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DIREITO COMERCIAL MÓDULO 2

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Academic year: 2021

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DIREITO COMERCIAL

MÓDULO 2

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Índice

1. Títulos de crédito...4

1.1 origem... 4

1.2 O crédito... 4

1.3 Conceito geral dos títulos de crédito ... 4

1.4 Características dos títulos de crédito ... 4

1.5 independência ... 4

1.6 abstração... 5

1.7 Classificação quanto ao modelo... 5

1.8 Classificação quanto à estrutura ... 5

1.9 Classificação quanto à emissão ... 5

1.10 Classificação quanto ao modo de circulação... 5

1.11 Títulos de crédito conhecidos no direito brasileiro... 5

2. Falências e recuperações ...6

2.1 Insolvência empresarial ... 6

2.2 introdução... 6

2.3 Devedor empresário – pessoa física e jurídica ... 6

2.4 Empresas excluídas ... 6

2.5 Recuperação judicial ... 7

2.5.1 Quem pode requerer a recuperação judicial ... 7

2.5.2 Quais os requisitos para o requerimento ... 7

2.5.3 Meios de recuperação da empresa... 7

2.5.4 Plano de recuperação judicial... 7

2.6 falência... 8

2.6.1 Características da falência... 8

2.6.2 Recuperação extrajudicial ... 8

2.6.3 requisitos... 9

2.6.4 Credores não atingidos pela recuperação extrajudicial. 9

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3. Sociedades comerciais ... 9

3.1 conceito... 9

3.2 Classificação das sociedades ... 9

3.2.1 Quanto à responsabilidade dos sócios ... 9

3.2.2 Quanto à forma de constituição e dissolução... 9

3.2.3 Quanto à forma do capital... 10

3.2.4 Quanto à estrutura econômica ... 10

3.2.5 Quanto à personificação... 10

4. Do registro de sociedade comercial ... 10

4.1 introdução... 10

4.2 Registro público de empresas comerciais ... 11

4.3 Dos efeitos do registro público ... 11

4.4 Do conteúdo do registro público ... 11

4.4.1 A matrícula e seu cancelamento... 11

4.4.2 O arquivamento... 11

4.4.3 O que deve conter o arquivamento... 12

4.4.4 A autenticação dos instrumentos de escrituração de

empresas mercantis registradas... 12

Bibliografia básica ... 12

Bibliografia complementar ... 12

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1. TÍTULOS DE CRÉDITO 1.1 ORIGEM

Os títulos de crédito surgiram na Idade Média, com o intuito de agilizar e facilitar a circulação da moeda. Na época, o mercado operava por meio da troca ou escambo.

Com o passar do tempo, o escambo já não correspondia às necessidades da sociedade, a troca das mercadorias não mais interessava aos grandes produtores. Assim surgiu a moeda, meio utilizado para a troca de mercadorias.

Por fim, para facilitar a circulação da moeda e a confiança que o credor depositava em seu devedor, surgiram os títulos de crédito.

1.2 O CRÉDITO

O crédito importa um ato de fé, de confiança do credor. Crédito é utilizar, com autorização do credor, de seu capital.

1.3 CONCEITO GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

O conceito geral está contido no Código Civil em seu artigo 887, que dispõe:

“Art.887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.”

Isso significa que o título de crédito será concretizado quando o que nele estiver escrito, bem como a forma apresentada, estiver de acordo com o que manda a lei.

1.4 CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Os títulos de crédito possuem as seguintes características:

Literalidade – o título de crédito é literal, porque somente será considerado o que nele estiver escrito;

Cartularidade – Diz-se que o título de crédito é documentado por uma cártula (papel). Para que o possuidor exercite os direitos decorrentes do crédito, torna-se necessária sua apresentação.

Autonomia – A autonomia representa uma independência nas relações obrigacionais que se firmam no próprio título. Isso porque o terceiro de boa- fé exercita o próprio direito, não podendo ser constrangido pelas obrigações anteriormente assumidas. (Ex: comprador dá como pagamento cheque de terceiro)

1.5 INDEPENDÊNCIA

Existem muitos títulos, que intensificam uma qualidade particular, a independência. Pela independência, alguns títulos de crédito, como a letra de câmbio, não se vinculam a nenhum outro documento, valendo por si sós. Não se ligam ao ato originário de onde provieram.

