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Material Teórico. Mercado Financeiro e a Gestão de Crédito

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Academic year: 2021

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Mercado Financeiro e a Gestão de Crédito

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:

Prof. Ms. Iraci de Oliveira Motta Rapp Prof. José Felipe Ferreira de Souza

Revisão Textual:

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• Introdução à Disciplina – Aspectos Gerais

Esta unidade tem como eixo o estudo do “Mercado Financeiro e sua relação com os Riscos e a Gestão de Crédito”. Você deve estudar e fazer todas as atividades propostas na unidade.

No conteúdo teórico, inicialmente você estudará os conceitos de crédito e de risco.

Para o melhor entendimento sobre o mercado financeiro, o conteúdo teórico está estruturado, apresentando os quatro segmentos desse mercado e os riscos envolvidos em cada um, a saber:

a) Mercado Cambial – risco de variação da cotação cambial em valores em moeda estrangeira; b) Mercado de Crédito – risco de inadimplência nos empréstimos concedidos pelas instituições financeiras.

c) Mercado de Capitais – riscos nos papéis emitidos pelas empresas, como debêntures, para captar recursos.

d) Mercado Monetário – riscos nos títulos públicos, representativos de dívidas, emitidos pelo Governo.

O conhecimento das opções de financiamento, bem como de aplicações de recursos existentes no mercado financeiro e dos riscos envolvidos em cada operação é muito relevante para o gestor financeiro. Além disso, tanto o mercado financeiro como as empresas demandam profissionais com esse perfil.

Você terá o primeiro contato com a disciplina e estudará os aspectos gerais da gestão de crédito e sua relação com o mercado financeiro. Leia com atenção o conteúdo teórico, pois ele faz parte dos estudos, e também faça todas as atividades propostas.

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Contextualização

O Mercado Financeiro, no século XXI, encontra-se em um cenário bastante volátil, e os gestores financeiros deparam-se com muitas informações, o que aumenta a complexidade das decisões de investimentos e financiamentos.

Atualmente os meios de comunicação trazem, diariamente, informações sobre crises financeiras em diversos países.

As preocupações com o mercado financeiro estão se espalhando mundialmente. O centro da crise, atualmente, já não se localiza nos países emergentes, mas sim em alguma grande “potência”.

Os gestores financeiros buscam as oportunidades que oferecem os melhores retornos, todavia não devem se esquecer de avaliar os riscos, principalmente de ativos financeiros. Assim, é necessário conhecer as opções e os riscos envolvidos no mercado financeiro.

O mercado de crédito, no âmbito econômico, é uma importante forma de alavancar o desenvolvimento da economia de um país. Durante a leitura do conteúdo teórico, estudaremos as diversas operações de crédito e também as diversas maneiras de obtenção de recursos pelas pessoas físicas e jurídicas.

Vamos ver que, ao fazer aplicações financeiras ou mesmo manter uma conta corrente num banco, você pode estar correndo risco de crédito ou de perda financeira. Porém existe instrumento para proteger os pequenos poupadores, como por exemplo, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Dessa forma, a análise de risco e, por conseguinte, a Gestão de Crédito ganharam relevância muito grande em instituições financeiras e empresas.

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1 Introdução à Disciplina – Aspectos Gerais

1.1 Conceitos

Quando você ouve falar em crédito, provavelmente, deve se lembrar de compra de bens a prazo. No ambiente econômico, crédito é um meio importante de alavancar o desenvolvimento de um país e possui diversas características que são objeto de estudo do mercado financeiro. Assim, vamos estudar as diversas operações de crédito e também as formas de obtenção de recursos, pelas pessoas físicas, para financiar a aquisição de bens, e pelas pessoas jurídicas, para financiar suas atividades.

Em sentido amplo, a palavra crédito significa confiança, fé na solvabilidade. Em termos financeiros, fé na solvabilidade significa acreditar na capacidade de pagamento.

