S ISTEMA SENSORIAL
S ISTEMA O CULAR
S ISTEMA O CULAR
O Aparelho Ocular apresenta: 3 túnicas e 3 compartimentos.
1. Túnica Fibrosa
Região Externa
Córnea (anterior)
a) Epitélio anterior da córnea: Epitélio estratificado pavimentoso rico em terminações nervosas livre e fibras colágenas.
b) Membrana de Bowmann: não identificada na lâmina.
c) Estroma: formado por fibras colágenas paralelas entre si.
d) Membrana Descemente: fibras colágenas organizadas em retículo e) Epitélio posterior da córnea: Epitélio pavimentoso simples.
Esclera (posterior)
Apresenta-se envolvida pela cápsula de Tenon e preenchida por fibras
colágenas organizadas em diferentes sentidos proporcionando movimentos rotativos em todas as direções.
CÓRNEA
Representa os 1,3 cm
2anteriores do globo ocular.
Origem: Maior parte do mesoderma. Somente o epitélio do ectoderma.
Função: É a manutenção de uma superfície lisa opticamente e um meio transparente.
Dimensões:
Diâmetro: Horizontal: 11,6mm / Vertical: 10,6mm
Espessura: Central: 0,52mm / Periferia: 1,0mm
Tipos de córnea em relação ao seu tamanho:
Megalocórnea: diâmetro acima de 12,5mm
Microcórnea: diâmetro inferior 11,0mm.
Histologia: É constituída de 5 camadas:
1) Epitélio: É um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, contendo de 5 a 6 camadas. Existe uma membrana basal contínua responsável pela aderência firme entre o epitélio e a camada de Bowman subjacente.
2) Membrana de Bowman: Constituído de fibras colágenas tipo IV
3) Estroma: 90% da espessura corneana (500m ). Constituído de fibras colágenas tipo I + proteoglicanas.
4) Membrana de Descemet: Constituído de fibras colágenas tipo IV, e pode ser descolada facilmente do estroma. Excrecências periféricas em forma de cúpula da membrana de Descemet, verrugas de Hassal-Henle, surgem em pessoas com mais de 20 anos.
5) Endotélio (mesotélio): É uma camada única (pavimentoso simples) com aproximadamente 500.000 células poligonais. A sua reparação quase sempre ocorre por aumento amitótico das células endoteliais.
Vascularização: Provém predominantemente dos vasos conjuntivais, episclerais e esclerais que se ramificam em torno do limbo corneoescleral. A própria córnea é avascular.
Inervação: Através dos nervos ciliares longos, ramos do nervo nasociliar. As terminações nervosas terminam no epitélio anterior formando um plexo intra-epitelial.
CÓRNEA
E SCLERA
Constitui 5/6 da túnica fibrosa externa. É o chamado "branco dos olhos".
Origem: Derivado do mesoderma.
Função: É proporcionar uma capa protetora para o conteúdo intra- ocular que impedirá a deformação do globo a fim de manter a integridade óptica, embora permita variação da PIO.
Dimensões:
Diâmetro: 22mm.
Espessura:
- Perto do nervo óptico: 1mm - Equador: 0,5mm
- Logo atrás da inserção dos músculos reto: 0,3mm. É a região mais fina, sendo deste modo o local mais frequente de perfuração nos casos de traumas contusos com explosão do globo.
- Perto do limbo (ângulo entre a íris e a córnea que ‘’escreta’’ o humor aquoso): 0,8mm
Histologia: Constituída de 3 camadas (de fora para dentro):
1) Lâmina episcleral ou episclera: Contém o plexo episcleral posterior de vasos que provém dos vasos ciliares posteriores curtos. O plexo episcleral anterior é uma comunicação entre o plexo conjuntival, plexo episcleral superficial e profundo. Fornece suporte nutricional para a esclera.
2) Substância própria ou estroma: Fibras colágenas entrelaçadas em um padrão em xadrez irregular grosseiramente paralelos à superfície do globo.
3) Lâmina fusca: Local onde se inserem os tendões dos músculos extrínsecos.
