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Eficiência energética e hidráulica

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Academic year: 2022

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Eficiência energética e hidráulica

Helena Ramos IST - 2006

(2)

2

Projectos sustentáveis

• uso racional dos recursos hídricos existentes e a satisfação das necessidades dos consumidores

• minimização do uso de energia, perdas de água e frequência de interrupções no consumo

• funcionamento hidráulico dos sistemas de

abastecimento afecta decisivamente o seu

desempenho global, tanto em termos de

eficiência como de eficácia

(3)

Sistemas de abastecimento

Novos desafios

– à medida que o nível de cobertura da população aumenta, constroem-se expansões ou reforços de sistemas existentes, em vez de sistemas totalmente novos, sendo importante avaliar o impacte das

alterações no sistema existente;

– existe uma maior consciencialização para os aspectos ambientais, que se reflecte na necessidade de

racionalizar o uso dos recursos naturais – água e energia;

– as questões relacionadas com a qualidade da água têm

(4)

4

Sistemas de abastecimento

Factores de mudança

– consciencialização da necessidade de garantir bons níveis de serviço durante toda a vida útil do sistema;

– reconhecimento das vantagens de uma visão integrada e pluridisciplinar da gestão dos sistemas (aspectos

hidráulicos, de qualidade de água, de fiabilidade, de gestão de energia e de exploração e manutenção);

– papel do cidadão/consumidor cada vez mais exigente;

entidades gestoras têm que apresentar níveis de qualidade de serviço elevados.

(5)

Sistemas hidroeléctricos

• A produção de energia é uma problemática que preocupa as entidades do sector;

• A “hidro-electricidade” é uma das resposta de como oferecer energia limpa tanto a zonas urbanas como rurais e isoladas;

• Representa um benefício ambiental importante no apoio ao desenvolvimento sustentável porque não contribui para a depleção da camada de ozono

nem para o aquecimento global.

(6)

6

Sistemas hidroeléctricos

• Integração da produção de energia nos diferentes usos da água (gestão

sustentável)

• Hidro-energia é uma fonte de energia renovável, fiável, económica, segura, que permite uma maior eficiência e descentralização da indústria;

• Enorme vantagem em não produzir emissões de poluentes na atmosfera ou de resíduos sólidos ou líquidos e por estar associado a efeitos positivos paisagísticos.

(7)

Planeamento, construção, operação, manutenção e reabilitação

• Planos de desenvolvimento estratégico

• Visão integrada

• Flexibilização da gestão

• Conservação e recuperação de energia

• Controlo de perdas

• Monitorização e identificação de zonas tipo

• Inspecção e manutenção de

(8)

8

Flexibilização da gestão

• Introdução de elementos que conferem flexibilidade de operação na crescente complexidade da gestão dos sistemas - ajustar o modo de funcionamento à

disponibilidade de recursos e às necessidades dos consumidores.

• Utilização de válvulas telecomandadas ou automatizadas que permitem alterar os circuitos da água ou ajustar as pressões ou os caudais, contribuindo para melhorar os níveis de serviço, eficiência energética ou para reduzir as perdas.

• Tipo e localização destes elementos devem ser previstos na fase de projecto, com apoio sistemático da simulação.

(9)

Aproveitamento de energia

• O custo de energia é um peso muito significativo nos custos globais de exploração

=>minimização do consumo global de energia

• Acções do tipo:

– aspectos de layout

– selecção do equipamento – manutenção do equipamento

– utilização das tarifário mais adequado

– utilização de equipamento de recuperação de energia

(10)

10

Desempenho da Flutuação da Pressão

90 92 94 96 98 100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Tempo (h)

Desempenho (%)

0 a 25% 25 a 50% 50 a 75% 75 a 100% Méd. Pond.

Análises de Diagnóstico de um Sistema de Distribuição de Água

Análises de Diagnóstico de um Sistema de Distribuição de Água

Ao nível do Desempenho – Pressões

– Flutuações de Pressão

– Velocidades de Escoamento – Perdas de Água

Perdas de Água do Sistema

0 5 10 15 20 25 30 35 40

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Tempo (h)

Caudal (l/s)

0 20 40 60 80

% Perdas

Caudal Total Caudal Consumido Perdas de Água Percentagem de Perdas

(11)

Aproveitamentos Hidroeléctricos

• Grandes aproveitamentos

• Mini-hídricas

Tunnel Intake

Powerhouse Differential

surge tank

Tunnel

Intake

Powerhouse Differential

surge tank

(12)

12

Avaliação do potencial energético em sistemas de abastecimento e drenagem

• Sistemas adutores e/ou de distribuição de água com excesso de energia ou carga hidráulica necessitam do controlo da pressão através de estruturas ou

órgãos hidráulicos dissipadores que provoquem o abaixamento da linha piezométrica

• A limitação da pressão no interior de condutas ou sistemas hidráulicos prende-se com factores de ordem económica e de segurança do respectivo equipamento

(13)

Controlo de pressões

• A uniformização e controlo da pressão:

– optimização de sistemas de bombagem

– utilização de grupos de velocidade de rotação variável – divisão da rede em zonas por patamares de pressão

(através de reservatórios ou VRP)

• As VRP são dispositivos cuja função é limitar a pressão a jusante a um determinado valor pré-definido

(14)

14

Controlo de pressão - modelação do efeito de VRP

1 8

15 22

303234363840424446

Id dos nós P ressure for each node (m) vs Time (h)

44-46 42-44 40-42 38-40 36-38 34-36 32-34 30-32

efeito controlo da pressão em sistemas de abastecimento:

Sistema sem VRP; com 5 VRPs

1 8

15 22

303234363840424446 P ressure fo r each no de (m) vs T ime (h)

44-46 42-44 40-42 38-40 36-38 34-36 32-34 30-32

(15)

Simulação hidráulica e aplicação de técnicas de optimização

• Após a simulação hidráulica, a formulação

matemática da componente de optimização é utilizada com base na seguinte função-objectivo, para minimizar a pressão e o número de VRP a adoptar:

• Os resultados permitem a cada utilizador definir onde e quantas válvulas deverão ser usadas

( ) T

t t t

N i

t i cal t

T t

i nv nv

P P nv P

nv p f

Optimize 1

2 2

1 min

min ,

,

) 1

,

( =

=

= 



+

=

(16)

16

O aproveitamento de energia

• Micro-hídricas

• Substituição de VRP por micro-turbinas ou bombas a funcionar como turbinas

– O uso de bombas a funcionarem como turbinas, dependendo das características do sistema (i.e., normalmente aplicáveis a pequenos caudais)

apresentam, de um modo geral, níveis de eficiência admissíveis. Uma bomba pode funcionar no sentido inverso (i.e., inverso ao da rotação normal de

bombagem e do escoamento), com um rendimento da ordem de grandeza do correspondente rendimento

para bombagem (Garey, 1990)

(17)

O aproveitamento de energia

• Simulação de uma VRP com Hj cont. (esq. em cima) e de uma turbina (direita)

12

(18)

18

O aproveitamento de energia

• Resposta do sistema à variação do consumo ao longo do dia

• Aproveitamento do excesso de energia disponível no sistema

sistema sem controlo, com VRP e com microturbina do tipo reacção

(19)

Caso de estudo 1 - Avaliação do potencial energético

• Análise da viabilidade de instalação de micro-hídrica a montante da ETA do Beliche – Algarve, Portugal

(20)

20

Análise do sistema

Vista da Barragem do Beliche e da tomada de água para o circuito hidráulico

O estudo de viabilidade para os primeiros 15 anos de funcionamento - ao fim de cerca de 6 anos tem-se o retorno do investimento para custo de venda de energia de 0.07 €, 20 horas de turbinagem/dia e período para manutenção da ordem dos 45 dias por ano.

(21)

n.

Fases P Hmax Preço

(kW) (m) (€)

1 2 320 6000

1 3 320 7000

1 ou 3 4 220 12000

6 220 13000

7 220 14000

10 220 18000

3+N 12 220 20000

3+N 15 220 24000

1 ou 3 6 50 18000

7 50 20000

10 50 22000

3+N 12 50 25000

3+N 15 50 34000

1 ou 3 10 240 22000

3+N 12 240 25000

2 ou 3 15 240 30000

3+N 30 240 33000

3+N 60 240 45000

Exemplo de custos e características de

micro-turbinas do tipo acção

(22)

22

Caso de estudo 2 - Solução não convencional

• Desenvolvimento de uma análise hidráulica- económico-ambiental da implantação de uma

adutora gravítica paralela à adutora existente por forma a poder desactivar a estação sobrepressora e instalar no final das adutoras uma turbina para aproveitar a carga disponibilizada no nó 123, como consequência da modificação da configuração

topológica.

(23)

Rio Lago

---

--- Adutora I

---

--- Adutora II

<=== Turbina

<=== Adutora paralela proposta

Nó 123

Solução não convencional

• Sistema adutor de transporte de água, sem constrangimentos

operacionais e semelhante ao existente, no que diz respeito à distribuição de pressões, caudais na adutora e qualidade das águas que alimentam o sistema

• O estudo propõe a construção de uma adutora paralela com 1000

mm de diâmetro, transformando o sistema hidropressor (elevatório)

L = 14 000 m L = 14 000 m D = 750 mm D = 750 mm

(24)

24

Solução não convencional

• apresentam-se, em detalhe a azul, a adutora existente (Adutora II), a adutora paralela e o posicionamento da turbina (ou bomba a funcionar como turbina); os círculos mais pequenos correspondem aos nós que serão utilizados para rastreio da qualidade da água, antes e após a implementação da proposta; os rectângulos correspondem à

identificação dos reservatórios.

