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ASILO POLÍTICO

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Academic year: 2023

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ASILO POLÍTICO

Adrian Alan FRANCISQUINI1 Sérgio Tibiriçá AMARAL2

RESUMO: O institu to do “Asilo Político” é um assunto de suma importância pelo fato de ser um Direito Constituciona l a qual pode ser compreendido como forma de e xp ressão dos Dire itos Humanos, tendo respa ldo na Decla ração Un iversal dos Dire itos do Homem, a Carta da ONU, co mo sendo um corolário do princípio à defesa dos Direito s Humanos, tendo pre visão em nossa Ca rta Ma gna de 1988, em seu artigo 4º, X; importância a qual se torna e vidente também haja vista o esforço doutriná rio objetivando uma fundamentação que se su stente p or si só. O pre sen te artigo trará o conceito de Asilo Po lítico, su as modalidades e respectivos re quisitos de aplica ção bem com o a função quanto aos Dire itos Huma nos. Esse instituto ho je a inda é visto como um dire ito não do ind ividuo, mas do Estado, sendo a este último, dado a faculdade de concessão de Asilo Político, nã o sendo, portanto obrigado, o que fere os princípios que re ge m os Tratados Internaciona is que se pautam na esfera dos Dire itos Humanos. O objetivo deste trabalho é apresentar e ste in stituto, o qual é polemicamente discutido nos casos fáticos, de vido às dive rsas opiniões e entendimentos doutriná rio s, bem como analisa r hipó teses de aplicação em casos reais à lu z da doutrina majo ritá ria. Os métodos a serem utilizados no presente traba lho serão o histó rico como também, o dedutivo, citando a importância da con cessão de Asilo P olítico aos estran geiros que necessitarem, bem como o método comparativo onde serão analisadas as diferentes posições até mesmo com relação às le is e strange iras que re gu lamentam referente ao tema em estudo.O assunto em questão se faz necessário atribu ir o adjetivo de Dire ito s Humanos e não de problema de ordem pública ditados por Go ve rn os e Estados.

Pala vras -cha ve: Asilo Po lítico. Dire itos Huma nos. Direito Internacional. Constituição Fede ral.

1 Orientando: Docente do Curso de Direito das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo. E-mail: adrianfrancisquini@hotmail.com.

2 Orientador: Mestre em Direito das Relações Públicas e em Sistema Constitucional de

Garantias. Professor e coordenador das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo. E- mail: Sergio@unitoledo.br.

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1 INTRODUÇ ÃO

O presente traba lho na espécie Artigo trou xe em cada capítu lo uma no va compreensão n o que d iz re speito ao Asilo Político de uma maneira ge ral.

No Esco rso Histó rico foi abordado, mais espe cificamente no sub-cap ítu lo “Conceito e as Mudanças”, atra vés de p esqu isa na doutrina, o conce ito e a mudança qu e o Instituto Asila r foi tendo com o passar dos tempos, desde os primórd ios, passan do-se por diversos tipos de p ovo s e nações.

Ao trabalha r no sub-cap ítu lo “Asilo no Constitu ciona lismo”, foi-se tecendo com entários a respe ito do Asilo , à lu z do movimento do Constitu cionalismo e do Jus Positivismo de Hanz Ke lsen, comentando-se ainda a previsão do Instituto na Magna Ca rta brasileira de 1988, e como ela se diferencia das outras Carta s ao tratar deste dire ito.

O sub-cap ítu lo “Sé culo XX, Segunda Dimensão de Direitos”

procurou aborda r o tema em que stão sob a é gide da influência dos Direito s Sociais, d iscorrendo sob re o Instituto, abo rdand o teses de diferentes auto res sobre a possível inte rferência na soberania e administração esta tal de cada Estad o englobado no caso prático asila r.

Trabalhando o sub-capítu lo “O A silo na Terceira Dimensão de Direito s” foi abord ado à que stão do abrigo a silar nesta época, a qual tem como obra marcante a do ju rista No rbe rto Bob bio, A E ra dos Dire itos, comentando-se a p re visão da Declaração Unive rsa l dos Dire itos do Ho mem, bem como na nossa Constitu ição Federal e ainda a aborda ge m comum entre o território su l-americano.

O cap ítulo “as Modalidades”, p rocu rou discorre r sob re as diversas modalida des e xistentes na histó ria do mundo, bem como as necessidades d e cada po vo no qu e diz respeito à co ncessão do dire ito asila r. Abordou-se a qui, as mo dalidades e xistente s nos dias atuais, e suas pecu lia ridades.

Quanto ao capítulo “Re quisitos de Aplica ção”, trabalh ou-se todos os re quisito s para efetiva r a concessão de cad a tipo de Asilo , sendo ele Territo ria l, Diplomático e/ou Militar.

