Reunião NEPCIT - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre CIDADES E TERRITÓRIOS, 4 de Reunião NEPCIT - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre CIDADES E TERRITÓRIOS, 4 de Setembro 2008 Setembro 2008
Red e Hidro grá fic a Red e Es trad a s Pis ta s d e p ou so
S ão Fél ix d o Xin gu
Tu cum ã e Our ilân di a Altam i ra
Uru ará
Can op us
Vila Ce n tral
Ta bo ca
Sud oe st e Red e Hidro grá fic a Red e Es trad a s Pis ta s d e p ou so
S ão Fél ix d o Xin gu
Tu cum ã e Our ilân di a Altam i ra
Uru ará
Can op us
Vila Ce n tral
Ta bo ca
Sud oe st e
Tucumã
Sudoeste
Ladeira Ve rm elha Mine rasul Cara panã Belém
São Félix
Ar ag uaí na
Altam ira Vila Canopus
Nereu Tancredo Neve s Taboca
Vila dos Cr entes
Por to Est rela Vila Cent ral Pont alina Vila Caboclo
Prim aver a
Redenção
Metróp ole Cidade s Cidades Setores L ocalidad es
>50.000 h ab <50.0 00 h ab Urb anos Tucumã
Sudoeste
Ladeira Ve rm elha Mine rasul Cara panã Belém
São Félix
Ar ag uaí na
Altam ira Vila Canopus
Nereu Tancredo Neve s Taboca
Vila dos Cr entes
Por to Est rela Vila Cent ral Pont alina Vila Caboclo
Prim aver a
Redenção
Metróp ole Cidade s Cidades Setores L ocalidad es
>50.000 h ab <50.0 00 h ab Urb anos
Roberta Rosemback, INPE-CEDEST Flávia Feitosa, ZEF
Fred Roman Ramos, LSE-UrbanAge Project-CEDEST Antonio Miguel V. Monteiro, INPE-CEDEST
{miguel, roberta@dpi.inpe.br; flavia@uni-bonn.de; F.Ramos@lse.ac.uk}
Reunião NEPECIT: Tópicos para Discussão Reunião NEPECIT: Tópicos para Discussão
Recuperando a
Recuperando a Cidade Real Cidade Real no Debate Urbano no Debate Urbano
Apesar de já bem conhecidos, aqui estão alguns dos processos indutores da ocupação de áreas em disponibilidade nos arranjos urbanos, que do ponto de vista da constituição normativa são definidas como irregulares ou mesmo ilegais. A idéia é discutirmos
algumas observações gerais sobre as implicações dessas ocupações.
CIDADE ILEGAL , CIDADE INFORMAL OU SIMPLESMENTE A CIDADE REAL ??
Como dizia o Millôr Fernandes:
Livre pensar é só pensar!
Livre pensar é só pensar!
ONDE ocorrem os problemas? (QUANDO E COMO) Na CIDADE Real, mas na parte ínvisível dela e na
parte feita inísível!! Vale ler Calvino – As Cidades Invíveis e refletir, pegue comigo!)
QUAL A AGENDA urbana atual?
A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO PARADIGMA URBANO (SERÁ mesmo? E Recuperar o
“velho”o hostórico, o urbano como
oportunidade, etc, não seria a verdadeira agenda urbana??? )
Perguntas colocadas na reunião anterior:
Industrialização com baixos salários
(Maricato, 2000)Salários não são compatíveis com o preço das moradias.
Quase 60% da população da metrópole paulistana está excluída do mercado legal privado de moradia por receber menos de 10 sm.
Processos indutores da ocupação
irregular:
Mercado Imobiliário excludente
(Maricato, 2000;Alfonsin, 2005)
“unidade habitacional” ou “lote urbanizado”: tanto mais caro quanto dotado de infra-estrutura, centralidade e equipamentos. Inacessível para a maioria da população.
Invasão de terras para fins de moradia (somente favelas):
Mais de 20% da população do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, 28% da população de Fortaleza, 33% da população de Salvador, e 40% da população do Recife.
(dado importante para mostrar como um gráfico!)
Processos indutores da ocupação irregular:
Ausência de políticas sociais e alternativas legais de acesso à terra urbana
(Maricato, 2000;Alfonsin, 2005)
Investimentos públicos transferem renda ao mercado imobiliário.
Não há programas de prevenção da produção irregular de moradias.
O déficit habitacional também deve-se à ineficácia das políticas públicas de provisão habitacional de interesse social.
Processos indutores da ocupação irregular:
O lugar para os pobres
(Cymbalista,2006)“...até que ponto as novas políticas são capazes de interferir nas condições reais de vida da população, principalmente dos mais pobres. Até que ponto os novos instrumentos são capazes de combater os perversos processos de segregação, de irregularidade e de periferização?”
Processos indutores da ocupação irregular:
Crescimento desordenado da ilegalidade
(Maricato, 2000)Predação ambiental
(Maricato, 2000) ( O que exatemente significa isso?? Pois entao existem predadores, quem são? )Entupimento e poluição de córregos, desmatamento, exposição da população a enchentes, desabamentos e doenças.
