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ORIENTADO POR: Dr.ª Alexandra Martins Gonçalves COORIENTADO POR: Prof.ª Doutora Cláudia Isabel Pontes Neves Afonso

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Sarcopenia, fragilidade e estado estaturo ponderal, dos cuidadores informais em contexto de ECCI – estudo piloto

Sarcopenia, frailty and weight status of informal caregivers in the context of ICCT - pilot study

Cláudia Cunha Teixeira

ORIENTADO POR: Dr.ª Alexandra Martins Gonçalves

COORIENTADO POR: Prof.ª Doutora Cláudia Isabel Pontes Neves Afonso

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO

1.º CICLO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO | UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

TC

Porto, 2022

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Resumo

Estima-se que em Portugal existam 230-240 mil pessoas em situação de dependência. O seu cuidado pode ser prestado por cuidadores formais ou informais, sendo os últimos o foco deste estudo. Está demonstrado que esta atividade tem um impacto negativo na sua saúde e qualidade de vida. Assim, os objetivos deste estudo são avaliar e caracterizar os cuidadores informais relativamente ao seu estado estaturo ponderal, provável sarcopenia e risco de fragilidade. Para além disso, será estudada a sua associação com características sociodemográficas, de estilos de vida e sobrecarga emocional. Para isso realizou- se uma correlação de Spearman. Desenvolveu-se um questionário a ser aplicado de forma presencial ou via telefónica. A massa corporal e comprimento da mão, utilizado para estimar a estatura, foram recolhidos de forma presencial. Para o risco de sarcopenia e de fragilidade, utilizaram-se os questionários SARC-F e FRAIL Scale, respetivamente. Este estudo avaliou 37 cuidadores informais dos doentes que recebem apoio das Equipas de Cuidados Continuados Integrados afetas à Unidade Local de Saúde do Alto Minho. Do total da amostra, 42,9% encontram-se pré-obesos e 40,0% obesos. Verificou-se que 18,9% apresenta possível presença de sarcopenia, 27,0% apresenta risco de fragilidade e 43,3% risco de pré-fragilidade.

Relativamente à sobrecarga emocional, está presente em 37,8% dos cuidadores.

Após ajuste para a idade, observou-se uma associação entre o IMC e a possível presença de sarcopenia (rs=0,386, p=0,024), uma associação entre IMC e risco de fragilidade (rs=0,595, p<0,001) e uma associação (rs=0,476, p=0,004) entre a possível presença de sarcopenia e o risco de fragilidade.

Palavras-chave: Cuidadores informais; Sarcopenia; Fragilidade; Sobrecarga Emocional; Índice de Massa Corporal

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Abstract

In Portugal, it’s estimated that 230-240 thousand people are in a dependency situation. Their care can be provided by formal caregivers ou informal caregivers, the latter being the focus of this study. It’s shown that being an informal caregiver has a negative impact on caregivers’ health and life quality. The aim of this study is to characterize the caregivers according to their weight status, risk of sarcopenia and frailty. It will also be measured their association with sociodemographic and life-style characteristics and emotional overload. For this we performed a Spearman correlation. We developed a questionnaire to be applied in person or by telefone. The weight and hand-lenght, to estimate height, were measured in person. To evaluate the risk of sarcopenia and frailty, we used the SARC-F and FRAIL Scale questionnaire, respectively. The sample of this study has 37 caregivers of the Integrated Continuing Care Team, belonging to the Local Health Unit of Alto Minho. We found that 42.9% of the caregivers were pre-obese and 40.0% were obese. In this sample, 18.9% of the caregivers shows possible sarcopenia, 27.0% has frailty risk and 43.3% has pre-frailty risk. Regarding emotional overload, it’s present in 37.8% of caregivers. After adjusting for age, we found an association between BMI and the possible presence of sarcopenia (rs=0.386, p=.024), between BMI and risk of frailty (rs=0.595, p<0.001) and an association (rs=0.476, p=0.004) between the possible presence of sarcopenia and the risk of frailty.

