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Impostos em espécie Irapuã Beltrão

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Academic year: 2021

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(1)

Impostos em espécie

Irapuã Beltrão

(2)

Competências dos Estados

• CREUB de 1891 –art. 9º, 1º;

• CREUB de 1934 –art. 8º, f; (máximo de 10%)

• CEUB de 1937– art. 23, e; (máximo de 10%)

• CEUB de 1946– art. 19, V; (máximo de 5%)

Emenda 18/1965 →competência da União (art. 7º), com receita líquida para formação de reservas monetárias

Imposto de exportação - histórico

(3)

• Art. 153, II da Constituição Federal;

• Art. 23 e seguintes do CTN;

• Decreto-lei n. 1578/77.

• Regulamento aduaneiro –Decreto 6759, art. 212 e seguintes

D. L. 1578: Art. 8º - No que couber, aplicar-se-á, subsidiariamente, ao imposto de exportação a legislação relativa ao imposto de importação.

Imposto de exportação – base legal

(4)

A EXTRAFISCALIDADE DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Exceções aos princípios

ANTERIORIDADE LEGALIDADE

Tributação no comércio exterior

(5)

Imposto de Importação

Vale lembrar que:

Não se aplica a regra da anterioridade e da noventena (art. 150, §1º, CRFB)

Ao Poder Executivo é facultado alterar as alíquotas (art. 153, §1º, CRFB)

E S P E C I F I C I D A D E S

Imposto de exportação

(6)

• encargo aplicado a todos ou a determinados produtos no momento da saída definitiva do território nacional.

• tributo (em regra) pouco usado no comércio internacional.

• No Brasil, a lista dos produtos sujeitos a impostos de exportação e respectivas alíquotas pode ser consultada nos anexos da consolidação das portarias Secex – atualizadas periodicamente – disponíveis no site do Ministério responsável

Imposto de exportação – contexto geral

(7)

Imposto de Importação

•exportação de livros, jornais e periódicos, e o papel destinado à sua impressão

•exportação de fonogramas e videofonogramas musicais de artistas brasileiros, produzidos no Brasil

•exportação de ouro definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial

I M U N I D A D E S

(8)

CTN - Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.

Decreto-lei nº 1578: Art.1º- O Imposto sobre a Exportação, para o estrangeiro, de produto nacional ou nacionalizado tem como fato gerador a saída deste do território nacional.

F A T O G E R A D O R

Imposto de exportação

(9)

FATO GERADOR DO IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO

ELEMENTOS

Produtos

Nacionais ou nacionalizados

Saída do Território nacional

Imposto de exportação

(10)

Saída de produtos no território nacional →Art. 23 CTN

Aspecto material

• diferente do Decreto-lei nº 37, de 1966, (imposto de importação), o Decreto-lei nº 1578 não retratava a exportação apenas de mercadorias.

• Decreto-lei nº 1578 repete as expressões constitucionais e do CTN→exportação de produtos

F A T O G E R A D O R

Imposto de exportação

(11)

Nota:

Considera-se nacionalizado o produto que tenha sido internado a título definitivo (art. 212,§1º Reg. Aduan.), ou seja, que não está sob regime de admissão temporária.

Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior

§1º Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo.

F A T O G E R A D O R

Imposto de exportação

N A C I O N A L O U N A C I O N A L I Z A D O

(12)

• O fato gerador não é o negócio jurídico da compra e venda do exportador para o estrangeiro, mas o fato material da saída de produto nacional, ou nacionalizado, para outro país.

Decreto-lei 1578: Art.1º ....

§3º O Poder Executivo relacionará os produtos sujeitos ao imposto.

Regulamento Aduaneiro - Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.

(...)

§ 2º A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto .

F A T O G E R A D O R

Imposto de exportação

(13)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. DELEGAÇÃO PARA O PODER EXECUTIVO RELACIONAR OS PRODUTOS SUJEITOS À INCIDÊNCIA.

CONSTITUCIONALIDADE.

O conteúdo da legalidade tributária consiste em reservar à lei em sentido estrito os critérios constantes da regra-matriz de incidência, os quais se reportam à materialidade, espaço, tempo, sujeição passiva e ativa, alíquota e base de cálculo.

