Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Aveiras de Cima
2012/2013
Ecossistema ribeirinho é aquele que se localiza nos
rios ou ribeiras e nas suas margens e cujos seres vivos dependem direta ou
indiretamente da água existente, incluindo todos
os cursos de água permanentes ou
temporários e leitos de cheia não agricultados.
Ecossistema Ribeirinho
1. Mapa de Localização
O ponto de
amostragem (PA), principal zona de intervenção deste trabalho, coincide
com a zona de reunião de duas
linhas de água.
Esquema do troço da ribeira, e respetivos cortes transversais.
Início do Troço.
Fim do Troço.
Nas proximidades do ponto de amostragem da Ribeira da
Milhariça, existe uma ponte rodoviária, a Escola Básica 2,3
de Aveiras de Cima e algumas habitações dispersas.
As margens inferiores a 5 metros, resumem-se a uma zona sem intervenção humana, com inúmeros fetos, caniçais e
canaviais.
Na ribeira são depositados alguns resíduos de pequena
dimensão.
A continuidade do bosque ribeirinho é composto
por árvores isoladas, arbustos e herbáceas.
As margens entre 5 a 25 m, caracterizam-se por
uma atividade agrícola (vinha e horticultura), de
cariz familiar
.Deu-se início, então, aos preparativos para a
primeira saída de campo.
Esta primeira saída realizou-se em Janeiro.
Tendo ocorrido uma
grande precipitação neste Inverno ,que não
corresponde aos valores normais para a época,isso
refletiu-se no caudal da
ribeira.
Iniciamos a recolha de dados com: a determinação da largura e profundidade do leito, a determinação da velocidade da
água, do grau de transparência da água, da medição da temperatura e a avaliação do pH e dos vestígios de nitritos e
nitratos, medidos com a fita indicadora universal.
Determinação do grau da transparência da
água com o Disco de Secchi.
Medição da temperatura.
Avaliação do pH e dos vestígios de nitritos e nitratos, medidos com a fita
indicadora universal.
Procederam-se às primeiras recolhas de amostras, na tentativa de identificar os macroinvertebrados.
Ecossistema Fluvial
A captura de um camarão de água doce, três quirinomídeos
vermelhos, um blatídeo e um lagostim já sem vida, foram as
situações mais relevantes no domínio da fauna ripícola
capturada.
As larvas de quirinomídeos, de cor vermelha, reúnem condições de sobrevivência mesmo em águas com baixo
teor de oxigénio dissolvido.
Na última saída de campo conseguimos observar mais espécies.
Libelinha
Sapo de unha negra
Anfíbios
Pintassilgo
Pega
Pardal comum Sardanisca
Insetos
Mosquito
Andorinha
Borboletas Aves
Melro
Caniço: Phragmites australis Cana comum: Arundo donax
Junco: Juncus effusus Junça: Cyperus esculentus Papoila: Papaver rhoeas L.
Agrião: Nasturtium officinale
Ranúnculo aquático: Ranunculus sp.
Vidoeiro: Bétula alba L.
Feto-real: Osmunda regalis L.
Silva: Rubus ulmifolius Schott
Cardo: carduus marianus L.
Pinheiro manso: Pinus pinaster L.
Nas incursões realizadas pelos alunos, entre o início do troço
e o ponto de amostragem, estes puderam observar a existência de alguns fundos
com mais de um metro de profundidade.
A ligação do Homem à ribeira resume-se, curiosamente, à
utilização da água para rega.
Nas saídas de campo, naquela zona, foram identificados vários coletores, não apresentando, contudo, vestígios de libertação de fluidos poluentes, mas…
Há relatos de moradores que confirmam existir,
periodicamente, um odor a esgoto nesta zona da ribeira
.…nestas incursões a montante do ponto de amostragem, constatou-se
que a transparência da água é francamente menor.
Contudo continua a não apresentar odor, nem vestigios de nitratos e
nitritos.
Este troço da ribeira a montante do ponto de amostragem, é uma zona de
difícil progressão devido à elevada infestação por caniços.
Incluir figura de
caniços
Entre o ponto de amostragem e
o inicio do troço, o leito
encontra-se interrompido.
Nesta zona, encontraram-se, no leito da ribeira,
embalagens de pesticidas, uma delas ainda não totalmente vazia, e que refletem o desconhecimento
ou a irresponsabilidade de algumas pessoas
relativamente à contaminação
das linhas de água.
1ª SAÍDA DE CAMPO (7 jan) 2ª SAÍDA DE CAMPO (15 maio)
Largura do leito 2,0 m 2,0 m
Profundidade do leito 0,16 m 0,28 m
Velocidade (m/s) 0,035 0, 055
Temperatura (ºC) 18 21
Transparência (disco de Secchi)
2 2
Volume sólido Não visivel a olho nú Não visivel a olho nú
pH da água 7,0 7,1
Vestigios de nitritos (mg/l)
0 0
Vestígios de nitratos (mg/l)
0 0
Odor da água Sem odor Sem odor
Mapa resumo das saídas de campo.
QRISI – INDICE DE QUALIDADE DA ZONA RIBEIRINHA
A – Estrutura das margens e da ribeira ou Grau de Naturalidade.
Caniçal / tabual: 2 pontos
.
B – Conectividade com as formações vegetais adjacentes.
Nula, com campos de cultivo: 1 ponto
C – Continuidade da vegetação ripícola ao longo da ribeira.
Pequenas manchas isoladas sem conexão entre elas: 0 pontos.
Determinação da Qualidade do Bosque Ripícola.
A+B+C= 3 Pontos
Conclusões
O elevado estado de infestação do leito da ribeira,
provocando, inclusivamente, a obstrução da linha de água a
montante do ponto de amostragem sugere que é necessário
e urgente, a tomada de medidas adequadas no sentido de
promover, a reabilitação da ribeira.
Propostas
Limpeza e manutenção das linhas de água.
Estabilização das margens.
Regularização do leito a montante da ponte, de forma a eliminar os
“fundões”
Construção de uma pequena represa no fim do troço.
Fomentar a criação de habitats específicos para o crescimento da vida aquática.
Estabelecimento de um percurso pedonal, na margem esquerda, com elementos gímnicos vocacionado para o lazer, a prática desportiva e para observação da biodiversidade da ribeira.
Criação de uma zona com fins de lazer e recreativos entre a ribeira e a EB 2,3 de Aveiras de Cima.
Constituição de uma Associação de Defesa da Ribeira da Milhariça.
Projeto de requalificação da zona
envolvente da margem esquerda
Vista parcial da zona de
intervenção.
Legenda
A- Mesa de Piquenique B- Barbecue
C- Fontanário C/ Lava Louça
D- Percurso Pedonal com Elementos Gímnicos M- Mesa para 4 pessoas
Espécies:
P- Pinheiro manso: Pinus pinea Q- Bétula: Bétula alleghaniensis Jogos Tradicionais:
- Chinquilho - Malha