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Competição e comunidades II

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Academic year: 2022

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Texto

(1)

1

(2)

Competição e comunidades II

Paulo R. Guimarães Jr (Miúdo)

www.guimaraes.bio.br

(3)

Competição interespecífica é:

uma interação entre indivíduos de espécies diferentes que causa redução na fecundidade, sobrevivência ou crescimento dos

indivíduos que interagem

(4)

Competição e comunidades II

1. Evidências

2. Competição no tempo: sucessão ecológica 3. Quebrando as premissas

4. Resumo

5. Para saber mais

(5)

Ao final da aula, nós deveremos:

1. compreender em que condições espera-se que

competição organize as comunidades ecológicas

2. entender processos ecológicos que geram co-existência de competidores

3. conhecer como competição e dispersão determinam os padrões de sucessão

(6)

Competição e comunidades II

1. Evidências

2. Competição no tempo: sucessão ecológica 3. Quebrando as premissas

4. Resumo

5. Para saber mais

(7)

Previsões

1. Competidores potenciais devem apresentar diferenciação de nichos

2. A ocorrência de potenciais competidores que usam os mesmos recursos deve estar negativamente

correlacionada

3. Diferenciação de nicho poderá implicar diferenciação morfológica

(8)

Evidência experimental

1. Experimentos de remoção de espécies:

(9)
(10)

Evidência experimental

1. Experimentos de remoção de espécies:

a. Competição aparentemente comum em plantas, vertebrados, organismos marinhos

b. Competição aparentemente rara em herbívoros

2. Mas cuidado:

a. Resultados negativos tendem a não ser publicados b. Sistemas escolhidos (evidência com muitas espécies) c. O fantasma da competição passada

(11)

O fantasma da competição passada

Joseph H. Connell

(12)

O fantasma da competição passada

Joseph H. Connell Se a competição for forte:

1. Nichos devem se diferenciar

2. Competição atual deve ser rara

(13)

Competição é transiente

Joseph H. Connell Se a competição for forte:

1. Nichos devem se diferenciar

2. Competição atual deve ser rara 3. Competidoras fracas devem

extinguir

4. Ocasional: momentos de grande crescimento populacional

(14)

Previsões

1. Competidores potenciais devem apresentar diferenciação de nichos

2. A ocorrência de potenciais competidores que usam os mesmos recursos deve estar negativamente

correlacionada

3. Diferenciação de nicho poderá implicar diferenciação morfológica

(15)

Padrões espaciais

(16)

Padrões espaciais

0 20 40 60 80 100

Freqüência+

(17)

Diferenciação de nichos

dimensão do nicho 1

(18)

Diferenciação de nichos

dimensão do nicho 1

espaço

(19)

Complementaridade de nicho

dimensão do nicho 1

dimensão do nicho 2

(20)

Diferenciação de nichos

dimensão do nicho 1

dimensão do nicho 2

(21)

dimensão do nicho 1 dimensão do nicho 2 Mas esses padrões

não poderiam surgir ao acaso?

Daniel Simberloff Diferenciação de nichos

(22)

10 18- 10 19

10 23

(23)
(24)
(25)

Como saber se não seria esperado ao acaso?

(26)

Modelos nulos

1. A pattern-generating model that is based on randomization of ecological data or random

sampling from a known or imagined distribution (Gotelli & Graves 1996)

(27)

Modelos nulos

1. A pattern-generating model that is based on

randomization of ecological data or random sampling from a known or imagined distribution (Gotelli & Graves 1996)

2. A idéia: descobrir a distribuição esperada na ausência de um processo de interesse

(28)

Modelos nulos

1. A pattern-generating model that is based on

randomization of ecological data or random sampling from a known or imagined distribution (Gotelli & Graves 1996)

2. A idéia: descobrir a distribuição esperada na ausência de um processo de interesse

3. No caso: descobrir o padrão de co-ocorrência na ausência de competição

(29)

Modelos nulos

1. A pattern-generating model that is based on

randomization of ecological data or random sampling from a known or imagined distribution (Gotelli & Graves 1996)

2. A idéia: descobrir a distribuição esperada na ausência de um processo de interesse.

3. No caso: descobrir o padrão de co-ocorrência na ausência de competição

4. Um experimento mental (simulação numérica)

(30)

O algoritmo

1. Caracterizar o sistema

2. Estimar o parâmetro de interesse 3. Permutar os elementos do sistema 4. Computar o parâmetro de interesse 5. Refazer 2-4 muitas vezes

6. Verificar se o modelo reproduz o padrão

(31)

1. Caracterizar o sistema

(32)

a. Contar locais

Locais = 12 1 2 3 4

5 6 7 8

9 10 11 12

(33)

b. Contar ocorrências

1 2 3

4

6 5 8

Locais = 12 Peixe 1 = 8

(34)

b. Contar ocorrências

1 2

3

4

5

6 Locais = 12

Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

(35)

2. Estimar o parâmetro de interesse

Locais = 12 Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

(36)