É perfurada pelas artérias e nervos ciliares e veias vorticosas. A elevada hidratação da esclera contribui para a natureza opaca do tecido (além das fibras do estroma estarem dispostas em um padrão irregular), que pode tornar- se transparente se o teor de água cair até cerca de 40%, como se vê clinicamente nas escavações esclerais ("Dellen")
Lâmina crivosa": É a parte da esclera semelhante a uma peneira por onde passam as fibras nervosas para formar o nervo óptico.
"Esporão escleral": É uma protrusão da esclera, internamente, na junção corneo- escleral.
E SCLERA
Vascularização:Através da coróide subjacente e da episclera. Seio venoso da esclera ou canal de Schlemm:
Localizado próximo ao esporão escleral, percorre em torno do olho e drena o humor aquoso, proveniente da câmara anterior, para as veias aquosas e destas para os plexos esclerais.
Inervação: Através dos nervos ciliares longos e curtos, ramos do nervo nasociliar.
E SCLERA
2. Túnica Vascular
Região Mediana
a)
Coróide: Tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos e fibras colágenas.
b) Corpo Ciliar
c) Íris
S ISTEMA O CULAR
C ORÓIDE
Constitui a maior parte do trato uveal. Está entre a retina e a esclera, da ora serrata ao nervo óptico.
Origem: Derivada do mesoderma.
Dimensões:
Espessura: - Anteriormente: 0,1mm
Posteriormente: 0,25mm
Histologia: Constituída de 4 camadas (de fora para dentro):
1) Lâmina supra- coroidéa: Constituída de células pigmentadas.
2) Lâmina vascular: Constituída de artérias (a partir das artérias ciliares posteriores curtas) e veias (que drenam para as veias vorticosas).
3) Lâmina coriocapilar: Constituída de capilares, onde mais externamente por vasos maiores (camada de Haller) e mais internamente por vasos médios (camada de Sattler).
4) Lâmina basal ou Membrana de Bruch
Inervação: Através dos nervos ciliares longos e curto
C ORPO C ILIAR
É um espessamento da túnica vascular, situado anteriormente à ora serrata, conectando a coróide com a íris.
Origem: Derivada do mesoderma.
Histologia:
1.
Camada de epitélio pigmentar externa: continua posteriormente com o EPR.
2.
Camada de epitélio não pigmentar interna: Produz o
humor aquoso e continua posteriormente com a retina
sensorial. Contém o músculo ciliar e os processos
ciliares:
Músculo cilar:
Contém fibras musculares lisas de origem mesodérmica.
1) Fibras meridionais ou longitudinais: estendem- se desde o esporão escleral (anteriormente) até a lâmina supracoroidéa (posteriormente).
2) Fibras radiais
3) Fibras oblíquas: penetram na base dos processos ciliares.
Função: Com a contração do músculo ciliar, faz com que o corpo ciliar se mova para frente diminuindo assim a tensão zonular, causando assim a acomodação, aumentando principalmente a superfície anterior do cristalino.
Inervação: Através das fibras parassimpáticas (nervos ciliares curtos), provenientes do oculomotor (ramos para o oblíquo inferior).
Processos ciliares:
São em torno de 70, dispostos em círculo atrás da íris. São irrigados pelas artérias ciliares posteriores longas e drenados pelas veias vorticosas
.
C ORPO C ILIAR
É a extensão anterior do corpo ciliar, dividindo os compartimentos aquosos em câmaras anterior e posterior. Prende-se perifericamente no corpo ciliar e na sua parte central a borda é livre.
Origem: Derivada do mesoderma.
Estruturas:
Criptas: são escavações da íris em sua superfície anterior.
Colarete: é a franja irregular da íris em sua superfície anterior.
Músculos da pupila:
Músculo esfíncter da pupila: É um músculo liso derivado do ectoderma.
Inervado por fibras parassimpáticas do III nervo através dos nervos ciliares curtos.
Músculo dilatador da pupila: É um músculo liso também derivado do ectoderma. Inervado por fibras simpáticas (C8 a T4) através dos nervos ciliares curtos.
Í RIS
T ÚNICA N ERVOSA I NTERNA OU
R ETINA (EPR E R ETINA S ENSORIAL )
1. Epitélio Pigmentar da Retina (EPR)
É contínuo com o epitélio pigmentar do corpo ciliar a nível da ora serrata.
