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DIREITO CIVIL PARA OS CONCURSOS DE TÉCNICO E ANALISTA DO TRT E DO MPU

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2018

DIREITO

CIVIL

PARA OS CONCURSOS DE TÉCNICO E

ANALISTA DO TRT E DO MPU

6.

ašřȯŖŏɏ

(2)

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1. CONCEITO E DIVISÃO DO DIREITO 1.1. Conceito de direito

Muitas discussões existem sobre o conceito de direito, de forma que, até os dias de hoje, não há um consenso sobre o tema.

O que realmente importa é não esquecer a ideia de que o homem é um ser social, por natureza. Há uma necessidade natural do homem se relacionar com o próximo, criando os mais diversos agrupamentos sociais.

Foi assim desde os primórdios.

O relacionamento social, a soma de forças e de energia sempre estiveram asso-ciados com a sobrevivência e com a reprodução, de modo a garantir a perpetuação da espécie.

Dessa forma, mesmo nos agrupamentos sociais mais simples e primitivos, sem-pre houve a necessidade de se criar um número de regras mínimas que pudessem garantir o convívio entre os homens. Assim ocorreu na família primitiva, nos grupos tribais e assim ocorre, atualmente, no estado moderno.

O direito surge, então, como um instrumento de satisfação da necessidade hu-mana, tendo como origem o convívio social.

A esse conjunto de normas que disciplina, de maneira indistinta e coercitiva, o convívio social dá-se o nome de direito, cuja fnalidade é impor limites ēs ações humanas para viabilizar a vida em sociedade.

A palavra direito é originária do latim directum, que signifca o que é reto. %ssa origem deu ē palavra direito inúmeras aplicações na língua portuguesa, podendo signifcar, por exemplo, norma, justiça, ou aquilo que é correto.

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1.2. Fontes jurídicas

A palavra fonte é usada metaforicamente para indicar o nascedouro, ou seja, aquilo que cria as normas jurídicas.

A doutrina tradicional divide as fontes do direito em diretas ou imediatas e indiretas ou mediatas.

As chamadas diretas ou imediatas são as que, por si só, são capazes de gerar normas jurídicas. 2ão a lei e o costume, os quais abordaremos especifcamente adiante em tópicos próprios.

As fontes indiretas ou mediatas são as que, apesar de não terem força para criar normas jurídicas, auxiliam e inguenciam a criação das normas, tendo grande relevĕn-cia para a interpretação e aplicação do direito. São a doutrina e a jurisprudênrelevĕn-cia.

A doutrina representa o direito científco, consubstanciado nos ensinamentos e regexões dos estudiosos do direito que visam dar sentido ao texto frio da lei.

A doutrina tem importante papel no debate acerca da melhor interpretação da lei, bem como de sugerir modifcações e aprimoramentos no direito positivo.

A jurisprudência representa o direito aplicado concretamente, de forma reite-rada, pelos tribunais, quando da solução dos congitos.

O /oder *udiciário, quando instado a dirimir congitos, sempre se posiciona sobre a lide, distribuindo o direito. A jurisprudência, então, se forma com o tempo, quando os tribunais fxam um entendimento sobre o assunto e passam a decidir de forma uniforme para a mesma situação fática.

-esse aspecto, é evidente a importĕncia da doutrina e da jurisprudência como fontes do direito, pois demonstram ao legislador como os estudiosos “pensam” o direito e como os tribunais aplicam o direito, expondo relevante orientação e ingu-ência no momento de elaborar as leis.

Fontes Diretas Indiretas Lei Costume Doutrina Jurisprudência

1.3. Direito positivo e direito natural

Direito positivo é o “conjunto de princípios que pautam a vida social de deter-minado povo em determinada época”1.

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Não importa se esses princípios são escritos ou não, se possuem elaboração sistemática ou jurisprudencial, pois o conceito de direito positivo está relacionado ao conceito de vigência2.

O direito natural, por sua vez, tem seu conceito ligado a um ideal de justiça. A fonte do direito natural evoluiu conforme o tempo, encontrando fundamento ora na natureza, ora em Deus e ora na razão humana.

Em outras palavras, o direito natural representa as “leis anteriores e inspirado-ras do direito positivo, as quais, mesmo não escritas, encontram-se na consciência dos povos”3.

Como é possível observar, não há qualquer antagonismo entre o direito positivo e o direito natural, pois este, como ideal de justiça superior, serve de inspiração ēquele para que alcance a perfeição.

1.4. Direito objetivo e direito subjetivo

Direito objetivo é o conjunto de normas gerais, impostas pelo Estado, cuja ob-servĕncia os indivíduos podem ser compelidos mediante coerção.

Há, portanto, um conjunto de normas de observĕncia obrigatória, a que garante uma proteção jurídica, como, por exemplo o direito de propriedade.

A existência dessas normas fornece ao indivíduo um campo de ação, no sentido de exigir que se cumpra a proteção conclamada. Assim, o indivíduo violado em sua propriedade pode utilizar-se da proteção legal e exigir que cesse a agressão ao seu direito.