Key-Words: Informal caregivers; Sarcopenia; Frailty; Emotional overload; Body Mass Index

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CI – Cuidadores Informais

ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados IMC – Índice de massa corporal

ULSAM – Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE

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Sumário

Resumo ... i

Abstract ... ii

Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos ... iii

1. Introdução ... 1

2. Objetivos ... 3

3. Metodologia ... 3

4. Resultados ... 8

5. Discussão ... 11

6. Conclusões ... 14

Agradecimentos ... 16

Referências ... 17

Apêndices ... 19

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1. Introdução

Atualmente, em Portugal, estima-se que existam 230 mil a 240 mil pessoas em situação de dependência. Estas podem necessitar de cuidados a serem prestados quer por cuidadores formais, como os assistentes pessoais, quer por cuidadores informais (CI)(1).

A 6 de setembro de 2019 foi aprovada na Assembleia da República a Lei nº100/2019, que aprova o estatuto do CI e regula os direitos e deveres do cuidador e da pessoa cuidada(2).

Recentemente, o Movimento Cuidadores Informais realizou um estudo de âmbito nacional, de forma a contribuir para a caraterização dos CI(3). Dos inquiridos, apenas 40,9% conhece o Estatuto do CI e só 22,8% considera este estatuto completo(3). Quando questionados sobre a reorganização familiar, 75,4%

das famílias sofreram alterações na sua dinâmica. Cerca de 38,8% refere que

“deixou de haver tempo para si próprio/a e para estar em família” e 24,7% diz que

“deixou de haver férias, fim de semanas, vida social, convívios com familiares ou amigos”.(3) Os resultados deste estudo vão de encontro a outros já publicados, onde se demonstra que ser CI tem um impacto negativo na sua saúde(4, 5).

Em 2020, Barbosa e colaboradores avaliaram o impacto na saúde de ser CI. Este estudo mostrou que, comparando com não-cuidadores, os CI apresentavam uma maior percentagem de sintomas depressivos e pior qualidade de vida(4). Factos preocupantes, uma vez que poderão comprometer a prestação dos cuidados aos seus dependentes.

Acresce ao supracitado os custos associados a esta prestação de cuidados(5,

6), que pode estar associada a uma menor qualidade dos hábitos alimentares,

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principalmente dos CI. Um estudo demonstrou que os CI têm aproximadamente o dobro do risco de terem insegurança alimentar ou fome(5). Problemas financeiros são causa de preocupação por parte dos CI uma vez que os próprios muitas vezes são mais velhos e receiam que esta situação possa prejudicar os seus rendimentos(6). Esta questão torna-se relevante no contexto nacional, uma vez que Portugal é o país com maior percentagem de CI com 50 anos ou mais, da Europa(4).

Para além disso, a idade avançada dos CI pode levantar outras questões preocupantes, como a presença de fragilidade nos mesmos. A fragilidade é definida como sendo uma síndrome geriátrica, em que as reservas de capacidade intrínseca estão reduzidas, aumentando a vulnerabilidade a fatores de stress e, consequentemente, ao aumento de consequências negativas para a saúde(7, 8). Um estudo realizado por Tomomitsu e colaboradores, com o objetivo de identificar a prevalência e fatores associados à fragilidade em cuidadores idosos de idosos dependentes, mostrou uma prevalência de fragilidade e pré-fragilidade de 18% e 54%, respetivamente. Esta investigação mostrou associação entre a capacidade funcional reduzida, a presença de sintomas depressivos e a sobrecarga emocional da prestação dos cuidados e a fragilidade(9). Aliada à fragilidade, poderá também surgir a preocupação da presença ou não de sarcopenia nesta população. Esta é caracterizada como uma doença muscular, onde existe a diminuição da quantidade e qualidade da massa muscular, levando à perda de força muscular. É considerada grave, quando, concomitantemente, existe a diminuição do desempenho físico(8, 10).

Apesar de existirem publicações sobre o estado de saúde do doente em cuidados domiciliários, poucas são aquelas que se focam nos CI. Os estudos sobre

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os CI focam-se na insegurança alimentar(5) e no seu estado de saúde mental(4), mas estudos sobre o seu estado nutricional são escassos. Como mencionado anteriormente apenas foi encontrado um estudo que avalia a fragilidade em cuidadores idosos de idosos(9). Tendo os CI um papel determinante na prestação de cuidados, é essencial avaliar as suas necessidades, de forma a criar estratégias e políticas que diminuam o impacto negativo na sua qualidade de vida que, naturalmente, poderá ter impacto na prestação de cuidados aos seus dependentes.

