• Nenhum resultado encontrado

PROFISSÃO: PROFESSOR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROFISSÃO: PROFESSOR"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

PROFISSÃO: PROFESSOR

Andréia Taiza Sandri Machado1 Justina Inês Marchesi Riboldi2 Vivian Riboldi3 Simone de Oliveira Emer 4

Resumo

Os profissionais da educação encontram-se em situação de alerta. È necessário que a sociedade reflita sobre a dramática situação desses heróis da educação. Partindo deste princípio, com o título “Profissão:

Professor”, este trabalho tem como objetivo identificar a real situação dos educadores frente a sua profissão, os problemas que vem enfrentando a fim de constatar as causas da desmotivação favorecendo a valorização dos educadores. Como metodologia de pesquisa criou-se um questionário para ser aplicado aos professores na Escola Estadual de Ensino Médio Maranhão e Escola Municipal de Ensino Fundamental Demétrio Moreira da Luz na cidade de São Marcos. Estabelecendo-se uma amostra de 30 entrevistados. Ao interpretar os dados coletados foi possível identificar que apesar de todos os problemas o educador procura desenvolver um bom trabalho e que são muitos os entraves existentes dentro desta profissão. A falta de valorização da sociedade foi um dos maiores problemas citados pelos entrevistados.

Os professores na maioria demonstraram-se receptivo as constantes mudanças para melhoria da educação Ao mesmo tempo grande parte dos profissionais entrevistados sente-se estressados. Apesar das dificuldades encontradas e das condições adversas percebeu-se que os professores realizam trabalhos valiosos. Para analisar os dados coletados procurou-se refletir e confrontar as falas dos educadores com as políticas educacionais vigentes.

Palavras-chave: Professor, Profissão, Educação.

INTRUDUÇÃO

As reflexões que se pretende abordar neste texto foram produzidas por duas professoras da rede municipal e estadual de ensino de São marcos/RS durante o curso de extensão: “Escola e Pesquisa: um encontro possível”, ministrado pela professora Nilda Stecanela, no decorrer do ano de 2009. A iniciativa de realizarmos uma pesquisa de opinião com as professoras da rede estadual e municipal, sobre a profissão do professor, surgiu por observarmos as nossas falas e a das colegas relatando insatisfação e desânimo durante seu trabalho.

Com o título “Profissão: Professor”, o trabalho tem como objetivo principal identificar a situação dos educadores frente a sua profissão a fim de constatar as causas

1 Professora da Rede Municipal de Ensino de São Marcos, Licenciada em Pedagogia Séries Iniciais do Ensino Fundamental pela UCS/RS.Pós –Graduada em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco/PR.

2 Professora de séries iniciais na Escola Estadual de Ensino Médio Maranhão e da Educação de Jovens e Adultos na escola Municipal de Ensino Fundamental Demétrio Moreira da Luz, em São Marcos.

Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Gestão,supervisão e Orientação.

3 Acadêmica do curso de Química da UCS/RS.

4 Professora do Ensino Fundamental da área de História da rede municipal, professora do Curso de Administração e Contábeis da Faculdade da Serra Gaúcha na disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica, pesquisadora da Ação Educativa e IBOPE e Mestrando da área da Educação na linha de pesquisa de Informática Educativa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

(2)

da desmotivação favorecendo a valorização dos educadores. Esta pesquisa proporcionou um olhar reflexivo sobre os problemas que o professor vem enfrentando no desempenho de sua função, a desvalorização profissional e as características de suas práticas pedagógicas.

A pesquisa proporcionou uma profunda reflexão sobre os maiores problemas que os profissionais da educação enfrentaram no dia-a-dia de seu trabalho, como organizam seu projeto pessoal de trabalho e qual a metodologia utilizada. Permitiu também uma análise a respeito do que mais o desmotiva no trabalho e quando se sente estressado, quais os fatores que contribuem para que isso ocorra. Possibilitou refletir sobre como seria a escola que os educadores gostariam de trabalhar e como ela seria organizada.

1 O EDUCADOR

Poder refletir sobre a realidade da profissão de professor e preciso mergulhar nas inúmeras e diferentes informações que podemos colher a respeito do assunto.

