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NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa Ano Letivo 20152016

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1.

Introdução

O sexto e último ano do Mestrado Integrado em Medicina da NOVA Medical School |

Faculdade de Ciências Médicas, através de um sistema de estágios parcelares nas áreas

nucleares da Medicina, procura fazer uma transição gradual entre o ensino pré-graduado e o

desenvolvimento autónomo da profissão médica. Na verdade, nunca sendo posta de lado a

importância da cimentação dos conhecimentos teóricos prévios, procura-se que a

componente prática e social, das atitudes, gestos, trabalho em equipa, entre outros, ganhem

sucessivamente maior predominância no sentido em que os alunos se sintam preparados

para a realidade que irão encontrar num futuro próximo.

Este relatório tem como principal objetivo fazer uma síntese sistemática das atividades

por mim desenvolvidas ao longo deste ano letivo, estando organizado em quatro secções:

uma Introdução, onde se explicitam os componentes do relatório e seu fio condutor; os

Objetivos Gerais, nos quais apresentarei os meus objetivos e expectativas formativas; a

Síntese das Atividades Desenvolvidas, onde referirei de forma sumária e cronológica o

trabalho desenvolvido nos vários Estágios Parcelares e Opcional e na UC Integradora; o

Posicionamento Crítico, onde acabarei por fazer uma reflexão acerca deste ano, sobretudo

tendo em conta o cumprimento ou não dos objetivos a que me propus e as mais-valias

adquiridas do ponto de vista não só clínico mas também pessoal. Em anexo acrescentarei a

atividade extracurricular desenvolvida.

2.

Objetivos Gerais

Ao concluírem o Mestrado Integrado em Medicina (MIM), os licenciados deverão ter por

objetivos serem capazes de demonstrar e utilizar o conhecimento das ciências básicas e

clinicas, avaliar os doentes e gerir adequadamente os seus problemas de forma autónoma e

responsável, utilizando uma abordagem biopsicosocial abrangente na sua avaliação e

tratamento, comunicar e interagir eficazmente com doentes, famílias, pessoal médico e

(4)

auto-aprendizagem ao longo da vida – O Licenciado Médico em Portugal, 2005.

Posto isto, defino para mim os seguintes objetivos: 1. Consolidar conhecimentos

adquiridos ao longo do MIM através da sedimentação do conhecimento teórico e sua

aplicação prática; 2. Aperfeiçoar a técnica da entrevista clínica dirigida e associada a um

raciocínio clínico sistematizado; 3. Desenvolver a capacidade de realizar procedimentos

básicos e técnicas características de cada especialidade; 4. Reforçar a capacidade

comunicativa com o doente, a sua família e profissionais de saúde e ter consciência das suas

particularidades em áreas específicas; 5. Reconhecer a logística dos serviços e os

determinantes do seu funcionamento.

3.

Síntese das Atividades Desenvolvidas

3.1. Cirurgia (14 Setembro 2015 – 6 Novembro 2015)

O Estágio de Cirurgia decorreu no Hospital da Luz, tendo sido organizado em: 1 semana

de sessões teórico-práticas no Hospital Beatriz Ângelo, 2 semanas de estágio opcional, no meu

caso Cuidados Intensivos, 1 semana no Serviço de Urgência e finalmente 4 semanas no

Serviço de Cirurgia, estas orientadas pelo Dr. Carlos Ferreira. Relativamente às 2 semanas na

UCI, acompanhei diversos casos, a grande maioria situações pós-cirúrgicas. Pude observar e

mesmo participar em alguns dos procedimentos, como entubação oro-traqueal ou colocação de

acessos venosos centrais. Quanto à semana no Serviço de Urgência estive presente sobretudo

no SO, mas também na pequena cirurgia, tendo aqui tido a possibilidade de suturar pequenas

feridas. Quanto às semanas de cirurgia, pude acompanhar o meu tutor na sua atividade

assistencial, a nível de cirurgias, consultas e internamento. Pude entrar em diversas cirurgias,

muitas delas como primeiro ajudante, praticamente todos os dias durante estas 4 semanas.

Assisti ainda a diversos procedimentos de cirurgia robótica.