Apresentamos, a seguir, alguns conceitos de crédito estabelecidos por dois autores, estudiosos de análise e gestão de crédito: José Odálio dos Santos e José Pereira da Silva.

Segundo Silva (2008, p. 45), “Num sentido restrito e específico, Crédito consiste na entrega de um valor presente mediante uma promessa de pagamento.” O autor ainda complementa explicando que, numa loja, o valor presente significa a entrega de uma mercadoria, e, em um banco, o crédito consiste em colocar à disposição do cliente um empréstimo, mediante uma promessa de pagamento futuro. Ou seja, crédito envolve tanto uma venda a prazo, feita por uma empesa comercial ou industrial, como um empréstimo feito por uma instituição financeira.

Já conforme Santos (2006, p.1):

Dentre as várias conceituações, uma linha de raciocínio tem predominado entre os autores: crédito refere-se à troca de um valor presente por uma promessa de reembolso futuro, não necessariamente certa, em virtude do “fator risco”. Daí a necessidade de que o credor faça uma análise cuidadosa da capacidade financeira de cada cliente, antes da concessão do financiamento.

Assim, como se pode ver, crédito envolve expectativa de recebimento no futuro e, dessa forma, incorre em risco, pois o futuro é incerto, porém passível de ser estudado. Daí conceder crédito requer o estudo de análise de risco, cujas metodologias estudaremos nas próximas unidades.

Vamos, então, definir o que é risco de crédito.

Risco De Crédito: é a probabilidade de que o capital, ou seja, o valor emprestado não retorne na data acordada, isto é, no vencimento. Em outras palavras, é a possibilidade de perdas em virtude da incerteza quanto à realização ou recebimento de valores decorrentes de empréstimos, financiamentos, vendas a prazo, adiantamentos, emissões de títulos de dívida e de valores mobiliários.

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Quando se fala em risco de crédito, não se trata apenas de risco em empréstimos bancários ou em vendas a prazo, pois, sempre que ocorrer a probabilidade da não realização de um recebimento, seja de um título, de um boleto, de uma aplicação financeira, de um bem etc., há risco.

Você já deve ter ouvido ou lido, na mídia, algo sobre inadimplência. Podemos conceituar inadimplência como a falta de pagamento de um compromisso financeiro no vencimento ou também o não cumprimento de uma cláusula de um contrato.

Conforme Gitman (2004, p. 184), “Fundamentalmente, risco é a possibilidade de perda financeira.”

Assim, podemos inferir que haverá risco sempre que houver a probabilidade de perda financeira, seja por falta de pagamento no vencimento, ou ainda por redução do valor a receber, que são aspectos muitos relevantes em finanças.

Assim, podemos inferir que crédito e risco andam juntos.

A seguir, vamos conhecer as principais operações de crédito, os títulos e valores mobiliários que são passíveis de oferecer risco aos credores ou detentores de valores a receber contra terceiros.

1.2 Mercado Financeiro: operações de crédito, valores

mobiliários e títulos públicos

Preliminarmente é necessário contextualizar o ambiente econômico em que está inserido o risco de crédito, conhecer as operações que fazem parte do mercado financeiro, as quais serão objeto de análise de risco, e também a importância da sua gestão.

Caro(a) aluno(a), agora você vai conhecer ou então, caso já conheça, vai rever alguns conceitos básicos sobre o estudo do mercado financeiro, o qual pode ser subdividido em quatro segmentos: mercado cambial; mercado de crédito; mercado de capitais; mercado monetário.

Mercado cambial

No mercado cambial ocorrem as operações de compra e de venda de moedas estrangeiras, ou seja, é o ato de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um brasileiro viaja para o exterior, ele precisa trocar reais pela moeda estrangeira. Da mesma forma, as empresas, quando exportam e recebem o pagamento em moeda estrangeira, precisam efetuar a troca pela moeda nacional; ou ainda, quando as empresas brasileiras tomam empréstimos no exterior, é necessário fazer a troca da moeda estrangeira pela moeda nacional para ser utilizada no Brasil, e vice-versa quando do pagamento da dívida.