Trata-se dos componentes estruturais da norma impositiva.

Especificamente com relação ao imposto de exportação, a definição dos produtos sujeitos à incidência é uma decisão política, excluída da reserva legal e conferida ao Poder Executivo por força do viés predominantemente extrafiscal deste tributo.

Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento.

(STF - RE 628848 ED, 1ª turma, rel. Min. Roberto Barroso, j. em 19.8.2014)

(14)

• ASPECTO TEMPORAL

• A legislação específica considera como fato gerador do imposto de exportação do registro da exportação ou documento equivalente, conforme tratamento no ordenamento.

Decreto-lei 1578: Art.1º -

§1º Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da Guia de Exportação ou documento equivalente.

Regulamento Aduaneiro - Art. 213. O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro .

Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)

(15)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. FATO GERADOR. SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR - SISCOMEX.

ERRO MATERIAL. INEXISTÊNCIA.

Exportação. Registro no sistema integrado de comércio exterior - SISCOMEX. Fato gerador. Ocorrência antes da edição das Resoluções 2112/94 e 2136/94, que majoraram a alíquota do tributo. Impossível a retroatividade desses diplomas normativos para alcançar as operações de exportação já registradas. Precedentes. Controvérsia acerca da existência de distinção entre Registro de Venda e Registro de Exportação. Erro material. Inexistência. Embargos de declaração rejeitados.

(STF - RE 234954 AgR-ED, rel. Min. Mauricio Correa, j. em 3.6.2003)

(16)

CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. FATO GERADOR:

REGISTRO NO SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR - SISCOMEX.

1. A matéria constitucional trazida pelo recurso extraordinário foi efetivamente apreciada, uma vez que os pontos nodais do acórdão recorrido situam-se sobre o fato gerador do imposto de exportação previsto no art. 153, II, bem como sobre o princípio da irretroatividade tributária, com assento nos arts. 150, III, e 5º, XXXVI, todos da Constituição da República, sendo ainda certo que a União manejou os competentes embargos declaratórios objetivando prequestionar os dispositivos constitucionais ofendidos.

2. Não é qualquer registro no SISCOMEX que corresponde à expedição do documento equivalente à guia de exportação prevista no§1º, in fine, do art. 1º do Decreto-lei 1.578/77, como determinante da ocorrência do fato gerador do tributo. Somente o Registro de Exportação corresponde e se equipara à Guia de Exportação.

3. Editada a Resolução 2.112/94 do Banco Central do Brasil depois dos registros de venda, mas antes dos registros de exportação, submetem-se as operações respectivas às alíquotas nelas fixadas, visto que tal fixação se dera antes da ocorrência do fato gerador.

Precedentes. 4. Agravo regimental improvido, prejudicado o pedido cautelar formulado.

(STF - AI 578372 AgR , 2ª turma, rel. Min. Ellen Gracie, j. em 9.2.2010)

(17)

Imposto de Importação

• ASPECTO ESPACIAL (Regulamento aduaneiro)

Art. 2º O território aduaneiro compreende todo o território nacional.

Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange:

I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:

a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;

b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e

II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

Imposto de exportação

(18)

Imposto de Importação

• ASPECTO ESPACIAL (Regulamento aduaneiro)

Art. 233. A exportação de produtos nacionais sem que tenha ocorrido sua saída do território aduaneiro somente será admitida, produzindo todos os efeitos fiscais e cambiais, quando o pagamento for efetivado em moeda nacional ou estrangeira de livre conversibilidade e o produto exportado seja:

I - totalmente incorporado a bem que se encontre no País, de propriedade do comprador estrangeiro, inclusive em regime de admissão temporária sob a responsabilidade de terceiro;

II - entregue a órgão da administração direta, autárquica ou fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, em cumprimento de contrato decorrente de licitação internacional;

III - entregue, em consignação, a empresa nacional autorizada a operar o regime de loja franca;

IV - entregue, no País, a subsidiária ou coligada, para distribuição sob a forma de brinde a fornecedores e clientes;

