Os indicadores de atividade do último mês vieram novamente aquém do esperado, o IBC-Br caiu 0,3% em setembro, na indústria houve contração em 7 dos 9 meses, já o varejo caiu 1,1%, acumulando contração de 1,7% no trimestre. De maneira geral, o cenário se mostra ruim no curto prazo e pode piorar principalmente por conta da inflação alta e possíveis elevações da taxa Selic.
No lado positivo, citamos a reabertura econômica dos serviços que pode estimular a atividade em 2022, principalmente se for acompanhada de recuo na taxa de desemprego, o que tem ocorrido nos últimos meses. Outro ponto a se levar em consideração é o preço das commodities que devem se manter valorizados.
Esperamos crescimento de 4,7% para o PIB em 2021 e 0,7% para 2022.
Atividade econômica novamente decepcionou em novembro com os dados de inflação sem sinal de alívio para os preços este ano e ausência de possível reversão dos gargalos sobre as cadeias globais.
No relatório Focus divulgado pelo Banco Central no dia 29/11/2021 a projeção da inflação (IPCA) para 2021 subiu de 10,12% para 10,15%, a projeção chegou nos dois dígitos e distante do teto da meta a ser perseguida pelo BC, de 5,25%, sendo que há um mês, estava em 8,69%. Já para 2022 avançou de 4,96% para 5,00%.
A taxa Selic foi mantida em 9,25% para 2021 e teve um aumento de 10,25% para 11,25% em 2022.
Nossas projeções também foram revisadas, agora projetamos IPCA em 10,3% para 2021 e 4,8%
para 2022, enquanto a taxa Selic fica em 9,25% para 2021 e 10% para 2022.
Textos elaborados pela área de Análise Econômica do Banco Cooperativo Sicredi S.A. A Análise Mensal completa esta disponível em www.sicredi.com.br/investimentos
Devido a uma inflação mais elevada divulgada no mês de novembro o Banco Central dos EUA (FED) se mostra mais disposto a elevar o juros em 2022, outro fator são as incertezas com a nova variante do COVID-19 Ômicron, que acentuou o fluxo de capital para economias mais desenvolvidas, com isso a nossa taxa de câmbio deve permanecer mais alta
.
Revisamos nossas projeções de taxa de câmbio para o fim de 2021 e de 2022, passando de R$
5,50/US$ nos dois anos para R$ 5,60/US$.
O dólar encerrou novembro cotado a R$ 5,62, um recuo de 0,41% em relação ao fechamento de
outubro.
No cenário local atenção voltada para a PEC dos Precatórios que abre espaço para o financiamento do Auxílio Brasil, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a proposta por 16 votos a 10, o texto volta a ser analisado em plenária na quinta-feira dia 02.
No cenário externo, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell disse que a inflação mais alta deve perdurar e que deve-se considerar uma redução na compra de títulos pelo FED, o que causaria uma desaceleração da economia para conter a inflação
Além nova variante do COVID-19, Ômicron que também trouxe incerteza e pessimismo para os mercados ao redor do globo no fechamento do mês, assim, o índice Bovespa ficou cotado a 101.915 pontos, o menor patamar em mais de um ano, recuo de 1,53% no mês de novembro e o quinto consecutivo de perdas.
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O item
“Bolsa”considera a visão da
AssetSicredi referente ao comportamento de renda variável no país e não consta na Análise Mensal completa, escrita pela área de Análise Economica do Banco Cooperativo
Sicredi S.A disponível em www.sicredi.com.br/html/para-voce/investimentos/conteudos
Na pauta de hoje vamos abordar como a alta da Selic poderá impactar na remuneração da Poupança. Será que o investimento mais conhecido dos Brasileiros se tornará mais atrativo?
Acompanhamos nos últimos meses o crescente aumento da taxa de juros, oferecendo aos investidores novas oportunidades na aplicação em produtos de renda fixa. A taxa Selic atualmente se encontra em 7,75%a.a (saímos de uma taxa de 2%a.a ainda em mar/21) e com essa mudança, a poupança, o investimento mais tradicional dos brasileiros está rendendo 0,44%a.m e 5,45%a.a.
