• Nenhum resultado encontrado

Agrupamento de Escolas de Serra das Minas SINTRA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Agrupamento de Escolas de Serra das Minas SINTRA"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Agrupamento de Escolas

de Serra das Minas

S

INTRA

Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE

Avaliação Externa das Escolas

(2)

I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa.

Após a realização de uma fase-piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho Conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao programa nacional de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Serra das Minas – Sintra,realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre 6 e 8 de Janeiro de 2010.

Os capítulos do relatório – Caracterização do Agrupamento,

Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais – decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os

pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoa-mento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa indi-viduais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE –Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório está disponível no sítio da IGE na área

(3)

II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Serra das Minas fica sediado na freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra. Fazem parte da freguesia 16.473 famílias, sendo que 18% destas são imigrantes, a maioria dos países africanos de língua oficial portuguesa.

É um agrupamento horizontal constituído por dois estabelecimentos de ensino: a Escola Básica do 1.º ciclo com Jardim-de-Infância (EB1/JI) de Serra das Minas n.º 1 e a Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim-de-Infância de Serra das Minas n.º 2, escola-sede. As duas escolas distam cerca de 500 metros entre si.

Frequentam a educação pré-escolar 120 crianças, em 6 grupos e 719 alunos do 1.º ciclo, em 34 turmas, sendo que 23 funcionam em horário de regime duplo.

A diversidade cultural no Agrupamento é significativa, já que há alunos de 12 nacionalidades diferentes, sendo 70,6% de nacionalidade portuguesa e 29,4% de origem estrangeira, nomeadamente angolana e cabo-verdiana. Os encarregados de educação apresentam níveis muito baixos de qualificação académica, apenas 4,5 % dos pais e 5,1% das mães possuem habilitação superior.

Beneficiam de auxílios económicos, no âmbito da Acção Social Escolar, 62,7% dos alunos, dos quais 41,4% estão abrangidos pelo Escalão A e 21,3% pelo Escalão B. Um terço dos alunos tem computador com ligação à Internet, em casa.

Dos 56 docentes que prestam serviço, 71% pertencem ao Quadro do Agrupamento, 20% ao Quadro de Zona Pedagógica e 9% são contratados.

O pessoal não docente inclui três assistentes técnicas, uma delas é a Coordenadora Técnica, 19 assistentes operacionais e quatro trabalhadores colocados através de um protocolo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional de Sintra.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. Resultados

BOM

Na educação pré-escolar são realizados registos de avaliação dos progressos das aprendizagens das crianças, tendo como base as respectivas orientações curriculares.

No 1.º ciclo do ensino básico, no último triénio, verificou-se uma evolução positiva das taxas de transição/conclusão, que são superiores, nos dois últimos anos, aos valores nacionais.

Analisados os resultados obtidos, no triénio, nas provas de aferição de Língua Portuguesa e de Matemática, concluiu-se que estes têm registado algumas oscilações. No que respeita à qualidade do sucesso, nestas mesmas provas, diminuiu ao longo do triénio, sendo sempre inferior aos valores nacionais. A reflexão realizada pelo Agrupamento não lhe permitiu identificar as causas destes resultados.

A realização de assembleias de turma, na área de Formação Cívica, constitui uma prática promotora da participação e do desenvolvimento cívico dos alunos. Os alunos do 4.º ano são envolvidos em actividades de recepção e de acompanhamento das crianças da educação pré-escolar e dos alunos do 1.º ano. O Plano Anual de Actividades contempla acções que promovem o exercício da cidadania, no que respeita à paz, ao ambiente e à solidariedade.

O ambiente educativo é percepcionado como bom, pela generalidade da comunidade educativa, é facilitador das aprendizagens, sendo os alunos conhecedores e cumpridores das regras de funcionamento.

De uma forma geral os alunos, as famílias, os docentes e os outros membros da comunidade local revelam-se satisfeitos quanto ao impacto das aprendizagens. Embora não esteja implementada a atribuição de prémios de mérito e de excelência, os trabalhos realizados pelos alunos são divulgados no Agrupamento e também no exterior, o que contribui para a valorização dos saberes e da aprendizagem.

2. Prestação do serviço educativo

BOM

A articulação entre os docentes dos dois níveis de educação e de ensino assenta, sobretudo, na transmissão de informações acerca do percurso das crianças na transição destas da educação pré-escolar para o 1.º ciclo, não

(4)

estando garantida a sequencialidade das aprendizagens nem uma gestão vertical entre as orientações curriculares e o currículo do ensino básico. As actividades de animação socioeducativa e de enriquecimento curricular são supervisionadas, respectivamente, pelos docentes titulares de grupo e de turma e pelo coordenador de estabelecimento, tendo sido recolhidas evidências de uma efectiva articulação entre estas actividades e as realizadas na componente lectiva.