Nas Conclu sões, o que se pode conclu ir foi a grande importância que está intrínseca no d ireito Asila r, bem co mo no que diz re speito à con cessão ou não do Asilo po lítico no caso prático , quando hou ve r p reenchimento dos requisito s pa ra a concessão, devem-se pre valecer os dire itos do in divíduo, haja vista o Instituto de Asilo se r Direito Constitucional In ternacional que e xpressa o s Direito s Humanos, sendo que e stes de vem p re vale cer de re gra.

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2 ESCORS O HIS TÓRICO DO AS ILO 2 1 Conceito e as mudanças

O conceito de A silo , por Ca rvalh o (2000, p. 01 ): “[...]

sobre vém de um composto gre go, o qua l é formado por a (privação, ne gação ) e siolos ou silos (vio lência, à força), ou seja, é o que não pode ser à força, violenta mente”.

Na Gré cia Antiga havia a distin ção e ntre iketéia (refúgio em qualque r templo de uma determinada re gião ) e asylos to pos (lu ga r rese rvado pa ra co ncessão de asilo ). Montesqu ieu comenta que

“Como a divindade é refúgio do s desgraçados e que nã o há gente mais desgra çada que os crim ino sos, oco rreu naturalmente a introdução a admitir que os templos eram asilos para eles [sic]”.

Nesta épo ca, mais especificamente na tomada de Atenas por Esparta, L isand ro ha via p roclamado que seria p reso qua lquer ateniense, onde qu er que fosse encon trado e le vado a su a terra de origem. P roclamação esta repro vada por Tebas, que d izia se r uma desconside ração a um costume consa grado e pre servado .

Os grego s ao mesmo tempo em que aplica vam o ostra cismo como pena, dava m muita importâ ncia ao asilo, sendo uma exte riorização de h ospitalidade e pied ade, protegendo o inocente e mitigando a penalidade do culpado. Essa proteção ao asilo foi preservada durante séculos, mesmo durante as in vasõ es persa e romana, sendo considerada ofensa aos deuses a tentativa de apoderar-se de um refugiado. 3

O po vo Romano, n o momento em qu e in vadem a Gré cia de certa forma resp eita va o asilo grego, porém co locaram uma condição de fidelidade. Essa re lação não havia estabilidade, pois era cance lado no momento em que os Romanos se sentiam tra ídos ou por alguma rebelião que os desrespe itassem. Os romanos pensavam que os asilo s gre gos e e gípcios e ram extra vagantes e não esta vam de acordo com o interesse co letivo , sen do que o infrator mere cia pu nição. Com o passar dos tempos e o sentimento humanitário que o s dominou, mais d o que o dese jo d e se fazer justiça do Império, a prática asilar foi retomada em terras romanas.4

2.2 Asilo no c ons titucionalis mo

O Constitu ciona lismo é um movim ento o qual te ve seu preâmbulo no século XVIII, com a Constituição Mod elo libera l clássico, esse mo vimento político, socia l, ideoló gico e ju ríd ico pode ser divid ido em dois grandes p eríodos, o Constitu cionalismo

3 Júlio Marino de Carvalho, ob., cit., p. 42 a 47.

4 Júlio Marino de Carvalho, ob., cit., p. 46 a 52.

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Clássico que vai de 1787 a 1918 e Constitucionalism o Mode rno que va i de meados de 1918 até os dias de hoje. De aco rdo com o Jus positivista Han s Kelsen, o dire ito deve se r desnudo de todo e qualque r conteúdo valo rativo, mas h á a necessidade d e respe itar- se a h iera rquia da s normas que tem no cume de sua pirâmide a Constituição.5

A nossa Carta Ma gna de 1988, em seus primeiros quatro artigo s já faz menção ao instituto de Asilo, mais pre cisamente em seu artigo 4º, in ciso X:

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

X - concessão de asilo político.

Este artigo 4º, po rtanto ganha status de “co luna de eficácia dos dire itos fundamentais” que e stão sustentando o Estado Democrático de Direito. Com esta no rma, fica e vidente que nossa Constituição fundou suas rela ções internaciona is no s p rincíp ios da dign idade da pessoa humana, pre vale cendo os direito s d o homem.

O jurista Valé rio de olive ira Ma zzuoli comenta:

O s t r a t a d o s i n t e r n a c i o n a is d e p r o t e ç ã o d o s d ir e it o s h u m a n o s r a t if ic a d o s p e lo Br a s il p a s s a m a i n c o r p o r a r - s e a u t o m a t ic a m e n t e n o o r d e n a m e n t o b r a s i l e ir o p e l o q u e e s t a b e l e c e o § 1 ° d o a r t i g o 5 ° d a n o s s a C o n s t i t u iç ã o : “ As n o r m a s d e f in i d o r a s d o s d i r e i t o s e g a r a n t i a s f u n d a m e n t a is t e m a p lic a ç ã o im e d i a t a ” . ( M AZ Z U O L I , 2 0 0 0 , p . 1 7 9 ) .