Com o mercado projetando a Selic para 9,25%¹ a.a em dez/21, teremos mudanças na regra de remuneração da poupança.
A conhecida poupança nova, volta a ter a mesma remuneração da poupança antiga, mas na prática quais serão os impactos para os investidores e como a poupança poderá se tornar atrativa? Para esclarecermos essas dúvidas, vamos relembrar a regra da Poupança:
Com a taxa acima de 8,5% a.a a poupança passa a remunerar 0,5%a.a + TR para pessoas físicas ou 6,17%a.a. A alteração da regra de remuneração da poupança é uma forma que o Governo criou para reduzir a taxa de juros da poupança pois em um cenário da manutenção da regra atual (70%Selic + TR) utilizando a projeção de 9,25%a.a para dez/21 teríamos uma taxa ao ano de 6,47% a.a.
Se o aumento da taxa de juros se concretizar, já devemos ter também a elevação da TR (taxa referencial), ou seja, mais um fator de aumento nos rendimentos finais pagos ao investidor. Nos últimos dias já vemos a recuperação da TR, que se manteve zerada por bastante tempo desde a queda da taxa Selic.
É fato que mesmo com a perspectiva de maior atratividade da poupança, se compararmos com o cenário de taxas atual, o investidor ainda encontrará produtos de renda fixa com taxas mais altas e que podem ser mais interessantes do que a poupança como o Tesouro Selic, Letras Financeiras ou então CDB/RDC de instituições privadas. No entanto para a tomada de decisão do melhor produto para investir, temos que ter em mente qual é o tempo em que podemos manter o recurso aplicado e qual o nosso objetivo com o investimento final.
Por exemplo, se temos um objetivo de manter o recurso aplicado no curto prazo e aplicarmos em
produtos sem liquidez temos que saber que não poderemos contar com esse recurso para resgates
imediatos. Por isso, a poupança que é isenta de IRRF pode ser uma boa alternativa para aplicação desse
recurso, assim como o Tesouro Selic que mesmo contando com tributação de IRRF, também possui
liquidez diária como a poupança.
Além de vermos nos próximos meses um aumento na remuneração do produto com a mudança de regra, não podemos esquecer que a poupança possui um papel social muito importante na vida dos brasileiros, pois é através dos recursos captados que as instituições financeiras fazem o direcionamento para linhas de crédito que financiam o agronegócio e também o crédito imobiliário.
Além disso, investindo na poupança do Sicredi os associados podem receber um percentual de distribuição de resultados compatível com o valor aplicado.
Existem produtos de investimentos para todos os perfis de investimentos, o ideal é sempre termos a clareza dos nossos objetivos em relação à sua utilização e diversificarmos entre mais de um produto, dessa forma é possível compensar perdas e também aumentar a rentabilidade do capital investido.
¹Dados de projeção da área de análise econômica do Banco Cooperativo Sicredi, no mês de novembro de 2021.
²Valores simulados no período de 01/11/2020 a 01/11/2021 através da Calculadora do Cidadão:
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/calculadoradocidadao. Para a correção do valor são considerados a variação da
taxa Selic durante todo o período simulado.
Com a taxa Selic meta em 7,75%, e mais altas encomendadas em resposta a uma inflação elevada, os títulos públicos indexados à taxa Selic tiveram rentabilidade positiva no mês.
Observamos um leve ajuste nas taxas, com os investidores vendendo os vencimentos mais curtos e comprando vencimentos mais longos, em busca de uma rentabilidade maior, contudo, vemos esse movimento com naturalidade e mantemos nossa visão positiva para o segmento.
Apesar da volatilidade de novembro em diversas classes de ativos diante do impasse fiscal envolvendo a PEC dos Precatórios, os ativos de baixo risco de crédito se mostraram resilientes e tiveram ajustes de menor magnitude em suas taxas.