Existem alguns procedimentos com vista a assegurar a qualidade científica e pedagógica da prática lectiva, bem como o trabalho cooperativo. Os projectos são devidamente acompanhados, sendo produzidos relatórios, com uma periodicidade trimestral, o que possibilita uma avaliação rigorosa, ainda durante a sua execução.

O Agrupamento procura dar corpo a uma política efectiva de inclusão escolar, assegurando a diferenciação pedagógica, não só aos alunos com necessidades educativas especiais e com dificuldades de aprendizagem, mas também àqueles que revelam capacidades excepcionais de aprendizagem. O trabalho que está a ser desenvolvido com os alunos da Unidade de Ensino Estruturado, bem como a sua integração na escola, são do agrado da generalidade da comunidade educativa.

Com o objectivo de promover a formação integral dos alunos e para dar corpo à Escola a tempo inteiro, o Agrupamento dinamiza actividades educativas e de enriquecimento do currículo que contemplam áreas diversificadas e que contribuem para o desenvolvimento do sentido de pertença.

3. Organização e gestão escolar

MUITO BOM

Os documentos estruturantes do Agrupamento encontram-se articulados e são coerentes entre si. As áreas de intervenção, os objectivos e as estratégias constantes no Plano Anual de Actividades foram formuladas para responder às debilidades encontradas, constituindo-se como um plano de acção de melhoria. Todavia, alguns professores titulares de turma não leccionam a área de Expressão e Educação Físico-Motora o que compromete o cumprimento do currículo. A utilização das tecnologias de informação e comunicação, em especial em contexto de sala de aula, não está generalizada.

A Directora conhece bem as competências pessoais e profissionais dos recursos humanos e faz uma adequada distribuição de serviço. O número de assistentes operacionais é considerado insuficiente pela generalidade da comunidade educativa, uma vez que a quase totalidade dos alunos se encontra em permanência na escola, ou nas actividades lectivas ou nas de enriquecimento curricular. Todavia, o maior problema decorre da inexistência de espaços fundamentais e da inadequação de outros, o que inviabiliza a oferta universal de Apoio ao Estudo e a candidatura do Agrupamento à Rede de Bibliotecas Escolares. A insuficiência de salas limita a oferta ao nível da educação pré-escolar, o que tem como consequência a existência de um número elevado de crianças em lista de espera. É evidente uma efectiva atenção às questões de segurança, consubstanciada na realização de simulacros trimestrais.

O Agrupamento desenvolve várias iniciativas para atrair e implicar os pais e encarregados de educação na vida escolar. Muitas das actividades são abertas aos encarregados de educação, sobretudo as comemorações de efemérides e as exposições temáticas, e outras possibilitam que sejam eles mesmos os dinamizadores.

A promoção da igualdade de oportunidades e da inclusão socioescolar são práticas efectivas do Agrupamento, independentemente da condição económica, social e cultural e da capacidade de aprendizagem dos alunos.

4. Liderança

MUITO BOM

Os documentos orientadores permitem identificar a visão estratégica do Agrupamento, encontrando-se definidos o plano de acção para a resolução dos problemas identificados e as áreas de excelência. São ainda desenvolvidas, em parceria, actividades promotoras da qualificação de adultos e a prospectiva do desenvolvimento do Agrupamento passa pela sua verticalização, através da construção de uma nova unidade educativa.

Os órgãos de administração e gestão, bem como as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica conhecem, na generalidade, as suas áreas de intervenção e sentem-se motivados e empenhados na sua acção educativa, sendo evidente a existência de estratégias concertadas e mobilizadoras de aferição e melhoria. Contudo, o conselho de docentes do 1.º ciclo não assume um papel relevante na gestão curricular e na sequencialidade das aprendizagens.

(5)

As iniciativas inovadoras, sobretudo as verificadas na flexibilização dos horários das turmas em horário de regime normal, têm repercussão positiva nas aprendizagens dos alunos. A utilização das tecnologias de informação e comunicação ainda se encontra por generalizar e a implementação da plataforma Moodle é uma oportunidade que o Agrupamento não identificou.

O estabelecimento de parcerias e de protocolos e a implementação de projectos nacionais e locais permitem dar resposta às necessidades educativas dos alunos, melhorar as condições de funcionamento do Agrupamento e fortalecer a relação com a comunidade.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

BOM

O trabalho realizado pela equipa de auto-avaliação permitiu a identificação de pontos fortes e fracos e a implementação de um plano de acção que tem impacto positivo no planeamento, na gestão das actividades, na organização e nas práticas profissionais. Contudo, os procedimentos desenvolvidos ainda não são abrangentes e o plano de continuidade da prática de auto-avaliação encontra-se, ainda, por estabelecer.