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1.6 ABSTRAÇÃO

Ocorre quando o título de crédito é posto em circulação, ou seja, na relação entre duas pessoas que não contrataram entre si, como no endosso. (Ex: cheque endossado)

1.7 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODELO Em relação ao modelo, os títulos de crédito podem ser:

Títulos de crédito livres – não há um padrão definido para a sua confecção, podendo ser emitidos de forma livre, desde que observados os requisitos da lei. Exemplo: nota promissória, letra de câmbio (ordem de pagamento à vista ou a prazo)

Títulos de crédito vinculados – a lei lhes atribui um padrão específico, não permitindo sua livre confecção. Exemplo: cheque, duplicata.

1.8 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESTRUTURA

Quanto à estrutura, os títulos de crédito podem ser com promessa de pagamento ou ordem de pagamento:

Promessa de pagamento – o título apresenta duas relações jurídicas: o emitente (sacador) e o beneficiário (tomador). Exemplo: Nota promissória

Ordem de Pagamento – O saque do título enseja três relações jurídicas: a do sacador (que dá a ordem), a do sacado (destinatário da ordem) e a do tomador (beneficiário da ordem). Exemplo: cheque, duplicata.

1.9 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À EMISSÃO

No tocante à emissão dos títulos de créditos, eles podem ser: Títulos não causais - sua criação independe de uma origem. Exemplo: Nota Promissória e o cheque

Títulos causais – necessitam obrigatoriamente de uma origem para a sua criação.

Exemplo: duplicata mercantil (representa o crédito oriundo de uma compra e venda mercantil)

1.10 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE CIRCULAÇÃO

Por fim, os títulos de crédito, quando ao modo de circulação, dividem-se em ao portador, nominativos e à ordem.

Ao portador – estes títulos não revelam o nome da pessoa beneficiada. Operam pela simples tradição.

Nominativos – quando de sua emissão, identificam o beneficiário, ficando registrados em livro próprio do emitente.

À ordem – são passíveis de endosso, em branco ou em preto. 1.11 TÍTULOS DE CRÉDITO CONHECIDOS NO DIREITO BRASILEIRO

No Brasil, existem atualmente mais de quarenta modalidades de títulos de crédito. Abaixo, citaremos apenas alguns dos mais conhecidos:

• Letra de câmbio

• Nota Promissória

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• Duplicata Comercial

• Cheque

• Duplicata de Serviço

• Ações de sociedade por ações

• Debênture, etc.

2. FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES 2.1 INSOLVÊNCIA EMPRESARIAL O que vem a ser insolvência empresarial?

Em primeiro lugar, vamos definir sucintamente o que seria insolvência. Insolvência é quando possuímos mais dívidas do que recursos a receber; portanto, quando a empresa possui mais dívidas do que recursos para receber.

No intuito de ajudar as empresas em dificuldade e excluir aquelas que são prejudiciais à sociedade foi criada uma legislação específica, a chamada Lei de Recuperação e Falências – FRL, que passamos a estudar a seguir.

2.2 INTRODUÇÃO

Promulgada em 09 de fevereiro de 2005, a Lei nº.11.101 (Lei de Falências e Recuperações – LFR ou como alguns chamam de Lei de Recuperação de empresas) introduziu na legislação duas formas de evitar a falência do devedor em crise: a recuperação judicial e a recuperação extrajudicial. De outro lado, com o intuito de proteger a sociedade das empresas que a prejudicam com sua insolvência, temos a falência.

Estão sujeitos à recuperação judicial, à recuperação extrajudicial e à falência o empresário e a sociedade empresária.

2.3 DEVEDOR EMPRESÁRIO – PESSOA FÍSICA E JURÍDICA

Só os devedores empresários (empresário unipessoal e a sociedade empresária) estão subordinados ao regime jurídico da LRF.

Para os fins da LRF, identifica-se como empresário tanto a pessoa física que, em seu próprio nome, exercita profissionalmente atividade negocial com intuito de lucro, como a pessoa jurídica nas mesmas condições, ou seja, tanto o empresário unipessoal como a sociedade empresária são destinatários legais dos mecanismos judiciais de recuperação e falência.