É constante na sala dos professores ouvir comentários que demonstrem a insatisfação de grande parte destes profissionais. É de urgência social discutir as práticas que favorecem para que o professor se sinta bem no desempenho de sua função de formar cidadãos autônomos e conscientes dos seus deveres.

A nível Municipal, Estadual e Federal fala-se muito em qualidade na Educação dando ênfase na melhoria dos prédios escolares, no transporte escolar, na merenda das crianças, no fornecimento do livro didático para o aluno, tudo pensando no bem estar dos mesmos.Como fica o professor?O que realmente as políticas educacionais vem pensando para o bem estar desses profissionais?

Nas últimas décadas tem-se acompanhado inúmeras mudanças na educação, pode-se até dizer uma revolução. A escola acabou por agregar funções que por sua vez seria da família e agora se concentra tudo nesta frágil instituição. O poder público investe altamente na educação, escolas equipadas, acervos bibliográficos, tecnologia avançada, transporte escolar, merenda e acredita que seja tudo para alcançar a sonhada qualidade na educação.

E o professor como fica nesta situação? Finalmente a sociedade começa a indignar-se com a situação dessas heroínas do ensino, que dedicam a vida a educar crianças e merecem por isso gratidão de toda comunidade. Já se lia na Revista Cláudia

(3)

(1996, p.196)” O professor tem a missão de transformar a sociedade. É o personagem principal da educação, única via de acesso à integração social para todos nós e única porta de saída da miséria para as camadas mais pobres da população”. Baseado nisso, não é suficiente o que vem sendo feito até agora para melhorar a educação. As medidas tomadas até então só agravaram mais a situação do povo brasileiro. Todas as leis, todas as novas metodologias, todos os livros, computadores, todos os prédios e todas as verbas governamentais estão sendo inúteis, pois na sala de aula não estamos tendo a presença, inteira e motivada de quem é a única via de acesso a integração social – o professor.

Quem cabe conhecer e conduzir bem os alunos pelos caminhos do saber e contribuir para a formação do cidadão, está esquecido pelas salas de aula restando-lhe apenas deveres – cumprir dias letivos, preencher papéis, bem avaliar o aluno, ensinar, ensinar...como se fosse um robô, sem sentimentos, sem sonhos, sem valorização, sem respeito – uma simples máquina que deve apenas produzir.

Recentemente pesquisa publicada no Pioneiro, 3 de junho de 2009, apontam que educadores estão atuando no limite, estão estressados. Através desses dados podemos reafirmar que é necessário se voltar um olhar diferenciado e especial para a peça chave da educação – o professor. Ele que tem necessidade de formar e manter constantemente firme uma personalidade segura e complexa.

Quando a sociedade valorizar e cuidar do bem estar dos educadores se poderá afirmar que a educação estará caminhando rumo a verdadeira qualidade o que mudará os rumos de toda sociedade.

2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA

Ao iniciar a interpretação dos dados coletados percebemos que o que parecia um pequeno projeto tornou-se algo muito significativo e merecedor de profundas análises.

A questão “ Qual disciplina que você leciona nesta escola?” , teve como objetivo relacionar o tipo de disciplina com a atuação do professor.

(4)

2.1 PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO PROFESSOR

Questionamos os entrevistados a respeito dos maiores problemas que o professor enfrenta hoje em dia. Avaliando os resultados verificou-se que em primeiro lugar estava a desvalorização da sociedade, seguido da falta de respeito por parte dos alunos em relação aos professores no dia a dia em sala de aula relacionado a falta de limites por parte da família. Depois a falta de vontade de estudar e realmente aprender, mesmo diante de diferentes oportunidades proporcionadas a os alunos. Disseram também que a falta de material didático, recursos, o descaso dos governantes para com a educação, a má remuneração que gera a falta de respeito são os principais problemas que enfrentam hoje em dia.