O Agrupamento indicia, pelos mecanismos já desenvolvidos, estar no caminho para aperfeiçoar a prática de auto-avaliação, alargando-a e consolidando-a, e, assim, alcançar a sustentabilidade do seu progresso.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. Resultados

1.1 Sucesso académico

Na educação pré-escolar são realizados registos de avaliação dos progressos das aprendizagens das crianças, tendo como base as respectivas orientações curriculares.

Nos 2.º e 3.º anos, no último triénio, houve uma tendência de melhoria das taxas de transição, respectivamente 84,5%, 94,3% e 94,4% e 98,7%, 98,9% e 98,9%. No 4.º ano, a taxa de conclusão desceu de 2006-2007 para 2007-2008 (97,2% e 93,8%) e subiu para 95,6% em 2008-2009.

No 1.º ciclo do ensino básico, no ano lectivo de 2006-2007, a taxa de transição/conclusão foi de 94,5%, subindo no ano lectivo seguinte para 96,6% e para 97,0% em 2008-2009. Relativamente aos resultados nacionais, esta evolução positiva corresponde a valores inferiores no primeiro ano e superiores nos dois últimos. No triénio de 2007-2009, nas provas de aferição de Língua Portuguesa do 4.º ano, os alunos obtiveram 90,7%; 91,9% e 85,8% de classificações superiores a satisfaz, valores inferiores aos nacionais nos primeiro e último anos. Em Matemática, no mesmo período de tempo, os valores situaram-se em 82,4%, 91,6% e 82,9%, sendo inferiores aos valores nacionais no primeiro e no último ano. Quanto à qualidade do sucesso (conjunto de classificações de Bom e Muito Bom), os resultados obtidos nas duas provas ao longo do triénio, sofreram uma evolução negativa. Em Língua Portuguesa os valores foram de 42,9%, 30,2% e 33,3%, e em Matemática 42,1%, 34% e 32,9%, valores sempre inferiores aos resultados nacionais. As estruturas de supervisão e orientação pedagógica não identificaram as causas destes resultados.

De uma forma geral, verificaram-se progressos nos resultados académicos internos dos alunos, tendo para isso contribuído decisivamente o trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Nacional de Ensino do Português e do Plano da Matemática II.

O Agrupamento não efectua, formalmente, a comparação dos resultados obtidos com os de outras escolas. O abandono escolar é inexistente e os casos em risco são prontamente identificados e acompanhados.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

Tendo em conta o escalão etário dos alunos, estes não são envolvidos na elaboração dos documentos orientadores do Agrupamento. No entanto, são auscultados nas assembleias de turma que se desenvolvem, semanalmente, em Formação Cívica. Nesta área são desenvolvidas actividades promotoras dos princípios da solidariedade e da cidadania. É prática a eleição de Delegado de Turma e, por vezes, também do Subdelegado, a quem são atribuídas tarefas de representação dos colegas. Ainda com vista ao desenvolvimento cívico, os

(6)

alunos do 4.º ano, designados por «alunos padrinhos», são envolvidos em actividades de recepção e de acompanhamento das crianças da educação pré-escolar e dos alunos do 1.º ano.

O Plano Anual de Actividades contempla acções que promovem o exercício da cidadania, no que respeita à paz, ao ambiente e à solidariedade. Os critérios de avaliação incluem as dimensões da participação e do desenvolvimento cívico.

1.3 Comportamento e disciplina

Os alunos apresentam, em geral, um comportamento disciplinado e são conhecedores e cumpridores das regras de funcionamento do Agrupamento. Os casos mais problemáticos surgem no período de recreio e no refeitório, durante o almoço, e são prontamente resolvidos pelos assistentes operacionais, pelos docentes que fazem o acompanhamento durante esse período e pelos elementos do órgão de administração e gestão e da coordenação de estabelecimento que asseguram a sua vigilância.

A dinamização de jogos tradicionais no recreio foi uma estratégia encontrada para melhorar o comportamento e a disciplina dos alunos. Há um bom relacionamento entre alunos, docentes e não docentes e todos percepcionam o ambiente educativo como bom e promotor do processo de ensino e de aprendizagem.

Os critérios de avaliação, que são do conhecimento dos alunos, contemplam as dimensões da disciplina, da assiduidade e da pontualidade, definidas no domínio socioafectivo.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

De uma forma geral, os alunos, as famílias, os docentes e os outros membros da comunidade local revelam-se satisfeitos quanto ao impacto das aprendizagens.

A exposição e divulgação dos trabalhos dos discentes nas escolas, jardins-de-infância e no exterior, contribuem para a valorização do trabalho realizado. Embora o Regulamento Interno preveja a atribuição de prémios de mérito e de excelência, o Agrupamento não os tem implementado.

Não existe monitorização do percurso escolar dos alunos que concluem o 1.º ciclo, porque estes são distribuídos por quatro estabelecimentos de ensino do concelho.