"Ora serrata": é uma franja denteada que marca a terminação anterior da retina propriamente dita. Localiza-se posteriormente ao limbo, sendo 6mm no lado nasal e 7mm no temporal.
Origem: Derivado do ectoderma.
Histologia: É uma camada única de células hexagonais contendo
grânulos de pigmento chamado de fuscina.
2. Retina Sensorial
A retina sensorial é uma delicada lâmina de tecido
transparente consistindo de 3 grupos de neurônios: 1
º- cones e bastonetes, 2
º- células bipolares e 3
º- células ganglionares.
Origem: Derivada do ectoderma.
Dimensões:
Espessura: Próximo ao nervo óptico: 0,4mm / Anteriormente: 0,15mm
T ÚNICA N ERVOSA I NTERNA OU
R ETINA (EPR E R ETINA S ENSORIAL )
3. Histologia: Retina- as 10 camadas da retina de dentro pra
fora)
Camada de fibras nervosas (estrato óptico): Camada de axônios das células ganglionares (fibras amielínicas).
Camada de células ganglionares: Camada de núcleos das células ganglionares
Membrana limitante interna (não visível): Lâmina crivosa fina formada por fibras de sustentação
Camada plexiforme interna: Camada de sinapses entre células ganglionares e axônios das bipolares e processos das células amácrinas.
Camada nuclear interna: Camada de núcleos das células bipolares, células horizontais (parte externa) e amácrinas (parte interna) e núcleos das células de Müller.
Camada plexiforme externa: Camada de sinapses entre fotorreceptores e células bipolares e processos das células horizontais.;
Camada nuclear externa: camada de núcleos dos fotorreceptores
Membrana limitante externa (não visível): Lâmina crivosa formada por fibras de sustentação
Camada dos cones e bastonetes: Cones contendo iodopsina e bastonetes rodopsina
Camada das células pigmentadas: células cúbicas com grânulos de melanina fortemente corados em marrom, abaixo da coroíde.
T ÚNICA N ERVOSA I NTERNA OU
R ETINA (EPR E R ETINA S ENSORIAL )
4. Mácula: Localizada a 3 - 4mm do disco óptico, apresenta a fóvea central onde no centro localiza- se uma depressão chamada de fovéola. Constituem mais de 90% de todos os axônios do nervo óptico. O feixe papilomacular corresponde a área de fixação central e corresponde a uma área fusiforme do campo visual conhecida como área centrocecal que localiza-se entre o ponte de fixação e a mancha cega. Uma lesão do feixe papilomacular provoca 2 tipos de defeitos no campo visual: o escotoma central ou o escotoma centrocecal.
Fóvea: é avascular sendo nutrida pela coróide.
Fovéola: contém apenas cones, onde cada cone desta região está conectado apenas com apenas uma célula ganglionar.
Disco óptico : Não contém receptores, consistindo apenas de fibras do nervo óptico. Por essa razão não essa região não é sensível à luz, chamado assim ponto cego ou "mancha cega". Na retina, os axônios das células ganglionares estão dispostos em 3 padrões básicos: o feixe papilomacular (proveniente da mácula), os feixes de fibras nervosas arqueadas superiores e inferiores da retina temporal e as fibras radiais da retina nasal.
5. Irrigação da retina
Parte externa (EPR + fotorreceptores): através da rede coriocapilar.
Parte interna: através da artéria central da retina.
T ÚNICA N ERVOSA I NTERNA OU R ETINA (EPR E
R ETINA S ENSORIAL )
MEIOS DE REFRAÇÃO
1. Córnea (Vide anteriormente).
2. Humor Aquoso
Preenche as câmaras anterior e posterior, e é produzido pelo pelo epitélio não- pigmentar do corpo ciliar. Tem a função de dar suporte no metabolismo do cristalino e córnea. A composição do aquoso é semelhante ao do plasma, porém com quase todas as proteínas removidas. O coeficiente de secreção do aquoso é de aproximadamente 1,0 - 2,0m l/min.
Trajeto do humor aquoso: Corpo ciliar » câmara posterior » pupila »
câmara anterior » seio camerular (formado pela base da íris e córnea
periférica) » malha trabecular » canal de Schlemm » canais coletores »
veias aquosas (de Asher) » veias episclerais (fluxo laminado) » veias
vorticosas » veias oftálmicas superiores e inferiores » seio cavernoso.
