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ATIVIDADE: SEMINÁRIO DO MÓDULO PLANEJAMENTO DO DIGISUS GESTOR COMO FERRAMENTA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE GESTÃO DA PAS E ORÇAMENTO.

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Academic year: 2021

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ATIVIDADE: SEMINÁRIO DO MÓDULO PLANEJAMENTO DO DIGISUS GESTOR COMO FERRAMENTA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE GESTÃO DA PAS E ORÇAMENTO.

Descrição da Atividade: Orientar gestores e técnicos municipais acerca da implementação do Módulo Planejamento do DigiSUS Gestor, com vistas ao atendimento dos prazos estabelecidos nas legislações, bem como fomentar a qualificação no que tange aos dados vinculados ao planejamento gestão em saúde municipal.

Coordenadora: Maria Célia Valladares Vasconcellos, Secretária Municipal de Saúde de Niterói/RJ e Diretora de Comunicação Social - Adjunta do CONASEMS

Palestrantes:

1 – Marina Sidneia Ricardo Martins - COSEMS Paraná - Instrumentos de Planejamento do

SUS (PS, PAS, RDQA e RAG)

2 – Maria Cristina Paulino - COSEMS Pernambuco - Interface com os Instrumentos de Planejamento do Governo (PPA, LDO e LOA) na gestão municipal

3 – Dorian Chim Smarzaro - Ministério da Saúde - Coordenação Geral de Articulação de Instrumentos da Gestão Interfederativa - Departamento de Articulação Interfederativa - Funcionalidades e status da implementação da nova ferramenta.

Abertura:

Maria Celia iniciou a abertura do seminário falando acerca da importância da discussão do tema e agradecendo a presença de todos e apresentando todos os palestrantes convidados.

Marina Ricardo apresentou a proposta do Ministério da Saúde - MS do novo sistema para condensar o planejamento. Relatou que o maior desafio é utilizar os instrumentos de gestão (quantidade de resultados de consultas, exames e outros procedimentos) e fazer uma análise

para construir um relatório anual de gestão que comtemple a realidade, que seja construído a partir das necessidades locais com ajuda da comunidade, do Conselho, dos profissionais, agente de saúde da família, com a equipe de enfermagem que tem contato direto com a

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população e outros. Fez uma crítica sobre os municípios que não realizam os relatórios de gestão. E concluiu que os gestores devem ter um novo olhar para esses instrumentos da gestão para construir seu relatório o mais próximo da realidade possível.

Maria Cristina relatou que durante o período do congresso é importante a troca de conhecimentos e a preocupação maior não é o sistema, mas a interação dos gestores. Relembrou a fala de Marina, onde o planejamento, o Plano Plurianual de Saúde - PPA, tem que ser um instrumento vivo e envolver todos os atores (corresponsabilização) e retratar uma ação estratégica. Relatou a importância de alocar os recursos no Plano Plurianual - PPA às prioridades. Deve-se ser lembrado que o PPA precisa ser enxergado dentro do planejamento orçamentário através do PPA. Há também a necessidade de saber que a alocação dos recursos, ainda que compartilhado, precisa constar no PPA, além da necessidade de revisá-lo. Sempre há a necessidade de se fazer um controle do planejamento, monitoramento, pois se é identificado um problema em tempo hábil, mais chance de corrigí-lo. Uma boa execução orçamentaria, um bom instrumento de planejamento facilita todo o processo de gestão. E gasto em saúde é investimento, pois é um retrato do PPA mais o planejamento orçamentário bem feito que vai contribuir com a qualidade de vida da população.

Dorian Smarzaro iniciou listando os passos a serem seguidos para um bom planejamento. Apresentou o DigiSUS Gestor, onde o módulo de planejamento faz parte da plataforma maior do DigiSUS. O acesso ao modulo planejamento não é aberto ao público, apenas os relatórios finais (indicadores da pactuação, definição de metas, comparação de resultados e outros). A plataforma segue sempre uma sequência, ela só vai conseguir disponibilizar a construção do relatório anual de gestão se o gestor fizer uma programação. O sistema foi feito para que se pudesse refletir acerca do processo de construção do planejamento.

Maria Celia sintetizou as falas e deu palavra ao público para as perguntas. Perguntas:

Ferdinando, Secretaria Municipal de Igarassu, Pernambuco - Como garantir os serviços e recursos de saúde para encaminhamento à outro setor?

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Aparecida Pimenta, Assessora do COSEMS São Paulo – Nós fizemos oficinas para os gestores, para discutir instrumentos de gestão e tem aparecido justamente a questão da regionalização. Porque se eu faço um plano e coloco somente as questões que o meu município resolve ele não vai condizer com a realidade. Agora, como planejar diretrizes e metas, para municípios que o gestor não tem capacidade, do ponto de vista orçamentário e nem de garantir o acesso? Porque nas oficinas realizadas em São Paulo as perguntas mais frequentes foram essas, de como melhorar o indicador se o gestor depende do acesso à maternidade de alto risco por exemplo.