2. Prestação do serviço educativo

2.1 Articulação e sequencialidade

O papel dos conselhos de docentes no âmbito da articulação curricular tem uma expressão limitada. Esta concretiza-se, sobretudo, nas coordenações de ano de escolaridade no 1.º ciclo, e no conselho de docentes da educação pré-escolar, através da realização das planificações dos conteúdos programáticos, da aferição dos instrumentos de avaliação, da programação conjunta de actividades e da partilha e divulgação de práticas científico-pedagógicas. No 1.º ciclo, as fichas de avaliação trimestral de final de período são realizadas em conjunto e é aplicada uma ficha única por ano de escolaridade, cujos resultados são objecto de posterior reflexão.

Na transição das crianças da educação pré-escolar para o 1.º ciclo são transmitidas informações sobre o seu percurso para efeitos da constituição das turmas do 1.º ano, mas não está garantida a sequencialidade das aprendizagens, traduzida numa gestão vertical das orientações curriculares da educação pré-escolar e do currículo do ensino básico.

Os conselhos de docentes da educação pré-escolar e do 1.º ciclo e, sobretudo, os conselhos de coordenação de ano de escolaridade, realizam algum trabalho cooperativo, com a partilha de experiências e de materiais, na aferição de critérios específicos de avaliação, na elaboração conjunta de fichas e de testes, e na identificação de estratégias e metodologias em ordem ao sucesso educativo.

As actividades de animação socioeducativa e de enriquecimento curricular são supervisionadas, respectivamente, pelos docentes titulares de grupo e de turma e pelo coordenador de estabelecimento, tendo sido recolhidas evidências de uma efectiva articulação entre estas actividades e as realizadas na componente lectiva.

(7)

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

O acompanhamento da prática lectiva é efectuado pelo coordenador do conselho de ano de escolaridade e restringe-se à supervisão do planeamento e à análise dos resultados dos alunos, não se realizando no contexto de sala de aula. Todavia, no âmbito do Plano Nacional do Ensino do Português, é prática a coadjuvação e a observação de aulas por parte da docente formadora.

É, também, ao nível daquela estrutura, no 1.º ciclo, que são elaboradas as matrizes para os instrumentos de avaliação e se monitoriza a aplicação dos critérios de avaliação. As grelhas criadas para levantamento dos conteúdos leccionados e das competências adquiridas, preenchidas a partir da avaliação sumativa trimestral, são analisadas pelo Conselho Pedagógico. É uma prática consolidada a análise comparada dos resultados dos alunos do mesmo ano de escolaridade pelas diferentes estruturas de coordenação e supervisão pedagógica, com a consequente redefinição de estratégias.

Destacam-se, positivamente, as acções de acompanhamento levadas a cabo pela coordenadora dos projectos, através da realização de relatórios, com uma periodicidade trimestral, o que possibilita a sua avaliação, ainda durante a fase de execução.

2.3 Diferenciação e apoios

Cerca de 5% da população escolar (43 alunos) apresenta necessidades educativas especiais (NEE) de carácter prolongado, estando, todos eles, a ser apoiados. Na EB1/JI n.º 1 funciona uma Unidade de Ensino Estruturado que apoia seis alunos com perturbações do espectro do autismo, que beneficiam de condições especiais de frequência, desenvolvendo parte do currículo nas turmas desta escola. A sua integração traz proveitos óbvios para os próprios, mas também para a generalidade dos alunos da turma, pois todos beneficiam das estratégias diversificadas implementadas. O trabalho que está a ser desenvolvido com estes alunos, bem como a sua integração na escola, são do agrado da generalidade da comunidade educativa.

Para o apoio ao universo de alunos com NEE, o Agrupamento conta com cinco docentes de educação especial, que desenvolvem um trabalho eficiente, em colaboração com os docentes titulares de grupo e de turma, pais e encarregados de educação, psicólogas e terapeutas da fala.

Os alunos com dificuldades de aprendizagem que beneficiam de planos de recuperação e alguns com planosde acompanhamento são apoiados por cinco professores de apoio. As taxas de sucesso dos alunos com planos de recuperação aumentaram, no último triénio (71%, 72% e 75%), o que indica que as medidas aplicadas foram eficazes. Destaca-se, positivamente, o sucesso pleno dos alunos com planos de acompanhamento. O Agrupamento procura dar corpo a uma política efectiva de inclusão escolar, assegurando a diferenciação pedagógica, não só aos alunos com NEE e com dificuldades de aprendizagem, mas também àqueles que revelam capacidades excepcionais de aprendizagem, estando a ser implementados 19 planos de desenvolvimento.