Estamos bem alocados e com um bom carrego para o mês, permanecendo líquidos para aproveitarmos oportunidades pontuais. Temos uma visão neutra para o mês diante do exposto.
Com o IPCA atingindo 10,67% nos últimos 12 meses, puxado por alta nos combustíveis e choques de oferta, as posições vinculadas a inflação apresentaram um ótimo desempenho, o que trouxe rentabilidade para a carteira.
Além disso, as posições em crédito também influenciaram positivamente a rentabilidade do produto. O
movimento de alta da taxa Selic, segue trazendo uma dinâmica positiva no segmento, com investidores
migrando de posições com maior risco para investimentos mais alinhados à renda fixa tradicional. Com isso,
o produto superou o CDI.
Novembro foi um mês positivo para os produtos devido ao cenário de inflação forte, tendo atingido 10,67% nos últimos 12 meses (fechamento de outubro) e 10,73% no IPCA-15 de novembro, observou-se uma recuperação significativa das perdas observadas nos últimos meses, tendo o benchmark encerrado o mês com valorização de 3,47%.
Na esfera política, passado o momento turbulento em relação ao aumento do teto de gastos, bem como aprovação da PEC dos Precatórios pela Câmara dos Deputados e processo de votação no Senado, contribuíram para acalmar o mercado.
As contas públicas seguem mostrando desempenho positivo, mas a eleição que se aproxima e os desafios com a pandemia podem prejudicar este ciclo.
O mercado segue precificando uma taxa de juros em dois dígitos, no curto, médio e longo prazo, patamar contracionista no curto prazo e que embute prêmios nos ativos mais longos. Contudo, diante do bom desempenho das contas públicas no curto prazo e com a possibilidade de acionar o estado de calamidade mais distante, dado o andamento da aprovação da PEC dos Precatórios, proporcionaram redução na percepção de riscos, que se traduziu em queda nas taxas de juros, e refletiram em bom desempenho dos ativos em carteira.
O IRF-M 1 encerrou o mês com 0,79% e o IRF-M com 1,79%, tendo os produtos apresentado uma performance muito semelhante ao benchmark.
Com o IPCA atingindo 10,67% nos últimos 12 meses, puxado por alta nos combustíveis e choques de oferta, as posições atreladas a inflação agregaram rentabilidade à carteira, detínhamos posições de curto e médio prazo, as quais foram beneficiadas por uma aceleração dos preços na ponta, bem como por uma suavização das curvas de juros futuro, o que beneficia especialmente posições com maior prazo médio.
Além disso, o andamento da PEC dos Precatórios, com os processos de votação em curso, e discussões menos
acirradas, contribuíram para uma redução dos juros futuros, ainda que o olhar sobre o teto dos gastos públicos
permaneça.
O fundo Sicredi Schroders Multi Classes apresentou uma performance acima do benchmark no mês de novembro, com contribuições positivas nos mercados de renda fixa, crédito e valor relativo, enquanto os mercados de moedas e renda variável tiveram contribuição negativa.
O cenário local continua desafiador, com uma desaceleração econômica cada vez mais visível se juntando à persistência das pressões inflacionárias, o que aumenta ainda mais o desafio do Banco Central em relação ao grau de aperto monetário a ser adotado.
Nas estratégias de renda fixa, aumentamos as posições aplicadas em vencimentos curtos e intermediários de juros nominais e mantendo nos vencimentos intermediários de juros reais. Nas estratégias de moedas, zeramos nossa posição vendida no dólar em relação a uma cesta de moedas emergentes (incluindo o Real), nas estratégias de renda variável continuamos com uma exposição pequena em bolsa e a posição de valor relativo entre o Real e a bolsa. De forma geral estamos voltando a aumentar gradualmente o nível de risco, privilegiando por enquanto posições em renda fixa que acreditamos possuírem um prêmio relevante dentro de um cenário de desaceleração econômica mais pronunciada, pressões inflacionárias ainda intensas mas começando a se dissipar gradualmente, e deterioração fiscal relativamente limitada. Na carteira de crédito compramos LF Bradesco e VIX Logística, e vendemos Alupar, Anhanguera-Bandeirantes, CCR, MRV, Natura, JSL e Cosan.