A Professora e Doutora Flá via P io vesan comenta a nossa Constituição à lu z dos princíp ios que norteiam as relaçõe s internacionais:

N a r e a l i d a d e , t r a t a - s e d a p r im e i r a C o n s t i t u i ç ã o b r a s i l e ir a a c o n s a g r a r u m u n i v e r s o d e p r in c í p io s a g u i a r o Br a s i l n o c e n á r i o i n t e r n a c i o n a l , f ix a n d o v a lo r e s a o r i e n t a r a a g e n d a in t e r n a c i o n a l d o Br a s i l – in ic i a t i v a p a r a l e lo n a s e x p e r i ê n c i a s c o n s t i t u c io n a is a n t e r i o r e s . ( P I O V E S AN , 2 0 0 0 , p . 5 9 ) .

A afirmação acima é reforçada por Paulo Roberto de Almeida:

C a b e , a n t e s d e m a is n a d a , m e n c i o n a r a c o n t r i b u iç ã o o r ig i n a l , n o c a m p o d a s r e la ç õ e s in t e r n a c io n a is d o Br a s il , f e i t a p e la C o n s t it u in t e C o n g r e s s u a l d e 1 9 8 7 - 1 9 8 8 , n o s e n t id o d e c o d if ic a r a l g u m a s o r i e n t a ç õ e s g e r a is e m m a t é r ia d e p o l í t ic a i n t e r n a c i o n a l . ( A L M EI D A , 1 9 9 0 , p . 5 7 ) .

A Constituição de 1988 quebra com a ditadura e com o formalismo do costume e hábito das cartas ante rio res co nsagrando os direitos fundamentais do homem como sendo matéria de ordem

5 Hanz Kelsen, Teoria Pura do Direito, op., cit., p. 4

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internacional, ensejando na prática a busca de adoção de uma postura de proteção aos direito s humanos em suas relações exte riores.

O Professo r Jú lio Marino de Ca rvalh o, a respeito do A silo na esfera mundial com enta:

M o d e r n a m e n t e , d e ix o u d e s e r p r in c í p i o t ã o - s ó c o n s u e t u d i n á r io , p a r a e n t a lh a r - s e n a le g is l a ç ã o e s t a t a l , a s c e n d e n d o m e s m o a o p in á c u lo d o D ir e it o F u n d a m e n t a l o n d e p a r t ic ip a o s e le t o e l e n c o d o s d ir e it o s i n d i v i d u a is d e g r a n d e n ú m e r o d e n a ç õ e s . As s im , u m a v e z f ir m a d a a p e r s p e c t i v a j u r í d ic a d o a s i l o , n a g a r a n t i a d e s u a n a t u r e za c o n s t it u c io n a l, o a s il o f o i i n ve s t id o d a s g a l a s j u r í d ic a s . E n f im , j á s e p o d e f a l a r e m d i r e i t o d e a s i l o , s e m e r g u l h o s c u l t u r a is e s e m a in s u r g ê n c i a d u m a u lt r a p a s s a d a o r t o d o x i a j u r í d ic a , m e s m o q u a n d o a m e n t a l i d a d e r e s t r i t i v a d e a l g u n s Es t a d o s n ã o q u e ir a m a c e i t á - l o n e s s e s t a t u s. C o n f o r m e a lu s ã o j á f e it a , n o s d i a s q u e c o r r e m , o a s il o e r e f ú g i o f a ze m p a r t e i n t e g r a n t e d o D ir e it o I n t e r n a c i o n a l d o s d ir e it o s h u m a n o s e p o u c o s Es t a d o s a i n d a n ã o o i n c lu í r a m n a s u a C a r t a p o lí t ic a [ s ic ] ( C AR V A L H O , 2 0 0 0 , p . 2 2 ) .

Com os comentários do p rofessor, vê-se que o instituto do asilo po lítico está contido numa esfera qua se que mundial e que em quase sua tota lidade de nações h á a pre visão em suas ca rtas correspondentes, o u seja, a importância está sendo reco nhecida.

2.3 SÉCULO XX: S EGUND A DIMENS ÃO DE DIREITOS

Bath, em 1950 definiu este instituto como sendo “a proteção que um Estado outorga em seu território ou em outro lu ga r dependente de algum de seus ó rgãos a um indivíd uo que o solicita ” (Annuaire de L ’Institut de Dro it Inte rnationa l).