3. Cristalino
É uma lente biconvexa de 1cm de diâmetro. Une- se ao corpo ciliar pela zônula de Zinn que se insere em sua parte periférica, denominada de equador. Nutrido pelo aquoso anteriormente e pelo vítreo posteriormente.
Componentes do cristalino
Cápsula: É uma membrana fina e elástica que envolve o cristalino.
Epitélio (cuboidal): Localizado atrás da cápsula anterior, formando uma camada única de células que, a medida que se aproximam do equador, vão se transformando em fibras do cristalino.
Córtex: Composto por fibras do cristalino dispostas em camadas concêntricas. Sua consistência é mole, o que permite modificar a curvatura do cristalino (acomodação).
Núcleo: Parte central do cristalino contendo células mais velhas e seu tamanho e consistência aumentam com a idade. Isto dificulta a acomodação (presbiopia). A atividade metabólica nesta região é virtualmente nula
MEIOS DE REFRAÇÃO
A- córnea
B- cristalino
cristalino
4. Humor Vítreo
É uma massa gelatinosa que preenche a câmara vítrea,
limitado pelo cristalino e pelo corpo ciliar, anteriormente, e a retina posteriormente.
Está preso ao nível do(a):
Ligamento de Wieger (W)
Base do vítreo (BV) - Ora serrataEquador
(E)Papila óptica
(P)Mácula (M)
MHA (Membrana Hialóide Anterior)
Constituído de colágeno tipo II + mucopolissacarídeo hidrofílico (ácido hialurônico).
MEIOS DE REFRAÇÃO
H ISTOLOGIA DO S. A UDITIVO
S ISTEMA AUDITIVO
O sistema auditivo é composto de 3 partes:
O ouvido externo:pavilhão auricular e meato acústico externo;
O ouvido médio:membrana timpânica,3 ossículos(martelo,bigorna e estribo),cavidade timpânica e tuba auditiva ou trompa de Eustáquio.
O ouvido interno:labirinto ósseo(vestíbulo,canais semicirculares e cóclea) e labirinto membranoso(sacos e ductos).
O ouvido é constituído por 1 S.auditivo,que atua na percepção do som,e por um S. Vestibular,que atua no equilíbrio estático e dinâmico.
Cada um das três partes do ouvido faz parte do S. Auditivo. O
ouvido externo e o médio captam e transportam a energia sonora
onde os receptores das sensações auditivas transformam essa energia
em impulsos nervosos.Os receptores sensoriais do S. Vestibular,que
respondem à gravidade e aos movimentos da cabeça,localizam-se
também no ouvido interno e funcionam independente do médio ou
externo
E MBRIOLOGIA
E MBRIOLOGIA - OUVIDO INTERNO
A orelha interna é a primeira das três partes anatômicas a iniciar o seu desenvolvimento. No início da quarta semana, um espessamento do ectoderma da superfície, o placoíde ótico, aparece de ambos os lados do mielencéfalo, a parte caudal do rombemcéfalo. Influências da notacorda e do mesoderma paraxial estimulam o ectoderma da superfície a formar os placoídes óticos. Cada placoíde ótico logo se ivagina e mergulha no mesênquima subjacente; assim, o placoíde ótico forma a fosseta ótica. As bordas desta fosseta se aproximam e se fundem, formando a vesícula ótica, que é o primórdio do labirinto membranoso;
.
Ouvido interno
A vesícula ótica perde, então, sua conexão com o ectoderma da superfície e dela cresce um divertículo que se alonga para formar o ducto e o saco endolinfáticos.
Neste momento, duas regiões da vesícula ótica são reconhecidas:
Uma parte utricular, dorsal, de onde se origina o ducto endolinfático, o utrículo e os ductos semilunares.
Uma parte sacular, ventral, de onde se origina o sáculo e o ducto coclear
Três divertículos crescem para fora da parte utricular do labirinto membranoso primitivo. A parte central destes divertículos logo se funde e desaparece. A parte periférica não fundidas dos divertículos se tornam os ductos semilunares que ficam unidas ao utrículo (parte central) e mais tarde ficam contidas dentro dos canais semicirculares do labirinto ósseo. Dilatações localizadas, as ampolas, formam-se em uma das extremidades de cada ducto semicicurlar.