Neste contexto, o fundo fechou o mês com performance absoluta positiva de +0,69% (118% CDI), acumulado 2021 de 4,97% (147% CDI) e em 12 meses de 5,55% (138% CDI).
Em novembro os mercados locais passaram por certa acomodação, depois de expressiva deterioração, tentando assimilar o tamanho do desgaste em nossa credibilidade fiscal. O imbróglio com a PEC dos Precatórios continua e ainda há temor com novas medidas populistas adentrando no ano de Eleições.
Na economia, as projeções de inflação continuam piorando, o que deve levar o Banco Central a uma Selic terminal mais alta, e eventualmente, até uma aceleração do aumento já na próxima reunião. Nesse ambiente, as perspectivas de crescimento para 2022 caminham para recessão.
Nesse momento, optamos por uma alocação de risco baixa e através de atuações táticas, além da continuidade da carteira de crédito. Assim, o fundo apresentou desempenho de 0,67%. No ano, bastante complicado para os ativos locais, o retorno é importante, de 5,34%, 171bps acima do benchmark.
Tendo em vista o rápido aumento de preços ao consumidor nos EUA, o FED (Banco Central americano) indicou uma tendência à diminuição dos estímulos monetários, isto é, aumento na taxa de juros e uma postura mais forte contra a inflação.
Contudo, a descoberta de uma nova variante do Coronavírus chamada de Ômicron, que balançou os mercados ao redor do mundo, pode prorrogar a retirada de estímulos da economia americana, visto que a recuperação econômica mundial pode ser interrompida por uma nova onda da pandemia.
Em meio a um período de tantas incertezas, a bolsa americana encerrou o mês cotada a 4.567 pontos, uma
queda de 0,83%.
O fundo teve resultado negativo com perdas em Bolsa e em Renda Fixa. Em Bolsa, as perdas vieram das posições compradas em Indústria e Transportes. Tivemos ganhos, por outro lado, em posições relativas em Consumo Discricionário. Em Renda Fixa, as perdas vieram de posições tomadas em juros nominais nos Estados Unidos, no México, na Polônia e na África do Sul. Tivemos ganhos em posições compradas em inflação curta no Brasil, vendidas em Euro contra o Rublo Russo e compradas em índices de crédito de empresas americanas.
O surgimento da variante Ômicron tornou-se o foco das atenções em um mês dominado por discussões relacionadas à alta inflação ao redor do mundo. O FED iniciou seu processo de redução de compras de ativos e deixou em aberto a possibilidade de ajustar o ritmo da redução. Ainda, o Presidente do FED reconheceu que a inflação deveria deixar de ser classificada como transitória. No Brasil, a bolsa prolongou o movimento de baixa visto nos últimos meses enquanto o mercado de juros teve alívio após uma grande reprecificação no mês anterior. Os dados de inflação continuaram a surpreender o mercado com os núcleos rodando em níveis incompatíveis com o cumprimento da meta.
O Ibiuna Long Short STLS apresentou retorno de +4,65% no mês de novembro/21. O principal destaque positivo ficou no setor financeiro, com posições em empresas de serviços financeiros. O setor de energia também apresentou retorno positivo, com destaque para posições em empresas petrolíferas.
O cenário doméstico ainda continua bastante turbulento, com dúvidas relevantes em relação ao crescimento econômico no ano de 2022 e ao nível de taxas de juros necessárias para conter o atual movimento inflacionário.
As negociações para a aprovação, agora no Senado, da PEC dos Precatórios continuaram em novembro. Desta forma, as incertezas em relação à dinâmica de gastos públicos prosseguiram aumentando no decorrer do mês, afetando negativamente todos os ativos brasileiros. Mesmo com a aceleração do ritmo de aumento de juros promovida pelo Banco Central no fim de outubro, as expectativas de inflação e crescimento continuam se deteriorando para 2022. Finalmente, a vacinação contra o coronavírus continua em ritmo para atingir 70% da população completamente vacinada ao fim de 2021, o que nos dá alguma tranquilidade em relação a novos surtos no Brasil.