O Agrupamento monitoriza a eficácia dos apoios através dos relatórios produzidos e de reuniões periódicas entre os diferentes profissionais que apoiam estes alunos.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

Com o objectivo de promover a formação integral dos alunos e para dar corpo à Escola a tempo inteiro, o Agrupamento dinamiza actividades educativas e de enriquecimento do currículo que contemplam áreas diversificadas e que contribuem para o desenvolvimento do sentido de pertença. Assim, as componentes activa, social, cultural e artística são tidas em conta na realização de visitas de estudo, conduzidas com enfoque nas aprendizagens, nas exposições de trabalhos e nos projectos em desenvolvimento. A dimensão expressiva ganha relevância nas actividades de enriquecimento curricular, que incluem a actividade física e desportiva e a expressão dramática. O incentivo às práticas activas e experimentais na aprendizagem das ciências e à atitude positiva face à metodologia científica são promovidos no trabalho desenvolvido, tanto na educação pré-escolar como no 1.º ciclo, na componente lectiva, mas também nas actividades de enriquecimento curricular, de que é exemplo a robótica.

(8)

No que diz respeito aos saberes práticos e profissionais, e mesmo tratando-se de crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, o Agrupamento tem vindo a convidar encarregados de educação para falar sobre as suas profissões.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Projecto Educativo (PE), o Plano Anual de Actividades (PAA) e o Projecto Curricular de Agrupamento (PCA) encontram-se articulados, evidenciando coerência entre si. O PE está bem estruturado, define áreas prioritárias, objectivos estratégicos, metas, estratégias e indicadores de medida, o que o torna um bom instrumento de gestão. As áreas de intervenção, os objectivos e as estratégias constantes no PAA foram formuladas para responder às debilidades encontradas, constituindo-se como um plano de acção de melhoria nas áreas prioritárias definidas no PE. Este documento foi elaborado, após auscultação à comunidade educativa.

O planeamento, ao nível das diferentes estruturas do Agrupamento, foi sustentado por um diagnóstico que atende aos recursos humanos e materiais. Nas várias dimensões da vida escolar, os órgãos de direcção, administração e gestão planearam adequadamente o ano lectivo, articulando as actividades curriculares com as de enriquecimento curricular.

Todavia, a não leccionação da área de Expressão e Educação Física-Motora, por parte de alguns professores titulares de turma, inviabiliza o desenvolvimento das competências específicas desta área, sobretudo nos alunos que não frequentam as actividades de enriquecimento curricular.

3.2 Gestão dos recursos humanos

A Directora conhece bem as competências pessoais e profissionais dos recursos humanos e faz a distribuição de serviço de acordo com critérios previstos no Projecto Curricular de Agrupamento. Têm sido realizadas, internamente, acções de formação para dar resposta às necessidades individuais e do próprio Agrupamento, como sejam, entre outras, as relacionadas com os quadros interactivos e com as «Ciências Experimentais no 1.º ciclo». O plano de formação do pessoal docente aproveita a oferta formativa integrada nos programas nacionais de formação de professores. Destaca-se o Plano Nacional do Ensino do Português, que decorre desde há três anos, e que, segundo a generalidade dos professores, contribuiu decisivamente para uma melhor prestação do serviço educativo. O acolhimento dos novos professores é realizado pela Directora e pela sua equipa e a integração é concretizada pelos coordenadores de estabelecimento e do conselho de docentes de coordenação de ano.

Os trabalhadores não docentes conhecem as funções que desempenham, valorizam o bom clima de trabalho existente e sentem-se satisfeitos e motivados. O número de assistentes operacionais é considerado insuficiente pela generalidade da comunidade educativa, devido, sobretudo, à sobrecarga de trabalho provocada pela implementação das actividades de enriquecimento curricular. Os serviços administrativos respondem às necessidades do Agrupamento. A formação dirigida a estes trabalhadores tem sido reduzida, destacando-se uma acção sob o tema «Aprender a crescer», promovida pela Câmara Municipal de Sintra.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

A Directora faz uma gestão adequada e criteriosa dos recursos físicos e materiais. Os espaços encontram-se limpos, organizados e com condições de segurança, sendo que o plano de emergência do Agrupamento inclui simulacros trimestrais de incêndio, com a colaboração da Associação de Bombeiros de Algueirão – Mem Martins. Os recreios das duas EB1/JI não têm espaços cobertos e o pavimento não tem sido objecto de manutenção. As duas bibliotecas existentes não estão integradas na Rede de Bibliotecas Escolares, porque o Agrupamento não consegue dispor de uma sala com uma área adequada. Também pelo mesmo motivo não é possível o atendimento, em privado, dos utentes da Acção Social Escolar. Mesmo dispondo de escassos espaços físicos, (cerca de dois terços das turmas do 1.º ciclo funcionam em horários de regime duplo) e apesar da quase totalidade dos alunos frequentarem as actividades de enriquecimento curricular (com excepção do Apoio ao Estudo), ainda assim, a Directora conseguiu dar uma resposta muito positiva, rendibilizando adequadamente os recursos disponíveis. O Agrupamento debate-se com problemas resultantes de sobrelotação,

(9)

uma vez que a quase totalidade dos seus alunos está permanentemente nas escolas (ou na componente lectiva ou nas actividades de enriquecimento curricular). Também não consegue dar resposta à generalidade das crianças com idade para frequentar a educação pré-escolar (apenas é possível admitir as crianças de cinco anos e algumas com quatro anos). A construção de uma Escola Básica Integrada na Serra das Minas é encarada como uma oportunidade para a resolução desta situação e para um desenvolvimento mais sustentado. Mesmo dispondo de equipamentos informáticos nas duas EB1/JI, a sua utilização não está generalizada.