Da parte sacular ventral da vesícula ótica, cresce um divertículo tubular- ducto coclear- que se espiraliza para formar a cóclea membranosa. Logo se forma a conexão da cóclea com sáculo, o ducto reuniens.
E MBRIOLOGIA - OUVIDO INTERNO
Ouvido interno
O órgão espiral ou de Corti se diferencia a partir de células da parede do ducto coclear. Células ganglionares do nervo craniano VIII (vestíbulo-coclear) migram através da cóclea membranosa e formam o gânglio espiral (gânglio coclear). Prologamentos neurais estendem-se deste gânglio para órgão espiral, onde termina nas células ciliadas.
Influências indutoras provenientes da vesícula ótica estimulam o mesênquima ao seu redor a se condensar e se diferenciar na cápsula ótica cartilaginosa; com o crescimento do labirinto membranoso, aparecem os vacúolos na cápsula ótica cartilaginosa, que logo coalescem para formar o espaço perilinfático. O labirinto membranoso fica suspenso na perilinfa. O espaço perilinfático relacionado com o ducto coclear forma duas divisões, a escala timpânica e a escala vestibular. Mais tarde a cápsula ótica se ossifica e forma o labirinto ósseo; a orelha interna atinge sue tamanho e forma do adulto na metade do período fetal (20 a 22 semanas).
E MBRIOLOGIA - OUVIDO INTERNO
Ouvido interno
Já o ouvido médio começa deu desenvolvimento a partir do recesso tubo timpânico.
Este se forma a partir da primeira bolsa faríngea. A parte proximal do recesso tubo timpânico forma a tuba auditiva (tuba faringo timpânica). A parte distal do recesso tubo timpânico se expende e se torna a cavidade timpânica que gradualmente envolve os ossículos (martelo, bigorna e estribo), seus tendões, seus ligamentos e o nervo da corda timpânica. (figura 3)
Os ossículos (martelo, estribo e bigorna), por sua vez, se formam dos arcos faríngeos.
A extremidade dorsal da cartilagem do primeiro arco faríngeo (cartilagem de Meckel) está intimamente relacionada com a orelha em desenvolvimento. No início do desenvolvimento, nódulos pequenos se soltam da parte proximal desta cartilagem e formam dois dos ossículos da orelha média: o martelo e a bigorna. Uma cartilagem independente se origina próxima à extremidade dorsal da cartilagem do segundo arco faríngeo (cartilagem de Reichert); tal cartilagem se ossifica e forma o estribo.
Durante o final do período fetal, a expansão da cavidade timpânica dá origem ao antro mastoideo, localizado na parte petromastóidea do osso temporal. O antro mastoide é quase do tamanho adulto ao nascimento; entretanto, não há células mastoides em crianças recém-nascidas. Aos dois anos de idade, as células mastoides estão bem desenvolvidas e produzem projeções cônicas dos ossos temporais, os processos mastoides. A orelha média continua crescendo até a puberdade. O músculo tensor do tímpano, preso ao martelo, se origina do mesênquima do primeiro arco faríngeo e é inervado pelo v par craniano, o nervo deste arco. O músculo estapédio é originado do segundo arco faríngeo e é suprido pelo VII par craniano, o nervo deste arco.
E MBRIOLOGIA - OUVIDO MÉDIO
Ouvido médio
O primórdio da membrana timpânica é a primeira membrana faríngea, que forma a superfície externa da membrana timpânica. No embrião, a membrana faríngea separa o primeiro sulco faríngeo da primeira bolsa faríngea. À medida que o desenvolvimento prossegue, o mesênquima cresce entre as duas partes da membrana faríngea e se diferencia nas fibras colágenas da membrana timpânica. Para resumir, a membrana timpânica se forma de 3 fontes:
Ectoderma do primeiro sulco faríngeo;
Endoderma do recesso tubotimpânico, derivado da primeira bolsa faríngea;
Mesoderma do primeiro e do segundo arco faríngeos.
O meato acústico externo, a passagem da orelha externa levando à membrana timpânica, desenvolve-se a partir da extremidade dorsal do primeiro sulco faríngeo,as células ectodérmicas do fundo deste tubo em forma de funil proliferamn, formando uma placa epitelial compacta, o tampão do meato. No final do período fetal,as células centrais deste tampão se degeneram, formando uma cavidade que se tornará a parte interna do meato acústico externo.
