DA
SUBJECTIVIDADE
REPRESENTAO
DO SELF NUM TEXTO'ESQUIZOFRNICO'
Ana
Mono
No mbito de uma reflexo
geral
sobre o modo como asubjecti
vidade
pode
ser expressa atravs dalinguagem
(entendendo-se
porsubjectividade
essaexperincia
individual de continuidade - ou descontinuidade em casos
patolgicos
- doself
atravs dotempo),
procurarei colocar em
destaque alguns dispositivos lingusticos
quepermi
tem ao
sujeito exprimir
apercepo
que tem de siprprio
e o conceitoque devido a isso forma de si. A escolha de
alguns
dessesdispositivos
em detrimento de outros est condicionadapela
anlise dum texto deum
paciente diagnosticado
comoesquizofrnico,
texto esse que me foifacultado
j
halguns
anos na Casa de Sade do Telhai e que faziaparte do dossier clnico do mesmo doente.
De entre as vrias
expresses
que emLingustica
agrupamos sob adesignao
dereferncia
dectica indiciai, isto , de entre as diver sasexpresses
cujo
referentedepende
e varia de acordo com asituao
comunicativa em que so empregues, os pronomespessoais
so,
tal comopde
destacar Emile Benveniste na suaapresentao
doquadro
formal daenunciao
(1974),
excelentes candidatos expres so dasubjectividade.
Para
Benveniste,
noquadro
formal daenunciao
- acto individual de
apropriao
dalngua
atravs doqual
osujeito
que fala seincreve
na sua fala - acorrelao
dasubjectividade
diz apenasrespei-Revista da Faculdade de Cincias Sociais e Humanas, n." 10, Lisboa, Edies
to P e 2a pessoas que
designam, respectivamente,
osujeito
que profere a
enunciao
e o indivduo que estpresente
naenunciao
comoalocutrio uma vez que, e
cito,
"desde o momento em que o locutor seapropria
doaparelho
formal daenunciao
enuncia a suaposio
como locutor; e desde o momento que se declara locutorimplanta
ooutro em face de si."
(trad.
de Benveniste1974,
p.82).
Da que todaaenunciao implique,
explicita
ouimplicitamente,
umaalocuo
oque lhe confere o seu carcter
dialgico.
Noquadro
destedialogismo,
o "eu" e o "tu", como
expresses
deicticas,
sero sempreinterpretados
de forma diferente de acordo com a pessoa que
profere
oenunciado,
apessoa para quem o enunciado
proferido,
o momento e olugar
emque tem
lugar
aenunciao.
Desta
correlao
dasubjectividade
benvenistiana constitudapelo
"eu", pessoasubjectiva,
e o"tu",
pessoa nosubjectiva",
excluda a terceira pessoa, o "ele" que
designa
um indivduo ausente, umano-pessoa.
A lalimite,
narelao
com a suaprpria
interioridade
(a
que me parece Benveniste referir - sequando
afirma que "a presena do locutor na suaenunciao
faz com que cada instncia dodiscurso constitua um centro de referncia interna"
(trad.
op. cit. p.82))
- o EU constituia nica pessoa
subjectiva.
Semelhante
opinio
parece serpartilhada
por Danon - Boileau no seuartigo
"Three steps towardsEgo"
(1991)
em que, comolinguis
ta epsicanalista
infantil,
sedebrua
sobre aevoluo
do processo deauto-designao
nacriana distinguindo-lhe
trs etapas - a referncia a siprprio
atravs do NomePrprio,
atravs do "mim" e, finalmente,o uso do pronome
pessoal
"eu". O autor afirma que aapropriao
daprimeira
pessoa s se dquando
acriana
toma conscincia de quecarrega sozinha o fardo da sua
prpria
reflexo equando adquire
acapacidade
de expressar o que nopode
ser visto (contar, por exemplo,
histrias da suaimaginao
em que se atribui umpapel). Seja
como
expresso
de estados emocionais(sentimentos, sensaes,
desejos)
ou associado aqualquer tipo
dejulgamento
que expressa oponto
de vista da
criana,
a suaopinio pessoal,
o "eu" funcionaria como arepresentao
de umprojecto
que s acriana pode
suportar,
de umconhecimento em parte no
partilhvel, podendo
neste sentido o "eu" ser considerado aprimeira
expresso
do pensamento solitrio.Para alm de considerar o Nome
Prprio
e o pronome "mim" comoexpresses
lingusticas
dasubjectividade
(atravs
do "moi" acriana, explica-nos
o autor, baseia a suaconcepo
da identidademarcadores referenciais dos pronomes
pessoais
(estespermitem
ao falante referir-se ao seuprprio selfe
ao outro uma vez que atravs dopronome "eu" se expressa a identidade de referncia do
sujeito,
e atravs do "tu" a
diferena),
salienta que os mesmos pronomes, associados a
qualquer
tipo
dejulgamento,
permitem
aosujeito
expressar o seuponto
de vista emrelao
ao que est a ser dito: isto , se osujeito
afirma "eu penso que ele se foi embora" estar a expressar uma
opi
nio, um
julgamento,
acerca de umapartida.
