NÍVEIS DE ADUBAÇÃO FOSFATADA NO EUCALIPTO
Gustavo Vinicius Aparecido De Morais1
Resumo: Com o grande crescimento das florestas de eu eucalipto no brasil e por sua importância econômica, fica evidente a necessidade de buscar práticas agrícolas para melhorar cada dia mais a produção dessa cultura, atualmente já são mais de 7,84 milhões de hectares no brasil, com vários subprodutos presente em nosso dia a dia como celulose de papel, pisos laminados, painéis de madeira, carvão e biomassa para caldeira nas grandes empresas de processamento de grãos. O Eucalipto por ser uma planta mais rustica grande parte de suas florestas estão presentes em solos com uma taxa de fertilidade muito baixa, tais como o teor de P e com alto grau de acidez.
INTRODUÇÃO
O setor florestal se caracteriza desde a época do descobrimento, por sua atividade extrativista e teve como consequência a diminuição de grande parte das florestas nativas.
Desta forma entidade do meio estão em busca de alternativas para melhorar os aspectos de conservação. As florestas de eucalipto têm como função de diminuir a supressão de mata nativas e assegurar a matéria prima para fabricas de celulose para papel, lenha e carvão vegetal, cavaco para secadores de grãos, lâminas e painéis reconstituídos (aglomerado, chapas de fibras e MDF).
Da Austrália para o mundo, os registros dessa cultura no brasil se deram na metade do século XIX, inicialmente na região sul, naquele tempo com o início das instalações férreas no brasil as florestas de eucaliptos tinham como uso principal na fabricação de dormentes. Atualmente no brasil já são mais de 7,84 milhões de hectares plantadas contemplando assim com maior floresta plantada de eucalipto do mundo tendo grande impacto econômico no cenário, seus subprodutos são subprodutos são diversificado e com um amplo mercado cerca de 35% vão pra celulose e papel, 30% produtores independentes, 13% Siderurgia a carvão vegetal, 9% investidores financeiros, 6% Painéis de madeira e pisos laminados, 4% Produtos sólidos de madeira, 3% com outras destinações. (MCT, 2005) (Industria Brasileira de Arvores).
O grande crescimento das florestas de eucalipto se deu por sua rusticidade, e por sua boa adaptação em nossas condições endafo-climaticas, no brasil as principais
1 Acadêmico do curso de Agronomia da UniFimes; gustavo.agro@outlook.com
cultivares utilizadas são: Eucaliptus Grandis. E. Uropylla, E. Salgna e seus híbridos.
(Silveira, 1995).
Geralmente os solos onde são implantadas essas florestas são caracterizados por grande grau de intemperismo, pouca reserva de nutrientes, acidez com grau elevado, alto teor de AL e Fe, bem drenados e com pouca agregação, Elevada capacidade de fixação de Fosforo e baixa saturação por base. Com poucos nutrientes disponíveis para a planta e o baixo nível de reserva de nutrientes minerais nos solos das florestas, junto com um curto ciclo de cortes e grandes exportação de nutrientes pela madeira, faz-se com haja boas práticas agrícola com manejo de solo, para que haja condição para desenvolver florestas mais produtivas agregando maior potencial econômico
Com relação aos macros-nutrientes absorvidos pela planta o fosforo apresenta menor acumulo, no entanto, esse nutriente proporciona baixos teores e possui uma grande capacidade de fixação pôr a maioria das florestas serem implantadas em solos com elevada acidez. Com isso ocorre uma diminuição significativa na sua. Pelas grandes florestas extensas a busca de fertilizantes com maior eficiente e menor custo é bastante procurado relação Custo X Benefício.
Um dos fertilizantes de bastante suo é fosfato de magnésio, que é produzido através da reação da fosforita, com ácido sulfúrico e ácido fosfórico, além do silicato de magnésio. A fosforita é fosfato natural encontrada em rochas magmáticas reativas, com textura cristalina retirada de uma jazida própria, com caracterizas únicas do brasil, localizada no morro do serrote em SP. (Fertibio 2012 Maceió (AL), 17 a 21 de setembro) Das muitas funções presentes no fosforo damos grande importância a sua relação com as moléculas de preservação e transferência energética, mais especificamente o ATP e o NADPH, além de que eles são elementos essências para a fotossíntese, biossíntese de amido, gorduras e no processo ativo de absorção iônica. Com tudo a deficiência da disponibilidade deste nutriente não pode ser compensada por adubação Fosfatada Antes.
(NOVAIS, 1999).
Folhas totalmente estendidas e em bons estados podem ser usadas para realizar diagnose nutricional. O teor considerado ideal para o P são de 1,0 e 1,3 g Kgˉ¹ podendo variar (GONÇALVES, 2011; BAZANI, 2014; MELO, 2014).