E MBRIOLOGIA - OUVIDO EXTERNO
Ouvido externo
A aurícula desenvolve-se a partir de seis proliferações mesenquimais do primeiro e do segundo arcos faríngeos. As proeminências, saliências auriculares, envolvem o primeiro arco farínge. O lóbulo da orelha é a última parte a se desenvolver. O pavilhão auricular começa a se desenvolver na base do pescoço; com o desenvolvimento da mandíbula, as orelhas se movem para a sua posição normal dos lados da cabeça
E MBRIOLOGIA - OUVIDO EXTERNO
Ouvido externo
O UVIDO E XTERNO
É constituído pelo pavilhão auricular e meato acústico externo;
O pavilhão auricular: formado por 1 placa única e irregular de cartilagem elástica . A pele que recobre essa cartilagem é delgada e contém pêlos finos, glândulas sebáceas e sudoríparas;
Meato acústico externo:estende-se do pavilhão auricular ao tímpano; tem forma de S, 25 mm de comprimento.
Seu terço externo é formado por cartilagem elástica e os dois terços internos pelo osso temporal;é revestido por pele que contém numerosos pêlos, glândulas tanto sebáceas como Ceruminosas ( glândulas sudoríparas apócrinas modoficadas túbulo enovela- da formadora do cerume que protege o ouvido contra o ressecamanto).
O UVIDO M ÉDIO
É constituído por cavidade timpânica,ossículos,membrana timpânica e tuba auditiva.
Cavidade timpânica:é um espaço irregular e cheio de ar,situado dentro do osso temporal.A maior parte da sua superfície é revestida por epitélio pavimentoso simples a cúbico baixo,Próximo a abertura da tuba auditiva,as células epiteliais são cilíndricas ciliadas.
3 ossículos(martelo,bigorna e estribo):formam uma cadeia de alavancas que unem o ouvido externo ao interno;o martelo esta aderido a superfície interna do tímpano;o estribo está orientado em um ângulo reto em relação a bigorna e está ligado por um ligamento fibroso a janela oval do ouvido interno.O martelo e a bigorna estão ligados ao teto da cavidade timpânica por ligamentos suspensores;são constituídos por tecido ósseo,unidos entre si por articulações sinoviais e são revestidos pelo mesmo epitélio que reveste a cavidade timpânica
Função dos 3 ossículos:as ondas sonoras que incidem sobre o
tímpano,transformam-se em vibrações mecânicas e são
transmitidas ao martelo.Do martelo,tais vibrações vão para a
bigorna e depois para o estribo que se move como um
êmbolo,provocando o deslocamento do fluídos do ouvido
interno.
O UVIDO M ÉDIO
Membrana timpânica:é delgada,rígida,semi-transparente e de forma de oval; é constituída por uma porção central de tecido conjuntivo recoberto por uma camada epitelial interna;seu centro contém fibrócitos,fibras colágenas e elásticas.A superfície interna da membrana é revestida por epitélio simples e a superfície externa por um epitélio pavimentoso estratificado;está dividida em 2 partes:pars tensa(conjuntiva) e pars flácida(sem tecido conjuntivo).
O UVIDO M ÉDIO
Tuba auditiva:estende-se do tímpano até a nasofaringe com 3,5 cm;o terço lateral de suas paredes está formado por ossos.os dois terços mediais estão formados por cartilagem elástica,com exceção da abertura na nasofaringe,onde é hialina;é revestida por epitélio ciliado que varia de cilíndrico a simples perto da cavidade timpânica a pseudo-estratificado cilíndrico perto da nasofaringe;
Função:igualar a pressão do da cavidade timpânica à do ambiente externo;esse ajuste ocorre durante a deglutição e o bocejo,quando as paredes da tuba são separadas,permitindo que o ar da nasofaringe entre na cavidade.
