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AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE INDEXAÇÃO DE ARTIGOS DA SEÇÃO DE PERIÓDICOS DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFPB: pesquisa em andamento

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GT 2 - Organização e Representação do Conhecimento Modalidade de apresentação: pôster

AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE INDEXAÇÃO DE ARTIGOS DA SEÇÃO DE PERIÓDICOS DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFPB: pesquisa em andamento

Dulce Amélia de Brito Neves Universidade Federal da Paraíba Cláudio César Timotio Galvino Universidade Federal da Paraíba

Resumo: Pesquisa que objetiva avaliar a Política de Indexação de Artigos de Periódicos da Seção de Periódicos da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba, formalizada em 2006. Pretende-se também identificar as etapas de trabalho do Serviço de Indexação de Artigos da Seção de Periódicos; observar a utilização da Política de Indexação de Artigos de Periódicos pelos indexadores; detectar as inconsistências ocorridas na construção do vocabulário controlado; e cotejar os instrumentos utilizados no processo de indexação de artigos de periódicos. Usar-se-á o método qualitativo/quantativo através da análise de descritores do vocabulário controlado construído e transformado num catálogo disponível para consulta aos usuários.

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1 INTRODUÇÃO

No contexto da oferta de serviços para os usuários, na Seção de Periódicos (SPE) da Biblioteca Central (BC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é de fundamental importância destacar a indexação como uma forma de maximizar o uso da coleção, organizar e disseminar a informação. Para que o processo de indexação contribuísse eficazmente com essa unidade de informação, se fez mister estabelecer uma política de padronização, atribuindo confiabilidade ao vocabulário controlado adotado e promovendo a recuperação da informação em seus processos de revocação e de precisão. De acordo com a literatura pesquisada, a política de indexação é pouco adotada nas bibliotecas brasileiras, razão por que se pretende, nesta pesquisa, começar o processo de avaliação, que deverá ser periódica, da política de indexação de artigos da SPE/BC/UFPB.

2 POLÍTICA DE INDEXAÇÃO DE ARTIGOS DE PERIÓDICOS DA SPE

A política de indexação é um conjunto de diretrizes que norteiam os procedimentos cotidianos de um serviço de indexação. Essas diretrizes fazem parte das escolhas técnicas que uma biblioteca faz.

A indexação de assuntos é uma atividade relativamente complexa, por ser realizada por humanos e em oposição à indexação automática realizada por computadores. Essa noção está ligada à multiplicidade de fatores que influenciam o ato de indexar do bibliotecário. Dentre esses fatores, estão: a) a missão da instituição; b) o tipo de usuário; c) a estrutura organizacional do sistema de informação adotado; d) a qualidade e a quantidade de recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis; e) o sistema de recuperação da informação adotado; f) o formato de apresentação das informações recuperadas, de acordo com os interesses dos usuários; g) e os procedimentos adotados para a avaliação da política de indexação (NUNES, 2004).

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O índice de assuntos deverá ser formado partindo-se dos seguintes critérios: a) Uso da linguagem natural;

b) Entradas – devem obedecer à técnica de entrada direta, letras em caixa alta e em negrito. Ex.: MÚSICA BRASILEIRA e não, MÚSICA – BRASIL;

c) Ordenação – Será pela ordem alfabético dicionário;

d) Descritor – representa o conceito e é o termo autorizado para a indexação e recuperação de determinado assunto. Os descritores são termos constituídos por uma única palavra, que pode ser: um substantivo, um adjetivo substantivado ou um verbo substantivado;

e) Qualificador ou identificador – É utilizado para diferenciar ou especificar o descritor, incluído depois do mesmo, em caixa baixa (ou caixa alta e baixa, se for nome próprio) e entre parênteses;

f) Não-descritor ou termo equivalente – Embora possa descrever o mesmo conceito que o de descritor, não pode ser utilizado para a indexação;

g) Termo científico – Usar a palavra vulgar e remissiva para o termo científico;

h) Sigla – O uso de sigla deverá ser analisado o quanto é de domínio público. Se for de conhecimento público esse domínio, deverá o cabeçalho ser pela sigla. Se a sigla não é muito conhecida, a entrada deverá vir por extenso;