2. Objetivos

Os objetivos deste estudo são avaliar e caracterizar os cuidadores informais (CI) dos doentes que recebem apoio das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) afetas à Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), relativamente ao seu estado estaturo ponderal, provável sarcopenia e risco de fragilidade. Para além disso, será estudada a sua associação com características sociodemográficas, de estilos de vida e a sobrecarga emocional dos CI.

3. Metodologia

3.1 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo epidemiológico observacional descritivo, de desenho transversal.

3.2 População e amostra

A população deste estudo incluiu os CI dos doentes que recebem apoio das ECCI afetas à ULSAM. O questionário foi enviado às 12 ECCI pertencentes à ULSAM.

Destas participaram no estudo 8 ECCI, cada uma com capacidade máxima de 20

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utentes. De um total de 160 CI, 37 aceitaram participar no estudo, perfazendo uma taxa de participação de 23,13%.

Consideraram-se critérios de inclusão terem mais de 18 anos e serem CI de uma ou mais pessoas.

3.3. Métodos

Para dar resposta aos objetivos do estudo, foi desenvolvido um questionário a ser aplicado aos CI, que permite obter a seguinte informação:

- Sociodemográfica - idade (anos), sexo (feminino, masculino), nacionalidade, distrito e concelho de proveniência, estado civil (solteiro, divorciado, viúvo, casado ou a viver em união de facto), escolaridade (sem escolaridade, ensino básico 1.º ciclo, ensino básico 2.º ciclo, ensino básico 3.º ciclo, ensino secundário, ensino pós-secundário não superior, ensino superior), constituição do agregado familiar (n.º de elementos), ocupação profissional (trabalhador por remuneração, trabalhador doméstico, desempregado, reformado, estudante) e de quem é cuidador (criança/adolescente – < 18 anos -, adulto – 18-64 anos -, idoso - ≥ 65 anos);

- Estilos de vida - prática de exercício físico (pratica ou não), consumo de álcool (sim ou não) e tabaco (sim ou não), n.º de horas de sono (durante a semana e fim-de-semana) e hábitos alimentares. Este último parâmetro foi avaliado através da escala “Avaliação breve e inicial dos hábitos alimentares para abordagem inicial”, que permite medir a adesão a hábitos alimentares saudáveis(11), sendo que uma pontuação ≤ 7 pontos quer dizer que tem fraca adesão, 8-17 moderada e ≥ 18 elevada;

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- Estado de saúde e estado estatuto ponderal – avaliado pela autoperceção do seu estado de saúde, através de uma escala Likert de 6 pontos (“saúde muito fraca” a “saúde excelente”), tendo também a opção “Não sabe/Prefere não responder”, e o autorreporte da presença efetiva de 17 doenças: asma, alergias, bronquite crónica, doenças pulmonares, enfarte do miocárdio, doença cardíaca coronária, hipertensão, acidente vascular cerebral, diabetes, cirrose hepática, doença renal crónica, incontinência urinária ou dificuldades de controlo da bexiga, complicações no pescoço (dor ou outros problemas crónicos), artrose, problemas lombares (dor ou outros problemas crónicos) e depressão(12). Para o estado estaturo ponderal foi avaliada a massa corporal(13), com recurso a balança, e estimou-se a estatura, utilizando a medição do comprimento da mão(14). Posteriormente, calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC)(15), procedendo à sua classificação de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde(16);

- Sobrecarga emocional - verificada com a versão em português de 4 pontos do Zarit Burden Interview, validada em cuidadores portugueses residentes na comunidade. Esta escala inclui quatro questões fechadas relativas à sensação que o entrevistado sente sobre a falta de tempo para si próprio, o stress na gestão de todas as suas responsabilidades, a tensão e a incerteza sobre o que fazer. Cada resposta tem uma cotação de zero (“nunca”) a quatro pontos (“quase sempre”), considerando-se a existência de sobrecarga emocional quando o somatório final for igual ou superior a 7 pontos(17, 18);

- Insegurança alimentar - avaliada através de 2 questões “Alguma vez se sentiu preocupado/a pelo facto de os alimentos em sua casa poderem acabar antes que tivesse dinheiro suficiente para comprar mais?” e “Já aconteceu os alimentos

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em sua casa acabarem antes de ter dinheiro para comprar mais?”, em que o entrevistado responde numa escala Likert de 3 pontos (“Nunca” a “Muitas vezes”)(19, 20), havendo também a hipótese de “Prefiro não responder”;