Por fim, no último dia de estágio foi realizado um Mini-congresso, tendo eu apresentado o

trabalho do meu grupo com o tema Pancreatite aguda litiásica – O porquê da colangiografia

(5)

3.2. Medicina Interna (9 Novembro 2015 – 15 Janeiro 2016)

O Estágio de Medicina Interna decorreu no Serviço de Medicina 2.1 do Hospital dos

Capuchos, sob orientação da Dra. Elisabete Margarido, englobando as atividades intrínsecas ao

funcionamento do serviço, como a visita clínica e as sessões clínicas. Durante o período de

estágio fui absolutamente integrado na equipa, tendo a meu cargo a responsabilidade de

acompanhar diariamente alguns doentes da enfermaria, tendo este exercício sido

acompanhado. Tal possibilidade permitiu-me adquirir autonomia quase total no que toca à

anamnese, realização de exame objetivo, pedido de exames complementares de diagnóstico e

terapêutica. Acompanhei ainda a minha tutora a nível de consultas (principalmente de

Diabetologia).

3.3. Saúde Mental (25 Janeiro 2016 – 19 Fevereiro 2016)

O Estágio de Saúde Mental decorreu no Serviço de Psiquiatria do Hospital Egas Moniz,

sob tutoria do Dr. Ricardo Caetano. Ao longo das 4 semanas, foi-me possível acompanhar

todas as atividades desenvolvidas, nomeadamente entrevistas individuais e familiares,

exame objetivo direcionado, entre outras. Uma vez por semana, tive a oportunidade de me

deslocar ao Serviço de Urgência do Hospital São Francisco Xavier, onde acompanhei o meu

tutor na Urgência de Psiquiatria, tendo observado diversos casos, incluindo casos que

necessitaram de internamento compulsivo.

No final do estágio apresentei o trabalho Intoxicação por antidepressivos tricíclicos.

Destaco ainda as sessões teórico-práticas introdutórias lecionadas pelo Prof. Dr. Miguel

Xavier, focadas na importância de um pensamento clínico sistematizado em contexto de

urgência.

3.4. Medicina Geral e Familiar (22 Fevereiro 2016 – 18 Março 2016)

(6)

da Dra. Marta Marquês. Durante as 4 semanas de estágio pude acompanhar a atividade da

minha tutora e mesmo realizar de forma autónoma consultas e procedimentos em áreas

como a Saúde do Adulto/Idoso, Saúde Infantil, Planeamento Familiar, bem como consultas

de urgência e de grupos de risco como diabéticos e hipertensos. Pude ainda observar e

realizar diversos procedimentos como observação ginecológica e citologia cervical. De referir

a realização do Diário de Exercício Orientado, que foi avaliado também com um exame oral.

3.5. Pediatria (28 Março 2016 – 22 Abril 2016)

O Estágio de Pediatria decorreu no Hospital Dona Estefânia, sob tutoria da Dra. Ana

Casimiro, que acompanhei em consultas, internamento, urgência e reuniões clínicas do serviço.

Além disso, pude acompanhar diversos casos na UCERN. Participei ainda em duas aulas de

Imunoalergologia.

Por fim, elaborei um trabalho em grupo, com o tema AVC Hemorrágico em idade

pediátrica, que foi apresentado num Seminário no último dia de estágio.

3.6. Ginecologia e Obstetrícia (26 Abril 2016 – 20 Maio 2016)

O meu estágio de Ginecologia e Obstetrícia decorreu no Hospital dos Lusíadas, sob

orientação do Dr. Pedro Martins. Ao contrário do estágio do 4º ano, não foi dividido “ao meio”

em Ginecologia e Obstetrícia, pelo que pude contactar com ambas as áreas ao longo das

quatro semanas. Estive presente em consultas das várias áreas. Pude observar alguns

procedimentos, como colposcopias e histeroscopias, e realizar outros, como ecografias e

toque vaginal. Estive também presente no bloco operatório, onde pude assistir sobretudo a

cirurgias do foro uro-ginecológico. Tive ainda a oportunidade de participar como 1º/2º

ajudante em partos tanto por via vaginal como por cesariana. Na Urgência acompanhei

muitos casos, sobretudo do foro obstétrico. Por fim, apresentei um trabalho em reunião de

(7)

3.7. Estágio Opcional – Medicina Interna (23 Maio 2016 – 3 Junho 2016)

O meu estágio opcional foi realizado no Serviço de Medicina 2.1 do Hospital dos

Capuchos, tendo mais uma vez acompanhado a Dra. Elisabete Margarido em toda a sua

atividade, principalmente na enfermaria, tendo tido novamente a oportunidade de ter autonomia

quase total para observar doentes, realizar o exame objetivo, pedir MCDT e prescrever

fármacos, de uma maneira supervisionada.