O Agrupamento revela dinamismo na captação de receitas, nomeadamente através das candidaturas ao Plano Nacional de Leitura, ao Plano da Matemática II e ao Projecto de Promoção da Saúde e Educação Sexual em Meio Escolar. As verbas excedentes das actividades de enriquecimento curricular, que a autarquia encaminha para o Agrupamento, e a cedência do espaço polivalente permitiram a aquisição de dois quadros interactivos e de cinco computadores portáteis.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

O Agrupamento tem desenvolvido estratégias no sentido de atrair e implicar os pais e encarregados de educação na vida escolar. No início do ano lectivo, os docentes titulares de grupo e de turma comunicam aos pais e encarregados de educação as iniciativas que irão dinamizar, debatem assuntos relacionados com as aprendizagens dos alunos e formas de participação, de envolvimento e de apoio da família. Os encarregados de educação são incentivados a dinamizar as actividades na sala dos seus filhos ou educandos e muitas iniciativas são abertas à sua participação, e são muito do seu agrado, sobretudo as comemorações de efemérides e as exposições temáticas.A flexibilidade dos horários de atendimento e a marcação de reuniões em horário pós-laboral possibilitam níveis de participação superiores a 75%, em ambos os casos. Nestes contactos, os encarregados de educação são informados sobre o comportamento e as aprendizagens dos alunos e, em algumas situações, acerca do modo como os devem motivar e acompanhar em casa. A informação que lhes é prestada, nessas reuniões, é, por eles, considerada como clara, precisa e adequada.

Nas duas EB1/JI estão constituídas associações de pais, bastante activas e colaborantes, que estão representadas no Conselho Geral e no Conselho Pedagógico. Realça-se como positiva a colaboração dos encarregados de educação na pintura das paredes das salas de aula.

O Agrupamento desenvolve iniciativas conjuntas com parceiros da comunidade educativa, com a finalidade de encontrar as melhores soluções para os seus problemas, nomeadamente com a Junta de Freguesia, com a Unidade de Saúde Pública e com o Centro Paroquial de Rio de Mouro, com a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento do Autismo e com a Associação Cabo-Verdiana de Sintra.

3.5 Equidade e justiça

O Agrupamento pauta-se por princípios de equidade e de justiça e mobiliza-se na procura das soluções mais adequadas aos problemas diagnosticados. É evidente o reconhecimento, por todos os elementos da comunidade escolar, de um grande empenho na inclusão de todos os alunos, independentemente da sua condição económica, social, cultural ou capacidade de aprendizagem. São disso exemplo, entre outras, a resposta educativa prestada aos seis alunos com perturbações do espectro do autismo que frequentam a Unidade de Ensino Estruturado, com uma avaliação bastante positiva, tanto por parte dos docentes, como dos alunos e dos encarregados de educação, sendo de salientar o empenho e a dedicação, tanto do órgão de administração e gestão, como dos professores e técnicos envolvidos nestes projectos, mas também a atenção que merecem os alunos com capacidades excepcionais de aprendizagem.

A preocupação com a promoção da igualdade de oportunidades e da inserção socioescolar leva a que os alunos com perturbações do espectro do autismo também frequentem as actividades de enriquecimento curricular. Destaca-se, ainda, o apoio prestado aos alunos não abrangidos pelos auxílios económicos da Acção Social Escolar, sobretudo ao nível do suplemento alimentar, quando ocorrem situações pontuais de carência.

(10)

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

Os documentos orientadores, mormente o Projecto Educativo, definem os seus objectivos, embora não os apresentem de forma calendarizada. Aquele documento estabelece metas claras, quantificáveis e avaliáveis, o que evidencia uma visão estratégica do Agrupamento. O Plano Anual de Actividades consubstancia o plano de acção para a resolução dos problemas identificados pela equipa de auto-avaliação. Estão sinalizadas áreas de excelência como, por exemplo, as actividades desenvolvidas no âmbito do Plano Nacional do Ensino do Português em que o Agrupamento conta com uma formadora residente, bem como o trabalho colaborativo entre os docentes e a resposta educativa prestada pela Unidade de Ensino Estruturado. São desenvolvidas, ainda, actividades promotoras de qualificação de adultos, concretamente, o Curso Extra-Escolar de Alfabetização que decorre na EB1/JI n.º 1, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro – Padre Alberto Neto. A Directora e a sua equipa evidenciam capacidade de mobilização da comunidade escolar, através de uma atitude dialogante, assumindo a verticalização do Agrupamento como uma oportunidade de melhoria da prestação do serviço educativo

4.2 Motivação e empenho

A Directora tem conhecimento da sua área de acção e pratica uma gestão que promove o comprometimento e a responsabilidade das diferentes estruturas do Agrupamento.