A essa prerrogativa, ou direito de ação, damos o nome de direito subjetivo, que nada mais é do que o poder que alguém tem de, dentro do ordenamento jurídico, exigir de outrem um comportamento.

É importante observar que direito objetivo e subjetivo, na verdade, são faces de uma mesma realidade, que surgem dependendo do campo de visão que se admite. De fato, o direito objetivo revela o conjunto de normas gerais criadas para proteger o indivíduo, enquanto o direito subjetivo indica a vontade ou interesse do indivíduo de invocar tais normas para repelir uma ilegalidade.

1.5. Direito público e direito privado

O direito ainda pode ser dividido em público e privado.

O direito público é o que regula as relações em que o Estado é parte, seja em relação a si mesmo (direito constitucional), seja em relação a outros Estados (direito

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internacional), ou, ainda, em relação com os particulares, quando revestido de soberania (direito administrativo e tributário)4.

O direito privado, por sua vez, é o que regula as relações entre particulares. Dessa forma, pertencem ao direito público interno: o direito constitucio-nal, que regula a disciplina jurídica, política e econômica do Estado; o direito administrativo, que regula a atividade estatal na busca da consecução dos fns sociais; o direito tributário, que visa disciplinar a receita e a despesa do Estado, com a consequente imposição de tributos fundamentada no poder de império; o direito processual, que estabelece as regras pelas quais a Justiça é distribuída; e o direito penal, que defne crimes e penas, pelos quais o Estado mantém a ordem jurídica.

Ao direito público externo pertence o direito internacional.

O direito privado engloba o direito civil, que regula os direitos e deveres de todas as pessoas, disciplinando normas sobre a capacidade das pessoas, e sobre as relações atinentes ē família, ēs obrigações, ēs coisas e ē sucessão; o direito empresarial, que regulamenta as normas relativas ē atividade dos empresários e das empresas; e o direito do trabalho, que regula as relações entre empregados e empregadores, além de normas relativas ē segurança e medicina do trabalho, bem como das organizações sindicais.

Cabe esclarecer que, atualmente, muitos doutrinadores têm defendido a ideia de publicização do direito privado, sustentando que há interesse do Estado em interferir no direito privado, estabelecendo normas cogentes, como ocorre, por exemplo, nas normas de direito de família e de direito do trabalho.

1.6. A lei

1.6.1. Conceito e principais características

O Direito Brasileiro é derivado do Civil Law, de origem romano-germĕnica, cuja fonte principal é a lei.

Etimologicamente, a palavra lei deriva do verbo latino legere, que signifca ler. Há inúmeros conceitos de lei, trazidos pela doutrina ao longo do tempo. No entanto, o que mais importa são as características da lei, pois, sabendo-se as características, fca simples formular o conceito.

A primeira característica deriva do próprio nome. Como dito, a palavra lei tem origem no verbo ler, de maneira que a lei, necessariamente, deve ser escrita, onde repousa uma das diferenças entre nosso sistema e o direito costumeiro.

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A lei deve ser geral, pois não se dirige a um caso particular, mas a um número inde-terminado de pessoas, abrangendo todos os casos que se enquadrem em sua tipicidade. É, ainda, imperativa, vez que impõe um dever. Como ensina Carlos Roberto Gonçalves, a “lei é uma ordem, um comando”, pois quando exige uma ação, cria uma imposição, e quando exige uma abstenção, cria uma proibição5.

Possui efeito permanente, haja vista que produzirá efeitos até ser revogada ou perder efcácia, disciplinando todos os casos aplicáveis indefnidamente6.

A lei deve emanar de um poder competente, pois, para valer contra todos, sua criação deve respeitar o processo legal de elaboração e ser originária do poder estatal competente para elaborá-la, que, no direito brasileiro, é, em regra, o Poder Legislativo. Emanando do poder competente, a lei ganha legitimidade para imperar.

Por fm, a lei é autorizante, pois sempre traz uma permissão ou uma proibição de conduta, ou como esclarece Flávio Tartuce, um autorizamento, na medida em que autoriza ou não autoriza determinada conduta7.

Após a análise das características, utilizaremos o conceito de lei trazido por Silvio de Salvo Venosa, para quem a “lei é uma regra geral de direito, abstrata e perma-nente, dotada de sanção, expressa pela vontade de uma autoridade competente, de cunho obrigatório e de forma escrita”8.

1.6.2. Vigência da lei

Segundo o insigne Carlos Roberto Gonçalves, “vigência designa a existência específca da norma em determinada época, podendo ser invocada para produzir, concretamente, efeitos”9.

A lei passa por três momentos fundamentais para que tenha validade: da

elabo-ração; da promulgação e da publicação. Após, há o período de vacância, usualmente

defnido na própria norma, que é o período compreendido entre a data da publicação e a data em que a lei entra em vigor.

Nos termos do art. 1º da Lei de Introdução, “salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de ofcialmente publicada”.