Patrícia apoiadora de Minas Gerais – Foi visto que no Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão (SARGSUS) tem os prazos de entrega dos relatórios de gestão, por exemplo, mas depende da alimentação do SIOPS que nesses prazos não coincidem. Queria saber se já tem alguma alternativa no DigiSUS para que isso não ocorra? A outra questão é na disponibilização para o gestor de capacitação para o DigiSUS. Achou interessante a ideia de pensar o DigiSUS como um sistema sequencial, mas infelizmente existem municípios que estão há dois ou três anos sem o PPA, PAS..., enfim, pensando em uma mudança de gestão, como o novo gestor vai reparar essa situação?

Analice assessora de planejamento da Maria Celia, atuam no RJ – Achou interessante trazer o orçamento como uma ferramenta importante, além de ter um olhar deste instrumento como estruturante da gestão, não como se fosse apenas o limite, mas orientasse a gestão como um todo. As expectativas são realmente qualificar o DigiSUS, quando veio o SARGSUS acharam que iam qualificar, e hoje já não se tem espaço para anexar o Plano Municipal de Saúde, foi necessário anexar em duas partes para poder entrar. E é essa a grande expectativa, qualificar o DigiSUS.

Sandra assessora técnica e apoiadora do Rio Grande do Sul – A primeira pergunta foi porque nos processos de gestão tem-se um dinamismo, é elaborado um plano e em determinados momentos, surgem necessidades que não foram programadas durante o primeiro ano de governo, e no novo instrumento vai estar aberto para ser inserido qualquer politica nova que surgir durante o processo? A outra questão é em relação ao Siops, se vai ser possível alimentar apenas uma vez o sistema sem ter que ficar repetindo os dados continuamente?

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Regiane congressista de Natal/Rio Grande do Norte – Trouxe algumas pontuações bem objetivas. Dorian falou que o relatório quadrimestral na ferramenta SARGSUS não era obrigatória, e no DigiSUS será obrigatória? A segunda pergunta: No SARGSUS há uma diferença na estrutura dos relatórios quadrimestrais - RDQ e do Relatório Anual de Gestão RAG, porque o RAG é uma espécie de consolidado exceto se tiver algum acréscimo que não foi pontuado nos RDQ’s, então há uma pouca diferença de estrutura dentro do DigiSUS, mas há, por que ele não traz a grade de procedimentos na versão antiga. E essa versão nova, vai ter compatibilidade de estrutura? Se tiver, ótimo, pois se é alimentado o RDQ, não haverá problema de fechamento no RAG. Outra questão também é se melhorou o tempo da informação real, pois a parte demografia e morbimortalidade, por exemplo, tinha uma estimativa de dados atual na demografia, entretanto a descrição da pirâmide era de dois a três anos atrás. Ultima questão é que realmente era um grande desafio cumprir os prazos, até para a própria cultura que está sendo mudada e está sendo aprendida. No entanto, é necessária muita capacitação de maneira didática que colabore com a produção do gestor.

Sueli congressista de Santa Izabel do Pará – Primeiro foi feito uma consideração da desigualdade do Norte do país, a equipe técnica é fragilizada e as vezes só tem uma pessoa para fazer tudo. Ela sentiu uma grande falta de capacitação no uso do SARGSUS, inclusive criticava o MS por conta disso, mas se sente feliz de participar do evento e poder tirar as dúvidas durante o congresso. Portanto, é primordial, uma capacitação de qualidade onde tenha suporte maior nos pontos mais carentes do país.

Respostas:

Maria Cristina – juntando as perguntas de Ferdinando e de Sidnéia, quanto às coisas que observei verificando alguns planejamentos de territórios que são referencias pra outros municípios, observamos que dentro do plano de saúde não está explicito os compromissos regionais, então isso é uma situação que é necessária estar explicitado, ter um capítulo de compromissos regionais. Até porque a alocação dos recursos financeiros não é sua, você recebe para executar para, então isso precisa ficar explicitado. Sugiro que dentro da própria Lei Orçamentária Anual (LOA) fique explicitada uma ação que caracterize a execução do

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compromisso regional, uma vez que será possível fazer a prestação de contas com a região. Então, se você organiza o planejamento do município e um eixo de compromissos regionais, tanto você pode colocar isso dentro do plano, vai para o Plano Anual de Saúde (PAS) e você alocar inclusive orçamentariamente separando as fontes de recursos, independente do instrumento que iremos trabalhar mais a frente.

