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Regulação de Preços de Planos de Saúde * #

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Academic year: 2021

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(1)

Rodrigo Mendes Leal

1

e

João Boaventura Branco de Matos

2

1. Economista do BNDES, Especialista em Políticas Públicas e

Gestão Governamental pela ENAP/MP e mestre em economia pela

UERJ (RMENDESLEAL@GMAIL.COM)

2. Especialista em Regulação da ANS, doutorando do IMS/UERJ e

professor da ESPM (JMATOS@ESPM.BR)

Regulação de Preços de Planos de Saúde *

#

* As opiniões expressas neste trabalho são exclusivamente do(s) autore(s) e não

refletem, necessariamente, a visão das instituições a que estão vinculados.

(2)

Falso ou Verdadeiro?

O maior rigor da regulação dos planos individuais tem impedido o

crescimento desta modalidade no mercado.

Os planos individuais crescem mais nas faixas etárias mais

elevadas do que nas mais jovens, inviabilizando essa modalidade

de planos no longo prazo.

A ANS é em geral mais generosa com reajustes de preços do que

suas congêneres e essa política tem provocado expansão de

gastos com planos de saúde acima da média da Economia.

(3)

2. Diferenças na Regulação de

planos individuais e

coletivos

PLANOS DE SAÚDE: MERCADO INDIVIDUAL x COLETIVO

1. Sumário

Objetivo: Analisar comparativamente o mercado de planos

médicos segundo tipo de contratação e preços.

3. Evolução do Mercado

5. Desafios da Regulação

4. Evolução

de reajustes

Motivação: Diferenciação, entre os tipos de contratação, do

crescimento e da regulação.

Sumário:

(4)
(5)

i) Regulação técnico-assistencial (invariante)

ii) Regulação da utilização

-Limitação ao uso integral e imediato dos planos

- Carência

- Em caso de doenças ou lesões pré-existentes (DLP):

- Agravo

- Cobertura Parcial Temporária.

Diferenciação por tipo de contratação (posterior à Lei 9.656):

Tipo de contratação e porte Carência Agravo ou CPT

Individual Permitida Permitida

Coletivo

Empresarial com 50 vidas ou mais Não permitida Não permitida

menos de 50 vidas Permitida Permitida

Por adesão com 50 vidas ou mais Permitida Não permitida

menos de 50 vidas Permitida Permitida

2. Diferenças na Regulação do MERCADO INDIVIDUAL x COLETIVO:

(6)

iii) Regulação de preços:

a) Preço de venda (invariante):

Definido autonomamente, mas deve:

• Respeitar regra de mutualismo com pacto intergeracional;

• Ser superior a preço mínimo atuarial.

b) Variação de preço:

• Por mudança de faixa etária (invariante).

• Por Reajuste ou Revisão:

• Coletivo*: Livre. Poder de barganha do contratante PJ.

• Individual: Modelo índice-teto de reajuste, baseado na

regulação por incentivos, considerando como benchmark o

mercado coletivo, por hipótese mais competitivo.

Diferenciação por tipo de contratação (posterior à Lei 9.656):

* Aos planos coletivos contratados por pessoa física junto a autogestões sem mantenedores, aplicam-se as regras de reajuste dos planos individuais.

Gera Seleção

Adversa?

Subsídio

Cruzado Etário

Viés de

atuação p/

OPS?

2. Diferenças na Regulação do MERCADO INDIVIDUAL x COLETIVO:

Seleção de

Risco?

(7)

• É significativa a evolução dos planos de saúde de assistência

médica no Brasil;

• Predominância na participação de beneficiários e diferenciado

crescimento, mais acentuado entre os planos coletivos;

• Há diferenciação do perfil etário dos beneficiários?

• Há queda na taxa de crescimento para alguma (s) faixa (s)?

3. Evolução do Mercado

Vínculos de beneficiários de planos coletivos de assistência médica 0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 d e z/ 0 0 a b r/ 0 1 a g o /0 1 d e z/ 0 1 a b r/ 0 2 a g o /0 2 d e z/ 0 2 a b r/ 0 3 a g o /0 3 d e z/ 0 3 a b r/ 0 4 a g o /0 4 d e z/ 0 4 a b r/ 0 5 a g o /0 5 d e z/ 0 5 a b r/ 0 6 a g o /0 6 d e z/ 0 6 a b r/ 0 7 a g o /0 7 d e z/ 0 7 Data N º d e B e n e fi c ri o s Coletivos

(8)

Evidências para os coletivos, em relação aos individuais:

• Menor idade média e participação de idosos. => Menor risco?