A conversão de uma moeda para outra é feita com base na taxa de câmbio do dia. As oscilações na cotação acarretam alterações nos valores, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis para os detentores de valores a receber ou a pagar em moeda estrangeira, ou seja, em transações com moeda estrangeira, há risco de variação cambial. Por exemplo, cotações do dólar dos Estados Unidos da América, conforme site do Banco Central do Brasil, em relação à moeda brasileira:

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Dia 14.11.2001: 1 dólar EUA = 2,5291 Reais Dia 14.11.2011: 1 dólar EUA = 1,7642 Real

Assim, como observamos, a cotação do Real variou fortemente (de R$ 2,5291 para R$ 1,7641 nesse período).

Mercado de crédito

No mercado de crédito ocorre a canalização, intermediada por uma instituição financeira, de recursos financeiros para os agentes econômicos demandadores de capitais. Agentes econômicos são todas as pessoas e entidades que fazem parte da economia, como os indivíduos, as empresas e o governo.

As instituições financeiras têm como principal finalidade fazer a intermediação financeira, captando recursos dos agentes superavitários (poupadores) para emprestar ou financiar os agentes deficitários (tomadores). Ou seja, os bancos fazem a ligação entre as pessoas físicas ou jurídicas que têm dinheiro e as que precisam de dinheiro.

No mercado de crédito, os bancos e as sociedades financeiras fazem operações de crédito de curto, médio e longo prazo tanto para pessoas físicas, com a finalidade de financiar a aquisição de bens, como para as pessoas jurídicas, fornecendo recursos para investimento e para produção. Dessa forma, propiciam o desenvolvimento econômico.

Você, certamente, já conhece as palavras “empréstimo” e “financiamento”. Muitas vezes elas são usadas como sinônimo, porém têm significados diferentes. Empréstimo significa modalidade de crédito em que o dinheiro não tem uma destinação específica - o tomador pode utilizá-lo livremente. Por exemputilizá-lo, você pode solicitar um empréstimo no banco e utilizar os recursos naquilo que você quiser.

Já financiamento é uma operação de crédito em que os recursos têm uma utilização

determinada em contrato, como, por exemplo, na compra de um carro financiado, os

recursos são para adquirir o carro.

A concessão de créditos, para pessoas físicas ou jurídicas, é precedida de análise do cliente para a apuração e classificação do risco e determinação do valor máximo do crédito. Tal assunto será objeto de estudo mais aprofundado nas próximas unidades desta disciplina.

O mercado desenvolve, constantemente, as formas de financiamento das vendas, do consumo e da produção. Apresentamos, a seguir, as principais operações de crédito existentes no mercado financeiro para pessoas físicas e pessoas jurídicas:

• Crédito direto ao consumidor: conhecido como CDC, é uma operação destinada a financiar a aquisição de bens e serviços pelos consumidores. O CDC com interveniência é uma modalidade destinada às empresas, para repasse aos seus clientes. O risco da operação passa a ser das empresas, que é a interveniente.

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• Cartão de crédito: é uma modalidade de crédito que permite ao detentor realizar compras de bens e serviços, bem como saques de dinheiro até o limite de crédito concedido. Pode ser concedido às pessoas físicas e jurídicas.

• Cheque especial: é um limite de crédito disponibilizado na conta corrente do cliente, o qual pode ser utilizado para fazer frente às necessidades eventuais.

• Crédito imobiliário: é um financiamento para aquisição ou construção de imóveis residenciais.

• Empréstimo em consignação: é uma operação de crédito destinada às pessoas físicas em que o pagamento das prestações é feito através do desconto diretamente em folha de pagamento e, dessa forma, o risco de inadimplência é baixo, reduzindo, também, os juros cobrados.

Além dessas operações citadas, existem diversas outras que são destinadas às pessoas jurídicas, as quais são classificadas em linhas para capital de giro e linhas para investimento.