Em plantas mais velhas onde se tem deficiência em fosforo, morfologicamente elas terão uma aparência sadia, com poucos sintomas visualmente, no entanto seu porte
arbóreo (altura), o tamanho das suas folhas e as distancias de seus entrenós terão tamanho reduzidos de maneira significativa (BAZANI, 2014)
Na cultura do eucalipto o período em que a planta irá realizar uma maior absolvição do Fosforo será em seu segundo ano de idade, fase fenológica que corresponde ao fechamento de sua copa BAROS; NEVES; NOVAIS,2000).
Com solos mais adensados a absorção do fosforo será comprometida tendo pouca absorção pois acarretara uma diminuição no fluxo difuso de P no solo, o que causara uma diminuição significativa no crescimento das plantas (Novais et al., 2007).
Realizando a aplicação do fosforo em fração do volume do solo tem grande vantagem de protege-lo contra as reações de adsorção, precipitação e de fixação, pois assim diminuirá seu contato com o solo. Portanto, na fração que foi fertilizada com as fontes fosfatadas solúveis acontecerá um alto teor do nutriente em formas disponível (MODEL & ANGHINONI, 1992)
Na fração remanescente, o P aparecera inalterado pois no solo o P é praticamente imóvel (BRAY, 1954)
Uma boa prática agrícola pode ser concluída com uso racional da adubação, buscando otimizar os recursos econômicos e ambientais, havendo um criterioso estudo de calibração. Os níveis críticos desses estudos serão definidos com a concentração dos nutrientes presentes no solo que corresponde à disponibilidade necessária com afim de atingir o máximo de eficiência econômica. (Alvarez V., 1996).
CONCLUSÃO
Com base em diferentes estudos o fosforo é essencial para assegurar a produção das florestas de eucaliptos, onde deve ser feito estudos de campo, com alises de solo, e outras práticas agrícolas para garantir melhor otimização nos recursos ambientais e econômicos. O fosforo é imprescindível no desenvolvimento inicial da planta devido a demanda energética.
REFERÊNCIAS
ALVAREZ V., V.H. Correlação e calibração de métodos de análise de solos. In:
ALVAREZ V., V.H.; FONTES, L.E.F. & FONTES, M.P.F., eds. O solo nos grandes
domínios morfoclimáticos do Brasil e o desenvolvimento sustentado. Viçosa, MG, UFV/DPS, SBCS, 1996. p.615-646.ALVES, B.J.R.; BODDEY, R.M.; URQUIAGA, S.
The success of BNF in soybean in Brazil. Plant and Soil, v.252, p.1-9, 2003ª.
BARROS, N. F.; NEVES, J. C. L.; NOVAIS, R. F. Recomendação de fertilizantes minerais em plantios de eucalipto In.: GONÇALVES, J. L. M.; BENEDETTI, V.
Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: IPEF, 2000. p. 269-286.
BAZANI, J. H. Eficiência de fertilizantes fosfatados solúveis e pouco solúveis, com ou sem complexação com substâncias húmicas, em plantações de eucalipto. 2014.
129 p. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2014.
BRAY, R.H. A nutrient mobility concept of soil plant relationships. Soil Sci., 78:9-22, 1954.
GONÇALVES, J. L. M. Fertilização de plantação de eucalipto. In: GON- ÇALVES, J.
L. M.; PULITO, A. P.; ARTHUR JÚNIOR, SILVA, L. D. (Ed.). ENCONTRO BRASILEIRO DE SILVICULTURA, 2011. Piracicaba. Anais… Piracicaba:
PTSM/IPEF/ESALQ/FUPEF, 2011. p. 85-114.
IBÁ. Industria Brasileira de Árvores, 2019. Disponível em: <
https://iba.org/datafiles/publicacoes/relatorios/digital-sumarioexecutivo-2018.pdf> Acesso em:
24 set. 2019.
MCT. Brasil: campeão do eucalipto. Obtido via site de busca Google. Acessado em 08 de fev. 2005. Online. Disponível na internet:
http://www.mct.gov.br/especial/genolyptus4.htm
MODEL, N.S. & ANGHINONI, I. Resposta do milho a modos de aplicação de adubos e técnicas de preparo do solo. R. Bras. Ci. Solo, 16:55-59, 1992.
NOVAIS, R.F. & SMYTH, T.J. Fósforo em solo e planta em condições tropicais.
Viçosa, MG, Universidade Federal de Viçosa, 1999. 399p.
NOVAIS, R.F.; SMYTH, T.J. & NUNES, F.N. Fósforo. In: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V., V.H.; BARROS, N.F.; FONTES, R.L.F. & CANTARUTTI, R.B., eds. Fertilidade do solo. Viçosa, MG, Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo, 2007. p.471-550.
SILVEIRA, R.L.V.A.; LUCA, E.F.; SHIBATA, F. Absorção de macronutrientes pelas mudas de E. grandis em condição de viveiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 25, Viçosa, 1995. Resumos expandidos... Viçosa: SBCS, 1995a.
p.839-41.
SILVEIRA, R.L.V.A.; LUCA, E.F.; SHIBATA, F. Absorção de macronutrientes pelas mudas de E. grandis em condição de viveiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 25, Viçosa, 1995. Resumos expandidos... Viçosa: SBCS, 1995a.
p.839-41.
