condenada a ingressar no ensino fundamental já com distorção idade x série (veja a evolução da matrícula nas Classes de Alfabetização na Tabela 8). As matrículas nestas classes estão em processo de extinção. Não sabemos se o que está ocorrendo é apenas uma mudança no registro dessas matrículas no questionário do Censo Escolar ou se está em curso algum plano pedagógico para banir esta prática.

1.5 A Pré-escola

A LDB, no seu artigo 32, estabelece que o ensino fundamental terá duração mínima de 8 anos e faculta aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. Assim, em um mesmo município, será possível encontrar escolas com estruturas de organização diferentes (tempo de duração, ciclos e/ou seriação). Para se ter uma idéia de como esta organização está a cargo de cada administração local, as redes municipais de Resende-RJ, São João Del Rei-MG e Mateus Leme-MG estabeleceram que o ensino fundamental terá uma

Pesquisa que permite aferir os conhecimentos dos alunos, mediante aplicação de testes, não com a intenção de "avaliar" o aluno, mas com o objetivo de identificar o que o aluno sabe ou é capaz de fazer nos diversos momentos do seu percurso escolar (proficiência), com a finalidade de ponderar a qualidade e a equidade do ensino ministrado.

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duração de nove anos, iniciando aos 6 anos de idade. Mas esta organização só é válida para a rede municipal. Diante das múltiplas possibilidades, o Censo Escolar solicita que seja feita uma correspondência entre o sistema seriado, para se obter a matrícula nestas escolas. O que queremos destacar é que parte da matrícula da pré-escola poderá ser incorporada ao ensino fundamental (veja a evolução da matrícula na pré-escola na Tabela 8).

1.6 0 Supletivo

No estado da Bahia, o governo estadual, através da portaria n° 66/98, estabeleceu o fim do Supletivo. Estes jovens e adultos, que frequentam a escola, na sua grande maioria no turno noturno, foram incorporados ao ensino fundamental regular, veja a Tabela 9. Esta iniciativa fez com que aumentasse bastante a matrícula na faixa etária de 14 anos na 1a série, veja Tabela 4. Novamente, um outro contingente ingressando no ensino

fundamental. Se esta for uma política generalizada, há ainda um contingente de 780 mil alunos matriculados nos cursos de supletivo de 1a a 4a série e 1,2 milhões de 5a a 8a série, veja Tabela 8.

1.7 A Consistência dos Dados Apurados pelo Censo Escolar

A partir de 1997, como um mecanismo de controle da qualidade dos dados obtidos nos levantamentos dos Censos Escolares, o INEP começou a implementar uma sistemática de verificação dos dados declarados pelas escolas ou pelos órgãos municipais de educação. Em alguns municípios os resultados obtidos foram surpreendentes, com uma matrícula declarada no Censo Escolar muito superior à matrícula verificada pela pesquisa. Esta pesquisa se orientou nos documentos das escolas que registram a frequência dos alunos (diários de classe). Em alguns municípios este documento sequer existia. Na maioria dos municípios os erros são ocasionados pela frágil estrutura de organização das escolas. A partir dos resultados deste trabalho, o INEP iniciou um intenso processo de conscientização dos dirigentes dos órgãos municipais e estaduais de educação no sentido de melhorar os processos de gestão administrativa da escola que, além do preenchimento correto do Censo Escolar, seguramente pode ter influência em aspectos pedagógicos. O próprio INEP desenvolveu um sistema informatizado de administração escolar e o colocou à disposição de qualquer escola com os requisitos mínimos para sua instalação.

1.8 A Progressão entre Séries

No início deste texto falamos da população-alvo do ensino fundamental. Com a possibilidade de o ensino fundamental ampliar o número de anos de duração e com a incorporação da clientela do supletivo, corre-se o risco de não se ter mais controle sobre a população a ser atendida neste nível de ensino. O fenômeno que está em pleno curso em São Paulo poderá demorar a ocorrer em outros estados. No caso de São Paulo, observa-se a implementação das Classes de Aceleração, o início do processo de municipalização e a progressiva melhoria das taxas de rendimento e de transição do fluxo escolar, fazendo com que os alunos alcancem, em maior

SAEMEC - sistema de administração escolar desenvolvido para melhorar o ensino e facilitar o trabalho das escolas, possibilitando uma administração eficiente. Podendo ser usado por escolas pequenas que possuem apenas um microcomputador com Windows 95 e banco de dados MS Access, como por escolas grandes, ou uma cadeia de escolas, usando NT Server, SQL Server e NT Workstations.

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número, as séries superiores. Consequência: queda na matrícula no ensino fundamental, sobretudo nas séries iniciais. Pode parecer estranho, para um leitor desatento, que a queda da matrícula seja uma meta. mas não podemos deixar de lembrar que temos uma cobertura da população de 7-14 anos quase universal e que existem cerca de 7 milhões de alunos fora da faixa etária de 7-14 anos no ensino fundamental. Pensar em uma represa em que se abre suas comportas talvez ajude a entender este fenômeno.