Os órgãos de direcção, administração e gestão, bem como as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica conhecem, na generalidade, as suas áreas de intervenção e sentem-se motivados e empenhados na sua acção educativa, sendo evidente a existência de estratégias concertadas e mobilizadoras de aferição e melhoria.

A assiduidade dos docentes é elevada, sendo monitorizada pelos Serviços Administrativos, em articulação com a Directora, pelo que, no último triénio, os efeitos do absentismo sobre os resultados do processo de ensino e de aprendizagem são praticamente inexistentes. O absentismo, por parte do pessoal não docente, também é baixo, razão pela qual é assegurada uma eficiente gestão nesta área, apesar dos constrangimentos referidos na vigilância dos espaços de recreio e do refeitório, face à sobrelotação escolar.

4.3 Abertura à inovação

A abertura à inovação é visível na forma como o Agrupamento se organiza para responder aos problemas existentes, nomeadamente no que respeita à flexibilização do horário das turmas em horário de regime normal, o que permitiu aumentar a frequência dos alunos nas actividades de enriquecimento curricular e a continuidade e assiduidade dos técnicos daquelas actividades, bem como a animação dos tempos de recreio. O uso da internet, mais concretamente a página Web do Agrupamento, na divulgação da informação, começa a ter algum impacto junto da comunidade educativa. No entanto, a utilização das tecnologias de informação e comunicação não se encontra generalizada e, por outro lado, a implementação da plataforma Moodle, como forma de potenciar o desenvolvimento das competências dos alunos e o trabalho colaborativo entre os docentes, constitui uma oportunidade por explorar.

4.4 Parcerias, protocolos e projectos

Para a concretização do Projecto Educativo e do Plano Anual Actividades desenvolvem-se mecanismos de cooperação, através de parcerias e protocolos, nomeadamente com a Câmara Municipal de Sintra, com a Junta de Freguesia de Rio de Mouro, com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sintra Ocidental, com a Escola Segura, com a Associação de Bombeiros Voluntários de Algueirão – Mem Martins e com a Associação Luso Cabo-Verdiana de Sintra (ACAS).

Tendo como objectivo fomentar as aprendizagens dos alunos e incrementar os sucessos académico e educativo, o Agrupamento participa no Plano da Matemática II, no Programa Nacional de Ensino do Português, no Plano Nacional de Leitura e no Programa Eco-Escolas. As enfermeiras da Unidade de Saúde Pública trabalham, em colaboração com os docentes, no desenvolvimento do projecto de Promoção da Saúde e Educação Sexual em

(11)

Meio Escolar e nos projectos implementados em cada ano de escolaridade, tais como os da saúde oral, da alimentação saudável, da higiene do corpo e do meio ambiente, da educação sexual e da prevenção de dependências. Alguns projectos de âmbito local, como Os escritores vão à Escola em parceria com a Câmara Municipal de Sintra, e o Espaço Educativo e Escolhas Saudáveis, em consórcio com a ACAS, permitem promover competências de aprendizagem e de inclusão escolares. No que respeita a uma melhor resposta a dar no campo da avaliação e do acompanhamento em psicoterapia aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, e dado que não dispõe de Serviço de Psicologia e Orientação, o Agrupamento estabeleceu várias parcerias, uma delas com a Câmara Municipal de Sintra, através da Associação Juvenil Ponte, outra com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Perturbações e Autismo e outra ainda com Junta de Freguesia de Rio de Mouro. O Agrupamento evidencia abertura à comunidade educativa através da cedência, a título gratuito, de salas para a catequese paroquial, para os Escoteiros de Sintra e do espaço do refeitório para a celebração da Missa.