Isso signifca que, caso a lei não especifque o período da vacĕncia, ela entrará em vigor quarenta e cinco dias depois de ofcialmente publicada, segundo a norma geral trazida pela Lei de Introdução.

5. Direito Civil I. V. I. São Paulo: Saraiva: 2011, p. 53.

6. VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. V. I, 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 37. 7. Direito Civil I. 9ª ed. São Paulo: Método, 2013, p. 7.

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Elaboração Promulgação Publicação Vigência

Vacĕncia

Em regra, é de 45 dias (art. 1º Lei de Introdução)

0uando a lei brasileira for admitida no exterior, o período de vacĕncia será de três meses, tendo em vista o quanto preconizado no art. 1º, §1º da Lei de Introdução.

Em caso de existir, durante o período de vacĕncia, nova publicação com o intuito de corrigir eventuais equívocos, o prazo da obrigatoriedade começará a correr da nova publicação, por força do art. 1º, §3º da Lei de Introdução.

Cumpre esclarecer, no entanto, que o novo prazo é aplicável apenas para os textos republicados, isto é, para a parte corrigida.

Vimos que a lei tem caráter permanente, ou seja, que se mantém em vigor até que seja revogada por outra lei. Isso é o que consagra o art. 2º da Lei de Introdução, que traz o princípio da continuidade da lei.

Dessa forma, revogar uma lei signifca retirar sua obrigatoriedade, deixando-a sem efcácia. A ideia de revogação está associada ē cessação de existência.

Segundo a extensão, a revogação pode ser classifcada em: a) revogação total

(ab-rogação), que ocorre quando a lei anterior é totalmente suprimida, como se deu,

por exemplo, com o Código Civil de 1916, revogado totalmente pelo Código Civil de 2002 (art. 2.045); ou b) revogação parcial (derrogação), quando a revogação ocorre somente em parte da lei, permanecendo em vigor a parte inalterada, como tem acontecido, por exemplo, com o próprio Código Civil, que tem sido alvo de modi-ficações, sobretudo relacionadas a incapacidade das pessoas naturais, promovida pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência.

REVOGAÇÃO segundo a extensão

Total: totalmente revogada Parcial: parcialmente revogada

0uanto ē forma de sua execução, a revogação pode ser classifcada em: a)

expressa, quando a lei nova indica taxativamente que a lei anterior foi total ou

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art. 1.211-A do CPC de 1973, revogado tacitamente pelo art. 71 da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do Idoso). REVOGAÇÃO quanto à forma Expressa Tácita

É importante lembrar, por derradeiro, que a Lei de Introdução traz a proibição da repristinação como regra, que está consagrada no art. 2, §3º.

O efeito repristinatório ocorre quando a lei revogada volta a viger com a revo-gação da lei revogadora. Como dito, tal efeito, em regra, não ocorre por vedação expressa do art. 2, §3º da Lei de Introdução.

A repristinação, excepcionalmente, ocorre em duas hipóteses: a) quando a lei revogadora for declarada inconstitucional; e b) quando houver previsão expressa na lei.

Exemplifcando, imagine que está em vigor a lei 7. Depois, é publicada a lei 8, revogando a lei 7. Uma eventual nova lei Z, que revogar a lei 8, não restabelecerá a vigência da lei 7. Esse é o efeito repristinatório vedado pelo art. 2º, §3º da Lei de Introdução.

A lei 7 somente voltará a viger se a lei 8 for declarada inconstitucional, ou se a lei Z consignar, expressamente quando da revogação da lei 8, que a lei 7 terá sua vigência restabelecida.

Lei 7 em vigor Lei 8 revoga a Lei 7 Lei Z revoga a Lei 8

Lei X volta a vigorar? Resposta: Não

1.6.3. A obrigatoriedade das leis

Como visto, a lei tem observĕncia obrigatória, sendo descabida qualquer alegação de ignorĕncia ou desconhecimento da lei.

A lei representa a vontade do povo e, uma vez em vigor, torna-se obrigatória para todos.

Nesse sentido, o art. 3º da Lei de Introdução consagra expressamente o princípio da obrigatoriedade, quando dispõe “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando

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A previsão expressa é corolário da segurança jurídica e visa garantir a efcácia total do ordenamento jurídico.

Não obstante, o princípio da obrigatoriedade não afasta, em certos casos, o erro de direito, que pode ser invocado, atendido os requisitos legais, como causa de anulação de negócio jurídico. Sobre o erro, falaremos mais adiante quando tra-tarmos dos defeitos do negócio jurídico.

2. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

2.1. O conteúdo e a função da Lei de Introdução às Normas do Direito Bra-sileiro

A Lei de Introdução ao Código Civil é uma legislação anexa ao Código Civil de 1916. Entretanto, trata-se de uma legislação autônoma, ainda em vigor, destinada a servir de norte ē totalidade do ordenamento jurídico nacional.

Como bem esclarece Carlos Roberto Gonçalves, a Lei de Introdução ao Código Civil é “um conjunto de normas sobre normas”. Ela traz disposições preliminares, que orientam o modo de aplicação e entendimento do direito, no tempo e no espaço.

