SÉRGIO GAIAFI
ESTRADA DO SOL
Campina Grande – Paraíba – Brasil
ESTRADA DO
SOL
Sérgio Gaiaf
2020
Dedicatória
As meus queridos pais Amadeu Maciel de Arruda e Nancy Gaiaf Maciel (In Memoriam), pois sem eles eu não estaria aqui e aos meus amigos...
HOMENAGEM ESPECIAL
A minha irmã Maria Lúcia Gaiaf Maciel (In Memoriam). “És um eterno
poema”.
PREFÁCIO
Existe muitas maneiras de eu definir o poeta Sérgio Gaiafi, mas são através das diversas manifestações dele, em escritos, que o encontro em poesia, sua essência, pela bela definição da sua representatividade cultural, de um grito liberto como humano, por ele ser liberdade. De modo, que o poeta fala da sua essência de uma maneira expressiva porque ele é um magia sedutora em palavras existentes em ações, pois, através de sua visão lúdica, seus poemas se tornam a loucura sensata de um homem em busca das emoções pelas quais sempre o eterniza em estradas iluminadas pelo sol d’alma.
Ismael Fernandes
A arte é a expressão das nossas mais profundas
emoções.
Analice Uchôa
PRIMEIRA PARTE: ALDRAVIAS
1 Vômito Palavras
Que
Faz-me Tristeza Saudosa.
2
Sorrio Em Meio
Ao Caos D’alma.
3
Irar-me Sorrindo
Porque
Sou àquele
Tolo.
4
Metades Traduções
Poesias Em Quadras
Única.
5
Grito Minh’alma
Em Pranto
Pela Saudade.
6
Em Mim Mora
O Tigre
Azul.
7
Vales Montanhas
Bosques Lágrimas
Ventos Espera.
8
Cada Olhar
É-me Um Adeus Virtuoso.
9
Rios Lagoas Pomares
Flores
Pétalas Doação.
10
O
Silêncio Nunca
Falará Dos
Enamorados Apaixonados.
11
Querem
Enlouquecer-me Porque
Estou
Só
Amando.
12
Meu Pecado
Foi Doar-me
Por Inteiro.
13
Rezo Uma Prece
Em
Oração Silenciosa.
14
Minha Arte Pinta Retratos
Que Morrem.
15
Poderia Saber
O Curso
Desse Mar.
16
Céu Terra Vento
Mar Eu Sou.
17
Perdoar Talvez Refletindo
Calado
Cônscio Irônico.
18
Flores Nas Janelas Sobrados Descalços
Terraços.
19
Caminhos Andanças
Estradas Terra
Torrão Palavrões.
20
Escada Subida Descida
Portas Janelas
Casa.
SEGUNDA PARTE: HAIKAIS I
Pássaros voam
Lençóis balançaram,
Olhos de garça.
II
Os mares cantam Melodias em brisa
Sorrio: Amo-te!
III
Homem, caminha Uma estrada vazia
Pardais, varais...
IV
A relva selva
Névoa d’areia em mar Folhas secas.
V
O monge sorriu Partais e beija-flores
Voaram... No céu!
VI
Rosas brancas
Agulhas de tear luas Com sol de capim.
VII
Pétalas de flor Bordados coloridos
Linhas amarelas.
VIII
Estrada de sol
Homem, passos sozinho Pombos voando...
IX
Noite, alento
Dia de suspiros, beijo E borboletas.
X
Castelo de sal
Casa de gesso, molha!
Chuva cerrada.
XI
O barquinho foi
Mar a dentro, partiu...
Com andorinhas.
XII
Árvore, galho...
Balões sobem ao céu Festa junina.
TERCEIRA PARTE: PENSAMENTOS
“sou o infante que te digo: Mude de estrada, não chegue no abismo,
cairás!”
“Eu sou feliz porque não sou ódio, mas já fui raiva, hoje, penso em silêncio.”
“Cada dia é um dia, não mude o curso da sua via, caminhe...”
“Imaginei que a terra era o meu único lugar de espera, encontrei muitos lugares dentro de mim, não era terra.”
“Sou grato pela vida porque sei que há algo além dessa vida.”
“Pense que todos navegam em união, são caminhos que vão além da imaginação...Caminhe...”