O desafio que se apresenta neste momento para a equipe técnica do INEP é tentar definir um modelo de previsão do comportamento futuro da matrícula, considerando todos os componentes abordados anteriormente, que julgamos terem um impacto decisivo nesta matrícula, muitos deles com possibilidade totalmente imprevisível e de intensidade variável. De qualquer forma, o trabalho que aqui será apresentado fará opção por um dos múltiplos cenários que poderá vir a ocorrer com a matrícula, sem esquecer que o componente aleatório poderá ser decisivo sobre a precisão da estimativa.

2. O Modelo de Fluxo Escolar

Dimensionar o volume de matrículas em cada série no ensino fundamental é imprescindível para o planejamento das ações dos principais programas do FNDE. O INEP possui uma série histórica bastante razoável sobre o comportamento da matrícula no ensino fundamental no Brasil, o que permite melhor avaliação dos parâmetros considerados no modelo explorado. Os componentes básicos deste modelo são os indicadores de progressão dos alunos, ou seja, as taxas de transição (promoção, repetência e evasão) . Com estes indicadores, é possível identificar o fluxo dos alunos entre as sucessivas séries, e, assim, estimar a matrícula futura. O Modelo de Fluxo Escolar é formalmente completo e foi amplamente discutido pela comunidade acadêmica. O desafio que se apresenta é o correto cálculo dessas taxas, a partir da exploração minuciosa das componentes exógenas que atuaram no sistema educacional e em que intensidade, como também o estabelecimento preciso de um cenário futuro com a identificação das componentes exógenas que poderão interferir na estimativa das matrículas. O modelo que usaremos aqui foi inicialmente proposto pela Unesco10 com as correções nos dados dos Censos Escolares propostas por Klein".

2.1 Conceitos e Definições

2.1.1. Coorte: é um conjunto de pessoas que vivenciam conjuntamente uma série de eventos em um período de tempo, assim, o tamanho de uma coorte é o número de pessoas na coorte.

2.1.2. Matrícula Inicial (MAT{k,t}): Número de alunos matriculados e efetivamente frequentando a escola

na série k no ano t no dia nacional do censo escolar (última 4a feira do mês de março de cada ano)

9 Taxa de Repetência: percentual de alunos que se matriculam no inicio do ano letivo, na mesma série que

estavam matriculados no ano anterior; Taxa de Promoção: Percentual de alunos que se matriculam no início do ano letivo na série seguinte àquela em que estavam matriculados no ano anterior; Taxa de Evasão: Percentual de alunos que, estando matriculados no início do ano letivo. em uma determinada série, não consta da matrícula inicial do ano letivo seguinte, nem como promovido nem como repetente.

10 Análise e Projeções de Matrícula nos Países em Desenvolvimento - Tore Thonstad em cooperação com a

Divisão de Estatísticas da UNESCO - Paris 1986.

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2.1.3. Transferidos (TR{k,t}): Número de alunos da série k no ano t que deixaram de frequentar

determinada escola, após o dia nacional do censo escolar, para ingressar em outra.

2.1.4. Admitidos (AD{k,t}): Número de alunos que são admitidos na série k no ano t após o dia nacional do

Censo Escolar.

2.1.5. Novos Ingressos (NI{k,t}): Número de Alunos que ingressaram na escola, na série k no ano t. após o

dia nacional do Censo Escolar. Esta parcela é identificada quando a diferença Admitidos -Transferidos é positiva.

2.1.6. Transferências Não-Efetivadas (TRNE{k,t}): Número de alunos que solicitaram transferência para

outra escola e não a efetivaram, ou seja, não foram admitidos na outra escola. Esta parcela é identificada quando a diferença Admitidos - Transferidos é negativa.

2.1.7. Matrícula Total (MT{k,t}): Matrícula Inicial + Novos Ingressos série k no ano t.

2.1.8. Alunos Aprovados (AP{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que, ao final do ano letivo,

preencheram os requisitos mínimos de aproveitamento e frequência previstos em legislação.

2.1.9. Reprovados (RPR{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que. ao final do ano letivo, não

preencheram os requisitos mínimos de aproveitamento e/ou frequência previstos em legislação. 2.1.10. Afastados por Abandono (AB{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que deixaram de frequentar

a escola, tendo sua matrícula cancelada (não inclui os alunos que se matricularam e nunca frequentaram a escola).

2.1.11. Matricula Final (MF{k,t}|): Aprovados + Reprovados.

2.1.12. Repetentes (RPT{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que estavam matriculanos no ano t-1 na

mesma série k.

2.1.13. Promovidos (PR{k,t}): Número de alunos na série k no ano t que estavam matriculados, no ano t-1, na

série k-1.

2.1.14. Evadidos (EV{k,t}.): Número de alunos na série k no ano t, que no ano t+1 não se matriculam.

2.1.15. Taxa de Repetência (TX RPT{k,t}): é a proporção de alunos da Matrícula Total na série k no ano t

que vão repetir a série k no ano t+1.

2.1.16. Taxa de Promoção (TX_PR.{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que

vão se matricular na série k+1 no ano t+1.

2.1.17. Taxa de Evasão (TX_EV{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que não

se matriculam no ano t+1.

2.1.18. Taxa de Reprovação (TX_RPR{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t

que são reprovados.

2.1.19. Taxa de Aprovação (TX_AP{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que

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2.1.20. Taxa de Abandono (TX_AB{k,t}): é a proporção de alunos da matrícula total na série k no ano t que

tiveram transferência não-efetivadas + os alunos afastados por abandono.