Seus preceitos aplicam-se a todos os ramos do direito, exceto no que for tratado de forma diferente pelas legislações específcas.

Por força da Lei 12.376, de 30 de dezembro de 2010, a Lei de Introdução ao Código Civil teve o nome alterado para Lei de Introdução ēs Normas do Direito Brasileiro, motivo pelo qual utilizaremos essa designação.

2.2. A aplicação e interpretação das normas jurídicas

A norma jurídica é abstrata e geral, abrangendo todos os casos que se enqua-drarem em sua tipicidade.

No entanto, para verifcar qual a lei aplicável ao caso concreto, o juiz deve interpretá-la, extraindo o verdadeiro sentido da norma.

De se destacar que todas as normas são passíveis de interpretação, mesmo as normas claras e objetivas, pois para se afrmar que são claras é necessário um trabalho interpretativo.

Dessa forma, é possível dizer que a interpretação será mais simples ou complexa, conforme a norma for mais clara ou obscura.

Atualmente, as teorias de interpretação mais aceitas são a da interpretação

objetiva e a da livre pesquisa do direito.

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alisada segundo os preceitos morais e sociais de cada época. Isso, evidentemente, concede um poder criador ao juiz quando da interpretação da norma.

A hermenêutica é a ciência de interpretação das leis.

2.3. A integração das normas jurídicas

A sociedade está em constante transformação. A complexidade das relações sociais e o aprimoramento tecnológico são verdadeiros catalisadores da evolução humana.

Dessa forma, as transformações sociais ocorrem numa velocidade muito maior do que as alterações legislativas, de maneira que o legislador não consegue prever todos os acontecimentos e fatos sociais, sobretudo os futuros.

A lei, nesse contexto, pode apresentar lacunas, eis que, em algum momento, pode não trazer a disciplina jurídica para determinado fato social.

Ainda que haja a citada lacuna, o juiz não pode se eximir de sentenciar e distri-buir a justiça, sob a alegação de que não existe lei aplicável ē lide instaurada. Isso é o que dispõe expressamente o art. 140 do novo CPC.

Quando isso ocorrer, o juiz deverá buscar a integração das normas jurídicas, utilizando-se da analogia, do costume e dos princípios gerais de direito. Esse é o preceito contido no art. 4º da Lei de Introdução.

Observe que a lei pode apresentar lacunas, mas o direito, como um sistema amplo e complexo, apresenta formas de suprir eventuais omissões, havendo indi-cação expressa do legislador orientando o juiz a como proceder em caso de lacuna.

Passaremos a analisar os mecanismos de integração. 2.3.1. A analogia

Inicialmente, cabe esclarecer que há uma hierarquia entre os mecanismos de integração previstos no art. 4º da Lei de Introdução, de maneira que a analogia deve ser empregada em primeiro lugar.

A analogia deve ser utilizada quando não há uma lei que discipline o fato em análise. Nesse caso, o julgador deve solucionar a questão aplicando uma lei que discipline um caso semelhante.

O ilustre Flávio Tartuce exemplifca utilizando o art. 499 do CC, que possibilita a compra e venda de bens entre cônjuges quanto aos bens excluídos da comunhão. Nesse caso, a compra e venda também é possível quanto aos companheiros. Observe que, não obstante a lei faça a previsão apenas entre pessoas casadas, eis que se referem a cônjuges, a analogia permite utilizar a mesma norma para as pessoas que vivem em união estável10.

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f QUEST ÕES DE C ONCURSOS

ĆĕŃęĚđĔ

01. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 6 / 2012 / FCC) Nos Estados

es-trangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia, depois de ofcialmente publicada, em a) quarenta e cinco dias.

b) três meses. c) noventa dias. d) um mês. e) trinta dias.

COMENTÁRIOS

de acordo com o art. 1º, § 1º da Lei de Introdução às Normas do Direi-to Brasileiro (LINDB), a obrigaDirei-toriedade da lei brasileira, nos Estados estrangeiros, se inicia ƚƌġƐ ŵĞƐĞƐ ĚĞƉŽŝƐ ĚĞ ŽĮĐŝĂůŵĞŶƚĞ ƉƵďůŝĐĂĚĂ͘ O candidato deve ter cuidado para não con-fundir três meses com noventa dias. Também deve se atentar para não confundir com o pra-zo para entrada em vigor da norma no país, que é de quarenta e cinco dias (art. 1º, caput da LINDB).

02. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21 / 2010 / CESPE) Com base na Lei

de Introdução ao Código Civil, julgue os itens que se seguem.

( ) Quando determinada lei, antes mes-mo de entrar em vigor, tem seu texto corrigido, por meio de nova publicação ofcial, considera-se que o prazo de va-catio legis começará a correr a partir da primeira publicação.