3.8. Preparação para a Prática Clínica

Esta unidade curricular integradora, exclusivamente teórica, sob a regência do Prof.

Doutor Roberto Palma dos Reis, decorreu ao longo do 1º semestre, tendo sido leccionadas sete

aulas sobre temas transversais às várias áreas da Medicina, com a participação de médicos de

diferentes especialidades, permitindo uma integração multidisciplinar dos conhecimentos. A

avaliação final resultou da ponderação entre a assiduidade nas aulas e a nota de um exame

escrito.

4.

Posicionamento Crítico

Findo o 6º ano do MIM, termino este relatório fazendo uma reflexão sobre o papel que

este teve na minha formação. À partida, este era um ano que despertava em mim uma

curiosidade acrescida, já que antecipava uma formação mais prática, mais ativa e que, portanto,

iria procurar preparar-me para aquilo que será a minha atividade enquanto profissional. Sendo

assim, foi absolutamente positivo conferir que este conceito passou totalmente de apenas

antecipação a realidade, sendo que, em retrospetiva, posso afirmar que apesar de algumas

lacunas devidas à inexperiência, hoje sinto-me muito mais preparado e confiante face à

realidade que irei encontrar. Saliento também a importância do contacto e experiência que

obtive através do desempenho da profissão médica em diferentes especialidades e contextos, o

que me permitiu ter uma visão mais global da Medicina, sabendo compreender a relevância de

(8)

Pretendia primeiramente deixar uma palavra de apreço e um sincero obrigado a todos os

Assistentes Hospitalares com quem tive o privilégio de privar e trabalhar durante este ano.

Apesar de ter plena consciência de que o que retiramos de cada estágio está absolutamente

dependente da nossa motivação, interesse, ambição e vontade de dar “um passo em frente”,

procurar e saber mais, sei também da importância daqueles que nos recebem, da forma

como a sua atitude e disponibilidade total contribuem, também elas, para o crescimento

dessa mesma motivação.

De forma individual, saliento os principais aspetos de cada um dos estágios parcelares.

O estágio de Cirurgia permitiu-me adquirir experiência num contexto tão especial como é

o Bloco Operatório, dada a “limitada” quantidade de tempo para resolução de cada situação.

Para além disso, pude participar como 1º/2º ajudante em cirurgias, desde as “mais simples”

até às de maior complexidade. As aulas teórico-práticas no início do estágio foram também

importantes, já que abrangeram uma grande variedade de temas, da Cirurgia à Gestão

Hospitalar, que contribuíram para a minha formação geral. Penso ter evoluído ao nível da

destreza manual, tendo visto fortalecida a minha capacidade na execução de alguns gestos

úteis para o dia-a-dia clínico, além de me ter sido possível consolidar conhecimentos

adquiridos previamente.

O estágio de Medicina Interna acabou por ser o paradigma daquilo que esperava para

este 6ºano do MIM. Aqui, o facto de ter à minha responsabilidade 2-3 doentes por dia,

possibilitou-me a obtenção de alguma autonomia, sempre acompanhada de perto, o que

levou a que fosse gradualmente adquirindo maior capacidade no desempenho da minha

função. Este contribuiu, a par da MGF, para que adquirisse confiança na minha capacidade

de desempenhar esta profissão quando tiver de o fazer de forma totalmente autónoma, algo

que todos receamos não ter à medida que se aproxima cada vez mais o início da atividade

profissional. Foi também de extrema importância o confronto com a realidade da morte, com

as decisões que têm de ser tomadas em fim de vida e de que forma podemos garantir o

(9)

aqui não tinha tido muito contacto. Destaco ainda o papel da Dra. Helena Estrada que, como

Chefe de Serviço, sempre me motivou para procurar saber mais e não ficar satisfeito

facilmente, o que levou a que este estágio tivesse um especial impacto em mim.