O Asilo Político, a o lo go do s tempos foi sofrendo alte rações substancia is de maneira d inâmica conforme mudanças na sociedade, passan do desde a época dos sacerdotes, época esta em que o único meio de se contro la r a ferocidade dos primitivos era na base da re ligião, criando -se u m asilo pa ra os de lin qüentes, luga r que os ofendidos por estes não tinham a bra vu ra de perse gui-lo s. Este instituto, portanto passa por modificações desde a época em que a religião era o principal alicerce até os tempos de hoje, que vá rios au tores o defendem como um Dire ito Internaciona l que demonstra a e xp ressão dos Direitos Humanos.

Ponto contro ve rtid o está ao pensar no instituto asilar como sendo um meio pelo qual um Estado interfere na “Administração Íntima” de outro, o que não é de todo verdade, haja vista o Asilo ser uma inte rferência inte rnacional sim, porém para que se e vite a consumação da vio lação dos dire itos do homem. Como diz o jurista portu guês Jo sé Ma galhãe s Godinho:

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N ã o d e v e e s q u e c e r - s e q u e o d ir e i t o d e As i l o é u m d ir e it o a u t ô n o m o f u n d a m e n t a l d o h o m e m o u , s e p r e f e r e , o e x e r c í c io , o m e io d e d e f e s a d e u m d ir e i t o e s s e n c i a l, o d ir e i t o à v i d a , à l i b e r d a d e , à j u s t iç a e à s e g u r a n ç a , c om v is t a a o p l e n o d e s e n v o l v im e n t o d a p e r s o n a l id a d e h u m a n a . ( G O D I N H O , 1 9 7 3 ) .

Hugo Mon cada en fatiza que o asilo é uma das formas de proteção dos direitos mín imos da pessoa humana, naqueles momentos em que o Estado local, devido á perturbaçã o de vária s ordens, não puder ou não quiser asse gu rar e stes mesmo s direito s.

Há ainda quem seja contra, dizendo que o asilado é aquele que pratica atos co ntra a própria pátria e por ver-se de rrotado nos seus plano s foge da perse cução estatal, “a co vardando-se”.

Charles W iesse é um dos que não ace itam o Asilo e diz que:

S e , e m s u a o r ig e m , e s t e d ir e it o d e a s i lo n ã o f o i s e r ia m e n t e a t a c a d o , d e ve - s e e v id e n t e m e n t e à f r e q ü ê n c i a d a s m u d a n ç a s d e r e g i m e r e s u lt a n t e s d e r e v o lu ç ã o . C a d a c h e f e d e p a r t i d o , u m a v e z c h e g a d o a o p o d e r , j u l g a r á ú t il n ã o d e s c o n h e c ê - l o , a f im d e p o d e r u s á - lo , c h e g a d o o c a s o d e q u e e l e p r ó p r i o ve n h a a e s t a r e x p o s t o à p e r s e g u iç ã o d e s e u s a d v e r s á r i o s p o lí t ic o s . (W I ESS E , 1 8 9 8 , p . 2 0 2 ) .

O que comenta Otto Kirchheimer é que na verdad e, os tribuna is que atua m nestes tipo s de delitos (po líticos), embora os Juízes que fazem parte deles tenh am ilibada conduta funcional, não funcionam adequadamente, h aja vista a pa rcialidade da

“Justiça Po lítica ”, como comenta Celso D. Albu que rque Mello:

A p a r c i a l i d a d e p o d e - s e d i ze r , é a g r a n d e c a r a c t e r í s t ic a d a j u s t iç a p o lí t ic a e e la é t a n t o m a is a c e n t u a d a q u a n t o m a io r f o r o a u t o r it a r i s m o d o s is t e m a p o lí t i c o . A j u s t iç a p o l í t ic a v is a a a t i n g ir f in s p o lí t ic o s . A f in a l id a d e d e s e s u b m e t e r e m c r im e s p o lí t ic o s a a p r e c i a ç ã o d e u m t r ib u n a l é d a r à p o p u la ç ã o u m a a p a r ê n c ia d e im p a r c ia l i d a d e e l e g a l id a d e , o q u e g e r a u m a s e n s a ç ã o d e s e g u r a n ç a . ( M EL L O , 1 9 7 8 , p . 1 5 3 ) .

O que vemos a qui é o conflito de d ire itos, a sobe rania do Estado em confro nto com os Dire itos Humanos do indivíduo, conflito este que se deve reso lve r pe ndendo-se para a dign idade da pessoa humana, e não só visto como um só individuo, mas fazendo-se assim a concretização d a proteção destes direito s a qualque r se r da face da Terra.