COMENTÁRIOS

I em conformidade com o art. 1º, § 3º da LINDB, se, antes de uma lei entrar em vi-gor, ocorrer nova publicação de seu texto para correção, o prazo de ǀĂĐĂƟŽůĞŐŝƐ começará a correr da nova publicação.

( ) Diante de uma omissão legislativa, o juiz deve decidir o caso de acordo com a analogia, a equidade e os princípios gerais de direito, no entanto, ante a lacuna de lei, é dada ao magistrado a faculdade de se eximir do julgamento da lide.

COMENTÁRIOS

I o item tem dois erros. O primeiro é que, diante da omissão da lei, o juiz deve de-cidir o caso de acordo com a analogia, os cos-tumes e os princípios gerais de direito (art. 4º da LINDB). Não deve decidir de acordo com a equidade. O segundo erro é que, ante a lacuna da lei, o juiz não tem a faculdade de se eximir do julgamento da lide (art. 140 do novo CPC).

03. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 23 / 2011 / FCC) João ajuizou ação

de cobrança contra José, com base em lei vigente na época do negócio jurídico que gerou a cor respondente obrigação, e obteve ganho de causa. A sen tença transitou em julgado no dia 18 de maio de 2008. No dia 18 de abril de 2010, foi publicada outra lei, que expres samente revogou a lei vigente na época do ne-gócio jurí dico que gerou a obrigação. Nesse caso,

a) a lei nova não será aplicada ē relação jurídica entre João e José, porque vio-laria o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

b) a lei nova será aplicada ē relação ju-rídica entre João e José, porque não ocorreu a coisa julgada, nem o ato jurí-dico perfeito.

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f QUEST ÕES DE C ONCURSOS

d) a lei nova não será aplicada ē relação jurídica entre João e José, porque, em-bora não tenha ocorrido a coisa julga-da, fcou caracterizado o ato jurídico perfeito.

e) a lei nova será aplicada ē relação ju-rídica entre João e José, porque a lei nova foi publicada antes do pra zo de dois anos da data do trĕnsito em julga-do da sentença que decidiu a relação jurídica.

COMENTÁRIOS

a nova lei em vigor tem efeito imediato e geral, devendo sempre res-peitar o ato jurídico perfeito, o direito adqui-rido e a coisa julgada (arts. 6º, caput da LINDB e 5º, XXXVI da CF). O ato jurídico perfeito é o que já se consumou segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou (art. 6º, § 1º da LIN-DB). O direito adquirido é o que se incorporou ĚĞĮŶŝƟǀĂŵĞŶƚĞ ĂŽ ƉĂƚƌŝŵƀŶŝŽ Ğ ă ƉĞƌƐŽŶĂůŝ-ĚĂĚĞĚĞƐĞƵƟƚƵůĂƌ;Ăƌƚ͘ϲǑ͕ΑϮǑĚĂ>/EͿ͘ a coisa julgada é a decisão judiciária de que já não caiba mais recurso (art. 6º, § 3º da LINDB). Na hipótese da questão, a obrigação foi gerada com base em lei vigente na época do negócio jurídico, isto é, há ato jurídico perfeito. E a sen-tença transitou em julgado antes da vigência da nova lei, quer dizer, operou-se a coisa julga-da. Assim sendo, a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José, em respeito ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

04. (Técnico Judiciário – Área Administra-tiva – TRT 20 / 2011 / FCC) De acordo

com a Lei de Introdução ao Código Ci-vil brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657, de 04/09/1942 e modifcações posteriores): a) o penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

b) o conhecimento da lei estrangeira é de-ver do magistrado sendo defeso ao juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.

c) reputa-se ato jurídico perfeito o ato que estiver de acordo com as regras, costumes e princípios gerais de direito vigentes em uma comunidade.

d) chama-se coisa julgada a pretensão constante de ação judicial já julgada por sentença passível de recurso. e) a lei do país em que a pessoa tiver

nascido determina as regras sobre os direitos de família.

COMENTÁRIOS

N  Ž ĞĐƌĞƚŽͲ>Ğŝ ϰ͘ϲϱϳͬϰϮ ĞƌĂ denominado Lei de Introdução ao Código Civil ƌĂƐŝůĞŝƌŽ ;>/Ϳ͘ DĂƐ Ă >Ğŝ ϭϮ͘ϯϳϲͬϮϬϭϬ ĂůƚĞ-rou a ementa do Decreto-Lei, que passou a se chamar Lei de Introdução às Normas do Direi-to Brasileiro (LINDB).

 Ă ĂůƚĞƌŶĂƟǀĂ Ġ Ă ƚƌĂŶƐĐƌŝĕĆŽůŝƚĞƌĂůĚŽĂƌƚ͘ϴǑ͕ΑϮǑĚĂ>/E͘ŵ regra, para regular as relações concernentes aos bens, aplica-se a lei do local em que os bens se encontram (art. 8º, caput da LINDB). Entretanto, no caso do penhor, aplica-se a lei do domicílio da pessoa em cuja posse se en-contre a coisa apenhada.

não é dever do ma-gistrado conhecer a lei estrangeira. Caso não conheça a lei estrangeira, poderá o magistrado exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência (art. 14 da LINDB).

ato jurídico perfeito é o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou (art. 6º, § 1º da LINDB).

coisa julgada é a de-cisão judiciária de que já não caiba mais recur-so (art. 6º, § 3º da LINDB).

a lei do país em que domiciliada a pessoa é que determina as re-gras sobre os direitos de família (art. 7º, caput da LINDB).

05. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 6 / 2012 / FCC) Dispõe a Lei de

In-trodução ēs Normas do Direito Brasilei-ro que a obrigação resultante do contra-to reputa-se consti tuída no lugar em que residir o proponente (art. 9º, § 2º) e o Código Civil que reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que for proposto (art. 435). Neste caso,

(13)

f QUEST ÕES DE C ONCURSOS

faculdade de considerar revoga da qual-quer das duas regras, aplicando a outra. b) ambas as disposições legais se acham

em vigor e não se contradizem. c) o Código Civil foi revogado nessa

dispo-sição pela Lei de Introdução ēs Normas do Direito Brasileiro.

d) aquela regra estabelecida na Lei de In-trodução ēs Normas do Direito Brasilei-ro foi revogada pelo Códi go Civil. e) ambas as disposições se revogam

reci-procamente. COMENTÁRIOS

há uma aparente contra-ĚŝĕĆŽĞŶƚƌĞŽĂƌƚ͘ϵǑ͕ΑϮǑĚĂ>ĞŝĚĞ/ŶƚƌŽĚƵĕĆŽ às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e o art. ϰϯϱĚŽſĚŝŐŽŝǀŝů͕ŵĂƐĞƐƐĞƐĚŽŝƐĂƌƟŐŽƐƐĆŽ aplicados para situações diferentes. O art. 9º, Α ϮǑ ĚĂ >/E Ġ ƵŵĂ ŶŽƌŵĂ ĚĞ ĚŝƌĞŝƚŽ ŝŶƚĞƌ-nacional privado, que é o conjunto de normas ƋƵĞĚĞĮŶĞĂůĞŝĂƉůŝĐĄǀĞůŶĂƐƌĞůĂĕƁĞƐũƵƌşĚŝĐĂƐ ŝŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂŝƐ͘KƵƐĞũĂ͕ŽĂƌƚ͘ϵǑ͕ΑϮǑĚĂ>/E é aplicado nas situações em que os contratan-tes estão em Estados diferencontratan-tes, com ordena-mentos jurídicos diferentes. Já o art. 435 do Código Civil é uma norma interna do direito brasileiro, isto é, é aplicável nos casos em que os contratantes residem no Brasil. Logo, ambas as normas estão vigentes e, por se aplicarem ĞŵƐŝƚƵĂĕƁĞƐĚŝƐƟŶƚĂƐ͕ŶĆŽƐĞĐŽŶƚƌĂĚŝnjĞŵ͘

06. (Analista Judiciário – Execução de Man-dados – TRF 2ª região / 2012 / FCC)

Con-sidere as seguintes assertivas a respei-to da Lei de Introdução ēs Normas do Direito brasileiro:

I. As correções a texto de lei já em vigor consideram– se lei nova.

II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existen-tes, revoga a lei anterior.

III. A lei do domicílio do herdeiro ou lega-tário regula a capacidade para suceder. IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já con-sumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

Está correto o que consta APENAS em: a) I e III. b) I, III e IV. c) III e IV. d) II e IV. e) I, II e IV. COMENTÁRIOS

I I O item é a transcrição literal do art. 1º, § 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). As emendas ou correções da lei que já tenha entrado em vigor são consideradas lei nova, só produzindo efei-tos depois da ǀĂĐĂƟŽůĞŐŝƐ.

I II A lei nova, que estabelece disposições gerais ou especiais a par das já ĞdžŝƐƚĞŶƚĞƐ͕ŶĆŽƌĞǀŽŐĂŶĞŵŵŽĚŝĮĐĂĂůĞŝĂŶ-ƚĞƌŝŽƌ͕ŵĂƐŚĂƌŵŽŶŝnjĂͲƐĞĐŽŵĞůĂ;Ăƌƚ͘ϮǑ͕ΑϮǑ da LINDB).

I III O item é a transcrição lite-ƌĂůĚŽĂƌƚ͘ϭϬ͕ΑϮǑĚĂ>/E͘ůĞŐŝƟŵĂĕĆŽŽƵ ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞƉĂƌĂƐƵĐĞĚĞƌ͕ƋƵĞĠĂĂƉƟĚĆŽƉĂƌĂ herdar os bens deixados pelo falecido, rege-se pela lei do domicílio do herdeiro ou legatário.

I I O item é a transcrição literal do art. 6º, § 1º da LINDB. O ato jurídico perfei-to é o que já se consumou segundo a lei vigen-te ao vigen-tempo em que se efetuou.

07. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE do Paraná /2012 / FCC) NÃO se

des-tinando a vigência temporária, a lei: a) terá vigor até que outra a modifque ou

revogue.

b) vigorará enquanto não cair em desuso. c) só poderá ser revogada pela superve-niência de nova ordem constitucional. d) somente vigorará, até que outra lei

ex-pressamente a revogue. e) não poderá ser revogada.

COMENTÁRIOS

não sendo temporária a ǀŝŐġŶĐŝĂ͕ Ă ůĞŝ ƚĞƌĄ ǀŝŐŽƌ ĂƚĠ ƋƵĞ ƐĞũĂ ŵŽĚŝĮ-cada ou revogada por outra da mesma hierar-ƋƵŝĂŽƵĚĞŚŝĞƌĂƌƋƵŝĂƐƵƉĞƌŝŽƌ;Ăƌƚ͘ϮǑ͕caput da LINDB). Assim, a LINDB consagra o princípio ĚĂĐŽŶƟŶƵŝĚĂĚĞĚĂůĞŝ͘

08. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE do Rio Grande do Norte / 2011 / FCC)

(14)

f QUEST ÕES DE C ONCURSOS

pessoa determina as regras sobre o começo e o fm da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. No caso de casamento, tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do

a) primeiro domicílio conjugal. b) último domicílio conjugal.

c) qualquer domicílio conjugal estabeleci-do por mais de um ano.

d) domicílio da mulher anterior ao casa-mento.

e) qualquer domicílio conjugal estabeleci-do por mais de três anos.

COMENTÁRIOS

N nos termos do art. 7º, caput da LINDB, o estatuto pessoal (regras sobre nome, capacidade, personalidade e direitos de famí-lia) é regido pela lei do domicílio da pessoa.

a regra é a aplicação da ůĞŝ ĚŽ ĚŽŵŝĐşůŝŽ ĚŽƐ ŶƵďĞŶƚĞƐ͕ ƐĞ Ž ƟǀĞƌĞŵ em comum. Tendo domicílios diferentes, a invalidade matrimonial reger-se-á pela lei do primeiro domicílio conjugal, isto é, o estabe-lecido logo após o casamento (art. 7º, § 3º da LINDB).

09. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE da Bahia / 2010 / CESPE)

Conside-rando a Lei de Introdução ao Código Ci-vil (LICC) — Decreto-Lei 4.657/1942 — e a vigência das leis no tempo e no espaço, julgue os itens a seguir.

( ) A LICC foi revogada pelo Código Civil de 2002.

COMENTÁRIOS

N  Ž ĞĐƌĞƚŽͲ>Ğŝ ϰ͘ϲϱϳͬϰϮ ĞƌĂ denominado Lei de Introdução ao Código Civil ƌĂƐŝůĞŝƌŽ;>/Ϳ͘DĂƐĂ>ĞŝϭϮ͘ϯϳϲͬϭϬĂůƚĞƌŽƵĂ ementa do Decreto-Lei, que passou a se cha-mar Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB).

I conforme a doutrina, a LINDB é ƵŵĂ ůĞŝ ŽƌĚŝŶĄƌŝĂ ĂƵƚƀŶŽŵĂ͕ ŶĆŽ ƐĞ ĐŽŶĨƵŶ-dindo nem integrando o Código Civil. A LINDB é uma lei de introdução a todo o sistema le-ŐŝƐůĂƟǀŽ ďƌĂƐŝůĞŝƌŽ Ğ ŶĆŽ ƐĞ ůŝŵŝƚĂ ĂŽ ąŵďŝƚŽ

do Código Civil. Apesar de ter sido publicada conjuntamente com o Código Civil de 1916, a LINDB não é parte integrante desse código, mas sim uma lei anexa, publicada com o obje-ƟǀŽĚĞĨĂĐŝůŝƚĂƌĂŝŶƚĞƌƉƌĞƚĂĕĆŽĞĂĂƉůŝĐĂĕĆŽĚĞ todo o ordenamento brasileiro, e não apenas ĚŽſĚŝŐŽŝǀŝů͘KſĚŝŐŽŝǀŝůĚĞϮϬϬϮ͕ĞŵƐĞƵ Ăƌƚ͘ϮϬϰϱ͕ƌĞǀŽŐŽƵŽſĚŝŐŽŝǀŝůĚĞϭϵϭϲ͕ŵĂƐ ŶĆŽƌĞǀŽŐŽƵŽĞĐƌĞƚŽͲ>Ğŝϰ͘ϲϱϳͬϰϮ͘WŽƌƚĂŶƚŽ͕ a LINDB ainda está em vigor.

( ) A noção de coisa julgada prevista na LICC refere-se ē imutabilidade da deci-são judicial somente quando ultrapas-sado o prazo decadencial para a pro-positura da ação rescisória.