Ouseja,
desde o momen to em queeu-sujeito
falo torna-seimpossvel
no expressar a minhaperspectiva
emrelao quilo
sobre que falo-seja
sobre mim,seja
sobre outracoisa mas mediatizada por uma viso
interpretativa
pessoal.
Mas se o EU se
pode
definir como centro daenunciao,
as mar caslingusticas,
detectveis noenunciado,
atravs dasquais
esse EU se expressa queultrapassam
o uso da marca de P pessoa. EmRoland Barthes par Roland
Barthes,
o escritor d - nos conta destefacto
procedendo
a uma reflexometalingustica
sobre o seu uso individual das formas
pronominais:
para ele o "eu" o pronome doimagi
nrio, o "ele" o pronome da distncia, uma
espcie
demortificao j
que falar de si na 3a pessoa de certo modo torn-la ausente, transfor
m-la em
algo
um pouco morto; quanto ao "voc" ele utiliza-o como opronome da
auto-acusao,
umaespcie
deparania decomposta,
semelhante ao "vs" com que Sade se
dirige
a siprprio
em certas notas(trad.
e cit. inKerbrat-Orechionni,
1980, p.65).
Assim,
se eu posso falar de mim naIa,
2a, 3o pessoas, ausentar-me do meu enunciado ou escolher muitos outros meioslingusticos
para o fazer
(por
exemplo, expresses
avaliativas,afectivas,
modalizadoras,
axiolgicas,
expresses
a que no faremos referncia e que Kerbrat-Orechionni(1980)
agrupa sob adesignao
desubjectividade
nodectica),
ou, por outraspalavras,
se toda asequncia
discursiva carrega a minha presena como enunciador, omodo como escolhi manifestar essa presena no aleatria porque
acarreta
diferenas
considerveis na forma como expresso a minhasubjectividade.
Todos estaro,decerto,
de acordo que apaciente
que emterapia
afirma "Era necessrio saber se uma pessoa se sentiapreparada
para o casamento"(Rogers
1985,
p. 117)
em vez de "Eranecessrio saber se eu me sentia
preparada
para o casamento" noexprime
a suasubjectividade
da mesma forma: noprimeiro
caso usa aforma
impessoal
"umapessoa"
no assumindo oenunciado,
nosegundo
assume-o claramente e,consequentemente,
aproblemtica
melhor
dizendo,
a passagem da tentativa de falar de si para o assumirdas
problemticas
e dossentimentos,
reveste-se, porexemplo,
departicular importncia
nos processosteraputicos
verbais(sejam
elesindividuais ou
grupais)
como d conta a Escala doExperienciar
(Experiencing
Scale)
desenvolvida por Gendlin eRogers
entre 1960 e1969, para captar a
qualidade
de envolvimento do cliente empsicoterapia.
Observando uma forma abreviada desta escala
(Doe. 1)
vemosque, mesmo no sendo
linguistas
maspossuindo
umacompetncia
lingustica
e treinados nacapacidade
de ouvir o outro, osterapeutas
diferenciam sete etapas na
evoluo
do processoteraputico
fazendo-lhescorresponder alguns
ndiceslingusticos
demudana.
Curioso tambm observar como em
terapias
de grupo adiferena
de grau deassumpo
dasubjectividade
(mais
ou menossubjectivo,
mais oumenos
assumido)
sinalizadapelos
participantes:
medida que estesvencem as barreiras em falar de si perante os outros, o
participante
que fala de forma
impessoal
ou colectiva e queest,
portanto numafase mais recuada do processo - dizendo
por
exemplo
"Ns temos(ou
as pessoastm)
imensa dificuldade em aceitar os defeitos dos outros"corrigido
prontamente - "Ns? Oque tu queres dizer que tu tens
essa
dificuldade,
fala por ti"(adaptado
deRogers
1976,
p.63).