2.1.21. Matrícula na idade i: é o número de alunos matriculados, que no ano t completam a idade i.

2.1.22. População na idade i: é o número de pessoas que, na época de realização do Censo Demográfico (geralmente o segundo semestre do ano t), declararam ter a idade i (anos completos).

2.1.23. Matrícula no Supletivo de 1a

a 4a série (SUP{14,t}): Número de alunos matriculados no supletivo de

1a a 4a série (educação de jovens e adultos) no dia nacional do censo escolar do ano t.

2.1.24. Matrícula no Supletivo de 5a

a 8a série (SUP{58,t}): Número de alunos matriculados no supletivo de 5a

a 8a série (educação de jovens e adultos) no dia nacional do censo escolar do ano t.

2.1.25. Matrícula em Classes de Alfabetização (CA{t}): Número de alunos matriculados em classes de

alfabetização no ano t.

2.1.26. Matrícula em Classes de Alfabetização com mais de 6 anos (CA{6,t}): Número de alunos

matriculados em classes de alfabetização que no ano t completam mais de 6 anos de idade. 2.1.27. Matrícula em Pré-escola (PRE{t}): Número de alunos matriculados em pré-escola no ano t.

2.1.28. Matrícula em Pré-escola com mais de 6 anos (PRE{6,t}): Número de alunos matriculados em

pré-escola que no ano t completam mais de 6 anos de idade.

2.1.29. Coorte de 6 anos (POP{6,t}): Número de pessoas que completam 6 anos no ano t.

2.1.30. Matrícula em Classes de Aceleração (AC{k,t}): Número de alunos matriculados em classes de

aceleração na série k (série de ingresso) no ano t.

2.1.31. Matrícula de alunos que não frequentavam escola (NF{k,t}): Número de alunos matriculados no

ano t na série k que, no ano t-1 não frequentaram escola.

2.1.32. Matrícula de alunos que frequentavam supletivo (NS{k,t}): Número de alunos matriculados no ano

t na série k que, no ano t-1 frequentaram o supletivo.

2.1.33. Ingressos de Fora do Sistema (IFS{k,t}): Número de alunos que ingressaram na série k no ano t que

não estavam matriculados no ensino fundamental regular no ano t-1. 2.2 Simulação de uma Coorte

O modelo de fluxo escolar descreve a movimentação dos alunos no ensino fundamental regular seriado sob o seguinte enfoque: o número de alunos que ingressa em uma série no início do ano letivo é o mesmo que deixa esta série no final do ano letivo. Ou seja, para cada série existe um fluxo de entrada e um fluxo de saída: 2.2.1. Fluxo de Entrada: alunos promovidos (veja definição 2.1.13) e alunos repetentes (veja definição

2.1.12).

2.2.2. Fluxo de Saída: alunos promovidos à série seguinte (veja definição 2.1.13), alunos que repetirão a série atual (veja definição 2.1.12) e alunos que não irão se matricular no ano seguinte, ou alunos evadidos (veja definição 2.1.14).

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2.2.3. Pelo fluxo de entrada e saída do modelo de fluxo escolar, observam-se as seguintes hipóteses: a) um aluno só ingressa no sistema regular de ensino através da 1a série; b) um aluno só poderá cursar uma

série se já cursou todas as séries anteriores; c) um aluno só sai do sistema evadindo-se ou graduando-se; d) se um aluno evade-se, ele não mais retorna; e e) as taxas de repetência, promoção e evasão para as diversas séries são constantes ao longo do tempo e são estimadas para um determinado ano. Para atender as hipóteses do modelo, que pressupõe um sistema fechado, serão necessários ajustes nas informações de matrícula, de forma a restabelecer o seu equilíbrio interno, possibilitando assim, o cálculo efetivo das taxas de transição. Para tanto, torna-se necessária a identificação de componentes, tais como a quantificação de ingressos de alunos de fora do sistema regular, quer seja através do supletivo ou de alunos que estavam fora da escola no ano anterior. Assim, teremos um novo diagrama para o modelo de fluxo escolar:

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3. Simulação do Fluxo Escolar

O Trabalho foi desenvolvido por unidade da federação, onde, no caso brasileiro, a diversidade regional é bastante acentuada, como também as políticas educacionais adotadas. Será considerado um cenário otimista para os anos projetados, pressupondo o ingresso de toda a população de 7 anos, bem como a continuação da política de transferência das matrículas de supletivo, iniciadas no ano de 1998 para alguns Estados. É preciso estar claro que por hipótese, para as projeções apresentadas, foram utilizadas as taxas de transição de 1997, calculadas a partir dos Censos Escolares de 1997 e 1998.

As estimativas calculadas nesta simulação do fluxo, para a Matrícula Inicial do Ensino Fundamental Regular por série, para os anos de 1999 e 2000, foram feitas em duas etapas. Na primeira, foram calculadas as taxas de transição (promoção, repetência e evasão) para o ano de 1997, utilizando-se os Censos Escolares de 1997 e 1998. Na segunda etapa, as matrículas foram efetivamente projetadas a partir das taxas de transição, incorporando-se, ainda, em conformidade com o cenário escolhido, um contingente máximo de novas matrículas relativas a alunos que se encontravam fora do sistema educacional regular. Para o cálculo desta componente, utilizou-se a proporção apresentada no Censo Escolar 1998, calculada em relação à matrícula inicial por série, referente a: a) alunos que no ano anterior estavam fora da escola, b) alunos que no ano anterior estavam frequentando o supletivo e c) alunos que vieram de fora do Estado (esta última parcela se faz importante, já que estamos estimando a matrícula por unidade da federação).