Relativamente à Saúde Mental, alertou-me para a importância que tem olhar para o

doente como um todo, para além dos sinais e sintomas, englobando toda a componente

biopsicossocial. Pude contactar várias patologias, tendo aprendido a lidar com cada situação

e com cada doente em toda a sua individualidade. Além disso, pude compreender as

particularidades da entrevista clínica em Psiquiatria e observar as técnicas empregues para

retirar o máximo de informação de cada uma delas. As aulas teóricas com o Prof. Dr. Miguel

Xavier foram também de uma importância fundamental, permitindo-me desenvolver o meu

raciocínio clínico para várias situações do dia-a-dia de uma Urgência Médica.

Quanto à MGF, pude compreender de forma clara a relevância dos Cuidados de Saúde

Primários e o seu papel na promoção da saúde e no atendimento próximo aos utentes. Foi

sobejamente visível uma relação médico-doente mais próxima, o que me levou a reconhecer

a importância do contexto familiar e social do doente e de que forma esses mesmos

contextos podem influenciar a própria saúde. Apreciei bastante a autonomia que me foi

concedida ao longo do estágio, tendo tido a oportunidade de dar consultas, sobretudo de

urgência, sozinho, o que permitiu o desenvolvimento da minha capacidade não só de

condução das entrevistas clínicas como também de realização de alguns procedimentos

práticos, contribuindo para adquirir mais auto-confiança. Apreciei bastante este estágio pelo

facto de me ter sentido “quase” médico, tendo sido capaz de desempenhar as minhas

funções a um bom nível.

Em relação ao estágio de Pediatria, pude desenvolver as minhas capacidades no que

toca à avaliação de um doente pediátrico, não só do ponto de vista da patologia mas também

do seu desenvolvimento normal. Destaco ainda o papel da minha tutora, Dra. Ana Casimiro,

que, apesar de ser da área da Pneumologia Pediátrica, se desdobrou para me proporcionar

(10)

fluidoterapia.

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia acabou por surpreender muito pela positiva, já

que o iniciei um pouco de “pé atrás”, dado o facto de não ter gostado do mesmo estágio no 4º

ano. Aprendi, por exemplo, a importância de um acompanhamento atento de uma gravidez,

tanto de alto como de baixo risco, bem como em contexto de urgência o importante impacto

psicológico de um aborto espontâneo. De destacar ainda a oportunidade que tive de realizar

ecografias, algo que até aí não tinha tido, e que foi bastante proveitoso.

Em suma, creio que os objetivos iniciais a que me propus foram plenamente cumpridos e

até ultrapassados. No início do ano, um dos meus maiores medos era não ser capaz de ter

autonomia e conhecimento suficientes para desempenhar a minha atividade de uma forma

satisfatória, algo que foi sendo ultrapassado gradualmente, podendo hoje afirmar que me

sinto preparado para a prática clínica. Durante o ano compreendi a importância da

consolidação de conhecimentos para uma boa prática, apercebi-me de algumas lacunas que

apresentava e consegui colmatá-las e, acima de tudo, aprendi e cresci. Aprendi bastante,

aprendi que um médico tem cada vez mais de conseguir ter uma abordagem holística

relativamente aos seus doentes pois existe uma multiplicidade de fatores não exclusivamente

médicos que têm repercussões diretas na saúde, aprendi a compreender o doente no seu

contexto biopsicossocial e a responder e corresponder às suas necessidades e expetativas,

aprendi não só a ser um clínico, mas a ser um Médico, em tudo o que representa.

Gostava também de destacar, em gesto de agradecimento à NMS | FCM, as

oportunidades que tive ao longo destes 6 anos, enaltecendo a qualidade desta Faculdade

enquanto entidade formadora. No fechar deste ciclo, tenho perfeita consciência de que tenho

e terei sempre algo para aprender. Foi essa visão do futuro, essa necessidade de constante

melhoria e aperfeiçoamento que aprendi aqui. É isso a Medicina. Como escreveu Atul

Gawande, “Better is possible. It does not take genius. It takes diligence. It takes moral clarity. It takes ingenuity. And above all, it takes a willingness to try.”. Olho para o meu futuro

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que contribuíram para que crescesse muito, tanto a nível pessoal como profissional.

Para terminar, um agradecimento especial aos Professores, Assistentes, Colegas,

Amigos e aos meus Pais, pela amizade, orientação, pela fonte de motivação e por serem os

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Referências

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