A
propsito
daexpresso
dectica dasubjectividade
no discursoesquizofrnico,
discurso quehoje
me ocupa, so de mencionar doistrabalhos
lingusticos:
o de LuceIrigaray
"Existe-t-il un discoursschizophrnique?"
(1985
b))
e um de Roman Jakobson "Unregard
surLa Vue d'Holderlin"
(1986),
anlise de um soneto do poeta alemoproduzido
no seuperodo
deavanada esquizofrenia.
Sem me detersobre o contedo desses
trabalhos, chamaria,
no entanto, aateno
para o facto de que o que afirma
Irigaray
sobre o aspecto indiciai dalinguagem
no discursoesquizofrnico-
consistindo esse discurso emprodues
espontneas
ou semi-induzidas atravs deinstrues
verbais - ou Roman Jakobson
a
propsito
de umaproduo potica
deHolderlin no
aplicvel
a todas asprodues
esquizofrnicas.
Apontam,
a meu ver, para tendncias discursivas que esto condicionadas
pelo
tipo
de discurso em anlise. Se asconsideraes
de ordemenunciativa mostraram
poder
contribuir para fundartipologias
dis cursivas - oque
Irigaray
prope
ao estabelecer umacorrelao
entre o uso de determinadas marcas daenunciao
e aslinguagens
'neurticas 'do obssessivo e do histrico
(1985 a))
,qualquer afirmao
conta o
tipo
de discurso - escritoou oral -, o
tipo
de texto (carta,poema)
outipo
deinteraco
verbal(questionrio,
entrevistaclnica,
discurso
espontneo).
Nesta linha tambmaquilo
que afirmarei acercada
expresso
dectica dasubjectividade
no textohoje
emanlise,
poi serestringir
a um nico texto, a um determinadotipo
de texto, e porcolocar de lado as
alteraes
naproduo
de um mesmo doente aolongo
do tempo sapreensveis
num estudolongitudinal,
nopermite
que se incorra em
generalizaes.
Distinguidos graficamente (dactilografia
vs.caligrafia)
A.S.P.prope-nos
umobjecto
verbal(Doe.
2)
em quepodemos
reconhecerdois modelos textuais
tipificados
- orequerimento
e adeclarao.
Ocorpo do
requerimento
inicia-se, canonicamente,
pelo
NomePrprio
dorequerente,
seguido
deDescries
Definidas, admitindo uma formaverbal no
gerndio
("sendo
hoje
ocasioprpria"),
efectuando-se nopresente
("pede").
Nadeclarao,
orequerente
proceder
suaauto--descrio
noj
atravs de um nomePrprio
mas atravs da marcade Ia
pessoa
"eu",
tornando-se personagem de uma narrativa nopassado.
E no
quadro
destes modelos altamente codificados deinteraco
lingustico-social,
neste formatoaprendido,
estruturante e seguro-que o
paciente maneja
introduzindo-lhe,
comovimos,
os elementoslingusticos esperados
-, quealgo
de estranho acontece: um delrioque se expressa
linguisticamente,
deslocando as nossasexpectativas.
de colocar como
hiptese
que o formalismo no interior doqual
a
linguagem
sedesagrega
- formalismo essepatente em
regularidades
sintcticas, rtmicas,
fnicas,
quepudemos
encontrar em certasprodu
es
escritas de doentes mentais(Mono,
1992)
- traduza aprocura
de uma
organizao
quepretende
compensar umadesorganizao
psquica.
Estefacto,
observvel a nvel verbal, corroboraria ogeome-trismo
j
constatado nasprodues pictricas
dosesquizofrnicos
(Doe.
3):
a mandala(Doe.
4),
forma circular surge, porexemplo,
espontaneamente
emsituaes
dedissociao
ougrande
desorientao
psquica
nos desenhos deesquizofrnicos:
"Em tais casos", fazianotar,
Jung
" fcil verificar como o molderigoroso imposto
pela
imagem
circular,
atravs daconstruo
de umponto central,
com oqual
todas as coisas vmrelacionar-se,
ou por umarranjo
concntricoda
multiplicidade
desordenada de elementos contraditrios eirreconciliveis,
compensa a desordem do estadopsquico.