2.4 EMPRESAS EXCLUÍDAS

A lei exclui de sua incidência algumas sociedades, embora empresárias, bem como as sociedades simples (aquelas que exercem atividade econômica ou não, porém não organizada).

Assim, de acordo com o art.2º da LRF, são elas:

• Empresa pública e sociedade de economia mista – (possui personalidade jurídica de direito privado, porém, seu capital é integral ou, na sua maioria, pública)

• Instituição financeira pública ou privada

• Consórcio

• Sociedade operadora de plano de assistência à saúde, etc.

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2.5 RECUPERAÇÃO JUDICIAL

A recuperação judicial é uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômica da empresa, a fim de permitir a manutenção da empresa (fonte produtora), do empregado da empresa e dos interesses dos credores, promovendo a manutenção da empresa.

Com a Lei de Recuperações e Falências há atualmente duas formas para evitar que a crise da empresa a leve à falência: a recuperação judicial e a recuperação extrajudicial.

Neste título falaremos sobre a Recuperação Judicial. 2.5.1 Quem pode requerer a recuperação judicial

O art.1º e 48, parágrafo único da Lei de Recuperação e Falência, declina aqueles que podem requerer a recuperação judicial:

• O empresário

• A sociedade empresária

• O sócio remanescente (aquele que restou na sociedade), etc. 2.5.2 Quais os requisitos para o requerimento

Para ter direito à recuperação judicial, aqueles que o requererem devem preencher alguns requisitos:

• Exercer atividade regular há mais de dois anos (atividade regular significa a empresa que está devidamente registrada, dentro da lei).

• Não ser falido e, se o foi, devem estar extintas as responsabilidades, etc.

2.5.3 Meios de recuperação da empresa

Os meios de recuperação da empresa estão exemplificados no artigo 50 da Lei de Recuperações e Falências. Assim, cabe ao empresário analisar o melhor meio para recuperar a situação financeira de sua empresa:

• Extensão do prazo ou revisão das condições de pagamento;

• Alteração do controle societário;

• Operações societárias;

• Reorganização da administração;

• Venda parcial dos ativos (bens e direitos que a empresa possui);

• Compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.

2.5.4 Plano de recuperação judicial

Instrumento mais importante do processo de recuperação judicial, o plano de recuperação será apresentado pelo devedor ao juízo (juiz), no prazo improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de ser convertido em falência da empresa.

Este plano deve conter os meios pelos quais o devedor pretende superar a crise financeira, assim como conter a demonstração de sua viabilidade econômica e laudo econômico-financeiro.

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Os efeitos da decretação do deferimento do processamento da recuperação judicial

O deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções contra o devedor.

Prescrição é quando a legislação nos dá o direito, por exemplo, de ingressar na justiça para cobrar um valor devido, porém, o prazo que tínhamos para cobrá-lo, segundo a lei, já passou.

Exemplo: Sou obrigado a recolher um tributo, por exemplo, imposto de renda. O fisco possui um prazo de 5 (cinco) anos a contar do 1º dia do ano seguinte ao recolhimento para efetuar a cobrança do meu débito. Se o fisco ingressar com a ação após os cinco anos, não poderá mais cobrar. Neste caso, dizemos que houve a prescrição do débito.

Continuando, se consideramos o mesmo exemplo acima (cobrança de tributo pelo fisco), este também pode ser aplicado para a chamada execução. Execução é uma ação que visa obter, judicialmente, o valor do crédito que possuímos com o devedor.

Porém, vale ressaltar que existem exceções, pois nem todas a ações serão suspensas:

Exemplo: reclamações trabalhistas, execuções fiscais, etc. 2.6 FALÊNCIA

A falência é uma execução coletiva movida contra um devedor empresário ou sociedade empresária, atingindo seu patrimônio para uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os credores.

O que ocorre é que, judicialmente, os bens da empresa são levados à venda forçada (chamada leilão), para que seu fruto possa pagar os devedores.