Em relação às nossas carteiras, continuamos preferindo empresas com melhor posicionamento estratégico e menor exposição ao cenário doméstico mais desafiador nos próximos trimestres. Dessa forma, aumentamos nossas posições em Tim S.A. (TIMS3) por acreditarmos ser o melhor ativo para capturarmos o novo cenário do setor de telecomunicações. A empresa não só negocia com desconto de valuation para seus concorrentes diretos , mas também é o melhor veículo para receber as sinergias referentes a compra de parte dos ativos da Oi Móvel.
Também gostamos de Armac Locação, Serviços e Logística S.A. (ARML3), empresa recém listada em bolsa do setor de locação de máquinas e equipamentos pesados. A companhia apresenta um dos maiores crescimentos esperados de todo nosso universo de investimento, baseado completamente em suas vantagens competitivas e proposta única de valor aos clientes.
Ainda, enxergamos BB Seguridade (BBSE3) como uma das companhias melhor posicionadas para capturar a tendência atual de rápido aumento de juros e uma esperada desaceleração inflacionária, em conjunto com a convergência dos principais índices de preços (IPCA e IGP-M).
Por fim, mantivemos nossa posição em Petrobrás (PETR3 e PETR4) por continuarmos vendo uma assimetria
positiva expressiva para as ações da empresa nos próximos meses.
Em novembro, o índice Ibovespa teve um desempenho negativo em -1,53%, enquanto o fundo superou o índice de referência em 26 pontos-base.
Ao longo do mês, mantivemos a redução em companhias de exposição ao crescimento cíclico doméstico, e aumentamos a exposição em empresas de crescimento estrutural, financeiro e commodities. Semelhante ao mês anterior, continuamos esperando um pico de inflação nos próximos meses, o que geralmente é um fator positivo para as ações. Nosso desempenho devem-se as posições do índice em Banco do Brasil e Energisa, bem como a posição abaixo do índice em JBS. Os principais detratores foram Magazine Luiza e B3. Durante o mês reduzimos nossas posições em Dexco e Petrobras, zeramos a posição de Ambipar, adicionamos posição em Itaúsa ao portfólio e aumentamos nossa posição em BR Malls.
Neste contexto, o fundo fechou o mês com performance de -1,37%, acumulado 2021 de -16,73%, e em 12 meses -8,86%.
O fundo apresentou rentabilidade de -6,95% no mês, -542 bps versus o benchmark. As posições que mais agregaram para o desempenho relativo foram: na ponta positiva, LIGT3, NEOE3 e USIM5. Na ponta negativa, NTCO3, RRRP3 e VVEO3.
LIGT3 e NEOE3 são duas empresas do setor elétrico que sofreram muito no ano e que, devido à crise hídrica, estavam negociando a múltiplos muito baixos. Agora que as chuvas estão mais favoráveis e a situação não é mais alarmante, o setor corrigiu as quedas anteriores.
USIM5 respondeu de forma positiva após grande desvalorização que acompanhou a queda do minério de ferro que aconteceu nos últimos meses.
A NTCO3 divulgou um resultado ruim no mês de novembro. As sinergias com Avon não foram capturadas no tempo esperado, postergando o crescimento da empresa, e as margens foram muito pressionadas pela inflação de matérias primas.
RRRP3 sofreu no mês com a queda forte do petróleo após a descoberta Omicron e grandes economias diminuindo suas reservas estratégicas.
VVEO3 a ação sofreu por ter uma liquidez mais baixa e alguns dos acionistas estarem sofrendo resgates fortes, ocasionando vendas forçadas.
No Brasil, a evolução da PEC dos precatórios é o centro das atenções, que foi aprovada na CCJ e agora será votada no plenário. Para as eleições de 2022 os partidos começaram a testar possíveis candidatos a disputar como 3° via, mais especificamente Mouro e Dória. Por fim, a aceleração da alta dos juros começou a surtir efeitos mais claros na economia, como a inflação que faz pico de crescimento e o real superando seus pares emergentes.