“Felicidade é ter você sempre consigo mesmo.”
“O monge torna-se silêncio, e o silêncio, procura sempre o monge.”
“Somos o que mostramos em sorrisos, pois, por que há muitos
sorrisos? Talvez, imagens em retratos.”
“Sou, hoje, gratidão! Porque sei da dor que fez-me chorar e ela fez-me
liberdade.”
“Não sejam as idiossincrasias da vida. Seja apenas fascinação...”
“Eu canto em meditação, enquanto durmo sereno.”
“Evoluir é atribuir a natureza o que ela de doa em gratidão,”
“Sejamos fortaleza na paz da serena busca pela iluminação,”
“Tudo é ilusão, delusão, vidas iludidas...Sejamos busca interior,
nunca vasos vazios.”
“A poesia da tua vida fala de ti.”
“Ninguém pode ir além do permitido.”
“Na fronteira da loucura, o silêncio é elegante.”
“Sejamos nós em vez de vós em espelhos sem reflexos.”
“ Não deixe Mara tirar tua paz
interior, construa a beleza de Buda.”
“Deixe de sofrer pela angustia que vive na solidão.”
“Cante baixinho os mantras de lótus e sejam libertos das imperfeições.”
“Não existe nada difícil, existe apegos, satisfações, mundo.”
“A maneira mais nobre de caminhar é isolar-se em silêncio e amar.”
“Estou aprimorando meus passos na estrada do lobos.”
QUARTA PARTE: ESCRITOS
PERFUME DE VERÃO
I
Sou o vento revolto Dos dias ensolarados
Dos mares do sul Em balanço com vento
Brisa terna em calor De noites enluaradas
Em lua platinando madrugadas Pelo nosso amor em flor.
II
Quero sentir seu perfume de jasmim No meu corpo nadando em águas Pelo perfume do meu amado mar
A bailar pelas ondas do norte Mergulhando meus pensamentos
De amores de vinho em cores Bordados em arco-íris
Em algodão doce.
III
Quero meus lábios nos teus Beijando-o como naufrágio Em abraços molhados de suor
Sobre a luz do luar em nós Nadando pelo porto seguro Pelos caminhos de nossos corpos
Para em sombra sermos visto Pela luz das estrela.
IV
Chegastes durante a noite dormida Nos braços das estrelas em lua Pelos raios luzentes da escuridão
Que em sombra torna-se amar Pelo nossa imensa paixão Nas estradas da vida em flor Que nos perfumam com ardor
Pelo nosso eterno desejo d’amor...
V
Vejo-o pelos lagos em espelhos Tua imagem assim florida
Em vastos campos De cortinas que abre-se
Quando o tapete das folhas vivas Cobrem-me d’amor em chão
em um sol maior por ti Em espelhos em mim.
VI
Por amor doei-me em versos Rimei prosas em intrusos
Em auroras verdejantes Pelas alvoradas de chuvas Pela promessa do soletrar Palavras que chama-o de amor
Na promessa do soneto
Que te escrevi em valsa.
VII
Teus beijos molham meu corpo Que busca encontrar em mim A paz de um afeto de terra língua
Que move-se como os girassóis Que vislumbram paisagens d’amor
No serrado silvestre dos campos Abençoados pelo frio de inverno Com o som das andorinhas em flor
Bailando para nós em cor.
VIII
Sou o navegante errante dos mares Que busca o sonho no horizonte Cerrado, porém, próximo do semear O amor da alvorada em lírios jardins
Em vestes desvirginado outonos Para chegada do inverno sem fim Aos pingos de orvalho na plumagem
Do meu amado que sorri para mim Em versos de declamados poemas.
IX
Eu não sei onde errei Sei do que sei pelo erro
Do qual eu não cometi Em brisa mar em sol Que fustiga minha vida
No solar ausente
Esperando-o em carruagens Para levar-me para o céu
Onde vive os anjos.
X
A rua com suas árvores Perfuma meu corpo Que da terra nascido fui
Em amor florido guardei-me para ti Pelo amor que existe e resiste
Aos tempos infindos
Num pensar em caminhos Atravessando ruas lindas Em avenidas de sonho e paixão.