- Sarcopenia e risco de fragilidade - avaliadas utilizando a metodologia proposta por Faria e colaboradores em 2021, concretamente no desenvolvimento das versões portuguesas das ferramentas de rastreio para a fragilidade física e da sarcopenia(8, 10). Neste âmbito, para a avaliação da possível presença de sarcopenia utilizou-se o método de rastreio simplificado, baseado nos critérios do European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP). O SARC-F é um questionário de autorreporte que determina o nível de dificuldade percecionada pelo indivíduo para cinco componentes: força, assistência para caminhar, levantar da cadeira, subir escadas e quedas. A pontuação final varia entre 0 e 10, em que um resultado igual ou superior a 4 é sugestivo de presença de sarcopenia(8, 10). O risco de fragilidade foi avaliado pela ferramenta de rastreio de fragilidade FRAIL Scale. Consiste também num questionário autorreportado, com questões “sim” ou “não”, que inclui cinco componentes inseridos em três domínios: resistência e deambulação no domínio funcional, fadiga e perda de peso, no domínio biológico e o componente de doença, no domínio de acumulação de défices. Pontuações iguais ou superiores a 3 indicam risco de fragilidade, pontuações de 1 ou 2 indicam risco de pré-fragilidade e 0 pontos indicam um estado de saúde robusto(7, 8). Os resultados de ambos os questionários, foram depois reconvertidos em variáveis categóricas: possível presença de sarcopenia (sim, não) e risco de fragilidade (sem risco de fragilidade, risco de pré-fragilidade, risco de fragilidade).

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- Estado cognitivo - avaliado através do “Quick Mild Cognitive Impairment (QMCI-P)”, sendo aplicado apenas a CI com idade igual ou superior a 65 anos(21). Este é um questionário que avalia 6 parâmetros: orientação (10 pontos), registo de palavras (5 pontos), desenho do relógio (15 pontos), evocação tardia (20 pontos), fluência verbal (20 pontos) e memória lógica (30 pontos). A pontuação máxima é de 100 pontos, sendo que obter <62 pontos indica “Possível Défice Cognitivo”.

3.4. Considerações éticas

Após obtenção do consentimento informado dos participantes e da Comissão de Ética da Faculdade Ciências da Nutrição e Alimentação (parecer n.º 80/2022/CEFCNAUP/2022), os dados foram recolhidos aquando das visitas domiciliárias e/ou, posteriormente, via telefónica. A massa corporal, medição do comprimento da mão e, quando aplicável, o QMCI-P, foram sempre recolhidos de forma presencial, pela investigadora ou com a colaboração das nutricionistas e enfermeiros pertencentes às ECCI. A restante informação apresentada no questionário desenvolvido foi recolhida, sempre que possível, presencialmente, caso contrário, aplicou-se o questionário via telefónica, pela investigadora.

3.5. Análise estatística

A informação recolhida foi analisada através do programa de tratamento estatístico de dados Stastistical Package for Social Sciences (SPSS ®), 27.0 para Windows e foi considerado um nível de confiança de 95%. A análise descritiva foi apresentada na forma de frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas. Considerando as variáveis quantitativas foi utilizado o teste Shapiro- Wilk para avaliar a normalidade da distribuição. Os resultados foram apresentados

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através de medianas e de P25 e P75, uma vez que algumas variáveis apresentaram distribuição não normal. Para avaliar a associação entre as variáveis (idade, IMC, possível presença de sarcopenia, risco de fragilidade, pontuação no questionário de adesão a hábitos alimentares saudáveis e sobrecarga emocional) fez-se uma correlação de Spearman. Após os resultados desta correlação, realizou-se uma correlação parcial ajustada para a idade. Para estas correlações utilizaram-se as variáveis contínuas. Por fim, foi feita a associação entre as categorias de IMC, possível presença de sarcopenia e risco de fragilidade, bem como entre as duas últimas, utilizando as variáveis na sua forma categórica.

4. Resultados

A amostra final inclui 37 CI, dos quais 32 são do sexo feminino (86,5%) e 5 do sexo masculino (13,5%), com mediana de idade correspondente a 57 anos (P25=

48,50, P75= 73,00). Apenas 2 eram cuidadores de adultos, sendo que os restantes cuidavam de pessoas idosas (65 ou mais anos). Encontrou-se um CI com 2 idosos a seu cargo, ambos recebendo apoio da ECCI e dois CI, também com 2 idosos a seu cargo, mas apenas 1 recebendo apoio da ECCI.