Previsões

1. Competidores potenciais devem apresentar diferenciação de nichos

2. A ocorrência de potenciais competidores que usam os mesmos recursos deve estar negativamente

correlacionada

3. Diferenciação de nicho poderá implicar diferenciação morfológica

(37)

2. Estimar co-ocorrência

Locais = 12 Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

(38)

2. Estimar co-ocorrência

Locais = 12 Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

1

2

Co-ocorrência = 2

(39)

3. Permutar os elementos do sistema

8

6 Locais = 12

Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

Co-ocorrência = 2

(40)

3. Permutar as ocorrências

8

6 Locais = 12

Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

Co-ocorrência = 2

(41)

3. Permutar as ocorrências

(42)

4. Computar co-ocorrências

1 2

3

4

(43)

4. Computar co-ocorrências

1 2

3

4 Locais = 12

Peixe 1 = 8 Peixe 2 = 6

Co-ocorrência = 2 COO-esperada = 4

(44)

O algoritmo

1. Caracterizar o sistema

2. Estimar o parâmetro de interesse 3. Permutar os elementos do sistema 4. Computar o parâmetro de interesse 5. Refazer 2-4 muitas vezes

6. Verificar se o modelo reproduz o padrão

(45)

6. Calcular a probabilidade do modelo reproduzir o padrão

# de co-ocorrências Texto

(46)

6. Verificar se o modelo reproduz o padrão

# de co-ocorrências

Freqüência

Texto

(47)
(48)

Biogegrafia: extinções

Stuart Pimm

(49)

Previsões

1. Competidores potenciais devem apresentar diferenciação de nichos

2. A ocorrência de potenciais competidores que usam os mesmos recursos deve estar negativamente

correlacionada

3. Diferenciação de nicho poderá implicar diferenciação morfológica

(50)

Competição e comunidades II

1. Evidências

2. Competição no tempo: sucessão ecológica 3. Quebrando as premissas

4. Resumo

5. Para saber mais

(51)

Perturbação

(52)
(53)

Os quatro processos fundamentais:

1. Seleção

2. Deriva ecológica 3. Dispersão

4. Especiação

(54)

Comunidades controladas por dominância

capacidade competitiva

(55)

Comunidades controladas por dominância

capacidade competitiva

(56)

Comunidades controladas por dominância

capacidade competitiva

(57)

Comunidades controladas por dominância

capacidade competitiva

Sucessão ecológica

(58)
(59)

Sucessão ecológica

1. Definição: nonseasonal, directional and continuous

pattern of colonization and extinction on a site by species populations (Begon et al. 1996).

(60)

Exemplo de sucessão primária

(61)
(62)

Alnus sieboldiana

(63)

Nitrogênio: Machilus thunbergii

(64)

Castanopsis sieboldii

(65)

Alnus sieboldiana

Facilitação (?/+)

Machilus thunbergii

Castanopsis sieboldii

(66)

Biota original é eliminada: sucessão primária

(67)

Biota original é apenas parcialmente alterada:

sucessão secundária

(68)

Escala temporal: milhares de anos

(69)

Escala temporal: meses/anos

(70)

Sucessão: previsibilidade capacidade competitiva

Previsibilidade

(71)

Comunidades controladas por dominância

?

capacidade competitiva

(72)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição - Processo de Markov

A cada 1 ano

(73)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição - Processo de Markov

A cada 1 ano

(74)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição - Processo de Markov

A cada 1 ano

(75)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

100

t = 0

(76)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

100

t = 0 t = 0

(77)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

t = 1

10

(78)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

t = 1

10 90

(79)
(80)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

0 0 0 17

83 t = 104

(81)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

t = 0

?

?

?

?

?

(82)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

0 0 0 17

83 t = 104

Estável: comunidade clímax

(83)
(84)

0.1 0 0 0 0

0.9 0.5 0 0 0

0 0.5 0.5 0 0

0 0 0.5 0.5 0.1

0 0 0 0.5 0.9

Matriz de transição Freqüências

0 0 0 17

83 t = 102

Estável: comunidade clímax

(85)

Matrizes de transição

1. O estudo da matriz sozinha nos conta:

2. Se as populações crescem ou caem

3. E qual a distribuição estável - que é sempre a mesma!

4. Mas isso é álgebra linear...

(86)

Dificuldades

1. A ordem de entrada das espécies pode importar 2. A composição inicial de espécies pode importar 3. As probabilidades não são constantes

MAS: Mesmo assim a abordagem gera previsões robustas

(87)
(88)

Competição

(89)

dispersão

(90)

Demandas conflitantes (trade-off):

colonização x competição

fecundidade x competição

Recursos limitados: limite fisiológico

(91)

Demandas conflitantes (trade-off):

colonização x competição r

1. + fecundidade 2. + dispersão

3. - competição

K

1. - fecundidade 2. - dispersão

3. +competição

(92)

Demandas conflitantes (trade-off):

colonização x competição r

1. + fecundidade 2. + dispersão

3. - competição

K

1. - fecundidade 2. - dispersão

3. +competição

(93)

Demandas conflitantes (trade-off):

colonização x competição r

1. + fecundidade 2. + dispersão

3. - competição

K

1. - fecundidade 2. - dispersão

3. +competição

(94)

Demandas conflitantes (trade-off):

colonização x competição r

1. + fecundidade 2. + dispersão

3. - competição

K

1. - fecundidade 2. - dispersão

3. +competição

(95)

Demandas conflitantes (trade-off):

colonização x competição r (pioneiras)

1. + fecundidade 2. + dispersão

3. - competição

K (tardias)

1. - fecundidade 2. - dispersão

3. +competição

(96)

Como as espécies “r” persistem?