O estabelecimento de parcerias e de protocolos, tal como a participação em projectos nacionais e locais permitem dar resposta às necessidades educativas dos alunos, melhorar as condições de funcionamento do Agrupamento e fortalecer a relação com a comunidade.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

5.1 Auto-avaliação

A equipa de auto-avaliação, constituída por docentes, não docentes e pais e encarregados de educação pertencentes à Assembleia de Escola, foi criada em Março de 2008. A referida equipa, entre Março e Setembro de 2008, procedeu, em fases distintas, à definição do âmbito e características da auto-avaliação, à criação e aplicação de instrumentos de avaliação (inquéritos), recolha e análise de dados e elaboração e divulgação do relatório de auto-avaliação. Em consequência dos trabalhos realizados, foram identificados pontos fracos e fortes e elaborado o Projecto Educativo do Agrupamento, com a definição clara das metas a atingir, dos objectivos, das estratégias e dos indicadores de medida e um plano de melhoria que se consubstancia no Plano Anual de Actividades, pelo que são visíveis os seus efeitos no planeamento, na gestão das actividades, na organização e nas práticas profissionais. Contudo, os procedimentos avaliativos implementados não são abrangentes e a continuidade da prática de auto-avaliação encontra-se, por delinear, tanto pela Directora como pelo Conselho Geral.

5.2 Sustentabilidade do progresso

O Agrupamento revela um conhecimento sustentado dos seus pontos fracos e fortes e concebeu, formalmente, estratégias de consolidação e melhoria, que registam uma boa adesão da comunidade escolar, mas não identifica, de forma explícita, oportunidades e estratégias para o seu aproveitamento. Os constrangimentos são assinalados como pontos fracos e foram criadas estratégias de minimização do seu impacto. Embora ainda falte a consolidação e alargamento da prática de auto-avaliação, o Agrupamento indicia, pelos mecanismos já desenvolvidos, poder vir a alcançar a sustentabilidade do seu progresso.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de Serra das Minas

(pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por:

• Pontos fortes – atributos da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos;

• Pontos fracos – atributos da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos;

• Oportunidades – condições ou possibilidades externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos;

(12)

• Constrangimentos – condições ou possibilidades externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

Existência de um bom ambiente educativo, facilitador das aprendizagens e da aquisição de competências;

Acções de acompanhamento levadas a cabo pela coordenadora dos projectos, através da realização de relatórios, com uma periodicidade trimestral, o que possibilita a sua avaliação, ainda durante a fase de execução;

Estratégias de diferenciação pedagógica para os alunos com planos de recuperação e de acompanhamento e também para os que apresentam capacidades excepcionais de aprendizagem;

Promoção efectiva das condições de segurança, através da realização de simulacros com uma periodicidade trimestral;

Promoção da igualdade de oportunidades e da inclusão socioescolar, independentemente das condições económica, social, cultural e da capacidade de aprendizagem dos alunos;

Identificação de áreas de excelência do Agrupamento, o que denota visão estratégica;

Gestão flexível dos horários de regime normal, o que permitiu aumentar a frequência dos alunos nas actividades de enriquecimento curricular;

Estabelecimento de parcerias, protocolos e a implementação de projectos nacionais e locais que permitem dar resposta às necessidades educativas dos alunos.

Pontos fracos

Diminuição, no último triénio, da qualidade do sucesso nos resultados das provas de aferição;

Frágil articulação vertical entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo e entre os diferentes anos deste nível de ensino, o que compromete a sequencialidade;

Não leccionação da área de Expressão e Educação Física-Motora, por parte de alguns professores titulares de turma, o que compromete o cumprimento do currículo;

Não generalização da utilização das tecnologias de informação e comunicação, o que reduz o desenvolvimento das competências dos alunos naquele domínio;

Falta de consolidação e de alargamento das práticas de auto-avaliação necessárias ao alcance da sustentabilidade do seu progresso.

Oportunidade

Verticalização do Agrupamento, potenciadora da gestão articulada do currículo e dos recursos humanos, materiais e financeiros.

(13)

Constrangimentos

Insuficiente número de assistentes operacionais, face à sobrelotação escolar, o que dificulta a vigilância dos espaços de recreio e do refeitório;

Carência de espaços físicos adequados que permitam a oferta universal de Apoio ao Estudo e a candidatura do Agrupamento à Rede de Bibliotecas Escolares;

Insuficiência de salas ao nível da educação pré-escolar, o que tem como consequência a existência de um número elevado de crianças em lista de espera.

Referências

Documentos relacionados

Essas informações são de caráter cadastral (técnico responsável pela equipe, logradouro, etc.), posicionamento da árvore (local na rua, dimensões da gola, distância da

O objetivo deste trabalho foi realizar o inventário florestal em floresta em restauração no município de São Sebastião da Vargem Alegre, para posterior

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que

O correu associação do estresse com os problemas de saúde, sendo que aqueles que apresentaram maior nível de estresse, se comparados aos que não apresentaram,

A Parte I focava-se nas definições, nas propriedades, nas aplicações, nos procedimentos e nos registros de representação no âmbito do paralelismo; a Parte II,

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

Coccinellids and aphids used in the feeding selectivity tests were collected in alfalfa fields, cultivar Crioula, in the “Unidade da Embrapa Pecuária Sudeste – CPPSE”,

Uma outra tendência de utilização parece ser a de publicar fotos sobre actividades de back-office, o que pode corresponder a uma estratégia de reforço e partilha da