3 .1. Taxas de Transição - Ajustes da Matrícula Inicial do ano de 1998

Para o cálculo das taxas de transição, já que estamos trabalhando com um sistema escolar aberto, ou seja, a entrada de alunos não ocorre somente na 1a série, foi necessária uma correção da matrícula inicial por série,

para o ano de 1998. Para tanto, foram deduzidas da matrícula inicial de 1998, o contingente de "fora do sistema fundamental regular" em cada unidade da federação. Essa correção, em conformidade com a metodologia de Klein (1995), busca preservar a consistência do Fluxo dos Alunos, calibrando as matriculas de dois anos consecutivos de tal forma que seja avaliada a transição daqueles alunos que efetivamente encontravam-se matriculados no ano de 1997 (Tabela A).

Nos Estados de Tocantins, Ceará, Bahia e Minas Gerais, onde se observou uma queda acentuada das matrículas do Ensino Supletivo e correspondente aumento das matrículas do Ensino Fundamental Regular, entre os anos de 1997 e 1998, configurando uma possível transferência do alunado, foram acrescidas à componente que seria deduzida da matrícula inicial de 1998, as matrículas do ensino supletivo distribuídas pelas oito séries do Ensino Fundamental Regular. Para tanto, adotou-se a proporção encontrada no Censo Escolar 1998, relativa às matrículas de alunos que no ano anterior frequentavam o Ensino Supletivo. Vale ressaltar que essa alternativa deveu-se ao fato dessas matrículas, em algumas unidades da federação, não terem sido informadas no campo específico do questionário do Censo Escolar de 1998, por tratar-se de uma transferência compulsória (veja o item 1.6).

Uma componente diferenciada também foi introduzida para a correção dos dados de matrícula inicial do Estado do Paraná, no ano de 1998. Ao observar-se um aumento excessivo da matrícula inicial da 8a série em

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1998. quando analisada uma série histórica, constatou-se tratar de um impacto ocasionado por uma política de classes de aceleração com promoção automática iniciada em 1996 e dirigida aos alunos de 5a a 8a série. Esse

fenômeno ficou evidenciado ao proceder-se uma análise nas taxas de evasão da 5a e 6a séries, verificando-se

um aumento significativo das mesmas no ano de 1997. Esse fato ocorreu em função das classes de aceleração. devido ao deslocamento de alunos para séries não consecutivas, ou seja, no caso específico, o deslocamento de alunos matriculados nas 5a e 6a séries no ano de 1997 para a 8a série no ano de 1998. No caso da 7a série

observou-se um aumento significativo no número de aprovados, entre os anos de 1996 e 1997, confirmando a política de promoção automática. O procedimento adotado para a correção da matrícula inicial da 8a série foi

subtrair da matrícula inicial desta série a proporção equivalente ao aumento das taxas de evasão da 5a e 6a

séries entre os anos de 1996 e 1997 em relação à matrícula inicial destas mesmas séries, que sofreram processo de "aceleração". Para o caso da 7a série, o contingente de matrículas da 8a série devidas à promoção automática

foi estimado como o aumento apresentado entre os anos 1996 e 1997 do número de aprovados na 7a série. Esta

quantidade também é deduzida da matrícula inicial da 8a série em 1998.

3 .2. Taxas de Transição - Hipóteses para o cálculo das Taxas

Também de acordo com as hipóteses propostas por Klein e objetivando tornar as taxas de transição o mais próximo da realidade, foram consideradas as seguintes hipóteses: a) existência de uma proporção de Evadidos

Aprovados na Ia série, b) existência de uma proporção de Evadidos Não Aprovados específica para a Ia série, de outra adotada para a 2a série e ainda, de uma terceira proporção para as demais séries. Essas proporções variam para as diversas Unidades da Federação, podendo haver uma certa coincidência em Estados da mesma região geográfica (Tabela B).

Ainda foi considerado, para os Estados de São Paulo, Minas Cerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, que adotam o Ciclo Básico de Alfabetização, a existência de uma fração da matrícula inicial da 2a série,

referente a alunos que repetem essa série apesar de terem sido aprovados no ano anterior, identificados como repetentes aprovados.

E importante ressaltar que a organização do sistema seriado do Ensino Fundamental em ciclos, o que vem sendo implantado em diversas unidades da federação, exigirá a inclusão do conceito de repetentes aprovados em outras séries (atualmente, o Ciclo Básico de Alfabetização apresenta repetentes aprovados somente na 2a

série). Podemos citar como exemplo o caso de Minas Gerais, que desde 1996 vem adotando, de forma progressiva, a organização de ciclos que abrangeram, inicialmente, a 1a e 2a séries; passando para 1a à 3a série

e estando atualmente envolvendo a 1a à 4a série. Num mesmo ciclo os alunos evoluem de forma automática,

podendo haver retenção somente na última série do ciclo. 3.3. Estimativas 1999 e 2000

Inicialmente, as matrículas foram estimadas conjuntamente para as redes pública e privada (Tabela C), segundo a unidade da federação.

