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HISTÓRIA - 3 o ANO MÓDULO 18 A POLÍTICA NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA

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Texto

(1)

MÓDULO 18

A POLÍTICA NA

REPÚBLICA

OLIGÁRQUICA

(2)

Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de cujo perigo já nos advertia Saint- -Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a política dos governadores”. Em círculos con- cêntricos esse sistema vem cumular no próprio poder central que é o Sol do nosso sistema.

(PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.)

A crítica presente no texto remete ao acordo que fundamentou o regime republicano brasileiro durante as três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a):

a) poder militar, enquanto fiador da ordem econômica;

b) presidencialismo, com o objetivo de limitar o poder dos coronéis;

c) domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa;

d) intervenção nos estados, autorizada pelas normas constitucionais;

e) isonomia do governo federal no tratamento das disputas locais.

(3)

Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de cujo perigo já nos advertia Saint- -Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a política dos governadores”. Em círculos con- cêntricos esse sistema vem cumular no próprio poder central que é o Sol do nosso sistema.

(PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.)

A crítica presente no texto remete ao acordo que fundamentou o regime republicano brasileiro durante as três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a):

a) poder militar, enquanto fiador da ordem econômica;

b) presidencialismo, com o objetivo de limitar o poder dos coronéis;

c) domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa;

d) intervenção nos estados, autorizada pelas normas constitucionais;

e) isonomia do governo federal no tratamento das disputas locais.

1)

Não resta dúvida de que a manutenção de características coloniais, com base no latifúndio monocultor escravista, representavam um sério obstáculo para o progresso urbano-industrial.

O crescimento do processo abolicionista e o fortalecimento da nova oligarquia não escravista do oeste paulista, trabalhavam em detrimento do regime monárquico e dos interesses a oli- garquia escravista.

O antagonismo do novo (urbano-industrial e abolicionista) com o arcaico (agroexportador e escravista), associado a outras questões estruturais, como as restrições que a Igreja e o Exército passam a fazer ao centralismo monárquico, determinam a passagem da Monarquia para República, através de um golpe de Estado, articulado pela aristocracia rural e pelo Exército no dia 15 de novembro de 1889.

Para finalizar esse momento histórico, vale destacar o apoio (meramente circunstancial) da oligarquia tradicional escravista ao movimento republicano. Essa aparente contradição deve-se ao fato de o regime monárquico ter abolido a escravidão sem indenização para os proprietários de escravos, que, percebendo a inevitável morte da Monarquia, ingressaram de maneira opor- tunista no movimento republicano, visando participar do novo governo e garantir seus privilégios de classe. Nesse sentido, não por acaso, a primeira fase da República no Brasil (República Velha) é historicamente dividida em “República da Espada” e “República das Oligarquias”.

(http://www.historianet.com.br/v2/content php?showItem=165)

a) Identifique um elemento da crise de governabilidade do Segundo Reinado que tenha provocado a queda do regime monárquico em 1889.

b) Identifique um mecanismo de controle eleitoral que tenha garantido a chamada Política do Café com Leite durante a República Oligárquica.

(4)

2) (UFRJ) Espero que a representação mineira, correspondendo aos nobres intuitos de V.Ex.a., virá trazer o importante concurso do seu apoio para a realização da grande obra que o meu governo tem em mãos e que, felizmente, para levá-lo à conclusão, não carece senão da firmeza dos bons elementos que con- stituírem o futuro Congresso. (...)

O estado de Minas acha-se destinado a representar o mais importante papel na verificação dos poderes da futura Câmara. A reforma do regimento, ao findar-se a passada legislatura, deu ao Dr. Vaz de Melo, deputado mineiro, a investidura da presidência interina desta casa do Congresso na próxima sessão. A ele caberá formar a Comissão, à qual incumbe o início, a base dos trabalhos na verificação dos poderes.

É deste ponto de partida que dependerá essencialmente a constituição legítima do mais importante ramo do Congresso, principalmente se, como presumo, o presidente interino firmar o prestígio da sua ação preliminar no apoio decidido e resoluto da poderosa representação mineira, da qual ele faz parte.

(Carta de Campos Sales a Silviano Brandão - 8/2/1900, citada em Sales, Manuel Ferraz Campos. Da Propaganda à Presidência. Brasília, Ed. Univ.

de Brasília, 1983).

Nesta República monstruosa, onde não há justiça, nem instrução, nem eleição, nem responsabili- dades, a bandeira da federação é a bandeira negra do corso cobrindo todas as depredações da pirataria política.