Perguntamos qual o tipo de atitude da direção favoreceria o trabalho do professor. As respostas foram as seguintes: ”Atitude e pulso firme”. “Maior apoio da direção para com os professores”, “Valorizar o trabalho dos professores e acreditar neles”. “Ouvir os professores em suas dificuldades e dentro do possível tentar amenizá- las”.” Estar mais a par da realidade vivida em sala de aula ou seja conhecer o fazer pedagógico, pois geralmente quem ocupa os cargos de direção já permanece por muitos anos, o que o torna um desconhecedor da prática de sala de aula”. “Dar mais atenção aos apelos do professor”.” As direções tentam achar soluções para ajudar os professores, mas eles estão de mãos atadas diante de algumas atitudes ( pais e sociedade)”.”A proximidade com os professores”.”Contribuir para que o professor desempenhe o seu papel”.”Junto ao lado, a favor do professor, apoiar o professor nas decisões sobre os alunos”.” A direção apoiar os professores perante os pais e os alunos”.”Ter um grupo de trabalho mais unido, abertura para questionar e opinar em algumas situações”.”Proporcionar mais reuniões com os pais, palestras para alunos no intuito de despertar neles a valorização do profissional – professor. E talvez ajudasse com os alunos maiores um disciplina, regras mais rígidas”.Três não responderam a pergunta.

Importante ver que os professores veem no diretor alguém que os fortaleceria para enfrentar os desafios, as pressões. Querem apoio ajuda e compreensão como lembraram vários deles na entrevista.

O ideal seria que pudessem apoiar-se fortemente na direção. Acredita-se que as direções colaboram muito para o bem ou mal estar do professor na escola, pois vários se sentem desamparados com pouco ou nenhum apoio.

(5)

2.2 PROFESSOR E PRÁTICA PEDAGÓGICA

Outro questionamento feito aos professores foi quanto a metodologia presente em seu projeto pessoal. Conforme as respostas obtidas, grande parte dos professores faz uso, em seu projeto pessoal docente, de aulas expositivas, com explicações, diálogos e debates e está buscando uma educação engajada, crítica, mais enfocada na realidade de cada aluno. Há o despontar de um educador que está tentando educar para transformar, educando para a cidadania e não educar para disciplinar, para aprisionar, para limitar. E embora se perceba o uso de aulas expositivas, o que disse um professor resume o pensamento dos outros: “uso aquela onde o aluno constrói, seus próprio saberes, levo-os a pensar, a questionar”.

A prática pedagógica é um dos elementos fundamentais para o fazer do professor. Sentimos a necessidade de que estes professores “tenham” os saberes necessários à prática educativa, pois todo o professor sonha com aulas melhores, escolas melhores e ele é responsável por estas mudanças.

Daí a importância de as escolas preocuparem-se com a formação do professor apesar de todos serem graduados e pós-graduados em suas áreas. “Há necessidade de formação do formador”.

2.3 VISÃO IDEAL DE ESCOLA

Quando o professores foram questionados a respeito de qual seria a escola dos sonhos e de como ela poderia estar organizada, foram significativas as seguintes respostas: “Aquela onde os alunos aprendem , s e querem bem. Organizada de forma a fazer felizes os alunos e os professores”. “ De uma maneira que os alunos viessem para a escola para aprender; já saíssem de casa motivados e não a professora ter de fazer esta parte também”. “Salas preparadas com materiais diversos para cada disciplina”.” Acho que não existe escola dos sonhos. O que é bom para um pode não ser bom para outro.

Uma escola boa é aquele que cumpre com a sua função que é ensinar, orientar e ajudar a formar cidadão”.”Com certeza a escola dos sonhos é a escola da ponte”. “Que fosse pacífica que tivesse paz onde todos se sentissem bem”. “Dar aula para alunos que tenham vontade – “O problema são os alunos que vem obrigados”. “Para mim , com espaço físico amplo e material diversificado para todos os professores”. “A escola atual me serve, precisa apenas de alguns poucos ajustes, tais como horários e número de

(6)