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• no caso específico da 1a série, a coorte de 7 anos em 1999 e os alunos com mais de 7 anos que estavam

matriculados na Pré-Escola e Classe de Alfabetização no ano de 1998 (exceto nos Estados Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, nos quais não existe Classe de Alfabetização). Para os Estados do Acre, Amazonas e Piauí foi considerado também um percentual extra de ingressos relativo a outras coortes, após a análise das taxas de atendimento na faixa de 7-14 e distorção série/idade, calculadas para 1998, bem como a evolução da matrícula série/idade;

• alunos promovidos e repetentes nas demais séries, calculados a partir das taxas de promoção e repetência de 1997, em relação à matrícula inicial de 1998;

• ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que estavam fora do sistema educacional e retornam ao Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998, em relação a soma de alunos promovidos e repetentes de 1999;

• ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que frequentavam o Ensino Supletivo e se transferem para o Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998 em relação a soma dos alunos promovidos e repetentes de 1999;

• ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos transferidos de outros Estados, utilizando a proporção apresentada em 1998 em relação a soma dos alunos promovidos e repetentes de 1999;

• no caso das unidades da federação com evidência ou indício de transferência das matrículas do ensino supletivo para o Ensino Fundamental Regular (Tocantins, Ceará, Bahia e Minas Gerais), foram consideradas as matrículas remanescentes de 1998;

no caso do Rio Grande do Sul, em função da alta taxa de atendimento na faixa de 7-14 anos e a baixa taxa de distorção série/idade, a proporção de ingressos extra Fluxo Escolar observado em 1998 foi reduzida pela metade.

3.3.2. As estimativas para o ano 2000 tiveram a seguinte composição:

? no caso específico da 1' série, a coorte de 7 anos para o ano 2000, exceto para os Estados do Acre, Amazonas e Piauí onde foi considerado também um percentual extra de ingressos relativo a outras coortes, em função das taxas de atendimento na faixa de 7-14 e distorção série/idade, calculadas para 1998, bem com a evolução da matrícula série/idade;

? alunos promovidos e repetentes das demais séries, calculados a partir das taxas de promoção e repetência de 1997 em relação à matrícula inicial estimada para 1999;

? ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que estavam fora do sistema educacional e retornam ao Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998 em relação à soma de alunos promovidos e repetentes do ano 2000;

? ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos que frequentavam o Ensino Supletivo e se transferem para o Ensino Fundamental Regular, utilizando a mesma proporção apresentada em 1998 em relação à soma dos alunos promovidos e repetentes do ano 2000;

? ingressos extra Fluxo Escolar, referentes a alunos transferidos de outros Estados, utilizando a proporção apresentada em 1998 em relação à soma dos alunos promovidos e repetentes do ano 2000.

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■ no caso do Rio Grande do Sul, em função da alta taxa de atendimento na faixa de 7-14 anos e a baixa taxa de distorção série/idade, consideramos que a proporção de ingressos extra Fluxo Escolar terá uma tendência de queda para 1999 e 2000 em relação aos valores observados até 1998.

3.4. Estimativa para a rede pública

Para o estabelecimento do percentual referente à rede pública (Tabela D), foi analisado o comportamento histórico das matrículas da rede privada distribuída por série, em cada unidade da federação. A partir dessa análise, foi projetada a participação da rede privada, por série, para os anos de 1999 e 2000 (Tabela D e E). Para a projeção da participação da rede pública para os anos de 1999 e 2000 do total de matrículas estimadas, foi deduzida a parcela projetada para a rede privada.

4. Conclusões e Recomendações

O grande desafio deste trabalho foi a exploração dos dados obtidos pelos Censos Escolares para entender a organização dos sistemas de ensino, a movimentação dos alunos e o impacto das políticas educacionais, sem o que, seriam impossíveis os ajustes necessários para o cálculo das taxas de transição do fluxo escolar.

Ficou evidenciado que o sistema educacional brasileiro está experimentando um forte processo de transformação, sobretudo em função do FUNDEF; é praticamente impossível antever quando se dará uma acomodação neste processo. Procuramos orientar o trabalho de estimar as matrículas por série no ensino fundamental, considerando os impactos já ocorridos, supondo que a tendência se manterá nos próximos anos. Evidentemente que este processo poderá, e deverá, continuar nos próximos anos; o que não é possível prever é a intensidade com que ocorrerá. De qualquer forma, julgamos que a metodologia aqui aplicada é a melhor forma para estimar a matrícula para o ano 2.000 e sua distribuição entre as séries do ensino fundamental. O que precisa ficar claro é que os números finais da estimativa, apresentados neste trabalho, refletem um cenário até certo ponto conservador, ou seja, consideramos que as taxas de transição permanecerão constantes. Por outro lado, é possível fazer outras estimativas com cenários mais otimistas que considerem, por exemplo, aumento das taxas de promoção. De qualquer forma, a estimativa apresentada está longe de ser pessimista, tendo em vista que, por exemplo, considera a incorporação ao sistema de toda a coorte de 7 anos e a manutenção, nos níveis atuais, do número de matrículas de alunos de fora do sistema (reingresso).