XI
Reverencio o meu mestre Com carinho e muito amor
Aprendendo que no amor Não existe apenas flor.
XII
Em minha palidez Cubro-me de orvalho Para não sentir-me alado
Quando de leve oscila Um gota de orvalho.
XIII
No oceano do meu ser Tua imagem fria Fluida em chuva Alagando-me em vento Uma tempestade silente.
XIV
Sentir-te em mim uma alvorada Cobrindo-me pelo manto do amor
Pela madrugadas das paixão Que estrelas veem em luz
O brilhar do desabrochar da flor
Que sempre nasce no pântano Com doçura e afeto
Entre nossas pernas.
XV
Entrastes no mar das lembranças Perdendo-se no oceano das recordações
E desaparecestes na névoa fria A buscar um pensamento em solidão.
XVI
A lua falou-me hoje
Das estrelas que nasceriam No meu corpo de jasmim
Perfumando as madrugadas sem fim.
XVII
Tenho-o dormindo na minh’alma Seu guardados, pertences d’amor
Pelas ternas lembranças Passadas em recordações
Que penso em ti
Nas horas que pesas em mim No resplendoroso amor sem fim
Em celestes nuvens de jasmim.
XVIII
Quero-o dentro de mim Nadando em caminhos
Perdendo-se de mim
Num fim em começo.
LUA
Oh! Vento, brisa de sol nas manhãs e nas tardinhas;
Surge a serenata em poesia;
No cruzeiro do sul as estrelas...
Envolvendo os amantes em seus ninhos;
Na espera do belo surgir da lua;
Que vestida de amor e quase nua;
Se deslumbra como as garças;
A voarem soltas, leves e livres...
Como noites que surges em odara;
Numa opala meio de sonetos;
Num puser do sol de prata e ouro;
De longe tão bela enamorada
Em baile de ondas de mar em serra;
Passeando pela brisa como serenata;
Ainda por tão dormita em céu;
Um belo musical se faz no carrossel;
A doce mocinha de um breve cordel.
TEMPO
Lágrimas estão a nadar pelo orvalho do meu ser;
Sinto-me uma lagoa de lembranças;
E nado nas belas recordações dos mais dias de lua;
Ah, como é bom sentir tua presença vivida!
Muitos não sabem do amor fraterno que existia nos poemas lidos;
Sonetos declamados em aurora vezes multiplicando-se com os dias;
Lindo tempo para sentir o doce calor da tua presença a sorrir;
Com teus olhos verdes como campinas em belas florestas...
Sou feliz com tudo que circundam-me;
Fazem tudo para levar-me ao abismo do ostracismo;
Nunca ei de sofre com a amargura dos incautos;
Lúcia , tua presença me aquece e me ensina ser alguém impoluto...
Ninguém como eu sinto o bem que tu és por não teres partido;
És o luzir celeste do céu azul;
canto em letra tudo que deixastes;
O tempo não apagará sua iluminada sombra.
AMOR ETERNO (sorrio)
Sinto e nada falo Não digo o motivo
Pelos fatos de estar bem.
Meu coração não é de ninguém Vejo-o vagando, sozinho, voando...
És vento em tempo de tempestade
Porque não me tens ao teu lado;
Estou alado, sempre, um viajante...
Espaços Vazios
Eu não ei de falar das flores
Porque estão mortas, murchas Em chão de giz.
Estou a falar para ti (irônico) Quero deixar-te ir embora
E nunca retornes aos cães.
Sou um porto que há jardins.
Estou amando a noite sem fim.
SE EU CAMINHO PELOS MONTES
Difícil ser-me-ia de pedir para amar Porque se estou só, não importa,
nunca!
Apenas vivo dos espinhos dos roseiras.
Estou morto em lágrimas de pranto.
Ser-me-ia difícil te falar dos livros
Li todos que me enviaste pelo portador
Que hoje deitou-se em páginas.
Ele leu meu livro em momento d’amor.
AGRADECIMENTO
Eu quero agradecer a todos que passam pela minha vida em mensagens de carinho, na minha vida, pois, o recanto das letras, é- me a maneira de me expressar em
meio aos ensaios dessa vida que
agradeço em poesia pela oportunidade.
Sérgio Gaiafi