Rio Lago

---

--- Adutora I

---

--- Adutora II

<=== Turbina

<=== Adutora paralela proposta Nó 123

Rio ---

--- Adutora II

<=== Turbina

<=== Adutora paralela proposta

Nó 123

VRP

120

229

269

RNV_03

RNV_02 RNV_01

189

(25)

Análise Hidráulica

Pressão 35.00 40.00 45.00 50.00 m

Pressão 35.00 40.00 45.00 50.00 m

Variação das Pressões no nó 123

44 45 46 47 48 49 50 51

0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72

Tempo (h)

Pressão (m)

Condição Original Proposta: Adutora + Turbina

(26)

26

Análise do Desempenho Hidráulico em termos de pressões

Classificação do serviço prestado : 4 – óptimo ou desejável; 3 - bom; 2 - regular; 1 – suficiente ou indesejável; 0 - insuficiente

Simulação dinâmica: Rede Original

0 1 2 3 4

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48

Tempo (h)

Desempenho ( - )

75 a 100% 50 a 75% 25 a 50%

0 a 25% Índice Méd. Pon.

Gráfico do desempenho resultante Simulação dinâmica: Rede com Adutora + Turbina

0 1 2 3 4

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48

Tempo (h)

Desempenho ( - )

75 a 100% 50 a 75% 25 a 50%

0 a 25% Índice Méd. Pon.

Gráfico do desempenho resultante Pressões nos nós m c. a.

60 35 45

20

4 3 2 1

Desempenho 0

(27)

Caso de estudo 3 - Sistemas Híbridos

• O uso de sistemas híbridos do tipo energia solar ou eólica +

hidroeléctrica, em particular em regiões isoladas aparece como a melhor solução para ultrapassar os problemas de armazenamento da energia solar e eólica que pode entrar na rede. Em regiões deficitárias de

energia instalada, o método de armazenamento por bombagem parece ser o melhor caminho para explorar o potencial eólico ou solar

disponível.

• A definição de energia produzida por sistemas híbridos só

recentemente se adoptou e espera-se que estas instalações aproveitem a vantagem da política económica que favorece as fontes de energia renováveis.

Purificação da água

Bombagem de água

(28)

28

Sistemas Híbridos

Parque eólico de 2,4 MW, central hidroeléctrica com 3 Turbinas Pelton com o total de 3,8 MW e uma central elevatória de 1 MW – espera-se que produza 23 GWh/ano sendo cerca de 1/3

devido ao armazenamento de energia hidráulica por bombagem

(29)

Sistemas Híbridos

O sistema é baseado no aproveitamento de energia que é rejeitada da produção eólica quando a produção excede o máximo que pode ser absorvido pela rede local.

Uma estação elevatória típica consiste num número de bombas idênticas funcionando em paralelo para elevar água. A energia hidráulica armazenada pode ser reutilizada para produzir energia eléctrica através de uma turbina hidráulica. Após análises de

optimização concluiu-se que a central elevatória deveria ser equipada com bombas de velocidade variável, uma vez que conduz a uma

solução mais eficiente às condições de funcionamento aumentando, assim substancialmente a energia hidráulica durante o processo de armazenamento por bombagem.

(30)

30

Sistemas Híbridos

A maior parte dos sistemas híbridos tem que ter capacidade para armazenar energia para as horas de ponta ou para horas quando as produção de energia pelas renováveis é baixa. É o caso da utilização de baterias de armazenamento para sistemas eólicos ou fotovoltaicos e o armazenamento com o auxílio de bombagem para os sistemas hidroeléctricos.

Este tipo de solução permite aumentar a flexibilidade do sistema de controlo e facilita a sua utilização utilização – podem ser usados em locais remotos

(31)

Outros critérios a adoptar

A escolha criteriosa de tarifários que promovam a bombagem durante as horas de vazio e a turbinagem durante as horas de ponta e cheia - são metodologias que conduzem a um melhor aproveitamento do recurso água e energético.

Igual aos dias da semana Igual aos dias da

semana Horas de vazio – das 23h às

9hHoras fora de vazio – das 9h às 23h

Ciclo diário

Horas de vazio – todo o dia

Horas de vazio – das 22h às 9h e das 14h às 20h

Horas fora de vazio – das 9h às 14h e das 20h às 22h

Horas de vazio – das 24h às 7hHoras fora de vazio – 7h às 24 Ciclo semanal

Domingo Sábado

Dias da semana Tarifário mais

vantajoso

(32)

32

Conclusões

• Estratégias eficazes de controlo e minimização de

pressões são boas ferramentas para a redução de fugas em redes de abastecimento de água, sem comprometer a

operacionalidade do sistema;

• O controlo da pressão por turbinas (ou bombas

turbinas) é uma solução que permite o aproveitamento de energia em excesso, que normalmente teria que ser dissipada (e.g., através de VRP ou câmaras de perda de carga);

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Conclusões

• A utilização de sistemas de abastecimento, rega, drenagem para produção de energia são soluções de baixo custo,

economicamente viáveis com caudal garantido e uma fonte de energia renovável, limpa e sem impactes

ambientais.

• A implementação de sistemas híbridos (recorrendo a formas combinadas de produção de energia: hídrica, eólica, solar, biomassa, ondas ou marés) podem aumentar

substancialmente a eficiência na produção de energia renovável do planeta.

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