Isto evidentemente
uma tentativa de auto-cura que no seorigina
da reflexoAlberto.S.P,
serempiricamente
real,
escolher dois NomesPrprios
(NPs)
- Erik.S.V. e Alberto.S.P-para se
auto-designar
definindo a sua identidade atravs de
Descries
Definidas(DDs).
John Stuart Milll considerava que os NPs no
possuam
significao:
puros
designadores,
nada nos dizem sobre oobjecto-indivduo
aoqual
fazem referncia. O NP
funcionaria,
pois,
comosimples
marca quepermite distinguir
umobjecto
de outro sem dizer atravs de que propriedades
esseobjecto
passvel
de serdistinguido
de outros. J asDescries
Definidas denotando umobjecto,
isto,
designando
umobjecto
particular,
conotam as suaspropriedades singularizantes
sendo de reconhecer que no uso de "conotam" se encontra
implcito
que as DDs expressam o ponto de vista atravs do
qual
apresentado
oobjecto-indivduo.
Para outro autor,
Granger
(1982)
o contedo semntico dos NPsno
pode
ser definido a no ser no contexto daenunciao:
Erik SmutzVeygand
significaria,
de acordo com estaperspectiva
"o nomeatravs do
qual
osujeito
daenunciao
seauto-designa",
sendo denotar a circularidade desta
definio.
Paraapreendermos
o seucontedo semntico ser
igualmente
necessrio defini-lo atravs deuma
constelao
depropriedades,
atribudas,
neste caso,pelo sujeito
da
enunciao
por meio deDescries
Definidas.Assim,
linguisticamente,
atravs destaarticulao
NP/DDs osujeito
daenunciao,
desdobrado,
apresenta-se simultaneamentecomo
"tenente-general
do ExrcitoCanadiano",
"Ministro da Guerrado Exrcito
Francs",
"associado ao Senhor Director da Casa deSade do Telhai" - DDs atribudas a Erik S.V. - e como "Io cabo sem
metralhadora n 148/42 do Batalho de
Caadores
de Elvas"- DDsatribudas a Alberto S.P.A esta simultaneidade de
identidades,
em que umself
aparece comocompensao
de outrodepreciado
(o quepodemos
verificar lexicalmentepela
oposio
"tenente-general/cabo
sem
metralhadora"),
vemjuntar-se
acontemporaneidade
dos doismodelos socio-discursivos diversos
j
referidos: os dois documentosesto
separados temporalmente
mas de formaimaginria
(o autorimagina
que decorreu entre eles o tempo de uma recusa) correspondendo a um s acto
enunciativo,
o que constatamospela
proximidade
espacial
dado ocuparem a mesma folha depapel
azul.Deste modo vrios factos
lingusticos
seconjugam
parapoder
mos considerar este texto e arepresentao
doself
dosujeito
comodelirante
(isto
,
como no pertencente nem scategorias
do real nemdois NPs diferentes
(sendo
que osegundo
NP aparece paracorrigir
oprimeiro
-"para
melhoridentificao);
o facto das DDs atravs dasquais
se auto-descreve seremincompatveis
entre si (no sepode
sersimultaneamente tenente e
general,
pertencer emposio
de chefia aoExrcito Francs e ao Exrcito Canadiano e a um Batalho de
Caa
dores
portugus);
e,finalmente,
acontemporaneidade espacial
de doismodelos textuais.
Delirante tambm o
posicionamento
do autor face a umjogo
deescrita em
relao
aoqual
no se distancia. Para que houvesse essedistanciamento seria necessrio o "como se" que caracteriza a
produo
dos discursos ficcionais. Napsicose,
tal como neste texto,est
patente
umproblema
deverosimilhana
e crena. Castilloconcludente acerca desta
questo
na sua obraCimes,
Loucura, Morte(1995):
para o crente a sua crena verosmil at ao ponto de aconsiderar como se fosse
verdade,
para o delirante asinterpretaes
possuem carcter no de
verosimilhana
mas de veritatividade; odelirante no vive as suas
interpretaes
ou crenas como tal mas comoevidncias,
da a suaincorrigvel
certeza.Enquanto
que nafantasia no
psictica
osujeito desejaria
seraquele
que se fantasia, nodelrio o
sujeito
o que fantasia ser.Enquanto
que o indivduo nopsictico pode
ter a conscincia(e
como tal adistncia)
de queconstri uma
identidade,
o delirante transforma-se na identidade e narealidade que constri. A
psicose
,
pois,
um processo que conduz auma
deteriorao
dosujeito
como auto-conscincia, umaalienao,
no sentidopsicopatolgico
e nofilosfico,
osujeito
"outro", ouseja,
umsujeito
com um novoself (pp.