Todos os CI são de nacionalidade portuguesa e de 8 concelhos distintos (Paredes de Coura, Caminha, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Valença). O nível máximo de escolaridade mais frequente é o ensino básico 1.º ciclo (32,4%), seguido do ensino secundário (29,7%). As características sociodemográficas encontram-se descritas no Apêndice A.

Analisando os resultados do questionário relativo aos hábitos alimentares, a maioria (75,7%) tem uma adesão moderada a hábitos alimentares saudáveis, não havendo nenhum CI com uma adesão fraca. A mediana da pontuação no

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questionário é de 16 (P25= 14,50, P75= 17,50). As restantes características de estilo de vida podem ser observadas no Apêndice A.

Em relação ao IMC, dos 35 CI avaliados, 42,9% encontram-se na categoria de pré-obesidade, 40,0% na de obesidade e somente 2,9% apresentam baixo peso.

Os restantes resultados, relativos ao estado de saúde, podem ser consultados no Apêndice B.

Relativamente aos aspetos relacionados com a Insegurança Alimentar (Apêndice C), 67,6% dos CI respondeu “Nunca” a “Alguma vez se sentiu preocupado/a pelo facto de os alimentos em sua casa poderem acabar antes que tivesse dinheiro suficiente para comprar mais?” e 89,2% respondeu “Nunca” à questão “Já aconteceu os alimentos em sua casa acabarem antes de ter dinheiro para comprar mais?”.

Utilizando a versão portuguesa de 4 pontos do Zarit Burden Interview, 37,8% dos CI apresenta sobrecarga emocional. De realçar, ainda, que 16,2% dos CI pontuaram 6 no questionário, pontuação próxima do limite para ser considerado com sobrecarga emocional.

Foi aplicado o Quick Mild Cognitive Impairment (QMCI-P) a 14 CI, uma vez que tinham mais de 65 anos. Destes, 64,3% apresentaram uma classificação de

“Possível Défice Cognitivo”.

Relativamente à possível presença de sarcopenia e risco de fragilidade, a mediana da pontuação tanto no questionário SARC-F como no FRAIL Scale foi de 1. Verificou-se que 7 dos CI (18,9%) apresentam possível presença de sarcopenia,10 CI (27,0%) apresentam risco de fragilidade e 16 (43,3%) risco de pré- fragilidade.

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Figura 1. Correlação de Spearman com e sem ajuste para a idade.

O Apêndice D apresenta resultados da associação entre as variáveis através da correlação de Spearman, assim com a idade encontrou-se uma associação positiva fraca com a possível presença de sarcopenia (rs=0,422, p=0,009) e uma associação positiva muito fraca com o risco de fragilidade (rs=0,215, p<0,001), ambas com significado estatístico.

Relativamente à possível presença de sarcopenia, não foi encontrada uma associação com significado estatístico entre esta e o IMC (rs= 0,307, p=0,073).

Contudo, encontrou-se uma associação positiva moderada entre a possibilidade de sarcopenia e risco de fragilidade (rs=0,564, p<0,001). Observou-se, ainda, uma associação positiva fraca entre IMC e risco de fragilidade (rs=0,417, p=0,013). A associação entre as categorias de IMC e possível presença de sarcopenia e risco de fragilidade, bem como entre as duas últimas, encontram-se no Apêndice E.

Após ajuste para a idade, verificou-se que o IMC e a possível presença de sarcopenia passaram a ter uma associação positiva fraca com significado

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estatístico (rs=0,386, p=0,024). A associação entre IMC e risco de fragilidade tornou-se positiva moderada (rs=0,595, p<0,001). Já entre a possível presença de sarcopenia e o risco de fragilidade a associação diminuiu, passando a ser positiva fraca (rs=0,476, p=0,004). Estes resultados podem ser observados na Figura 1.

5. Discussão

Tanto quanto é do nosso conhecimento, existem poucos estudos sobre CI, contudo, nos existentes está demonstrado que esta atividade impacta negativamente a saúde dos CI(4).