Aumento da violência
(Maricato, 2000)Número de homicídios
(dado perigoso ,pois questionável!)
EXCLUSÃO SOCIAL
( que conceito??? ,a para Aldaiza e Dirce exlusao não existe é uma relacao, não há
exclusao sem inclusao e vice- versa!))
Observações Gerais e Implicações das Ocupações Urbanas
A cidade legal não é mais representativa da cidade real
Orçamentos municipais priorizam a “cidade oficial”
A cidade é para poucos
(Ferreira, 2000)Nas metrópoles brasileiras, cerca de 50% da população reside na informalidade (em São Paulo representa ~ 6 milhões de pessoas).
Em Córdoba (Argentina) ~ 20% da população mora em favelas.
Na região metropolitana de Lima (Peru), em Quito (Equador) e em Caracas (Venezuela) ~ 50% dos habitantes moram em condições subnormais.
Na Cidade do México (México) e em Bogotá (Colômbia) ~ 59%
dos habitantes moram em condições subnormais.
... e “(...) Tal situação não se restringe às metrópoles latino- americanas”. (Onde mais ???)
Observações Gerais e Implicações das Ocupações Urbanas
Taxas de crescimento diferentes nas periferias ilegais e centros urbanizados
(Ferreira, 2000)urbanização desigual: enquanto a taxa média de crescimento anual das cidades brasileiras é de 1,93%, o da periferia de São Paulo chega a 4,3% ao ano.
Observações Gerais e Implicações das Ocupações Urbanas
Mercado imobiliário informal
(Abramo, 2007)“A redução das taxas de crescimento populacional nas grandes cidades brasileiras parece não ter reduzido de forma significativa a produção da informalidade urbana, mas ela parece que alterou as suas formas, pois na última década temos um crescimento dos Mercados Informais de Solo como forma de acesso dos pobres ao solo urbano.
De forma geral, cresceram os três sub-mercados informais (loteamentos, comercialização em assentamentos consolidados e locação), mas, hoje, o de menor expressão ainda é o mercado de locação”
Observações Gerais e Implicações das Ocupações Urbanas
Que fazer com a cidade ilegal e violenta?
(Nossa!! Ë muirta estigmatiza;çao não acha?
Ilegal , pobre e violento? Nem parece coisa da Erminia!!)
E com as áreas ambientalmente frágeis, ocupadas pelas moradias pobres? ( E ai,
responsabilizamos os pobres??? Mais uma vez, a ciulpa é da mulher e não do estuprador??)
Como enfrentar o mercado imobiliário altamente especulativo?
Como implementar a função social da propriedade?
Brasil, cidades
(Maricato, 2001):Como fazer, objetivamente, o controle do uso do solo?
Como ampliar a oferta de moradias sociais?
Que fazer com o comércio informal? ( Precisa??) Quais os padrões mínimos de conforto domiciliar, circulação viária e de pedestres, as áreas
públicas, a coleta do lixo, o saneamento e sua manutenção?
Brasil, cidades
(Maricato, 2001):Criar a consciência da cidade real e indicadores de qualidade de vida
Criar um espaço de debate democrático:
dar visibilidade aos conflitos (nossos mapas não-mapas, a cartografia dos processos??)
Reforma administrativa
Formação de quadros e agentes para uma ação integrada
Brasil, cidades
(Maricato, 2001):Aperfeiçoamento e democratização da informação
Um programa especial para regiões metropolitanas
Formulação de políticas de curtíssimo, médio e longo prazo
Estrutura de provisão habitacional no Brasil: a
invasão de terras (espontânea ou organizada)como alternativa habitacional
Brasil, cidades
(Maricato, 2001):Estoque de terras
Condicionantes de mercado Acessibilidade
Infra-estrutura
Características da população residente (no caso das ocupações informais existentes)
Expansão das ocupações existentes X
Surgimento de novos núcleos
Referências bibliográficas
ABRAMO, P. (2007) Características estruturais dos mercados informais de solo na América Latina: Formas de funcionamento. XII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL, Belém - Pará – Brasil, mai/2007
ALFONSIN, B. M. (2005) Depois do Estatuto da Cidade: Ordem jurídica e política urbana em disputa. Porto Alegre e o Urbanizador Social. R. B. ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS V.7, N.2 / Nov 2005
CYMBALISTA, R. (2006) A Trajetória Recente do Planejamento Territorial no Brasil:
apostas e pontos a observar. REVISTA PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO, Curitiba, n.111, p.29-45, jul./dez. 2006
FERREIRA, J. S. W. (2000) Globalização e Urbanização Subdesenvolvida. SÃO PAULO EM PERSPECTIVA, 14(4) 2000.
MARICATO, E. (2000) As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias.
Planejamento Urbano no Brasil. In: Arantes, O.; Vainer, C.; Maricato, E. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
MARICATO, E. (2001) Brasil, cidades. Alternativas para a crise urbana. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2001.
CBERS-2B Câmera HRC ( 2,7 m) Fusão com CCD – Cumbica, SP 28 de Março de 2008
Antonio Miguel Vieira Monteiro miguel@dpi.inpe.br