Marina Ricardo – Quando a Cristina traz esse exemplo, ela está falando mais de um município sede, que possui população própria e população referenciada que ele atende e há essa necessidade de diferenciação. O que ela esta trazendo se refere a um dinheiro federal de Teto Financeiro de Media e Alta Complexidade (MAC), a um recurso que pode estar na Programação Pactuada Integrada (PPI), ou outro nome que podemos atribuir, mas não vamos entrar na discussão que se estivesse tudo na tabela SUS estaria bom, mas sabemos que existem procedimentos que não estão na tabela SUS que o município paga um valor a parte, e isso é devido a falta de instrumentos jurídicos, nos faltam meios para fazermos o repasse de um município para o outro, como acontece em alguns lugares do Brasil. O planejamento regional integrado não é um junção de vários planos municipais, é um espaço regional, tem que se ter um olhar pro grande território. Em relação aos prazos do relatório de gestão, o SARGSUS é uma ferramenta de apoio ele não é o relatório, então o gestor deve olhar para a lei complementar 141/2012 que diz que é necessário elaborar o seu relatório de gestão, e não depender do sistema, o sistema é utilizado para alimentar o relatório de gestão. Existem municípios que não fazem o relatório por não possuírem o SARGSUS e isso está errado.

Maria Cristina - Independente do resultado do planejamento regional, independente se a tabela esta melhorando ou não, ou se vai continuar com o serviço pago por esse formato que ainda é do antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), quero colocar aqui a importância dos compromissos regionais, tanto para quem recebe como para quem encaminha, porque o dinheiro de quem encaminha saiu do teto do município e o dinheiro pra quem recebe entrou no teto do município. Agora, em relação aos prazos muita das vezes você atrasa o documento porque não tem o dado integral disponível naquele momento que o prazo requer, mas pode ser feito um relatório dizendo que o dado está sujeito a alteração e isso não vai te alterar enquanto resultado.

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Dorian Smarzaro – Quando vocês fizeram a pergunta envolvendo regionalização, questão de programações na região e a questão regional, a lei 8.080/90 nos diz que o SUS é uma rede regionalizada e um país com uma complexidade como a nossa, não conseguimos ter um meio termo para isso e além do que a região de saúde não é um ente federado. E a Marina na sua fala disse que o planejamento regional não pode ser uma somatória de planos, então quem antecede quem? Pois, em termos de planos, existem questões/problemas em municípios que não vai haver em outros, assim como podemos ter coincidentes, por isso deve-se partir de um plano local de saúde. O uso do SARGSUS para o encaminhamento do relatório anual de gestão foi tornado de uso obrigatório por um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), então os gestores precisam usar o sistema. O MS ofertou dentro do SARGSUS um modulo pra fazer o quadrimestral, entretanto, não existe uma obrigatoriedade de se encaminhar o relatório quadrimestral via sistema, e 70% dos municípios brasileiros não utilizam o relatório quadrimestral por conta dessas questões. Com relação ao treinamento, sim, vai ter capacitação, até porque a plataforma é nova, o sistema será lançado em Setembro, a partir daí iremos fazer o cronograma, e é claro que iremos fazer uma discussão tripartite e vamos elaborar uma legislação que regulamente esse sistema.

O relatório do quadrimestre só pode se tornar obrigatório por uma decisão tripartite, o MS sozinho não pode dizer para os Estados e Municípios que eles são obrigados a utilizar. Ate porque existem as particularidades que envolvem o relatório quadrimestral os fechamentos de bases, porque quando se faz um relatório quadrimestral fora do sistema, você busca nas suas bases os seus resultados que podem estar muito mais atualizados que as bases do MS, nisso teria o problema de estar se justificando porque as bases estão desatualizadas e isso é ruim para o gestor, e as pessoas não entendem que na saúde existe um tempo para o fechamento de bases. Sobre os dados de morbimortalidade, já fazem alguns anos que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não faz estimativas populacionais por sexo e faixa etária, faz somente a estimativa anual do mês de agosto da população geral do

Município e do Estado, e caso não esteja enganado a última estimativa que o IBGE fez sobre sexo e faixa etária foi em 2012.

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Marina Ricardo - Sobre a capacitação, precisamos entender duas coisas: primeiro a capacitação para a ferramenta e segundo é a capacitação para a elaboração dos instrumentos de gestão, que seja participativo, que tenha comunidade, que envolva a equipe. Nós temos a rede colaborativa com os apoiadores que é uma potência para trabalhar a questão dos instrumentos de planejamento no sentido de fazer oficinas com as equipes municipais e discutir a questão dos instrumentos, e devemos pensar nessa possibilidade do CONASEMS através do projeto rede colaborativa com o MS com a questão da ferramenta especificamente.

Maria Célia parabenizou a todos que participaram da discussão e que ficaram até o final, e finalizou falando sobre a complexidade do país e as grandes inovações que foram feitas mesmo nas dificuldades.

Encaminhamentos:

• Utilizar os instrumentos de gestão com uma sequencia logica, com programação prévia;

• Sugere que dentro da própria LOA fique explicito a execução do compromisso regional;

• Trazer instrumentos jurídicos para fazer repasse de um município para o outro; • Necessidade de se fazer um monitoramento do planejamento.

• Fazer um planejamento que seja eficaz para a gestão e que condiz com a realidade. • Criar um coordenador de planejamento no município e que o Ministério trabalhe esta

figura assim como tem na Atenção Básica.

• Fazer capacitação adequada e bastante didática para ajudar o gestor na construção do planejamento.

Relatores:

Ellen Christiane Corrêa Pinho Erlyson Cássio Santos Silva

Referências

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