No presente estudo verificou-se que 42,9% dos CI encontram-se na categoria de pré-obesidade, 40,0% na de obesidade. Apesar destes resultados, quando avaliada a adesão a hábitos alimentares saudáveis, grande parte dos CI (75,7%) apresenta uma adesão moderada, tendo os restantes uma adesão elevada.

Contudo, também é necessário destacar que a maioria dos CI (59,5%) não pratica exercício físico, o que pode ser o motivo desta elevada prevalência.

Um estudo realizado por Tomomitsu e colaboradores, encontrou uma prevalência de fragilidade e pré-fragilidade de 18% e 54%, respetivamente, em cuidadores idosos de idosos(9). Na amostra deste estudo, utilizando a ferramenta de rastreio FRAIL Scale, encontrou-se risco de fragilidade em 27,0% dos CI e risco de pré-fragilidade em 43,3%. Não foram encontrados estudos que fizessem o diagnóstico ou rastreio de sarcopenia em CI, contudo, tendo em conta a idade avançada de alguns CI, consideramos relevante realizar este rastreio, utilizando a ferramenta SARC-F. Encontrou-se possível presença de sarcopenia em 18,9% dos

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CI. Ainda que a metodologia seja diferente, o projeto Nutrition UP65, identificou que 11,6% dos idosos avaliados apresentavam sarcopenia(22).

Uma das preocupações nesta população é a insegurança alimentar, tendo como possível causa os custos acrescidos da prestação de cuidados(5, 6). Horner- Johnson e colaboradores, demonstraram que cuidadores, comparando com não cuidadores, apresentavam mais risco de insegurança alimentar e não apenas em países com baixo e médio rendimento, mas também com elevado(5). Neste estudo, 10,8% dos CI responderam “às vezes” quando questionados se já tinha acontecido os alimentos acabarem em suas casas antes que tivessem dinheiro para comprar mais. Contudo, quando questionados sobre a preocupação desta situação acontecer, esta resposta torna-se mais frequente, havendo 24,3% dos CI a responder “às vezes” e 8,1% “muitas vezes”.

Um dos grandes impactos na saúde e qualidade de vida verificados nos CI é relativamente à sua saúde mental. Um estudo do Movimento Cuidadores Informais verificou que relativamente aos principais desafios e dificuldades associados ao papel de CI, 64,4% dos participantes refere aspetos relativos ao estado de saúde mental, destacando questões emocionais(3). Neste estudo, encontraram-se 37,8%

dos CI com sobrecarga emocional.

Da análise destes resultados, realça-se a importância de uma abordagem multidisciplinar para a criação de estratégias que façam face a este problema. Em Espanha, nos cuidados de saúde primários do serviço público de Castella e León, foi desenvolvido um programa de cuidados dirigidos aos cuidadores familiares, tendo como alvo os que apresentavam problemas de saúde(23). Dentro das intervenções mais frequentes nestes programas estão os grupos de apoio, terapia cognitivo-comportamental, programas de educação, suporte emocional e

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intervenções psicológicas(23). Contudo, algumas revisões têm demonstrado resultados inconclusivos e conflituosos sobre a eficácia destes programas, não pela falta de qualidade das intervenções, mas pela necessidade de mais estudos com intervenções que comprovadamente melhorem a situação familiar dos cuidadores(23). Montero-Cuadrado e colaboradores, realizaram um estudo que pretendia avaliar o impacto da terapêutica de exercício físico em cuidadoras e os resultados demonstraram que esta estratégia se traduzia em melhorias clinicamente relevantes e significativas na qualidade de vida e bem-estar psicológico. Também foi avaliada a sua composição corporal, demonstrando-se uma diminuição do IMC, massa gorda, perímetro da cintura e rácio perímetro da cintura-altura. As cuidadoras deste grupo melhoraram, ainda, a força de preensão da mão e a resistência física(23).

Assim, este estudo piloto poderá suportar a necessidade para a criação de um protocolo para a prestação de cuidados diferenciais também aos CIs em contexto de ECCI, de forma a sinalizar aqueles que se encontram em maior risco de saúde e criar estratégias adicionais de apoio. Após os resultados observados, torna-se evidente a importância da intervenção alimentar. Desta forma, deveria ser articulado com os médicos e enfermeiros para que os CI com pré-obesidade, obesidade ou baixo peso sejam reencaminhados e referenciados para consulta de nutrição. O mesmo se verificando para aqueles que apresentem possível presença de sarcopenia e risco de pré-fragilidade ou de fragilidade. A presença de um psicólogo nas ECCI já é uma realidade em alguns Cuidados de Saúde Primários, contudo não se verifica em todos. Pelas suas competências especificas torna-se indispensável a presença destes profissionais de saúde nestas equipas, pois

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poderiam fazer uma avaliação mais extensa do estado de saúde mental dos CI assim como auxiliar no diagnóstico e prestação de auxílio, aos CI que apresentem sobrecarga emocional.