2.6.1 Características da falência

Para a caracterização do estado de falência é necessário que o devedor apresente-se insolvente. De acordo com a lei a insolvência jurídica poderá ser demonstrada das seguintes formas:

• Impontualidade – quando o devedor, sem razão relevante de direito, não paga ,no vencimento a obrigação acima de 40 salários mínimos. Importante notar que a impontualidade deve ser injustificada.

• Prática de atos de falência: quando o empresário transfere seus bens a terceiros, sem ficar com bens suficientes para pagar sua dívida; deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida em recuperação judicial, etc.

2.6.2 Recuperação extrajudicial

O devedor, neste caso, preenchendo os requisitos da legislação, poderá negociar diretamente com seus credores, montando um plano de recuperação extrajudicial. Estando todos de acordo, assinam um termo, aguardando o reerguimento do devedor para solver as dívidas junto aos credores.

Este plano de recuperação assinado pelas partes interessadas é levado à homologação judicial.

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2.6.3 requisitos

Para requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial, são necessários alguns requisitos:

a) Exercer sua atividade de forma regular há pelo menos dois anos; b) Não ser falido, etc.

2.6.4 Credores não atingidos pela recuperação extrajudicial Nem todos os credores são atingidos pela recuperação judicial: credores trabalhistas, credores tributários, etc.

3. Sociedades comerciais 3.1 CONCEITO

A sociedade comercial, segundo o Código Civil de 2002, em seu artigo 981 é definida como:

“Art.981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e partilham, entre si, os resultados.”

Traduzindo: celebram sociedade comercial as pessoas que mutuamente se obrigam a combinar seus esforços ou recursos, para atingir os fins comuns de natureza comercial.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES

As sociedades podem ser classificadas segundo vários critérios, tais como:

3.2.1 Quanto à responsabilidade dos sócios Sociedade limitada

Os sócios respondem até certo limite da contribuição para o capital social.

Exemplo: sociedade limitada e sociedade por ações. Sociedade ilimitada

Os sócios respondem de forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. Exemplo: sociedade em nome coletivo.

Sociedade mista

Alguns sócios respondem de forma ilimitada pelas obrigações da sociedade, e outros, de forma limitada. Exemplo: Sociedade em comandita simples.

3.2.2 Quanto à forma de constituição e dissolução Sociedades contratuais

São constituídas necessariamente por um contrato social. Para a dissolução não basta a vontade da maioria dos sócios, pois a lei enumera causas específicas, como morte ou exclusão de sócio. Exemplo. Sociedades em nome coletivo, em comandita simples e limitada.

Sociedade institucional

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Dependem de um estatuto social para a sua constituição. Podem ser dissolvidas pela vontade da maioria dos sócios, bem como pela intervenção ou liquidação extrajudicial. Exemplo: Sociedade anônima.

3.2.3 Quanto à forma do capital Capital fixo

O capital é determinado e estável, só podendo ser modificado para mais ou para menos por alteração do contrato. Exemplo: Todas as sociedades comerciais.

Capital variável

O capital é indeterminado e instável. Exemplo. Sociedades cooperativas. 3.2.4 Quanto à estrutura econômica

Sociedade de pessoas

Constituída em função da qualidade pessoal dos sócios. Exemplo. Sociedade em nome coletivo, sociedades de capital e indústria, sociedades limitadas.

Sociedade de capitais

Constituídas em atenção ao capital social. Exemplo: Sociedade Anônima. 3.2.5 Quanto à personificação

Sociedades não personificadas

Não têm seus atos constitutivos inscritos nos órgãos competentes (Junta comercial ou cartório de pessoas jurídicas – artigo 989 do Código Civil) ou aquelas classificadas simplesmente como sociedade não personificada, independentemente da realização ou não de registro de seus atos constitutivos. Exemplo: Sociedade em comum.

Sociedades personificadas

Possuem seus atos constitutivos, bem como todas as suas alterações registradas nos órgãos competentes. São classificadas em sociedades simples e sociedades empresárias.

Sociedades simples

Sociedades devidamente constituídas, que exploram ou não uma atividade econômica, de forma organizada não profissionalmente.

Sociedades empresárias

Exploram a empresa, ou seja, uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.