i) Quando a personalidade for assunto, a entrada deverá ser feita com seu nome por extenso ou pelo nome mais conhecido de domínio público, seguido do nome por extenso entre parênteses. Ex: FREUD (Sygmund Freud);

j) A terminologia adotada segue a orientação do termo livre da linguagem natural, e o indexador pode, eventualmente, valer-se do instrumento de vocabulário controlado; k) Número de palavras por descritor – os descritores podem ser formados por uma ou

mais palavras, sendo importante que expressem adequadamente o conceito. Entretanto, recomenda-se que esse número de palavras seja o menor possível;

l) Uso de singular e de plural – os termos do vocabulário controlado devem ser usados no singular, mas o plural é admitido quando o termo só é empregado no plural, do contrário, a compreensão de seu significado pode ser prejudicada pelo uso do singular;

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n) Sinônimos – Quando um conceito pode ser expresso por dois ou mais termos diferentes, escolhe-se um deles como descritor, fazendo-se remissiva dos demais. O descritor mais comumente conhecido pelo usuário deve ser escolhido como termo indexador;

o) Descritores compostos – Nesse tipo de descritor, as palavras são apresentadas em sua ordem natural. Quanto à fatoração de termos compostos, os descritores são representados sem fatoração em alguns casos especiais, pois alguns termos compostos são de uso tão freqüente na área do assunto que sua fatoração traria dificuldades para o usuário, podendo levar à perda do significado do termo composto ou em ambiguidade;

p) Termos homógrafos ou inconsistentes – Podem ser definidos pelo acréscimo de palavras elucidativas. Esse acréscimo pode ser feito colocando-se palavras elucidativas pospostas ao termo principal, que identifica o assunto de um documento separando os descritores por hífen (-);

q) Rotação dos descritores – As rotações dos descritores de assuntos compostos não são permitidas por questão de padronização. E mesmo em bases de dados, a recuperação de um termo independe da ordem que lhes foi estabelecida previamente; r) Relação de um assunto com sua subcategoria – As categorias não devem ser

relacionadas com suas subcategorias para formar uma mesma entrada no vocabulário controlado, exceto no caso de termos homógrafos. Deve-se sempre preferir a indexação pelo termo mais específico;

s) Relação de termos redundantes - Assuntos redundantes não devem ser relacionados para formar uma mesma entrada no vocabulário controlado, pois a representação não constitui um assunto composto nem serve para definir um termo homógrafo ou inconsistente;

t) Descritores que indicam período histórico – Todas as subcategorias devem ser representadas em sua ordem direta;

u) Identificadores geográficos – Quando associados a outro assunto, devem ser representados em ordem indireta, exceto no caso de estarem relacionados à literatura; v) Assuntos compostos por identificadores geográficos e cronológicos – Um assunto

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simultaneamente, são representados da seguinte forma: descritor, identificador geográfico e identificador cronológico. Ex.: POLÍTICA – BRASIL – 1980;

w) Grafia – Deve-se adotar a forma mais aceita. Todas as formas de grafia variantes, amplamente adotadas na literatura especializada da área analisada, devem figurar na lista de cabeçalho de assunto, com a elaboração de remissiva do tipo VER, remetendo-se para o descritor autorizado. Ex.: Tchekov ver TCHECOV / Brechdt ver BRECHT;

x) Termos estrangeiros – Esses termos são descritores quando seu correspondente em língua portuguesa não existir, ou quando for mais usual na literatura da área do que em língua portuguesa;

y) Elementos numéricos – Os números são componentes dos chamados dados factuais e formados por cifras que indicam data, quantidades ou números de ordem: a) Devem-se considerar os números ordinais (primeiro, Devem-segundo, etc) como descritores, embora sejam adjetivos; b) Utilizar os algarismos romanos quando forem partes integrantes dos descritores e no caso de especificação de séculos; c) Utilizar, por extenso, os números cardinais quando as quantidades são tomadas como descritores; d) Escrever as datas com algarismos arábicos.

3 PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO

Avaliar consiste em medir o que ocorre em comparação com a norma, e nesta pesquisa, são as diretrizes e os critérios estabelecidos na Política de Indexação de Artigos de Periódicos as regras que devem nortear a prática do Serviço de Indexação de Artigos de Periódicos. Optamos pela pesquisa de avaliação com o intuito de averiguar a consistência dos critérios e diretrizes escolhidos para a indexação em questão e o grau de dificuldade no cumprimento desses critérios, além de estarmos atentos a outras implicações para o sistema de recuperação da informação.