alunos”. “Aquela onde os alunos respeitassem, tivessem motivação e houvesse retorno financeiro sem tanta sobrecarga de trabalho”. “Aquela em que os pais já educaram os filhos e eles nem vão para adquirir conhecimentos sem ser a escola a responsável por dar-lhes valores e limites. Também os governantes dar mais valor a educação”. “Família e escola trabalharem juntos”. “Que todas as crianças fossem respeitados e amados, mas também que todos os alunos tivessem respeitos e vontade”. “ É ela estar adequada tanto com recursos físicos e humanos o mais preparado possível para as mudanças”. “Aquela onde alunos e os professores caminham na mesma direção, tem os mesmos objetivos, organização, conforme o PP da escola e suas necessidades”. “Aquela que realizasse os interesses dos docentes, discentes e comunidade escolar. Em qualquer lugar. No coração e na mente de quem a idealizar e faz seu ideal se concretizar”. “A união dos professores em torno de um mesmo objetivo”. “Seria a escola que ouvisse o professor que se organizasse junto ouvindo criticas, opiniões e sugestões”. “Uma escola onde o professor pudesse usar sua própria maneira de dar aula, aquela que se sente mais preparado, sem que tantas pessoas dessem opiniões”. “Uma escola mais consciente e justa. Onde direção, professores e funcionários trabalhassem em equipe para desenvolver uma educação de qualidade”. “Só com alunos da Escola Infantil a 4ª série, com pátio amplo”.

“Gostaria de uma escola com mais materiais pedagógicos, com professores distribuídos por áreas, inclusive com os alunos pequenos da pré-escola, até as séries iniciais do ensino fundamental, seria ótimo uma escola que tivesse laboratórios não só de ciências, mas por exemplo, uma cozinha para serem feitos receitas, sala de artes...

(7)

2.4 PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

6. VOCÊ CONHECE O PP DA ESCOLA?

15

5

2 0

2 4 6 8 10 12 14 16

SIM NÃO EM PARTE

ENTREVISTADOS

Como se pode ver, 68% dos professores conhece o Projeto Político Pedagógico da escola, enquanto 22%, responderam que desconhecem e 10% conhecem em parte.

7. O Projeto Político Pedagógico é a expressão das intensões da escola. Você leva isso em consideração ao fazer o seu projeto pessoal de

trabalho e isso se reflete nas sua aulas?

5 5

12

0 5 10 15

SIM NÃO EM PARTE

Entrevistados

(8)

Assim, 22% admitem que não levam em consideração o Projeto Político Pedagógico da escola e 54% só em parte provavelmente suas aulas são desvinculadas do objetivo comum da escola.

Estes estão desprotegidos do “avental” que protegeria suas idéias e a pessoa do professor, segundo Içami Tiba, no livro “Ensinar aprendendo novos enigmas”, p. 135.

este avental que os professores de uma escola devem vestir deve conter os padrões e objetivos da escola. Todos os professores devem participar de sua confecção juntamente com a direção e coordenadores e a escola que confecciona o se “avental”, terá uma organização própria caracterizada pela integração das opiniões e aprovação de todos os professores. No avental estará a contribuição de cada professor, portanto não lhe será estranho o uso.

Não iremos muito longe se ficarmos discutindo, metodologia de ensino de forma isolada. Um dos pontos mais enfatizados pelos professores nas escolas é a falta de uma linha comum de atuação, onde todos tenham a “mesma linguagem”.

O porquê de 22% dos professores desconhecerem o Projeto Político Pedagógico e 10% conhecerem só em parte e 22% não levarem em consideração ou só levarem em consideração em parte, é tema para uma outra pesquisa ou para trabalho de conscientização.

Já. 22% dos professores responderam que levam em consideração.

2.5 PROFISSÃO PROFESSOR

8. Está receptivo(a) a novas ideias sobre o processo ensino aprendizagem, sobre a melhoria

da educação?

18

4 0

5 10 15 20

SIM NÃO EM PARTE

Entrevistados

(9)

Como vimos nenhum professor respondeu que não está receptivo a novas idéias que colaboram na melhoria da educação e somente 18% dos professores respondeu que concorda só em parte. Concordar só em parte, talvez seja pelas muitas vozes, que sem refletir, fomos induzidos a mudar e as mudanças mostraram ser ineficazes, senão totalmente inadequadas.

Sem pretender defender os professores parece-nos que não é resistência do professor, é a ineficácia de muitas mudanças já ocorridas que os levou a responder assim.

Uma coisa é certa: estamos e sempre estivemos a mercê de mandos e desmandos de governantes, mas apesar disso, nós podemos fazer a diferença trabalhando na educação, dando o melhor de nós, não importando se atuamos no nível fundamental, médio, técnico ou universitário.

Vivemos em um mundo que se transforma com uma rapidez, uma profundidade e uma abrangência jamais vistas na história humana. O momento exige invenção com ousadia de imaginação para criar o novo, pois a tecnologia vem transformando rapidamente os usos e costumes dos habitantes de todo globo terrestre.