2.4 O Asilo na Terceira Dime nsão de Direitos

Noberto Bobbio d iz na obra A era dos dire itos que a terceira ge ração de direito s tem in ício com a Declara ção dos Direito s do

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Homem e do Cidadão, da Organ izaçã o das Na ções Unid as. O mais correto talve z fosse usar o termo dimensão. O autor diz que mesmo não tendo uma efetividade total nestes direito s de terceira dimensão, ele s são um estado ideal que se de ve almeja r, comentando ainda que os dire itos nasçam quando podem ou precisam nascer n o momento adequado. É o que acontece com o Direito de Asilo, su rgido nos momentos onde hou ve nece ssidade.6

Esse Dire ito Constitucional Inte rnacional podendo ser visto como e xpressão dos Dire itos Hum anos é de vita l importância, grande za esta comentada por Jú lio Marino de Carvalho:

As s im é d e m o n s t r a d a a g r a n d e za d o A s i lo P o lí t ic o , i n s t it u iç ã o d e a d m ir á v e is p r o p ó s it o s h u m a n it á r io s , u m a v e z q u e t o d o o a c u s a d o f a z j u s a u m j u lg a m e n t o c o n f iá v e l n a s u a im p a r c i a l i d a d e . A d m it ir t e s e c o n t r á r i a é t o l e r a r a n e g a ç ã o p u r a e s im p l e s d a j u s t iç a , c o n d u t a f la g r a n t e m e n t e o f e n s o r a d o s d ir e it o s h u m a n o s , o q u e n ã o é d e t o l e r a r - s e n o s d i a s d e h o j e . ( C AR V A L H O , 2 0 0 0 , p . 2 3 5 ) .

O Direito de Asilo é prote gido na Declara ção Un ive rsa l dos Direito s do Home m, a qual te ve sua proclamação a os 10 de De zembro de 1948 e reconhece o respeito “unive rsa l” da personalidade ju rídica do indivíduo, reconhecendo este como sujeito de Dire ito Internaciona l.

A própria Constituição Federa l de 1988 reconhece este Instituto, dando o devido respa ldo e m seu artigo 4°, X conforme já citado acima.

A respe ito do te rritório Sul-america no, o pensador Isidoro Moreno Ruiz comenta que “Nas Re pública s latino-am ericana s, o asilo dip lomático é respe itado como u m prin cípio de dire ito público indiscutíve l” (1935, p. 491).

O instituto h istó rico nasceu na An tigu idade, mas a “Le i Maio r”

colocou o asilo como uma norma principio ló gica, ou seja, as relaçõe s inte rnacionais se rão regidas à lu z do princípio da concessão de a silo , artigo 4°, X da Co nstitu ição Fede ral.

3 AS MOD ALID AD ES

Em uma rápida passagem pela história antiga ve remos várias espécies do Instituto de Asilo utilizados pelos mais diferentes povo s, que acaba ram servindo como base do que se tornou esse Direito no s dia s atu ais.

Nos primórdio s dos tempos, deve-se le var em conta a maneira em que o povo E gíp cio tratava do A silo, que segundo Egidio Reale (193 8, p. 477) “o s Pto lomeus ace ita vam imunidade resguardante ao s que, po r prática delituosa, se ab riga vam no supedâneo das estátuas de re i [sic]”. Mesmo saben do que os

6 Norberto Bobbio, A Era dos Direitos, ob., cit., p. 57.

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egípcios não aceitavam que os delituosos ficassem impunes há relato s em que hou ve a concessão do dire ito asila r como o caso do faraó Assiroferne, o qua l é com entado pelo escritor be lga Thonissen, dizend o que o rei ao co nstru ir um mausoléu para seu filho declarou se r local de refúgio para qualque r que ali se achegasse. Se gun do Júlio Ma rino de Carva lho:

N o Eg i t o , m a is d o q u e r e f ú g i o r e l i g i o s o , a p r o t e ç ã o a c r im in o s o s e r a e m r e a l i d a d e d e n a t u r e za m o f in a e e s p e c u la t i va , o q u e s e c o m p r o v a va n a e s t im u la ç ã o d e i n t e r e s s e s p o lí t ic o s e m e r c a n t is , p o is o s l o c a is d e a s i l o a t r a ia m m o r a d o r e s q u e a l i s e e s t a b e l e c i a m e p r o p ic ia v a m d e s e n vo l v im e n t o e e x p a n s ã o d e n e g ó c i o s [ s ic ] . ( C AR V A L H O , 2 0 0 0 , p . 3 7 ) .

Os Heb reus, se gu ndo as escritu ras de Moisés, utiliza vam o asilo como forma de proteção da antiga vin gança p rivada , não para que se tive sse imp unidade ou injustiça para com os ofendidos, mas para to rná-la mais branda possíve l. Na época da B íblia haviam cidades que eram conside radas loca is de asilo, conform e comenta Carva lho:

S e g u n d o o s t e x t o s d a s Es c r it u r a s , p r im e ir a m e n t e s ó e m J e r u s a l é m e r a a d m it i d o a s i l o . M a s , o n ú m e r o d e c id a d e s a s il a r e s f o i m a is t a r d e a m p l i a d o p a r a s e is : 1 . C e d e s , n a G a l il é i a , s o b r e o m o n t e N a f t a li ; 2 . S i q u é m , s o b r e o m o n t e d e Ef r a im ; 3 . C a r i a t a r b e ( H e b r o n ) , n o m o n t e d e J u d á ; 4 . B o s o r , n o d e s e r t o d e R u b e n ; 5 . R a m o t , e m G a la a d ; 6 . G o la n , e m B a s a n d a t r i b o d e m a n a s s e s . ( C AR V A L H O , 2 0 0 0 , p . 3 9 ) .