(97)

perturbações são freqüentes

(98)

Hipótese do distúrbio intermediário

(99)

Sucessão: hipótese do distúrbio intermediário capacidade competitiva

Previsibilidade

(100)

0
 0.2
 0.4
 0.6
 0.8
 1


‐10
 0
 10
 20
 30
 40


ap-dão
darwiniana
rela-va


Temperatura
(oC)


Texto 180

diversidade

freqüência de perturbação

(101)

0
 0.2
 0.4
 0.6
 0.8
 1


‐10
 0
 10
 20
 30
 40


ap-dão
darwiniana
rela-va


Temperatura
(oC)


Texto 180

diversidade

freqüência de perturbação

(102)

0
 0.2
 0.4
 0.6
 0.8
 1


‐10
 0
 10
 20
 30
 40


ap-dão
darwiniana
rela-va


Temperatura
(oC)


Texto 180

diversidade

freqüência de perturbação

(103)

Distúrbios não são sincronizados

(104)

Dinâmicas de manchas: espaço e tempo

(105)

Mantém maior diversidade

(106)

Competição e comunidades II

1. Evidências

2. Competição no tempo: sucessão ecológica 3. Quebrando as premissas

4. Resumo

5. Para saber mais

(107)

Premissas

1. Competição interespecífica é forte 2. O ambiente é estável

As populações podem atingir o equilíbrio O recurso é o fator limitante

3. Indivíduos se distribuem de forma homogênea

4. Competição interespecífica é mais importante que outras interações

(108)

O princípio da exclusão competitiva

Georgy Gause 1910 - 1986 Paramecium

Duas espécies competidoras com nichos idênticos

não podem coexistir em um ambiente estável

(109)

Suposição 1: competição interespecífica é forte

(110)

Suposição 1: competição interespecífica é forte

taxa de variação da densidade

(111)

Suposição 1: competição interespecífica é forte

crescimento exponencial

(112)

Suposição 1: competição interespecífica é forte

capacidade de suporte:

competição intra-específica

(113)

Suposição 1: competição interespecífica é forte

efeito dos indivíduos da espécie competidora alfa é negativo

(114)
(115)
(116)

=

(117)

= 3 x

(118)

= 3 x

alfa hiena leão = 3 alfa leão hiena = 1/3

(119)

Suposição 1: competição interespecífica é forte

(120)

Quando a competição leva a extinção?

e/ou

(121)

Quando a competição leva a extinção?

>

>

(122)

Não há extinção se:

<

<

(123)

O princípio da exclusão competitiva

Georgy Gause 1910 - 1986 Paramecium

Duas espécies competidoras com nichos idênticos

não podem coexistir em um ambiente estável

(124)

Suposição 2: o ambiente é estável

(125)

O recurso é o fator limitante

(126)
(127)

Paradoxo do plâncton

G E. Hutchinson (1903-1991)

Variação temporal rápida nos recursos e nas

condições

(128)

Suposição 3

Indivíduos se distribuem de forma homogênea

(129)

Suposição 4: Competição é a interação mais importante

Por que o mundo é verde?

Onde estão os herbívoros

(130)
(131)

John Lawton

(132)

Suposição 4: Competição é a interação mais importante

(133)

Competição e comunidades II

1. Evidências

2. Competição no tempo: sucessão ecológica 3. Quebrando as premissas

4. Resumo

5. Para saber mais

(134)

Competição interespecífica Seleção

(135)

Competição interespecífica

Não estrutura

Diferentes processos Seleção

(136)

Competição interespecífica

Estrutura

Diferenciação de nichos

Não estrutura

Diferentes processos Seleção

(137)

Competição interespecífica

Estrutura

Diferenciação de nichos

Não estrutura

Diferentes processos Seleção

Padrões espaciais Sucessão

(138)

Competição e comunidades II

1. Evidências

2. Competição no tempo: sucessão ecológica 3. Quebrando as premissas

4. Resumo

5. Para saber mais

(139)

Para saber mais:

1. Allesina, S., Levine, J.M. 2011. A competitive network theory of species diversity. PNAS 108:5638-5642.

2. Whitfeld et al. 2012. Change in community phylogenetic structure during tropical forest

succession: evidence from New Guinea Ecography 35: 821–830.

Referências

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