Os transportes ultra rápidos, a automação, a comunicação eletrônica. Aviões, rádios, televisão, fax, satélites e a rede cada vez mais expandida da internet estão alterando a maneira de pensar e trabalhar.

O mundo que espera pelos alunos é muito diferente do que era. A mudança é inevitável. Não se sabe se é melhor ou pior, porém se sabe que é preciso tomar nas mãos o desafio de ajudar a construir o novo.

É preciso que o professor esteja aberto a novas formas de conhecimentos e de relacionamentos em sala de aula pois os paradigmas existentes já não servem e é preciso humildade para reconhecer que vivemos um outro tempo.

O desafio do professor é buscar novas formas de ensinar e novas formas que ajudem a fertilizar a atuação de cada um na educação.

Utilizar os recursos da informatização: o computador, a televisão, o cinema, os vídeos para desencadear transformações onde o aluno possa ocupar uma posição mais dinâmica.

(10)

9- ESTÁ SATISFEITO COM A PROFISSÃO QUE EXERCE PROFESSOR?

9

13

0 2 4 6 8 10 12 14

TOTALMENTE EM PARTE NÃO

ENTREVISTADOS

Nenhum professor respondeu que não está satisfeito com a profissão 59% dos professores estão satisfeitos em parte e 41% estão satisfeitos.

Quando os professores foram questionados se trabalham no que gostam e sentem amor pela profissão que escolheram as respostas foram:

10- TRABALHA NO QUE GOSTA E SENTE AMOR PELA PROFISSÃO QUE ESCOLHEU?

19

3 0

5 10 15 20

INTEIRAMENTE EM PARTE

ENTREVISTADOS

86% dos professores trabalham no que gosta e tem amor pela profissão que escolheu e 14% tem ressalvas.

(11)

Conhecemos bem esta realidade: o professor gosta da profissão que escolheu, mas não está satisfeito por completo. E muitos são os fatores causadores disso. Os salários são baixos e o professor não se considera parte integrante do sistema. Sente-se sozinho na tarefa de ensinar. Falta motivação, limites, respeito por parte dos alunos. A indisciplina está presente constantemente é o estado que se omite da responsabilidade, ou piora ainda mais, aumentando o número de alunos nas turmas, fechando turmas e escolas, sobrecarregando o professor.

Quando questionados os professores sobre o que mais desmotiva no trabalho as respostas foram as seguintes:

“Quando não consigo atingir o meu objetivo”. “Quando não consigo realizar o meu trabalho como gostaria de realizá-lo”. “Pessoas que não estão em sala de aula a muito tempo darem sugestões para o trabalho com os alunos”. “A falta de interesse, a falta de consideração, de limites”. “É mais as situações e dificuldades oferecidas pela escola em recursos e às vexes falta de apoio”. “A falta de tempo para investir na organização do material usado em sala e os baixos salários”. “Falta de valorização, de retorno financeiro”. “As colegas mal humoradas”. “A realidade de educação que trazem de casa”. “A individualidade e a falta de vontade dos alunos”. “o salário e a falta de vontade dos alunos”. “A individualidade e frieza dos colegas e a falta de respeito dos alunos”. “A carga horária. 40 horas com alunos é muito cansativo”. “Desvalorização”.

“As pessoas negativas: aquelas que só vem para a escola com o objetivo de criticar as ações dos outros”. “Desinteresse dos alunos em relação ao conteúdo”. “Salário baixo, falta de vontade dos alunos e a insignificância que a educação tem perante a sociedade”.

“O desrespeito para com o professor, falta de limites dos alunos; Baixa remuneração;

Sobrecarga de trabalho”.

(12)

12. Sente-se constantemente estressado(a) ao desempenhar suas atividades docentes?

2

19

3 0

5 10 15 20

TOTALMENTE EM PARTE NÃO

ENTREVISTADOS

1% dos professores responderam sentirem-se totalmente estressados ao desempenharem as atividades docentes 13% não se sentem estressadas.E a maioria 86%

diz se sentir estressado em parte.