Relacionadas às cidades acima e a respeito do método a qual o asilo e ra colocado em prática, o autor Greenb erg tece o comentário:

Es t a s f o r a m à s c i d a d e s c o n s t it u í d a s p a r a t o d o s o s f i l h o s d e I s r a e l , e p a r a o s a l i e n í g e n a s q u e h a b it a v a m e n t r e e le s . Aq u e le q u e h o u v e s s e t ir a d o a vi d a d e a l g u é m s e m i n t e n ç ã o p o d e r i a r e f u g ia r - s e n e l a s , e n ã o m o r r e r i a à s m ã o s d o p a r e n t e q u e q u is e s s e vi n g a r o s a n g u e d e r r a m a d o , a t é q u e s e a p r e s e n t a s s e a n t e o p o v o e d e f e n d e s s e a s u a c a u s a . ( G R E E N B ER G , 1 9 5 9 , p . 1 2 5 ) .

O que pe rcebemos é que na épo ca d os Heb reus, já ha via a noção de cu lpa e dolo que conhecemos hoje, com a s de vidas discrepâncias ao se tratar das penas cominadas para ca da caso e hipótese de con cessão de asilo.

O povo pa gão, m esmo antes do cristianismo, utiliza va o instituto do asilo para prote ge r a qu eles perse guidos da justiça fundando-se na superstição em seus vá rio s deuses.

Na Idade Média, o s grandes Senhore s Feudais da vam Asilo com baseando-se n as normas do pode r abso lutista.7

7 Júlio Marino de Carvalho, ob., cit., p. 29.

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O po vo cristão a dotou o asilo haja vista por e les ser entendido ha ve r m esmo patamar entre delito e pecado bem como ser entendido ha ver valo r que procu ra o bem da humanidade. O autor Jú lio Marino de Carva lho relata:

O r e f ú g io n u m a i g r e j a t i n h a a va n t a g e m d e f a ze r e s c o a r o s d i a s q u e a b r a n d a v a m ir a s e ó d i o s , f a vo r e c e n d o a o s c l é r i g o s o e m p e n h o n a s n e g o c i a ç õ e s d e r e s g a t e , t r a n s a ç ã o c o m a p a r t e o f e n d i d a (c a r t a c o m p o s it i o n a le s I) . Em r e g r a , a f i n a l id a d e d o r e f ú g i o e r a o b t e r a i n t e r c e s ã o e p is c o p a l j u n t o a o s p o d e r o s o s d a j u r is d iç ã o , o s q u a is s e s e n t ia m i n c it a d o s a c o m b a t e r a vi o l ê n c i a d o s c o s t u m e s im p e r a n t e s n a a ç ã o r e p r e s s i v a . O a s il o e c le s i á s t ic o p r o p u g n a v a p e l a c o n s e r v a ç ã o d o r e f u g i a d o e m s e u r e f ú g i o s a g r a d o , d o n d e n ã o p o d i a s e r r e t ir a d o à f o r ç a p a r a s e r l e v a d o a m u t i l a ç õ e s o u à m o r t e . ( C AR V A L H O . 2 0 0 0 , p . 5 3 ) .

No que d iz respe ito ao instituto de a silo para o po vo cristão, havia luta contra o que se chamava de vin gança p rivada , buscando a satisfação da pretensão resistida atra vés da co mpositio, o que seria uma forma de concilia ção primitiva, mu itas ve ze s sendo impostas penas pe cuniárias. O a silo cristão visa va a não aplica ção de penas iguais eram impostas na época da barbárie, sendo conside rado, se gu ndo Carva lho: “[...] um direito divino, tanto que o Concílio de Trento adve rtiu qu e sua vio lação acarreta va excomunhão lata sententiae ”.

Todos esses tipo s de asilo s são diferentes dos tipos existente s hoje em dia, haja vista o direito se r dinâmico , além de o instituto te r ganha do novo s significad os in icialmente co m as várias etapas do constitu cionalismo e tem uma relação importa nte com a democracia. Po rtanto, a sociedade muda, mas também o constitu ciona lismo a vança no se ntido de a sse gu rar direito humanos, entre os quais o asilo ao s p erse guido s.

