A MÚSICA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO
MARALIA, Natália Aparecida Morosini1 GABRIEL, Mário Henrique Carlassara2 MAGALHAES, Cairo Rossetto3 PINHEIRO, Cláudia Aparecida Vieia4
INTRODUÇÃO
A alfabetização dentro da educação infantil é um assunto constante e recorrente. A evolução global coloca a criança desde cedo na frente de telas, seja de celulares ou outros aparelhos com funções semelhantes. A criança é reconhecida como cidadã e pessoa protegida pela lei e com direitos, desde as últimas décadas, lhe dando por obrigatoriedade a frequência em escola. A presença escolar dá a ela mais que o ensino regulamentado, mas também lhe dá a visão e os sentidos de convivência com demais crianças, a desenvolver os lados psicológicos e físicos, sendo importante também para orientar os pais.
Segundo Rios (1993) é preciso, ainda, assimilar novas formas de se relacionar com o conhecimento, a pesquisa, a organização e a função da comunidade no envolvimento da educação como um todo.
É preciso enxergar as crianças com as extraordinárias capacidades que possuem e ver nelas, as possibilidades de erradicar ou, ao mínimo, diminuir a taxa de analfabetismo no país, incentivando-as desde cedo, já que as pessoas costumam aprender a escrever, mas não necessariamente colocam em prática o hábito de praticar a escritar ou a leitura.
METODOLOGIA
Tratou-se de uma pesquisa que visa abordar as facilidades e propostas que evidenciem a eficiência na utilização da música dentro do processo de ensino, em especial, da alfabetização das crianças.
______________________
1Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo-ES - universitária.natalia@gmail.com
2Graduando do Curso de Letras - Inglês do Centro Universitário São Camilo-ES - henriquevarella@live.com
3 Graduando do Curso de Letras - Inglês do Centro Universitário São Camilo-ES - cairo.rossetto@gmail.com
4Professora orientadora. Mestre em Políticas Sociais na área de Educação Política e Cidadania pela Universidade Estatual Norte Fluminense- UENF. Professora do Centro Universitário São Camilo de Lellis. claudiapinheiropgm@gmail.com
A ideia da abordagem é apresentar os beneficícios e as motivações que podem contruir para um desenvolvimento saudável da criança e um aprendizado que contribua para variadas partes de seus sentidos.
O estudo permeia a ideia que o artigo "A Utilização da Música no Processo de Alfabetização" conceituado através do olhar das autoras.
DESENVOLVIMENTO
O papel da música dentro de sala de aula acaba não sendo utilizado com frequência, apesar dela favorecer o desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança, sendo ela, um ser formado de necessidades sociais e afetivas, como evidencia Soares (2012) e Rubio (2012).
A alfabetização é um processo que coloca as crianças nos seus primeiros passos dentro do conhecimento, dentro do mundo que está ao seu redor, permitindo a conquista de sua identidade e de conseguir se enxergar dentro da sociedade.
Hoje, os educadores precisam ser muito mais que bons profissionais, mas entender as necessidades dos seus alunos e tornar o aprendizado uma atividade mais convidativa e enxergar o indivíduo com totalmente capaz.
Romão (2007) e Teixeira (2007) apresentam visões nas quais afirmam que a escola deveria buscar um investimento no aprendizado através da música, guiando as crianças na decodificação do que é abordado e explorando os sentidos lúdicos e exercitando a criatividade.
A música tem o poder de, com o ritmo, desenvolver os sentidos psicomotores, formar senso crítico e de entendimento, como também estimular a atenção e a memória. É comum, por exemplo, que alguns professores, durante sua jornada de trabalho lecionando, encontre métodos que melhor alcance as dificuldades de seus alunos, como macetes e, principalmente o uso de paródias musicais. Criando uma paródia de uma música famosa do momento, é mais fácil que o aluno identifique o conteúdo e absorva o mesmo, tanto como memorize e passe a utilizar com mais frequência.
A música em grupo pode inserir o aluno dentro das relações sociais e então, desenvolver a comunicação e a formação de opiniões e gostos, que comumente, são diferentes uns dos outros. Poder se expressar permite a criança que desenvolva sua identidade e participação na sociedade.
A construção da autorealização e da autoestima do aluno começa a ser explorada no instante que ela participa seja cantando, dançando e se movimentando de variadas formas. Com a música ela se enxerga diferente dos outros, se conhece e se aceita como é, tendo sempre a ideia de ser livre para participar e de também ser aceita na sociedade.
O uso da música colabora para a agregação do contéudo e acumula as experiências e vivências dos alunos, explora os conceitos culturais e o poder de expressar-se fisicamente e emocionalmente. Com o desenvolvimento cultural, abre- se a possibilidade, mas não necessariamente objetiva, do desenvolvimento artístico das crianças.
Barreto (2000) enfatiza que a música e o movimento, através da dança e de expressões corporais, contribui para que as crianças com dificuldades na escola se adaptem e conheçam outras formas de aprendizado e de identificar dentro do ambiente escolar.
Gardner (1995) enfatiza, na teoria das inteligências múltiplas, que a música deve ser inserida nos currículos escolares pelos indícios e resultados que apontam ela como um elemento da harmonia pessoal, pela integração, pela inclusão social e pelo equlíbrio do cerébro e suas reações.
A escola possui também o trabalho de apresentar diferentes ritmos, gêneros e estilos, que provoquem a identificação e a curiosidade, a reflexão e ideias críticas.
O importante nesse processo é que a criança seja capaz de se corresponder e se identificar com o mundo que está inserido, que descubra seus sentimentos e suas percepções sensoriais. O resgate da sensibildiade humana é depositada na criança e o sujeito torna-se o centro do seu próprio processo de construção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A música é uma ferramenta essencial no fazer do profissional da educação, que abre precedentes para tornar o aprendizado mais divertido e aconchegante para o aluno. O conteúdo pode surgir para o sujeito de uma forma que ele não tenha contato, que não se sinta familiarizado e é missão do professor, descobrir como atraí- lo, levar o ensino e o modo de ensinar e aprender para uma nova experiência para ele.
Com crianças na fase do primeiro ao quinto ano, o profissional pode trabalhar desde cedo com as associações e desenvolvimento do cérebro, das relações com o universo ao seu redor. Torna-se um incentivo ao aprendizado com relações culturais, com experiências novas e que leve a criança a se desenvolver por completo, com torná-lo conhecedor de si próprio e de sua existência.
É necessário mais pesquisas e estudos que aprofundem a área e os benefícios do ensino com música, ressaltando sempre que o profissional esteja atento a esses novos estudos e apto a desenvolver métodos e experimentos que contribua para o aprendizado, de acordo com a necessidade de cada um dos seus.
REFERÊNCIAS
BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação. 2. Ed.
Blumenau: Acadêmica, 2000.
GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
RIOS, T. A. Ética e Competência. São Paulo: Cortez, 1993.
ROMÃO, José E; TEIXEIRA, Estêvão C. Educação musical: o legado de Paulo Freire e a aprendizagem da música. Cadernos de Pós-Graduação – Educação, São Paulo, 2007. Volume 6.
SOARES, Maura Aparecida; RUBIO, Juliana de Alcântara Silveira. A Utilização da Música no Processo de Alfabetização. Revista Eletrônica Saberes da Educação, São Paulo, 2012. Disponível em: http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdf/v3- n1-2012/Maura.pdf. Acesso em: 26 jan. 2021.