Os recursos para capital de giro são aqueles utilizados para manutenção da atividade operacional das empresas, como aquisição de matéria prima, manutenção de estoques, pagamentos de salários e despesas com aluguel, contas de luz e de água etc. Os créditos para investimento são recursos destinados à compra de imobilizado, como máquinas, equipamentos, à construção de novas fábricas e a outros gastos em ativos que gerarão receitas durante vários anos.

Agora, vamos conhecer as principais operações de crédito destinadas às pessoas jurídicas.

Desconto bancário de títulos: é uma operação em que a instituição financeira adianta ao detentor de um título de crédito o valor que ele receberia no futuro, descontando os encargos financeiros (juros e demais despesas). Os títulos de crédito podem ser: duplicatas, cheques pré-datados, boletos de vendas com cartão de crédito. O tomador da operação faz cessão do crédito dos títulos ao banco. O desconto de recibos das vendas com cartão de crédito é feita, principalmente, pelo comércio varejista (lojas, supermercados etc).

É uma forma bastante utilizada pelas pequenas, médias e grandes empresas para obter recursos para capital de giro. Além disso, ao realizar o desconto do título, a empresa transfere para o banco o risco do recebimento de suas vendas a prazo. Todavia o banco tem o direito de regresso, ou seja, no vencimento do título, caso este não seja pago pelo devedor (também denominado sacado), a empresa (cedente do crédito) deverá efetuar o pagamento.

O desconto de títulos é uma operação de crédito bastante disputada pelas instituições financeiras, as quais devem tomar alguns cuidados para reduzir o risco de inadimplência, como: selecionar a qualidade dos títulos a serem descontados, principalmente das duplicatas, e evitar a concentração das operações em poucos clientes e de elevados valores para um mesmo cliente.

Conta garantida: é uma conta com um limite de crédito destinado a suprir necessidades eventuais de capital de giro. Há, ainda, o crédito rotativo, que é similar à conta garantida.

Hot Money: são operações de crédito de curtíssimo prazo (de 01 a 07 dias), também destinadas às necessidades eventuais de recursos.

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Empréstimos para capital de giro: são operações disponibilizadas às empresas pelos bancos e formalizadas através de contrato, o qual estabelece as condições básicas da operação, como garantias, prazo de resgate, encargos financeiros etc.

Operador de Vendor: uma operação que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento à vista, consistindo no financiamento do comprador.

Operações de Repasse de Recursos Externos: são recursos obtidos pelas instituições financeiras no exterior, em moeda estrangeira, e repassados para as empresas no Brasil. São operações que possuem como encargos: juros, comissão de repasse e variação cambial.

Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE): são créditos destinados às empresas exportadoras. ACC é uma operação que ocorre na fase de produção da mercadoria a ser exportada e ACE ocorre após o embarque da mercadoria ao importador.

Financiamento para investimento: o principal agente financiador dos investimentos é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é uma empresa pública federal. Os financiamentos para investimentos, como compra de máquinas, equipamentos, construção e expansão de fábricas, etc., são operações de crédito de longo prazo, o qual pode ser de 05, 10 ou até 20 anos, o que acarreta risco maior para o emprestador em função da possibilidade de oscilações na economia, afetando a capacidade de pagamento dos tomadores. As operações com recursos do BNDES, cujos fundos são governamentais, podem ser feitas diretamente com aquele banco ou mediante a intermediação de alguma instituição financeira e, neste caso, são denominadas operações de repasse de recursos internos.

As instituições financeiras correm risco de crédito ao conceder empréstimos ou financiamentos aos seus clientes. A gestão de crédito em bancos tem uma importância muito grande, pois o nível de inadimplência das suas operações pode acarretar insolvência do banco e trazer sérias consequências aos seus clientes e ao mercado financeiro. Assim, a gestão de riscos em instituições financeiras é assunto regulamentado pelo Banco Central e será objeto de estudo desta disciplina.