COMENTÁRIOS

I segundo o art. 6º, § 3º da LIN-DB, coisa julgada é a decisão judicial de que já não caiba mais recurso. A ação rescisória, como o próprio nome diz, não é um recurso, ŵĂƐ Ɛŝŵ ƵŵĂ ĂĕĆŽ ĂƵƚƀŶŽŵĂ ƋƵĞ ƉŽĚĞ ƐĞƌ ƉƌŽƉŽƐƚĂĞŵĂƚĠĚŽŝƐĂŶŽƐĂƉſƐŽƚƌąŶƐŝƚŽĞŵ julgado da decisão (art. 495 do Código de Pro-cesso Civil). Ou seja, a ação rescisória só pode ser proposta depois da formação da coisa jul-gada. Desta forma, a coisa julgada independe do prazo decadencial para a propositura da referida ação.

( ) A lei anterior, expressamente revogada pela edição de nova lei, tem sua vigên-cia automaticamente restaurada em caso de revogação da lei que a revo-gou.

COMENTÁRIOS

N deve-se relembrar que o fe-ŶƀŵĞŶŽŶŽƋƵĂůŚĄĂĞŶƚƌĂĚĂŶŽǀĂŵĞŶƚĞĞŵ vigor de uma lei expressamente revogada, pela revogação da lei que a revogou, é chamado de ƌĞƉƌŝƐƟŶĂĕĆŽ͘

I exceto se houver disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ƚĞƌĂůĞŝƌĞǀŽŐĂĚŽƌĂƉĞƌĚŝĚŽĂǀŝŐġŶĐŝĂ;Ăƌƚ͘ϮǑ͕ § 3º da LINDB). A lei brasileira, desta maneira, ƉƌŽşďĞĂƌĞƉƌŝƐƟŶĂĕĆŽ͘

10. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRF 2ª região / 2007 / FCC) De acordo

(15)

f QUEST ÕES DE C ONCURSOS

a) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existen-tes, revoga ou modifca a lei anterior. b) a lei começa a vigorar em todo o País,

salvo disposição em contrário, na data da sua publicação.

c) nos estados estrangeiros, a obrigato-riedade da lei brasileira, quando ad-mitida, se inicia três meses depois de ofcialmente publicada.

d) a lei revogada sempre se restaura quando a lei revogadora tiver perdido a vigência.

e) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. COMENTÁRIOS

consoante o art. 1º, § 1º da LINDB, a obrigatoriedade da lei brasi-leira, nos Estados estrangeiros, se inicia três ŵĞƐĞƐĚĞƉŽŝƐĚĞŽĮĐŝĂůŵĞŶƚĞƉƵďůŝĐĂĚĂ͘

a lei nova, que es-tabeleça disposições gerais ou especiais a par ĚĂƐũĄĞdžŝƐƚĞŶƚĞƐ͕ŶĆŽƌĞǀŽŐĂŶĞŵŵŽĚŝĮĐĂĂ ůĞŝĂŶƚĞƌŝŽƌ͕ŵĂƐŚĂƌŵŽŶŝnjĂͲƐĞĐŽŵĞůĂ;Ăƌƚ͘ϮǑ͕ ΑϮǑĚĂ>/EͿ͘

a lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição em contrário, ƋƵĂƌĞŶƚĂ Ğ ĐŝŶĐŽ ĚŝĂƐ ĚĞƉŽŝƐ ĚĞ ŽĮĐŝĂůŵĞŶƚĞ publicada (art. 1º, caput da LINDB).

exceto se houver disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vi-ŐġŶĐŝĂ;Ăƌƚ͘ϮǑ͕ΑϯǑĚĂ>/EͿ͘

as emendas ou corre-ções de lei que já tenha entrado em vigor são consideradas lei nova (art. 1º, § 4º da LINDB).

11. (Analista Judiciário – Execução de Man-dados – TRF 2ª região / 2007 / FCC) Paulo

é equatoriano, domiciliado no Peru e casou-se, no Uruguai, com Maria, Argen-tina, domiciliada no Uruguai.

Logo após a celebração do matrimônio, fxaram domicílio no Brasil. De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, o regime de bens entre os cônjuges obedecerá a lei:

a) equatoriana. b) brasileira. c) peruana. d) argentina. e) uruguaia. COMENTÁRIOS

o regime de bens obe-ĚĞĐĞăůĞŝĚŽƉĂşƐĞŵƋƵĞŽƐŶƵďĞŶƚĞƐƟǀĞƌĞŵ domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal (art. 7º, § 4º da LINDB). Nes-te caso, Paulo é domiciliado no Peru e Maria é domiciliada no Uruguai. Como os domicílios são diferentes, a lei aplicável é a do primeiro domicílio conjugal, qual seja o Brasil.

12. (FCC – Procurador do Estado – MT/2016)

De acordo com a Lei de Introdução ēs Normas do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito

a) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condi-ção suspensiva.

b) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se equiparam, para fns de direito inter-temporal, o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condição suspensiva. c) retroativo, por isto atingindo os fatos

pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipa-ra, para fns de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo, porém não o negócio jurídico sob condição suspensiva.

d) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem como coisa julgada, ato jurídico perfei-to ou direiperfei-to adquirido.

Referências

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