Segundo Jú lio Ma rino de Carvalho, hoje há um tipo de A silo , denominado Asilo Internacional. E ste Instituto é d estinado à pessoa a qual busca proteção e se gurança ju rídica em território estran geiro por se r conside rada, em seu próprio país, solapadora por prática de ato s político-socia is.

O mesmo autor sup racitado comenta:

T a m b é m é a s i l o in t e r n a c i o n a l , o q u e l e v a p e s s o a s o u m u lt id õ e s a c r u za r f r o n t e ir a s , p r e m id a s p o r p r o b l e m a s d e s o b r e v i v ê n c i a m o r a l o u m a t e r i a l . H á m il h a r e s d o s q u e s ã o c r u e lm e n t e t r a n s f o r m a d o s e m e x c r e ç ã o d a s i n t o le r â n c ia s r a c i a is , t r i b a is e r e l i g io s a s e p r i v a d o s d a p a z e s e g u r a n ç a . L e v a d o s p o r u m a r é s t e a d e e s p e r a n ç a f r a n q u e i a m f r o n t e ir a s n a c i o n a is , c l a m a n d o p o r s o c o r r o [ s ic ] . ( C A R V AL H O , 2 0 0 0 , p . 2 9 ).

Este Asilo Internacional é subdividido por algun s autore s em Territo ria l, Dip lomático e/ou Milita r. Esta divisão tríplice é comentada por Júlio Marino de Ca rva lho:

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A c la s s if i c a ç ã o t r í p lic e d e a s i lo s d i z r e s p e it o , n a t u r a lm e n t e , à f a s e i n ic i a l d a p r o v id ê n c ia , d e ve z q u e e le s a s e g u ir p o d e r ã o t o m a r u m r u m o d e o r d e m d ip l o m á t ic a . ( C AR V A L H O , 2 0 0 0 , p . 3 0 ) .

O Asilo Territo ria l é conceituado como sendo a resignação de um estran geiro p or uma nação, em território pátrio a qual é exe rcida sua sob erania, com o intuito de prote ção de dire itos fundamentais, tais como a liberdade e a vida, haja vista o risco gra ve inerente em que se encontra o asilado do pa ís a qua l se origina, de vido a grandes tumultos so ciais e políticos.

Este é um modelo puro, imaculado, sendo aceito em todo e qualque r nação internaciona l. O Brasil é signatá rio desta espécie também e chegou a participar de uma Convenção o corrida em Caraca s na Venezue la, a qual o objeto principa l e ra o Asilo Territo ria l em 195 7. Há a p re visão deste Asilo na Decla ração Unive rsa l dos Dire itos do Homem, mais especificamente em seu artigo 14, §§ 1 ° e 2 °:

§ 1 ° : T o d o h o m e m , v í t im a d e p e r s e g u iç ã o , t e m o d ir e it o d e p r o c u r a r e g o za r a s i lo e m o u t r o s p a í s e s .

§ 2 ° : Es t e d ir e i t o n ã o p o d e s e r in v o c a d o e m c a s o d e p e r s e g u iç ã o l e g i t im a d a m e n t e m o t i va d a p o r c r im e s d e d ir e i t o c o m u m o u p o r a t o s c o n t r á r i o s a o s o b j e t i v o s e p r in c í p i o s d a s n a ç õ e s u n i d a s .

A concessão do Asilo Territo ria l, se preenche r todos o s re quisitos, é inte rn acionalmente inque stioná ve l.

Quanto ao Asilo Diplomático, o auto r Geisa Santo s Scaglia tece o comentário:

I n s t a e s c l a r e c e r , a i n d a , a c o n c e i t u a ç ã o p r á t ic a d o a s i l o d ip l o m á t ic o , q u e é u m a m o d a l i d a d e p r o vis ó r i a e p r e c á r i a d o a s i lo p o l í t ic o . D if e r e n t e m e n t e d o a s i l o t e r r it o r ia l , n o a s il o d i p l o m á t ic o o E s t a d o c o n c e s s o r d o a s i lo o d e f e r e , a o p e r s e g u i d o , f o r a d o s e u t e r r it ó r io , is t o é , n o t e r r i t ó r io d o p r ó p r i o Es t a d o e m q u e o i n d i v id u o é p e r s e g u i d o . O s e s p a ç o s , d e n t r o d o p r ó p r i o t e r r i t ó r i o o n d e é c o n c e d id o a a s il o d ip l o m á t ic o , a b a r c a m a q u e l e s q u e e s t ã o is e n t o s d a j u r is d iç ã o d e s s e Es t a d o . N ã o s ã o a p e n a s a s e m b a ix a d a s , m a s t a m b é m s e p o d e m e n g lo b a r a s r e p r e s e n t a ç õ e s d ip l o m á t ic a s , n a v i o s d e g u e r r a , a c a m p a m e n t o s o u a e r o n a ve s m il it a r e s ( S C A G L I A, 2 0 0 9 , p . 3 3 ).