As maiores posições setoriais relativas ao benchmark são: Saúde, Elétricas & Saneamento e Óleo & Gás.
Ao compararmos com a carteira de outubro/2021, aumentamos a exposição em Petróleo (Petrobras) e
elétricas & Saneamento (Neoenergia e Light); e diminuímos a exposição em Saúde (Blau) e Telecom & TI
(Locaweb).
O SulAmérica Selection investe seus recursos em carteira concentrada de ações através de gestão ativa, baseada em análises fundamentalistas. Objetivando obter liquidez e maximização das posições de empresas abertas, com alta perspectiva de crescimento no contexto da economia brasileira. Em novembro o Selection performou negativo, fechando em -4,53% no mês, contudo, acumula alta de 2,59% em 12 meses. Novembro foi um mês novamente negativo para o Ibovespa, o quinto consecutivo de perdas. A nova variante do COVID- 19, Ômicron trouxe incerteza e pessimismo para os mercados ao redor do globo o que causou aversão a risco para o mercado de ações.
Em novembro, o Fundo obteve um retorno de +1,16% vs. -1,53% do Ibovespa. Como destaque positivo, mencionamos o bom desempenho da nossa investida no setor de Telecomunicações. Isso se deu em função da aprovação, com poucas restrições, da compra da Oi Móvel pela Superintendência Geral do CADE.
Em contrapartida, uma de nossas investidas no setor de Bancos foi a maior detratora do Fundo no mês.
Embora tenha apresentado um resultado trimestral positivo, a ação da companhia teve uma performance abaixo do índice, fruto de um viés mais conservador que a empresa relatou em relação ao ano de 2022.
Acreditamos, entretanto que, mesmo com um cenário macroeconômico mais desafiador, o ano de 2022 deve ser um bom ano para o setor.
Ainda continuamos vendo o mundo com muita liquidez, juros baixos e uma recuperação econômica em andamento. No Brasil, apesar da inclinação da curva de juros e da maior volatilidade, o mercado de ações apresenta um prêmio alto, refletindo a expectativa de crescimento de lucro das empresas. Vale ressaltar que o spread entre o Dividend Yield da carteira e a taxa real de juros continua atrativo.
Atualmente, nossas maiores exposições estão nos setores de Eletricidade, Óleo & Petroquímico e Banco.
Novembro foi um mês de boa performance para as ações da Petrobras, que tiveram valorização na casa dos
8%. Os preços do barril de petróleo tiveram queda significativa e o petróleo tipo brent encerrou o mês
cotado abaixo dos US$ 70, redução considerável em relação ao mês anterior. A OPEP+ ainda está avaliando
qual o impacto da nova variante do Coronavírus nos preços do petróleo e quais ações serão tomadas. O bom
desempenho das ações foi pautado principalmente pelas notícias da empresa, que comunicou a expectativa
de pagar US$ 60 bilhões ou mais em dividendos entre 2022 e 2026.
Em novembro vimos um movimento de queda até o meio do mês da moeda americana, que se reverteu e levou a quase anular as perdas no final do mês.
A situação fiscal do Brasil ainda está delicada, e foi somado aos dados negativos quanto ao crescimento econômico do país, que acenderam o sinal de alerta e corroboram o movimento.
No cenário externo, o presidente do Banco Central Americano, Jerome Powell, declarou que
a inflação pode não ser transitória e deixou em aberto uma possível discussão sobre a
antecipação do fim do processo de redução de estímulos. Diante disso, o produto fechou o
mês com rentabilidade de 0,54%.
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Projeções Econômicas elaboradas pela área de Análise Econômica do Banco Cooperativo Sicredi S.A;
3
PIB até o fechamento do 1º trimestre de 2021;
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Considerado o IPCA acumulado até o fechamento do mês anterior a referência (agosto/21);
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