Captação de recursos pelas instituições financeiras

Para cumprir a função de disponibilizar crédito para os agentes econômicos deficitários, os bancos efetuam captação de recursos através das contas correntes e das aplicações financeiras mantidas pelos clientes.

As aplicações mais comuns oferecidas pelos bancos aos clientes são: caderneta de poupança e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que é um título emitido pelo banco que paga juros aos aplicadores.

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Letras de câmbio: títulos emitidos pelas financeiras, que são as sociedades de crédito, financiamento e investimento, e têm a finalidade de captar recursos para financiar o crédito direto ao consumidor;

Letras imobiliárias: criadas em 1964, podem ser emitidas pelos bancos que possuem carteira imobiliária e pelas sociedades de crédito imobiliário. A carteira imobiliária é composta por financiamento para aquisição de imóveis;

Letras hipotecárias: emitidas pelas instituições financeiras autorizadas a conceder financiamento de imóveis, garantido por hipoteca;

Letras de crédito imobiliário: criadas em 2004, como um novo instrumento para captação de recursos para financiamento imobiliário. São parecidas com as letras hipotecárias, mas delas difere, visto que aquelas têm como base (lastro) o crédito garantido por hipoteca.

As letras imobiliárias, assim como as letras hipotecárias e as letras de crédito imobiliário são títulos emitidos com a finalidade de captar recursos para financiar o crédito imobiliário, porém apresentam algumas diferenças entre si, como prazo, juros, emissor (quem pode emitir as letras) etc.

Além das citadas acima, as pessoas físicas e jurídicas têm diversas opções para fazer aplicações, ou seja, investimentos de recursos em instituições financeiras.

Para Pensar

Você acha que, ao manter uma poupança ou uma conta corrente num banco, você corre risco de perda do valor aplicado?

Sim, você e os demais clientes de um banco, ao manter dinheiro na conta corrente e em aplicações financeiras, como depósito em poupança ou em Certificado de Depósito Bancário (CDB), acima de determinado limite, correm risco de perda financeira em virtude de insolvência da instituição financeira.

Então, vamos conhecer quais são esses limites e a regulamentação que existe para proteger os pequenos poupadores.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC): é uma entidade, criada em 1995, e conforme site do Banco Central do Brasil, acesso em 14.11.2011:

“É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC.”

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A finalidade do Fundo Garantidor é proteger os correntistas e aplicadores no caso de quebra da instituição financeira associada ao Fundo. Todavia, esse fundo garante até o valor máximo total, atualmente, de R$ 70.000,00, que podem ser mantidos em uma ou mais instituições aplicados em:

• Depósitos em contas correntes;

• Depósitos a prazo (por exemplo, em CDB); • Letras de câmbio;

• Letras imobiliárias; • Letras hipotecárias;

• Letras de crédito imobiliário.

Assim, vimos as principais opções oferecidas pelas instituições financeiras para investimento por parte dos agentes econômicos (pessoas físicas e pessoas jurídicas) superavitários de recursos, bem como tipos de empréstimos/financiamentos existentes no mercado de crédito.

Mercado de capitais

No mercado de capitais ocorre a ligação entre os agentes poupadores e aqueles carentes de recursos, de médio e longo prazo, para capital de giro e investimento, efetuada diretamente entre os agentes econômicos sem a intermediação financeira de bancos.

A captação de recursos no mercado de capitais é feita, principalmente, por empresas de grande porte. As Sociedades Anônimas (S.A) de capital aberto, que são aquelas com ações negociadas em bolsa de valores, também denominadas empresas listadas em bolsa, podem fazer lançamento de ações para captar recursos.