Como limitações deste estudo destaca-se o tamanho amostral reduzido, pois ao facto de nem todas as ECCI afetas à ULSAM terem participado no estudo, portanto esta caracterização poderá não ser representativa dos CI. A necessidade de recorrer ao uso da memória, pode também afetar a validade das respostas.

Porém, este estudo demonstra a importância do foco nos CI e no seu estado de saúde, demonstrando a relevância de existir uma intervenção alimentar e nutricional na maioria dos CI avaliados, bem como a importância de haver uma avaliação e acompanhamento por parte de psicólogos.

A importância dos CI na prestação de cuidados a um grupo extraordinariamente vulnerável da população, por si só justifica um olhar atento para os próprios, enquadrado numa abordagem holística e multidisciplinar. Os cuidados de saúde primários que são a primeira linha de contacto com as populações, desempenham um papel primordial no estabelecimento de protocolos de atuação com o objetivo de melhorar o estado de saúde desta população, à semelhança do que está a ser feito noutros países.

6. Conclusões

Relativamente ao estado estaturo-ponderal dos CI, 42,9% encontram-se pré-obesos, 40,0% obesos e 2,9% têm baixo peso. Do total da amostra, 18,9%

apresenta possível presença de sarcopenia, 27,0% apresenta risco de fragilidade e 43,3% risco de pré-fragilidade. No que se refere à sobrecarga emocional, esta esteve presente em 37,8% dos CI. Após ajuste para a idade, observou-se uma associação positiva fraca (rs=0,386, p=0,024) entre o IMC e a possível presença de

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sarcopenia. A associação entre IMC e risco de fragilidade é positiva moderada (rs=0,595, p<0,001). Já entre a possível presença de sarcopenia e o risco de fragilidade a associação é positiva fraca (rs=0,476, p=0,004).

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Agradecimentos

À Prof.ª Doutora Cláudia Afonso, pelo desafio lançado e por todo o apoio dado ao longo deste trabalho.

À Drª Alexandra Gonçalves, minha orientadora, por toda a ajuda.

Ao Prof. Doutor Rui Poinhos, pela ajuda na análise estatística.

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Referências

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17(20)

(25)

Apêndices

(26)

Apêndice A. Características sociodemográficas e de estilos de vida dos Cuidadores Informais

Tabela 1. Características sociodemográficas e de estilos de vida dos Cuidadores Informais

n (%) Características sociodemográficas

Sexo (n = 37)

Feminino 32 (86,5)

Masculino 5 (13,5)

Idade (n = 37)

Mediana (P25; P75) 57,00

(48,50;73,00) Concelho de proveniência (n = 37)

Paredes de Coura 12 (32,4)

Caminha 9 (24,3)

Viana do Castelo 7 (18,9)

Ponte de Lima 3 (8,1)

Vila Nova de Cerveira 3 (8,1)

Arcos de Valdevez 1 (2,7)

Ponte da Barca 1 (2,7)

Valença 1 (2,7)

Escolaridade (n = 37)

Sem escolaridade 1 (2,7)

Ensino Básico 1ºCiclo 12 (32,4)

Ensino Básico 2ºCiclo 4 (10,8)

Ensino Básico 3ºCiclo 7 (18,9)

Ensino Secundário 11 (29,7)

Ensino pós-secundário não superior 1 (2,7)

Ensino Superior 1 (2,7)

Ocupação (n = 37)

Trabalhador por uma remuneração 9 (24,3)

Desempregado 11 (29,7)

Trabalhador doméstico 2 (5,4)

Reformado 15 (40,5)

Estado Civil (n = 37)

Solteiro 9 (24,3)

Divorciado 3 (8,1)

Viúvo 3 (8,1)

Casado 22 (59,5)

Coabitação (n = 36)

(27)

Mediana (P25; P75) 2 (1;3) Estilos de Vida

Prática de exercício físico (n=37)