4. DO REGISTRO DE SOCIEDADE COMERCIAL 4.1 INTRODUÇÃO

A vida da sociedade empresária envolve permanente relacionamento com o Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM), porque a formalização dos atos que interferem em sua estrutura organizacional é condição de sua eficácia perante terceiros e em relação aos sócios, conforme o caso.

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Já vimos que o Registro Público de Empresas Mercantis é o órgão público que cuida dos registros, tanto do nome empresarial, bem como de algumas das sociedades comerciais.

Vimos, também, que a estrutura organizacional da sociedade comercial está ligada à forma com que é formada a sociedade: personificada ou não, contratual ou institucional, capital fixo ou variável, etc.

Assim, é claro que a eficácia perante terceiros e os sócios dependerão da formalização dos atos, que serão tomados de acordo com a estrutura da sociedade comercial. E dependendo do seu ato, o registro é feito ora num, ora noutro órgão público.

4.2 REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS COMERCIAIS Reza o art.1.150 do Código Civil:

“Art.1 .150.O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples, ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária”.

Isso significa que o empresário e a sociedade empresária devem registrar seus atos nas Juntas Comerciais dos Estados, órgão este vinculado ao Registro Público de Empresas Mercantis.

Já as sociedades simples devem registrar seus atos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, devendo obedecer às normas fixadas naquele registro.

4.3 DOS EFEITOS DO REGISTRO PÚBLICO

No registro público, qualquer pessoa tem o direito de consultar seus assentamentos, sem necessidade de alegar ou provar interesse, na forma que for determinada pela Junta Comercial.

As certidões de registro são fornecidas sem embaraços, bastando pagar as respectivas taxas, denominadas de emolumentos. Aplicam-se, desta forma, as disposições legais vistas anteriormente, chamadas de publicidade.

4.4 DO CONTEÚDO DO REGISTRO PÚBLICO

Já vimos, em outro título, que o registro público de empresas mercantis compreende: a matrícula e seu cancelamento, o arquivamento e a autenticação dos instrumentos de escrituração de empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio.

4.4.1 A matrícula e seu cancelamento

Refere-se aos leiloeiros, tradutores públicos, ora determinados pela legislação especial aplicável.

4.4.2 O arquivamento

Está ligado aos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmais mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; dos atos e documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis.

A proteção do nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, bem como de suas alterações.

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4.4.3 O que deve conter o arquivamento

Os atos constitutivos e os de transformação de sociedades mercantis devem constar, obrigatoriamente, os seguintes requisitos:

a) O tipo de sociedade mercantil adotado;

b) A declaração precisa e detalhada do objeto social;

c)O capital da sociedade mercantil, a forma e o prazo de sua integralização, o quinhão de cada sócio, bem como a responsabilidade dos sócios;

d) Nome por extenso e a qualificação completa dos sócios, procuradores, representantes, etc.;

e) Nome empresarial, com endereço completo; f) Prazo de duração da sociedade mercantil, etc.

4.4.4 A autenticação dos instrumentos de escrituração de empresas mercantis registradas

Os instrumentos de escrituração de empresas mercantis registradas são representados pelos livros contábeis. Estes livros devem ser autenticados pelas Juntas Comerciais. Ela é feita com o lançamento, na “folha de rosto”, do respectivo termo de abertura.

Estes livros são feitos em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, com ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou transportes às margens. (art.1.183 do Código Civil).

Exemplo de livro obrigatório comum: livro diário.

O livro diário será lançado de forma individualizada, tornando as operações do empresário claras, dia a dia. Nos lançamentos deverão ser incluídos, ainda, o Balanço Patrimonial e o de resultado econômico, assinados por técnico em ciências contábeis e pelo seu empresário ou sociedade empresária. (art.1.184 do Código Civil).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

FAZZIO JR., Waldo. Manual de Direito Comercial. 9a ed., São Paulo: Atlas, 2008.

REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 27a ed., São Paulo: Saraiva, 2007. V-1-2.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

FUHRER, Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de Direito Comercial 1. 37a ed., São Paulo: Malheiros, 2007.

NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de Empresa. Volume 1 - 5ªed., São Paulo: Saraiva, 2007 e Volume 3 -2ªed., São Paulo:Sa raiva, 2007.

Referências

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