No mercado de capitais são negociados diversos títulos, que são denominados valores mobiliários. Os principais são:

Ações: papéis representativos do capital de empresas; • Debêntures: títulos emitidos por uma sociedade anônima, com a finalidade de captar recursos, de médio e de longo prazo, para capital de giro e investimento. Podem ser conversíveis em ações;

Notas promissórias (também denominadas de commercial papers): emitidas com a finalidade de captar recursos para capital de giro. Geralmente, são papéis de curto prazo, representativos de dívidas das empresas emissoras. Os grandes aplicadores de recursos financeiros, que são denominados de investidores institucionais, como, por exemplo, instituições financeiras, fundo de pensões, seguradoras etc., são principalmente os adquirentes dos valores mobiliários emitidos pelas empresas.

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A decisão de adquirir títulos representativos de dívidas de uma empresa pelos investidores (debêntures, notas promissórias, etc.) é feita com base em análise de risco de crédito, assunto que será estudado em próxima unidade.

Mercado monetário

No mercado monetário são realizadas as operações de compra e venda de títulos públicos, com o objetivo de controlar a liquidez monetária da economia e suprir as necessidades de caixa do Tesouro Nacional.

Mas o que são títulos públicos? São papéis emitidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal, para captar recursos a fim de financiar a dívida pública e as atividades do Poder Executivo, como Saúde, Educação e infraestrutura.

Atualmente, no Brasil, os títulos públicos são emitidos basicamente pelo Tesouro Nacional e são, também, denominados obrigações do Governo Federal. Cabe destacar que, mundialmente, os governos dos países emitem papéis para captar recursos para financiar as suas atividades.

Exemplos de títulos públicos: Notas do Tesouro Nacional (NTN); Letras do Tesouro Nacional (LTN); Letras Financeiras do Tesouro (LFT); Bônus do Tesouro Nacional (BTN); Bônus do Banco Central (BBC); Letras do Banco Central (LBC) etc.

Juntamente com os títulos privados, como Certificado de Depósito Bancário (CDB), debêntures etc., os títulos públicos são mais uma opção de aplicação de recursos, que pode ser feita, inclusive, por pequenos investidores. Os títulos públicos também possuem risco de crédito, pois há a possibilidade de, no vencimento, o Governo não honrar o seu pagamento, todavia as aplicações nesses papéis são consideradas as de menor risco no mercado.

Você estudante, como futuro gestor ou analista financeiro, deve conhecer além das opções de captação de recursos para financiar as atividades empresariais (investimentos) também as opções de aplicações financeiras, para as eventuais sobra de caixa, assim como os riscos inerentes a essas operações. São informações importantes para o planejamento financeiro pessoal.

Como foi dito anteriormente, crédito e risco andam juntos. Assim, o risco de não realização dos valores envolvidos nas operações do mercado de crédito, nos valores mobiliários (mercado de capitais) e nos títulos públicos (mercado monetário) deverá ser objeto de Gestão de Crédito.

bcb.gov.br

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Material Complementar

O estudante de Gestão Financeira precisa estar atualizado com o que acontece na economia nacional e internacional. Vamos a algumas sugestões de sítios, por meio dos quais você pode se atualizar diariamente.

Revista sobre o mercado financeiro: http://www.capitalaberto.com.br

O sítio acima possui artigos acadêmicos voltados para o estudo do mercado financeiro.

Revista Exame: http://exame.abril.com.br

O sítio da Revista Exame traz notícias online sobre economia, negócios, mercado financeiro, carreira, informações em geral, etc.

Jornal O Estado De São Paulo: www.estado.com.br

Você pode acessar a página desse Jornal, via internet, que traz notícias sobre atualidades. O Jornal possui ainda a sessão Economia & Negócios, que divulga notícias online sobre economia e artigos de analistas econômicos de renome.

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Referências

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

GITMAN, Laurence J. Princípios de Administração Financeira. 10ª Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004.

SANTOS, José Odálio dos. Análise de Crédito: empresas e pessoas físicas. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006.

SILVA, José Pereira da. Gestão e análise de risco de crédito. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Site

Banco Central do Brasil: <http://www.bcb.gov.br/> Acesso em 14.11.2011

Banco Central do Brasil: <http://www4.bcb.gov.br/pec/conversao/Resultado.

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Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000

São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000

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