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Quanto aos procedimentos adotados, desenvolveremos pesquisa bibliográfica ou revisão de literatura, pesquisa documental com o acervo do setor, e por tudo isso, a pesquisa caracteriza-se assim em estudo de caso. A pesquisa documental considerará todos os materiais escritos disponíveis na Seção de Periódicos que podem servir como fonte de informação para esta pesquisa científica. O estudo de caso se configura aqui pela necessidade de um profundo e exaustivo exame da Política de Indexação de Artigos de Periódicos em questão, de maneira a obter seu amplo e detalhado conhecimento.

Como ambiente da pesquisa, temos a Seção de Periódicos da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba. A população envolvida serão os funcionários bibliotecários e estagiários de nível superior em Biblioteconomia que trabalham no Serviço de Indexação, além disso, a opinião dos usuários será registrada para verificação de suas expectativas sobre os resultados de suas buscas no catálogo de assunto da seção em questão.

A análise dos dados será realizada com o material coletado tendo como fatores principais: a) a abordagem qualitativa da política de indexação adotada; b) o vocabulário controlado, com aproximadamente seis mil descritores; c) o indexador (quem oferece o feedback necessário sobre a atuação eficaz das linguagens nos sistemas de informação); d) o usuário (quem utiliza a informação processada em seu nível descritivo e temático e, por conseguinte, quem também avaliará se o retorno obtido está compatível ou não com suas necessidades iniciais de pesquisa).

É a comunicação com o usuário a principal meta dessa unidade de informação, para a qual foi adotada a linguagem natural (LN), como norteadora dos recortes das áreas de conhecimento e como ponto de arranjo ou representação, transformando-se em linguagem documentária.

Na visão de Cintra et al. (2005, p. 16),

As LDs são tributárias da LN na medida em que são construídas a partir dela [...] as LDs acabam por assimilar algumas particularidades, uma vez que se valem de unidades da LN e são manipuladas, frequentemente por seres que têm na LN algo, naturalmente, incorporado à sua existência. Nesse contexto, a SPE alcança seu objetivo, que é o de disponibilizar a informação de sua coleção, realizando a comunicação entre seu sistema de informação e o usuário.

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coleção de periódicos. Como forma de organização, adotou-se a indexação documentária, cuja importância é fundamentada no considerável volume de informação existente na Seção de Periódicos.

4 RESULTADOS PARCIAIS

Como estamos no começo desta pesquisa, podemos adiantar que dos 6.000 descritores catalogados desde a implantação da política de indexação quase 80% apresentam inconsistência necessitando de adequação à política. Esta pesquisa é de natureza teórica e aplicada, pois objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos de interesse da Seção de Periódicos da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba, neste caso, a correção e/ou adequação do vocabulário controlado, da ampliação dos instrumentos de pesquisa e da consolidação da Política de Indexação de Artigos de Periódicos e, por conseguinte, do Serviço de Indexação de Artigos da Seção de Periódicos.

REFERÊNCIAS:

ALBUQUERQUE, Maria Elizabeth Baltar Carneiro de. Política de indexação da biblioteca digital Paulo Freire. João Pessoa: DBD/UFPB, 2003. 17 p.

CAVALCANTI, C. R. Indexação & tesauro: metodologia e técnicas. Ed. Preliminar. Brasília: ABDF, 1978.

CESARINO, Maria Augusta da Nóbrega; PINTO, Maria Cristina Mello Ferreira. Cabeçalho de assunto como linguagem de indexação. Revista da escola de biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v.7, n.2, p. 268-288, set. 1978.

CINTRA, Ana Maria Marques et al. Para entender as linguagens documentárias. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Polis, 2002. 92 p.

LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. Brasília: Briquet de Lemos, 1993. Cap. 1-3.

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PINTO, Virgínia Bentes. Indexação documentária: uma forma de representação do conhecimento registrado. Perspectiva em ciência da informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 223-234, jul./dez. 2001.

UNGER, Roberto J. G.; FREIRE, Isa Maria. Sistemas de informação e linguagens

Referências

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