• Aumento significativo do grupo economicamente ativo. =>

Associado à melhoria das condições de emprego formal?

• Participação por grupo de faixa etária:

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% m a r/ 0 0 s e t/ 0 0 m a r/ 0 1 s e t/ 0 1 m a r/ 0 2 s e t/ 0 2 m a r/ 0 3 s e t/ 0 3 m a r/ 0 4 s e t/ 0 4 m a r/ 0 5 s e t/ 0 5 m a r/ 0 6 s e t/ 0 6 "0 a 18" "19 a 58" "59 ou +" 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% m a r/ 0 0 s e t/ 0 0 m a r/ 0 1 s e t/ 0 1 m a r/ 0 2 s e t/ 0 2 m a r/ 0 3 s e t/ 0 3 m a r/ 0 4 s e t/ 0 4 m a r/ 0 5 s e t/ 0 5 m a r/ 0 6 s e t/ 0 6 "0 a 18" "19 a 58" "59 ou +"

• Individual

• Coletivo

• Idade média por contratação

(9)

- Crescimento em todas

as faixas,

especialmente nos

mais jovens da PEA.

- Possivelmente

associado à melhoria

de emprego formal e

informal.

- Mais intenso para

coletivo do que para o

individual. Política de

reajustes?

• Crescimento segundo os intervalos de faixa etária de reajuste:

Acumulado: mar/2000 a dez/2006

Faixa etária

Tipo de contratação

Individual Coletivo Não informado Total

(10)

ESPECIFICIDADES DOS REAJUSTES DOS PLANOS DE SAÚDE

- Reajuste máximo a ser autorizado no mercado individual tem como base a

média dos reajustes do mercado coletivo.

- Este indicador é conjuntamente impregnado de efeitos de variações de

aumento de preços, freqüência de utilização e introdução de novas

tecnologias. Em paralelo, variações decorrentes da mudança de faixa etária

dos beneficiários segue dinâmica própria.

- Desse modo, as variações de preços dos planos de saúde não são de

natureza de preços strictu sensu, posto que consideram variações de

preços e de quantidades (conjuntamente impregnadas de efeitos de

variações de aumento de preços, freqüência de utilização, introdução de

novas tecnologias). Em paralelo, variações decorrentes da mudança de

faixa etária dos beneficiários seguem dinâmica própria

-Diversos estudos que confrontam os reajustes com índices de preço: SAINTIVE e

CHACUR (2006), OCKÉ-REIS e CARDOSO (2006), TEIXEIRA (2006) e IDEC (2006)

(11)

=> Trata-se de um índice de valor (preço multiplicado por quantidade, portanto),

cuja comparação mais adequada é com outros índices da mesma natureza.

Índice

Laspeyres

Paasche

Preços

Quantidade

Valor

Fonte: IBGE (2007) e MANUAL DA USP (1998, cap.17)

(12)

• Índices de variação

:

- Conclusão: o modelo de regulação por incentivos tem conferido em geral reajustes superiores

aos principais índices de preços e relativamente próximos da variação do PIB nominal.

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Acum. 00 -

07

IPCA

5,97%

7,67%

12,53%

9,30%

7,60%

5,69%

3,14%

4,46%

71,96%

IPCA - Planos de Saúde 5,42%

4,28%

8,42%

8,66%

10,51%

12,03%

12,29%

8,13%

94,67%

IGP-M

9,95%

10,38%

25,31%

8,71%

12,41%

1,21%

3,83%

7,75%

110,45%

5,21%

7,60%

8,03%

8,74%

10,92%

11,71%

9,82%

6,79%

93,24%

7,10%

10,51%

10,96%

11,75%

14,03%

14,85%

12,95%

9,29%

137,25%

10,75%

10,40%

13,49%

15,03%

14,21%

10,60%

8,18%

11,11% 142,34%

Produto Interno Bruto NOMINAL

Índices de

Preços

Índice de Reajuste Autorizado ANS

Índice ANS Acrescido de Faixa Etária

Percentual Anual

Fonte: Elaboração própria, com dados do BACEN e TABNET-ANS. Previsão de Crescimento real do PIB de 5,2% em 2007 (estimativa do Banco Central em fevereiro de 2008

-http://www4.bcb.gov.br/pec/expectativas/series/port/cacheprincipal.asp). Índice de reajuste autorizado pela ANS calculado utilizando o período de aplicação. Estimativa própria do impacto de variação de faixa etária.