O risco que corremos ao utilizarmos estas estimativas são as intervenções externas que poderão vir a ocorrer. Já há fortes indícios de uma tendência, embora ainda incipiente, de ampliação do período de duração do ensino fundamental para 9 anos, o que poderia aumentar significativamente a matrícula na 1a série caso parte da

coorte de 6 anos seja incorporada ao ensino fundamental. Outro aspecto que poderá modificar é a distribuição da matrícula entre séries, não o estoque, mas apenas sua distribuição, tendo em vista a implantação das classes de aceleração, o que viola uma das hipóteses do modelo de fluxo escolar, ou seja, um aluno poderá das "saltos" entre séries. Este fenômeno já teve um impacto grande na distribuição das matrículas de 5a a 8a série do estado

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Ficou claro, também, que tem havido um significativo ingresso de alunos de fora do sistema, talvez refletindo o impacto de programas como Toda Criança na Escola. Nas estimativas ora apresentadas, consideramos que esta incorporação permanecerá constante neste período (1999 e 2000).

Finalmente, não podemos deixar de salientar que medidas como a transferência de alunos da educação de jovens e adultos (supletivo) para o ensino fundamental poderá ter um papel decisivo sobre a qualidade das estimativas para o ano 2000. Neste trabalho, só foi considerado este fenómeno nos estados em que este processo já foi iniciado.

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ANEXO I

Tabela A.1 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Brasil

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t} SUP{14,t} SUP{58,t} CA{t} CA{6,t} PRE{t} PRE{6,t} MAT{1,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,t} AP{1 ,t} AP{2,t} AP{3,t} AP{4,t} AP{5,t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t} RPR{1,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1,t} AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t} AD{2,t} AD{3,t} AD{4,t} AD{5,t} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t} TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 3.282.221 850.151 1.286.357 1.443.927 962.748 4.270.376 455.232 6.404.406 5.193.631 4.493.805 3.935.398 4.397.913 3.489.240 2.873.863 2.343.014 4.067.485 3.779.965 3.486.960 3.209.308 2.889.660 2.516.489 2.196327 1.923.762 1.190.117 848.446 549.955 356.259 759.658 474.308 295.964 169.283 800.869 431.613 332.145 270.130 639.330 418.985 309.820 211.281 305.314 298.411 249.982 209.751 343.525 199.908 157.522 124.206 361.383 341.907 287.815 249.180 273.700 222.510 184.218 147.144 3.161.911 899.072 1.311.253 1.426.694 643.400 4.292.208 458.611 6.575.734 5.154.094 4.724.389 4.113.911 4.510.872 3.630.218 2.993.337 2.526.833 4.377.895 3.918.597 3.845.104 3.456.021 3.239.185 2.795.397 2.411.950 2.151.271 1.192.773 694.239 424.441 286.099 553.328 349.518 225.778 136.169 816.013 394.001 317.427 248.660 565.306 365.391 276.518 193.455 364.082 283.212 249.718 197.802 220.980 172.462 140.626 114.578 407.122 358.406 315.534 262.920 272.640 223.952 187.424 151.600 3.205.975 783.591 1.298.119 806.288 324.051 4.111.120 461.989 7.079.742 5.170.049 4.684.209 4.399.330 4.656.172 3.834.103 3.218.865 2.750.084 Fonte: MEC/INEP/SEEC

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Tabela A.2 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Rondônia

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t} SUP{14,t} SUP{58,t} CA{t} CA{6,t} PRE{t} PRE{6,t} MAT{1,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,t} AP{1,t} AP{2,t} AP{3,t} AP{4,t} AP{5,t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t} RPR{1,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1,t} AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t} AD{2,t) AD{3,t} AD{4,t} AD{5,t} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t} TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 30.850 8.063 31.227 1.603 583 32.693 5.829 58.643 46.236 41.770 37.724 39.380 26.655 19.495 15.843 35.790 35.981 33.698 30.213 22.469 16.578 13.198 11.428 14.410 5.831 4.157 2.995 8.234 5.080 2.552 1.605 7.650 3.412 2.828 2.488 6.141 3.602 2.418 1.703 4.012 3.568 3.055 2.563 4.676 2.190 1.520 1.282 5.752 4.847 3.921 3.350 2.874 2.005 1.450 1.272 30.046 7.528 25.826 3.314 984 33.206 5.385 55.829 46.856 43.403 39.528 43.077 29.909 21.209 16.463 34.696 36.537 34.915 32.034 26.870 19.537 14.724 12.471 12.115 5.326 3.640 2.858 7.349 4.476 2.444 1.473 6.802 2.964 2.696 2.391 6.515 3.843 2.625 1.756 4.425 3.503 2.954 2.376 2.900 2.036 1.518 1.200 5.491 5.072 4.466 3.630 3.022 2.306 1.764 1.472 30.361 7.776 27.272 4.544 1.384 31.977 4.941 59.884 43.648 43.064 39.743 47.037 33.359 23.839 18.418 Fonte:MEC/INEP/SEEC

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Tabela A.3 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Acre