161, 165, 184, 191).Bibliografia
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nonciative,
13,Abstract
Larticle se veut une reflxion sur
1'importance
de 1'utilisation despronoms
personnells
dans1'cxpression
de lasubjectivitc.
Des refrences sontfaites 1'volution du processus
d'auto-dsignalion
chez l'enfant, 1'importance du passage del'impersonnel
aupersonnel
dans les processusthrapeutiques
verbaux et, finalcment,1'analysc
de1'aspcct
indiciei du langage dans certain types de discourspathologiques.
Lexpression
de soi estanalysc
dans un texte'schizophrnique'
etStage
Table 2-1 ShortForm ofExperiencing Sclare (Patient)
Content Treatment
Externai events; refusal toparticipate Impersonal, detached
Externai events; behavioralor intellectual self- Interested, personal,
self-description
Personalreactionstoexternai events; limited
self-descnptions; behavioral descriptionsof
feelings
Descriptionsof feelings and personal
expenences
Problems orpropositions about feelingsand
personalexperiences
Felt senseofan innerreferent
participation
Reactive, emotionallyinvolved
Self-descriptive; associative
Exploratory, elaborative,
hypo-thetical
Focused on therebeing more
about "it"
A seriesof felt senses connecting thecontent Evolving, emergent
Note. Copyright 1970by TheRegentsof theUniversityofWisconsin Revised, 1983.
Table 2-2 AdditionalStage Criteria
Scale
Stage Grammatical Expressive Paralinguistic Content
1 No first-person pro- Remote, impersonal
nouns; past or
pres-ent tense
2 Personal pronouns; Interested,
intellec-pastorpresenttense tual
3 Personal pronouns; Limited reactions pastorpresenttense
4 Presentorpasttense Immediate, ex
pressive
5 Present tense, but Immediate,groping,
pastcan be in- tense, tentative
cluded;Subjunctive,
tensequestions
6 Present tense or Declarative, fresh,
vivid reprsentation real ofpast
7 Present tensepri- Aifirmative
marily
Fluent
Usually fluent
Some affect indi-cators, e.g., laughs,
sighs
Focusedvoice,
ex-pressionsof affect
Dysfluency
Impersonal, others' activitiesorevents
Ideas, events, acrions
Parenthetical orlim
itedreferences to
feelings
Subjective experi
encesand
associ-ations
Questionsabout
un-darity inown awareness
Exclamation, alter- Directlysensed and nationsofdysfluency emergentfeeling
and fluency, pauses
Morefluencythan Whatone "knovvs"
dysfluency foroneself
ir -V.-. .;.\-?ifc*-*f-*'<-'
x: _;::W^-
^*.-SENHOR CNSUL
EEa^g^^SfflJTZ^VEY.GAND^terionte-general^dp Exercito Canadiano,cavalaria e
Car-r ^gujros:de Campanhaydesde ento-no desempenho daamisao que lhe foi confiada,
.v^comoa^inisT.ro da C-uerra de Exerrcito Francs,ocasio da sublevao-operaris e= Cadiz-Walhadolid-S.Sebastian, Antuerpia-Mill-Hamburgo,aendo hoje ocasio
pro-"r^pria^pede =o.'Sxceientissimo Governo do Canada,o seu salrio anual,e beai assim
;-o.V'Vea1kr.r:j e ca"l?dc de.campanha e passeio que lhe permitido.
~Asa<rtEd>S'
a"o~r'S"faio"fDirctor da (Jasa ae Badi" do"
TelHai,por"~quste a"oriomica a, :.pct deferimento,
Em 4 de'Agosto de 196?
Assinatura
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t?^* . <Z rf&*Z*&C<i*isk&)
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P^jrV^I^-'^--
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