Já quando questionados, os professores, a respeito dos fatores que contribuem para que se sintam estressados, os mais citados foram:

“ Salário não condizente”; “Assédio moral dos colegas”; “Falta de folga (l dia semanal)”; “Falta de respeito dos alunos – Falta de coleguismo”; “ Sobrecarga de trabalho”;” Atividades extras – reuniões, cursos ...”; “ Falta de interesse dos alunos e das famílias”; “Quando desenvolvo uma atividade e os alunos não aprendem, não conseguem fazer”;” Opinião de pessoas que não estão em uma sala de aula”;”Projetos que temos que nos encaixar”;”A mudança do plano de carreira do Estado”;”Falta de tempo na escola para atender os alunos individualmente”;”A correria do dia-a-dia”;”Ter que levar todo trabalho para casa”;”Crianças que faltam o tempo todo”;”Pais que apóiam as más atitudes dos filhos”;”alunos sem vontade”;”Dificuldades para aprender”;

“Ambiente com pessoas negativas e sem estimulo na vida”;”Professores e funcionários negativos que vem somente para a escola com o objetivo de criticar as ações dos outros”.”Desinteresse, falta de vontade, desrespeito ,falta de educação por parte dos alunos”;”Escola com pouco espaço físico, gerando muita agitação e barulho, que se concentram em um lugar apenas”.

(13)

São diversos os fatores que colaboram para que o professor se sinta estressado, se faz necessário, portanto que medidas sejam tomadas para que haja redução desses fatores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de todos os problemas elencados pelos professores é preciso lembrar que vivemos realmente um momento de transição muito importante dentro da estrutura educacional. Implantação da nona série ou ano, novas metodologia, informática na sala de aula, novos paradigmas, enfim se faz necessário adaptar-se a tudo isso.

Sem pretender ter a solução de uma questão tão complexa, quanto o estresse dos professores, se faz necessário levar à discussão esse tema tão complexo, pois sabe-se que o professor é a chave da formação e do desenvolvimento de gerações mais abertas, livres, seguras, competentes, e, sobretudo mais felizes e eficientes em suas vivências e resultados.

No decorrer deste estudo percebeu-se que o professor está empenhado por fazer seu trabalho cada vez melhor e com mais empenho, para isso é preciso que se pare para ouvir suas vozes que clamam por mais apoio, e este, por parte dos pais dos alunos, direção, governo, enfim de toda a sociedade. Estes profissionais são a chave para que a sociedade evolua com qualidade, com jovens competentes e éticos, eliminando esta geração corrupta e vergonhosa dos últimos tempos.

A pesquisa realizada aqui retrata a paixão e o descontentamento pelo ato de ensinar que os professores demonstram. Professores que fazem trabalhos valiosos, que transformam os alunos e a comunidade, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela escola pública e das condições adversas.

É preciso ter confiança na escola e no trabalho dos professores, pois a escola será do tamanho dos nossos sonhos e o seu maior capital o ser humano.

(14)

11 REFERÊNCIAS

_____________________Educador.Revista Cláudia, ed. Abril, São Paulo,p.196,1996.

_____________________Professores estressados. Jornal Pioneiro, 3 jun.,p.8,2009.

TIBA,Içami. Ensinar aprendendo.São Paulo:Integrare,2006.

Referências

Documentos relacionados

Sem desconsiderar as dificuldades próprias do nosso alunado – muitas vezes geradas sim por um sistema de ensino ainda deficitário – e a necessidade de trabalho com aspectos textuais

Se a permanência no regime simplificado implica que os sujeitos passivos, no exercício da sua actividade, não tenham ultrapassado no período de tributação

Devido ao reduzido número de estudos sobre fatores de risco para PI, optou-se por utilizar como categorias de referência as de menor risco para o BPN, conforme apontado pela

o transferência interna: poderá requerer transferência interna o aluno que esteja regularmente matriculado na Universidade no semestre em que solicitar a transferência e

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

Em um dado momento da Sessão você explicou para a cliente sobre a terapia, em seguida a cliente relatou perceber que é um momento para falar, chorar, dar risada

A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se baseia no fato de que uma

Entrando para a segunda me- tade do encontro com outra di- nâmica, a equipa de Eugénio Bartolomeu mostrou-se mais consistente nas saídas para o contra-ataque, fazendo alguns golos