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t} SUP{14,t} SUP{58,t} CA{t) CA{6,t} PRE{t} PRE{6,t} MAT{1 ,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,1} AP{1,t} AP{2,t} AP{3,t} AP{4,t) AP{5,t) AP{6,t} AP{7,t) AP{8,t) RPR{1 ,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR(7,t} RPR(8,t} AB{1,t} AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t) AD{2,t} AD{3,t} AD{4,t} AD{5,t} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t} TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 12.145 5.634 6.685 941 370 12.591 1.980 32.899 20.905 16.564 13.900 14.350 10.144 8.368 6.490 17.288 13.690 11.900 10.564 8.105 6.668 5.499 4.687 8.791 3.309 1.821 1.407 2.849 1.320 694 385 9.990 3.778 2.705 2.004 3.178 1.865 1.394 817 389 501 419 436 1.554 835 517 465 1.458 981 936 806 809 621 512 313 11.572 7.273 9.086 1.604 391 14.071 1.915 37.904 22.357 17.801 15.105 15.015 11.549 8.921 7.474 16.860 14.389 12.272 10.997 8.764 7.033 6.078 5.124 9.145 3.547 1.942 1.090 2.209 1.342 856 439 9.127 3.885 2.713 1.968 3.123 1.714 1.384 864 1.157 1.205 892 740 1.142 620 437 297 1.639 1.305 1.028 1.035 879 642 551 437 14.679 9.422 10.021 1.384 412 13.890 1.850 40.583 23.520 18.332 15.623 14.340 11.162 9.199 7.417 Fonte: MEC/INEP/SEEC

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Tabela A.4 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matriculas Via Fluxo Escolar - Amazonas ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t} SUP{14,t} SUP{58,t} CA{t} CA{6,t} PRE{t} PRE{6,t) MAT{1 ,t} MAT(2,t} MAT{3,t) MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,t} AP{1,t} AP{2,t) AP{3,t} AP{4,t} AP{5,t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t} RPR{1,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1,t} AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t} AD{2,t} AD{3,t} AD{4,t} AD{5,t) AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t} TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 58.711 32.490 9.908 88.347 63.520 39.971 1.782 113.286 85.162 70.702 58.477 77.450 57.336 46.342 38.280 63.498 58.188 51.333 44.302 41.205 35.808 32.274 28.451 28.402 15.635 10.499 6.839 15.090 8.466 4.973 2.934 17.017 9.497 7.362 5.985 18.770 12.221 9.349 6.592 2.511 2.366 2.085 1.920 5.686 2.973 2.208 1.890 4.506 3.211 2.506 2.139 3.170 2.581 2.087 1.690 55.450 32.783 9.669 75.158 45.410 42.046 1.446 142.049 84.758 72.292 61.065 80.143 59.134 47.571 40.029 83.872 61.346 55.032 48.578 49.030 40.211 34.157 30.406 34.263 13.234 9.082 5.829 10.707 5.291 3.294 2.088 23.070 9.845 7.559 5.979 18.322 11.988 9.362 7.103 5.549 3.422 2.385 2.138 2.395 1.929 1.782 1.605 5.151 3.120 2.767 2.410 3.864 3.097 2.424 2.091 67.425 37.770 14.094 56.792 27.299 42.814 1.110 160.413 102.147 74.882 64.039 80.030 64.235 50.866 41.691 Fonte: MEC/INEP/SEEC

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Tabela A.5 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Roraima

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t) SUP{14,t} SUP{58,t} CA{t} CA{6,1} PRE{t} PRE{6,t} MAT{1 ,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t) MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,t} AP{1,t} AP{2,t} AP{3,t} AP{4,t} AP{5.t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t} RPR{1,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1,t} AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t} AD{2,t} AD{3,1} AD{4,t} AD{5,t} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t} TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 6.363 2.144 7.371 138 76 11.111 1.769 12.928 9.893 8.803 7.895 7.614 6.016 3.898 3.227 7.504 7.160 6.731 6.307 5.100 4.201 3.249 2.746 3.319 1.537 934 626 1.294 761 210 145 1.169 455 437 423 797 607 295 274 745 648 550 508 504 418 287 267 1.068 890 736 688 811 638 394 322 6.190 2.881 9.272 248 238 12.296 1.892 13.361 10.130 9.375 8.346 8.632 6.462 4.463 3.524 8.268 7.890 7.736 6.847 6.329 5.101 3.715 3.101 2.746 1.243 688 409 796 550 199 97 1.299 495 427 449 908 542 262 224 965 720 648 535 447 402 271 177 1.306 924 823 734 772 565 388 277 6.178 3.423 10.699 1.318 400 13.644 2.014 13.776 10.307 9.638 8.716 8.240 7.248 4.774 3.910 Fonte: MEC/INEP/SEEC

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Tabela A.6 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Pará