Conclu i-se que esta modalidade de asilo não é de absoluta aplicab ilidade in qu estioná ve l, haja vista ser apena s u ma etapa, pro visória, pa ra o Asilo Territoria l.

Para o au tor Júlio Ma rino de Carvalho, o A silo Militar é aquele em que o E stado concede o direito asila r a bo rdo de na vio s de guerra, ae ronave s milita res ou e m acampamento de tropas de ocupação milita r e m território estran geiro.

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4 REQUISITOS DE APLIC AÇ ÃO

Como vimos na própria Carta de De clara ção Unive rsa l dos Direito s do Homem têm-se os re qu isitos para aplicação do institu to asila r, qua is se ja a perse gu ição, sendo que e sta não seja legitimadamente motivada por crimes de direito comum ou atos na contramão dos objetivos e p rincíp ios das nações unida s.

Segundo o auto r A nnoni, o Asilo Po lítico é:

[ . . . ] o a b r i g o d e e s t r a n g e ir o q u e e s t á s e n d o p e r s e g u i d o p o r o u t r o p a í s , p o r r a zã o d e d is s i d ên c i a p o l í t ic a , p o r d e l i t o s d e o p in i ã o , o u p o r c r im e s q u e t e m l i g a ç ã o c o m a s e g u r a n ç a d o Es t a d o , c o n t u d o n ã o p o d e m c o n f ig u r a r q u e b r a d o d ir e it o p e n a l c o m u m . ( A N N O N I , 2 0 0 2 , p . 5 7 ) .

Podemos captar outros re quisito s pa ra a conce ssão do d ireito de asilo, a p rática de delitos po lítico s, de opinião ou crimes que tenha ligação com a seguran ça do Estado, mas não podendo haver quebra do direito penal comum. Aqu i não há obrigato riedade para nenhum Estado de se con ceder Asilo ou não ao estra ngeiro. Há casos em que é e vidente o d ire ito d o indivíduo e o p rocesso é longo e custoso, e por outro lado há casos em que se paira dúvidas e mesmo assim o asilo é concedido de quase que imediato.

5 CONCLUSÕES

A rele vância pertinente ao assunto trabalhado se torna evidente com tod os os argumentos disco rridos, bem como ser pre visto em vá rios documentos de mundial re le vância tais como a Decla ração Un ive rsal dos Direitos do Homem, a Con venção Americana dos Direito s Humanos, a Ma gna Ca rta do Brasil de 1988, a Constitu ição Portu guesa, além de algun s paíse s que reconhecem apena s a modalidade de Asilo Territorial ta is como a França, Mé xico, Itália e Alemanha bem como no território da América do Sul e m que o Asilo é respeitado de tal forma que é conside rado norma de Dire ito Púb lico de forma que não se pode discutir.

Em toda história vemos previsão do Instituto de Asilo para determinada finalidade, sendo para impedir a punição de um inocente ou para mitigar a e xtra va gância das penas bárbaras e cruéis aos infratores e delituoso s. O mundo sofre altera ções substancia is no qu e diz respe ito à sociedade e ao convívio entre os po vos, concom itante a esta mudança, o Asilo Po lítico vem sofrendo também várias “metamorfoses” e a co mpanha a dinamicidade da s relações mundia is.

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O ponto contro ve rtido e xistente no p re sente é no caso fático, ou seja, na hora de se conceder ou não Asilo P olítico ao estran geiro, e staria ferindo a Soberania Estata l de ou tra nação?

Estaria infundindo na Administraçã o de outro Esta do? Estas seriam, e são as pergun tas mais fre qüentes, po rém a concessão ou não do Dire ito A sila r de ve se r analisada em cada caso para não ge rar inse gu rança jurídica para nenhu m dos intere ssados.

Quando tratamos d este assunto, há um conflito de inte resses e dire itos, de um lado a Soberan ia do Estado e sua íntima Administração, do outro o interesse que ao mesmo te mpo possa ser entendido co mo individual (lib erdade, segu rança e vida do indivíduo ) como também há o reflexo pa ra todos (libe rdade, segu rança e vida d e todos que po ssa m precisar de a silo ).

Nesta ó rbita de dire itos, portan to, se p reencher todos aquele s re qu isitos de aplicab ilidad e, devem -se p re valecer o s dire itos do ind ivíd uo, haja vista o Direito Asilar se r, mais do que tudo, um Dire ito Constitucional Internaciona l que e xterna e exp ressa fielmente os Direitos Humanos, sendo que este s últimos, de re gra, de vem preva lece.

6 REFE RÊNCI AS BIBLIOGR ÁFIC AS

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(13)

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Referências

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