Sim 15 (40,5)

Não 22 (59,5)

Fumador (n=37)

Sim 6 (16,2)

Não 31 (83,8)

Consumo frequente de bebidas alcoólicas (n=37)

Sim 10 (27,0)

Não 27 (73,0)

Horas de sono (n=37)

Durante a semana Mediana (P25; P75) 6,50 (5,00;5,00)

Ao fim-de-semana Mediana (P25; P75) 6,50 (7,25;7,00)

(28)

Apêndice B. Estado de saúde dos Cuidadores Informais

Tabela 1. Autopercepção do estado de saúde, autorreporte de doenças e Índice de Massa Corporal (IMC) dos Cuidadores Informais.

n (%) Autopercepção do Estado de Saúde (n=37)

Excelente 1 (2,7)

Muito Bom 3 (8,1)

Bom 13 (35,1)

Razoável 15 (40,5)

Fraco 4 (10,8)

Não sabe/prefere não responder 1 (2,7) Autorreporte de Doenças (n=37)

Mediana (P25; P75) 3,00 (1,50;4,50) IMC (n=35)

Mediana (P25; P75) 28,69 (26,18;31,82)

(29)

Apêndice C. Insegurança alimentar dos Cuidados Informais

Tabela 1. Insegurança alimentar dos Cuidadores Informais.

n (%) Alguma vez se sentiu preocupado/a pelo facto de os alimentos em sua casa

poderem acabar antes que tivesse dinheiro suficiente para comprar mais?

Nunca 25 (67,6)

Às vezes 9 (24,3) Muitas Vezes 3 (8,1) Já aconteceu os alimentos em sua casa acabarem antes de ter dinheiro para

comprar mais?

Nunca 33 (89,2)

Às vezes 4 (10,8)

Muitas Vezes 0

(30)

Apêndice D. Correlações de Spearman

Tabela 1. Correlações de Spearman sem ajuste para a idade Idade Índice de

Massa Corporal (IMC)

Possível presença de

sarcopenia

Risco de fragilidade

Hábitos Alimentares (HA)

pontuação

Sobrecarga emocional

Idade 1,000 -0,073

(p=0,677) 0,422

(p=0,009) 0,650

(p<0,001) 0,215

(p=0,201) 0,164

(p=0,332)

IMC -0,073

(p=0,677) 1,000 0,307

(p=0,073) 0,417

(p=0,013) -0,091

(p=0,604) -0,255

(p=0,140) Possível presença

de sarcopenia

0,422 (p=0,009)

0,307 (p=0,073)

1,000 0,564

(p<0,001)

0,073 (p=0,668)

0,180 (p=0,287) Risco de

fragilidade 0,650

(p<0,001) 0,417

(p=0,013) 0,564

(p<0,001) 1,000 -0,023

(p=0,893) 0,241

(p=0,151) HApontuação 0,215

(p=0,201) -0,091

(p=0,604) 0,073

(p=0,668) -0,023

(p=0,893) 1,000 -0,189

(p=0,263) Sobrecarga

emocional

0,164 (p=0,332)

-0,255 (p=0,140)

0,180 (p=0,287)

0,241 (p=0,151)

-0,189 (p=0,263)

1,000

(31)

Apêndice E. Associação entre Índice de Massa Corporal, sarcopenia e risco de fragilidade

Tabela 1. Associação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e Risco de fragilidade

Sem risco de fragilidade (%) Risco de pré-fragilidade (%) Risco de fragilidade (%)

IMC

Baixo Peso 9,10 0 0

Normoponderal 27,30 13,30 0

Pré-obesidade 45,50 40,00 44,40

Obesidade 18,20 46,70 55,60

Tabela 2. Associação entre Índice de Massa Corporal (IMC) e possível presença de sarcopenia Possível de presença de sarcopenia

Sim (%) Não (%)

IMC

Baixo Peso 0 3,60

Normoponderal 0 17,90

Pré-obesidade 28,60 46,40

Obesidade 71,40 32,10

Tabela 3. Associação entre possível presença de sarcopenia e risco de fragilidade Possível de presença de sarcopenia

Sim (%) Não (%)

Sem risco de fragilidade 14,30 33,30

Risco de pré-fragilidade 14,30 50,00

Risco de fragilidade 71,40 16,70

(32)
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Referências

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