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 P0P{6,t} SUP{14,t) SUP{58,t) CA{t} CA{6,t} PRE(t) PRE{6,t} MAT{1 ,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,t} AP{1,t} AP{2,t) AP{3,t} AP{4,t} AP{5,t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t) RPR{1,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1,t} AB{2,t} AB{3,1} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t} AD{2,t} AD{3,t} AD{4,t} AD{5,t} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t) TR{1,t) TR{2,t) TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t) TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 141.689 29.130 79.785 138.900 104.744 179.296 23.201 412.676 250.221 202.492 164.818 140.309 91.663 60.708 46.543 200.630 145.031 125.778 108.587 73.032 56.650 40.866 35.933 109.389 53.281 34.484 23.365 38.925 18.473 8.910 5.247 70.854 31.690 24.882 19.372 21.582 12.003 7.374 4.571 10.267 7.768 6.461 5.744 6.424 3.029 2.075 1.700 13.437 9.725 8.354 7.665 5.386 3.509 2.746 1.972 137.317 47.791 104.304 160.266 67.923 173.224 19.616 460.017 265.023 212.718 173.129 148.966 99.942 64.745 51.316 243.440 162.350 137.050 116.761 88.786 69.209 46.765 38.602 122.756 51.365 32.727 21.852 27.608 11.988 5.695 4.085 80.349 32.521 24.711 19.327 21.858 11.379 7.122 4.434 12.616 6.881 5.633 4.483 3.963 2.227 1.572 1.248 16.987 11.845 9.819 8.713 5.666 3.839 2.753 2.252 158.953 51.331 113.966 74.645 31.101 148.324 16.030 534.783 277.488 214.572 176.328 144.177 109.842 72.702 55.347 Fonte: MEC/INEP/SEEC

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Tabela A.7 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Amapá

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t) SUP{14,t) SUP{58,t} CA{t} CA{6,t} PRE{t} PRE{6,t} MAT{1,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t) MAT{8,t} AP{1,t} AP{2,t} AP{3,t} AP{4,t} AP{5,t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t} RPR{1,t) RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1,t) AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,1} AD{1 ,t} AD{2,t} AD{3,t} AD{4,t} AD{5,1} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t) TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t} TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 9.964 3.183 7.249 406 212 18.535 2.511 21.274 19.549 16.070 13.216 13.834 9.580 7.308 6.286 13.977 11.632 11.020 9.717 7.563 6.048 4.882 4.532 4.497 5.519 2.992 1.785 4.337 2.048 1.178 810 1.823 969 789 698 1.400 949 692 675 529 667 526 430 487 280 294 173 1.124 1.197 919 785 901 657 489 406 9.934 7.648 13.516 938 333 21.456 2.047 22.415 21.782 16.636 14.145 14.535 10.757 7.314 6.882 15.092 13.575 12.210 11.001 8.888 7.559 5.458 5.215 4.452 5.799 2.872 1.715 3.665 1.795 880 692 2.009 1.351 1.042 782 1.323 748 544 558 976 875 679 503 371 296 252 190 1.429 1.360 1.073 846 1.121 802 617 515 11.370 9.896 16.648 1.174 454 18.551 1.583 25.651 22.173 18.155 15.093 15.287 11.053 8.128 6.852 Fonte: MEC/INEP/SEEC 35

(34)

Tabela A.8 - Dados Básicos do Modelo de Estimação de Matrículas Via Fluxo Escolar - Tocantins

ANO (t) Variável 1996 1997 1998 POP{6,t} SUP{14,t} SUP{58,t} CA{t} CA{6,t} PRE{t} PRE{6,t} MAT{1,t} MAT{2,t} MAT{3,t} MAT{4,t} MAT{5,t} MAT{6,t} MAT{7,t} MAT{8,t} AP{1 ,t} AP{2,t} AP{3,t} AP{4,t} AP{5,t} AP{6,t} AP{7,t} AP{8,t} RPR{1,t} RPR{2,t} RPR{3,t} RPR{4,t} RPR{5,t} RPR{6,t} RPR{7,t} RPR{8,t} AB{1 ,t} AB{2,t} AB{3,t} AB{4,t} AB{5,t} AB{6,t} AB{7,t} AB{8,t} AD{1,t} AD{2,t} AD{3,t} AD{4,t} AD{5,t} AD{6,t} AD{7,t} AD{8,t} TR{1,t} TR{2,t} TR{3,t} TR{4,t) TR{5,t} TR{6,t} TR{7,t} TR{8,t} 25.681 1.345 3.815 5.467 3.347 31.219 7.944 77.639 53.649 47.400 40.118 39.987 28.662 23.303 16.551 42.960 35.036 31.537 29.513 21.421 18.615 13.353 16.073 15.561 8.664 5.550 3.419 4.193 2.441 1.350 716 15.267 7.068 5.848 5.337 7.010 4.760 3.111 2.246 2.513 3.190 2.798 2.551 3.531 2.237 1.459 1.261 4.149 3.725 3.348 3.039 3.002 2.500 1.884 1.641 25.518 2.075 2.351 10.080 2.621 29.155 7.226 77.160 54.035 48.634 41.412 42.324 30.438 25.089 18.717 43.734 35.717 33.452 30.338 25.849 21.971 17.857 16.261 14.767 8.120 5.027 3.123 4.332 2.562 1.594 1.058 14.528 7.188 6.333 5.601 7.879 5.415 4.089 3.000 5.450 3.542 3.216 2.980 2.827 2.363 2.037 1.849 5.395 4.529 4.374 3.900 3.984 3.252 2.650 2.022 26.162 787 984 4.877 1.894 29.809 6.507 78.089 53.850 48.341 42.114 44.590 32.221 27.607 19.357 Fonte: MEC/INEP/SEEC

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