(13)

• Variação: Preços de planos de saúde (com mudança de faixa

etária) x PIB Nominal

-20 40 60 80 100 120 140 160 PIB Nominal 10,75 22,27 38,76 59,62 82,30 101,62 118,10 142,34 Impacto ANS 8,97 21,22 34,68 52,06 74,51 99,18 120,98 139,30 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

(14)

i)

Crescimento de falsos planos coletivos por adesão:

Reúnem de diversas maneiras beneficiários PF por intermédio

de um CNPJ.

Tende a apresentar menores custo regulatórios e preços de

entrada inferiores.

Todavia, representam um grande risco aos beneficiários, nem

sempre fielmente representados, pois estes podem ser

prejudicados por reajustes abusivos ou pela não renovação

de contrato.

(15)

ii) Diferenciação da evolução da trajetória da composição

da carteira dos planos individuais em relação aos

coletivos.

Pode vir a representar diferenciação para a dinâmica da

evolução do perfil de riscos, e possivelmente custos.

Com impactos no modelo de financiamento do setor, devido à

problematização do planejamento atuarial das operadoras e

do modelo de regulação de preços.

(16)

iii) Como melhorar condições de acesso e concorrência?

- Reduzindo os custos de transação:

- Aprimoramento da regulação de planos coletivos por

adesão;

- Aumento da transparência (acreditação, qualificação,

anuário de produtos, etc.);

- Aumento da mobilidade com portabilidade.

( + ) ( + )

Reajuste baseado nos m oldes atuais, sem a adoção de m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Ausência de regulação de reajustes e sem m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Regulação com flexibilização dos reajustes e com m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Reajuste diferenciado, baseado no “value

cap”, com adoção de

m ecanism o de m obilidade com portabilidade.

R egulação dos Preços (+ )

(-) ( -) Re g u la ç ã o d a P o r ta b il id a d e

1

2

3

4

( + ) ( + )

Reajuste baseado nos m oldes atuais, sem a adoção de m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Ausência de regulação de reajustes e sem m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Regulação com flexibilização dos reajustes e com m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Reajuste diferenciado, baseado no “value

cap”, com adoção de

m ecanism o de m obilidade com portabilidade.

R egulação dos Preços (+ )

(-) ( -) Re g u la ç ã o d a P o r ta b il id a d e ( + ) ( + )

Reajuste baseado nos m oldes atuais, sem a adoção de m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Ausência de regulação de reajustes e sem m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Regulação com flexibilização dos reajustes e com m ecanism o de m obilidade com portabilidade. Reajuste diferenciado, baseado no “value

cap”, com adoção de

m ecanism o de m obilidade com portabilidade.

R egulação dos Preços (+ )

(17)

Falso ou Verdadeiro: você mudou sua opinião em alguma?

O maior rigor da regulação dos planos individuais tem impedido o

crescimento desta modalidade no mercado.

Os planos individuais crescem mais nas faixas etárias mais

elevadas do que nas mais jovens, inviabilizando essa modalidade

de planos no longo prazo.

A ANS é em geral mais generosa com reajustes de preços do que

suas congêneres e essa política tem provocado expansão de

gastos com planos de saúde acima da média da Economia.

A regulação já se encontra em estágio suficientemente maduro.

Já é possível pensar na liberalização dos reajustes de planos

individuais.

(18)

Rodrigo Mendes Leal

1

e

João Boaventura Branco de Matos

2

1. Economista do BNDES, Especialista em Políticas Públicas e

Gestão Governamental pela ENAP/MP e mestre em economia pela

UERJ (RMENDESLEAL@GMAIL.COM)

2. Especialista em Regulação da ANS, doutorando do IMS/UERJ e

professor da ESPM (JMATOS@ESPM.BR)

Regulação de Preços de Planos de Saúde *

#

* As opiniões expressas neste trabalho são exclusivamente do(s) autore(s) e não

refletem, necessariamente, a visão das instituições a que estão vinculados.

# Registra-se o agradecimento pela colaboração de Maurício Espasandim Miranda,

graduando em Economia pela Universidade Estácio de sá – RJ..

Referências

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