V - entregue a terceiro, no País, em substituição de produto anteriormente exportado e que tenha se mostrado, após o despacho aduaneiro de importação, defeituoso ou imprestável para o fim a que se destinava;

VI - entregue, no País, a missão diplomática, repartição consular de caráter permanente ou organismo internacional de que o Brasil seja membro, ou a seu integrante, estrangeiro;

VII - entregue, no País, para ser incorporado a plataforma destinada à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão contratada por empresa sediada no exterior, ou a seus módulos; ou

VIII - utilizado exclusivamente nas atividades de pesquisa ou lavra de jazidas de petróleo e gás natural, quando vendida a empresa sediada no exterior e conforme definido em legislação específica, ainda que se faça por terceiro sediado no País.

Imposto de exportação

(19)

Imposto de Importação

Contribuinte é o exportador/quem a lei a ele equiparar →Art. 27 CTN

Aspecto pessoal

art. 5º do Decreto-lei nº 1578, de 1977, repete que o contribuinte do imposto é o exportador, (qualquer pessoa que promova a saída do produto do território nacional).

→comerciante ou não,

→pessoa física ou jurídica,

→agente que pratique o ato de exportar.

S U J E I T O P A S S I V O

Imposto de exportação

(20)

▪ Consiste na operação em que o produto exportado é faturado diretamente pelo próprio produtor ao importador.

▪ Este tipo de operação exige da empresa o conhecimento do processo de exportação em toda a sua extensão.

▪ Cabe assinalar que a utilização de um“agente comercial”pela empresa produtora/exportadora não deixa de caracterizar a operação como exportação direta.

Exportação direta

(21)

Exportação Indireta

A exportação indireta é realizada por intermédio de empresas estabelecidas no Brasil, que adquirem produtos para exportá-los. Tratam-se de empresas “atravessadoras” que compram produtos para revenda no exterior ou importam produtos com o mesmo objetivo (revenda).

Poderão atuar como intervenientes os seguintes tipos de empresas:

• cooperativas de produção ou exportação (comércio);

• empresa comercial de atividade mista (que atue como importadora, exportadora e no mercado interno);

• Consórcios formados por exportadores ou produtores;

• Indústria, quando comercializar produtos de terceiros;

• Empresa exclusivamente exportadora.

Exportação indireta

(22)

Exportação via Trading Company

As trading companies, também conhecidas como empresas comerciais exportadoras, têm tratamento tributário diferenciado e as vendas realizadas para elas têm caráter de exportação direta. Dessa forma, o exportador conta com isenção de impostos e deixa de ter qualquer responsabilidade sobre a continuidade da operação. Criadas pelo decreto-lei 1.248/72, possuem registro especial concedido pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e pelo Departamento de Operações em Comércio Exterior (Decex).

Exportação indireta

(23)

Trading Company

Regulamento Aduaneiro –empresas comerciais exportadoras

Art. 228. As operações decorrentes de compra de mercadorias no mercado interno, quando realizadas por empresa comercial exportadora, para o fim específico de exportação, terão o tratamento previsto nesta Seção (Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, art. 1º, caput; e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º, § 1º).

Parágrafo único. Consideram-se destinadas ao fim específico de exportação as mercadorias que forem diretamente remetidas do estabelecimento do produtor-vendedor para:

I - embarque de exportação, por conta e ordem da empresa comercial exportadora; ou II - depósito sob o regime extraordinário de entreposto aduaneiro na exportação.

Art. 229. O tratamento previsto nesta Seção aplica-se às empresas comerciais exportadoras que satisfizerem os seguintes requisitos :

I - estar registrada no registro especial na Secretaria de Comércio Exterior e na Secretaria da Receita Federal do Brasil, de acordo com as normas aprovadas pelos Ministros de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Fazenda, respectivamente;

II - estar constituída sob a forma de sociedade por ações, devendo ser nominativas as ações com direito a voto; e III - possuir capital mínimo fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

Exportação indireta

(24)

Sujeito ativo: União Federal (Secretaria da Receita Federal)

Sujeito passivo: o exportador direto ou indireto

➢ Exportador direto: é o dono das mercadorias ou exportador propriamente dito, que realiza toda a negociação e promove o FG.