O UVIDO I NTERNO
É constituído pelo labirinto ósseo e labirinto membranoso;
Labirinto ósseo:é formado pelo vestíbulo,pelos canais semicirculares e pela cóclea;suas paredes são compostas por 1 camada perióstea externa,1 camada endocondral média e 1 camada endóstea interna.
a)Vestíbulo:porção central do labirinto ósseo;apresenta um recesso elíptico(utrículo) e um recesso esférico(sáculo)
O UVIDO I NTERNO
Canais semicirculares:são 3 (superior,lateral e o posterior);cada canal forma dois terços de um círculo com ângulo reto entre eles;possui nas extremidades uma dilatação--as ampolas;os três canais abre-se no vestíbulo pelo crus commune.
O UVIDO I NTERNO
Cóclea:é um canal osso espiralado em torno de um pilar central de osso,o modíolo;possui 2 aberturas,a janela coclear redonda e o canalículo coclear (permite a comunicação entre o espaço subaracmoíde e o canal coclear).
O UVIDO I NTERNO
Labirinto membranoso:formado por sacos(utrículo,sáculo e saco endolinfático) e os ductos (ductos semicirculares,ducto endolinfático e ducto coclear).todos os componentes comunicam-se entre si;dentro do sistema fechado do labirinto tem endolinfa( muito K e pouco Na) e fora do sistema tem a perIlinfa(pouco K e muito Na),sendo isso importante para impulso nervoso.
O UVIDO I NTERNO
Associados ao sistema vestibular,há 5 regiões sensoriais;1 no utrículo,1 na sáculo e 3 ductos semicirculares.outra região sensorial está associada ao sistema auditivo,ducto coclear.
U TRÍCULO
Tem paredes compostas de tecido conjuntivo revestido internamente por 1 camada de epitélio pavimentoso simples a cúbico,a região sensorial é mácula,região ovóide com três tipos de células.
a)células cilíndricas altas de sustentação com microvilos e glânulos de secreção;
b)células sensoriais mecanorreceptoras tipo I(piriforme e base arrendondada) e II(cilíndricas).
Cada célula sensorial tem 1 cinetocílio e 30 a 100
enterocílios,incluídos na membrana otolítica que contém
os otôconios-detecta alterações na posição durante o
movimento.
O UVIDO I NTERNO
Sáculo:é achatado e irregular; histologicamente, tem parede semelhante ao utrículo;sua região sensorial é mácula do sáculo,também constituída por células de sustentação e células sensoriais I e II.
Ductos semicirculares:superior,posterior e lateral localizam-se nos seus respectivos canais semicirculares ósseos;tem 10 a 15 mm de comprimento;possui na extremidade de cada ducto uma região dilatada que contém uma região sensorial- crista ampular.
D UCTO COCLEAR
É constituído por tecido conjuntivo revestido internamente por células endoteliais;situa-se no labirinto coclear ósseo entre a lâmina espiral óssea e a parede externa da cóclea óssea.Espiraliza-se em torno do modíolo,terminando num fundo de saco;
O conjunto lâmina espiral óssea e o ducto coclear divide a cóclea em 2 espaços:rampa vestibular e rampa timpânica,ambas preenchidas por perilinfa;já a rampa média situada no ducto coclear tem endolinfa.
Tem uma aparência triangular,sendo um dos lados do ducto triangular é a membrana basilar,constituída por uma camada de tecido conjuntivo que contem colágeno.O segundo lado do triângulo está inserido na parede óssea externa à cóclea,sendo tal região constituída por ligamento espiral e estria vascular;
O terceiro lado do triângulo e a membrana vestibular ou de Reissner.
C OMPARE AS IMAGENS
C
OMPARE O ESQUEMA DOJ
UNQUEIRA COM A IMAGEM HISTOLÓGICA;
PERCEBA QUE A IMAGEM HISTOLÓGICA ESTÁ INVERTIDA HORIZONTALMENTE EM RELAÇÃO AO ESQUEMA DOJ
UNQUEIRADucto coclear visto de mais perto
Ó RGÃO DE C ORTI
É um conjunto de células epitéliais sensoriais e de sustentação que repousa sobre o lábio timpânico da lâmina espiral óssea e sobre a membrana basilar-- protegido pela membrana tectória.
Células sensoriais:são as células pilosas internas e pilosas externas.
Células de sustentação:são as células pilares internas e
externas;células falângicas internas e externas(de
Deiter);células limitantes,células de Hensen,células de Cladius
e células de Boettcher.
Órgão de córti visto mais de perto