➢ Exportador indireto: o intermediário ou interveniente que promove o FG.

A S P E C T O S U B J E T I V O

(25)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO CENTRAL.

1. O art. 9º do Decreto-Lei 1.578/1977 determinava: "O produto da arrecadação do imposto de exportação constituirá reserva monetária, a crédito do Banco Central do Brasil, a qual só poderá ser aplicada na forma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional".

2. O fato de "o produto da arrecadação" ser destinado ao Banco Central do Brasil não tem o condão de fazer da autarquia sujeito ativo do imposto. A União – ente que detém a competência tributária, na forma do art. 23 do CTN – possui também a qualidade de sujeito ativo do Imposto de Exportação. Cabe a ela o dever de restituir o tributo indevidamente pago. Precedentes do Tribunal Federal de Recursos. (...)

(STJ–REsp 742481, 2ª t., rel. Min. Herman Benjamin, j. em 4.8.2009)

(26)

Alíquotas: Podem ser

1)Específicas: incide sobre uma unidade de medida–metragem, peso, volume, etc.

2)Ad Valorem: incide sobre um valor determinado (valor aduaneiro)

3)Mistas: a composição dos dois acima descritos

Imposto de exportação

A S P E C T O S Q U A N T I T A T I V O S

(27)

Depende da modalidade do FG e da alíquota aplicável →art. 24 CTN

Aspecto quantitativo

•Alíquotaespecífica: a unidade de medida adotada

• Alíquota ad valorem: o preço normal que o produto ou seu similar alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda e livre concorrência

B A S E D E C Á L C U L O

Imposto de exportação

(28)

CTN : Art. 24.A base de cálculo do imposto é: (...)

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.

Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.

Decreto-lei nº 1578 : Art. 2º A base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, mediante ato da CAMEX - Câmara de Comércio Exterior.

§1º - O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.

B A S E D E C Á L C U L O

(29)

Decreto-lei nº 1578 : Art. 2º A base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, mediante ato da CAMEX - Câmara de Comércio Exterior.

§1º - O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.

§ 3º Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e de margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições.(Incluído pela Lei nº 9.716, de 1998)

B A S E D E C Á L C U L O

(30)

Decreto-lei nº 1578 : Art. 2º A base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, mediante ato da CAMEX - Câmara de Comércio Exterior.

§1º - O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.

§ 2º Quando o preço do produto for de difícil apuração ou for susceptível de oscilações bruscas no mercado internacional, o Poder Executivo, mediante ato da CAMEX, fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração de base de cálculo.(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001)

§ 3º Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e de margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições.(Incluído pela Lei nº 9.716, de 1998)

B A S E D E C Á L C U L O

(31)

Decreto-lei nº 1578 : Art. 3º A alíquota do imposto é de trinta por cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.

Parágrafo único. Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cinco vezes o percentual fixado neste artigo.

Regulamento Aduaneiro - Art. 215. O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo.

§1º Para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior, a Câmara de Comércio Exterior poderá reduzir ou aumentar a alíquota do imposto.

§2º Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cento e cinqUenta por cento

A L Í Q U O T A

(32)

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA. ART. 153, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTRE DA REPÚBLICA NÃO CONFIGURADA. ATRIBUIÇÃO DEFERIDA À CAMEX. CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONÁRIA CUJOS LIMITES ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO.

I - É compatível com a Carta Magna a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação.

II - Competência que não é privativa do Presidente da República.

III - Inocorrência de ofensa aos arts. 84, caput, IV e parágrafo único, e 153, §1º, da Constituição Federal ou ao princípio de reserva legal.

Precedentes.

IV - Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 e às demais normas regulamentares.

V - Recurso extraordinário conhecido e desprovido.

(STF–Pleno, RE 570680, rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. em 28.10.2009)

(33)

DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA. ART. 153, §1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO CONFIGURADA. ATRIBUIÇÃO DEFERIDA À CAMEX. CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONÁRIA CUJOS LIMITES ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RAZÕES DE DECIDIR EXPLICITADAS PELO ÓRGÃO JURISDICIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. RECURSO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/1973.

1. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. Assentou o Tribunal Pleno em julgamento de mérito da repercussão geral no RE 570.680/RS: “I É compatível com a Carta Magna a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação; II– Competência que não é privativa do Presidente da República; III– Inocorrência de ofensa aos arts. 84, caput, IV, parágrafo único, e 153, § 1º, da Constituição Federal ou ao princípio de reserva legal; e IV Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior (Camex)”.

2. Inexiste violação do art. 93, IX, da Constituição Federal. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o referido dispositivo constitucional exige a explicitação, pelo órgão jurisdicional, das razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

3. Obstada a análise da suposta afronta aos incisos LIV e LV do art. 5º da Carta Magna, porquanto dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta.

(34)

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. ATO DO EXECUTIVO. MOTIVAÇÃO. MÉRITO. REEXAME PELO JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. TERATOLOGIA. INEXISTÊNCIA. LEI 9.716/1998. VIOLAÇÃO.

1. Hipótese em que o Executivo majorou para 150% a alíquota do Imposto sobre a exportação de armas e munições para as Américas do Sul e Central. Justificou adequadamente o aumento, ressaltando a necessidade de combate ao contrabando consistente no retorno ilegal ao Brasil de armamento aqui mesmo fabricado, fato de grande e notório impacto na Segurança Pública (motivação transcrita no acórdão recorrido).

2. Em harmonia com a ordem constitucional (art. 153,§1º, da CF), o DL 1.578/1977, com a redação dada pela Lei 9.716/1998, fixou a alíquota básica do Imposto de Exportação em 30% e admitiu sua redução e majoração pelo Executivo (até o teto de 150%) "para atender os objetivos da política cambial e do comércio exterior".

3. O Tribunal de origem, apesar de reconhecer a existência de motivação, julgou que a majoração não atingiu os referidos objetivos.

4. Cabe ao Judiciário aferir se o Executivo motivou adequadamente a alteração de alíquota do Imposto de Exportação e observou o limite legal, e não valorar essa motivação ou determinar qual seria a forma adequada de atender às políticas cambial e de comércio exterior.

5. Inexiste teratologia que evidencie nulidade do ato, o que impede a intervenção do Judiciário no mérito da decisão.

(STJ– REsp 614890, 2ª t., rel. Min. Herman Benjamin, j. em 20.4.2009)

(35)

Imposto de Importação

→Como regra, lançado por homologação–sistema do Siscomex

→ excepcionalmente, por declaração

→ Eventualmente, de ofício

L A N Ç A M E N T O

(36)

TRIBUTÁRIO. REGIME DE DRAWBACK. EXTENSÃO DOS BENEFICIOS FISCAIS AO IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. NÃO CABIMENTO.

AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL E PREVISÃO LEGAL

I - O drawback constitui um regime aduaneiro especial, que pode apresentar-se em três modalidades - isenção, suspensão e restituição de tributos - e é classificado como incentivo à exportação, nos termos dos arts. 1º, I, da Lei n. 8.402/92 e 382, caput, do Decreto n. 6.759/09. O incentivo consubstancia-se na desoneração do processo de produção o que acaba tornando a subsequente mercadoria nacional mais competitiva no mercado global.

II - O caso versa acerca da suspensão de tributos incidentes sobre insumos importados para serem utilizados na industrialização de couros bovinos e bubalinos, com o compromisso de futura exportação, após o processo de beneficiamento, tratando-se, portando, do denominado drawback-suspensão.

III - A Recorrente sustenta que o benefício fiscal do Imposto de Importação, que é próprio do drawback, há de ser estendido também ao Imposto de Exportação, na operação subsequente. O drawback, sendo benefício fiscal, exige previsão em lei específica para sua concessão, revelando-se inviável estender, pura e simplesmente, ao Imposto de Exportação (CF, art. 155,§ 6º, e CTN, art. 111).

IV - Recurso Especial não provido.

(STJ– REsp 1313705, 1ª t., rel. Min. Napoleão Nunes Maia, j. em 15.10.2015, DJe 8.3.2016)

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