(SOARES, Martim. O Babaquara: Subsídio para a história da oligarquia no Ceará. Rio de Janeiro, s/ed., 1912).

Estes são dois documentos relativos à organização política da Primeira República. No primeiro docu- mento, o presidente Campos Sales promove entendimentos com o governador de Minas Gerais no sen- tido de interferir no processo de verificação de poderes para a composição da Câmara dos Deputados.

Estabelecido o acordo do Governo Federal com Minas Gerais e outros importantes estados, entrava em vigor um dos mais importantes acordos políticos da Primeira República - a política dos governadores. O segundo documento é um pequeno trecho de um vigoroso libelo contra o predomínio das oligarquias na Primeira República.

a) Explique de que forma a política dos governadores contribuiu para o fortalecimento das oligarquias estaduais.

b) Justifique a indignação do autor do segundo documento por meio de dois exemplos.

(5)

3) A fase oligárquica da República Velha, no Brasil, se caracteriza:

(01) pelo fraco desempenho da cafeicultura e pela decadência do estado de São Paulo.

(02) pelo predomínio absoluto do proletariado urbano e rural na economia e na política.

(04) por movimentos sociais, que reivindicam maior participação econômica e política de classes médias, destacando-se o movimento tenentista.

(08) pelo predomínio das oligarquias estaduais dos estados do Sul e do Nordeste em detrimento dos estados do Sudeste.

(16) pela hegemonia dos grandes proprietários rurais, em que a prática do coronelismo forta- lecia o mandonismo político local.

Indique a soma das alternativas corretas.

(6)

4) Tratava-se de reduzir o poder das oligarquias nas áreas onde isto parecia mais fácil e onde eram mais chocantes as desigualdades sociais. Tendo muitos laços com a política local, não conseguiram mais do que substituir velhas oligarquias por novas.

(Boris Fausto)

O texto identifica uma política característica da República Velha e utilizada pelo governo Hermes da Fonseca, através de interventores militares. Assinale-a nas alternativas abaixo:

a) Política do Café com Leite.

b) Política de Valorização do Café.

c) Política das Salvações.

d) Política dos Governadores.

e) Política de Parceria.

5) I) Para sua “clientela”, isto é, para a massa de agregados que dispunha de seus favores em troca de absoluta fidellidade, (...) era cedido terras para o cultivo, ajuda nas doenças, proteção nos problemas policiais etc., para os amigos e membros da família, (...) ele distribuía cargos na administração pública, arranjava empréstimos.

II) As disputas eleitorais também davam origem às chamadas “eleições a bico de pena”, ou seja, eleições fraudulentas, onde se registravam votos de pessoas que não existiam ou que já haviam falecido (...)

Os textos I e II descrevem fenômenos que identificam, no Brasil:

a) o populismo e a Nova República;

b) o tenentismo e o Regime Militar;

c) o coronelismo e a República Velha;

d) o parlamentarismo e o Segundo Império.

(7)

4) Tratava-se de reduzir o poder das oligarquias nas áreas onde isto parecia mais fácil e onde eram mais chocantes as desigualdades sociais. Tendo muitos laços com a política local, não conseguiram mais do que substituir velhas oligarquias por novas.

(Boris Fausto)

O texto identifica uma política característica da República Velha e utilizada pelo governo Hermes da Fonseca, através de interventores militares. Assinale-a nas alternativas abaixo:

a) Política do Café com Leite.

b) Política de Valorização do Café.

c) Política das Salvações.

d) Política dos Governadores.

e) Política de Parceria.

5) I) Para sua “clientela”, isto é, para a massa de agregados que dispunha de seus favores em troca de absoluta fidellidade, (...) era cedido terras para o cultivo, ajuda nas doenças, proteção nos problemas policiais etc., para os amigos e membros da família, (...) ele distribuía cargos na administração pública, arranjava empréstimos.

II) As disputas eleitorais também davam origem às chamadas “eleições a bico de pena”, ou seja, eleições fraudulentas, onde se registravam votos de pessoas que não existiam ou que já haviam falecido (...)

Os textos I e II descrevem fenômenos que identificam, no Brasil:

a) o populismo e a Nova República;

b) o tenentismo e o Regime Militar;

c) o coronelismo e a República Velha;

d) o parlamentarismo e o Segundo Império.

(8)

6) Durante a República Velha no Brasil (1889-1930), vigorou o conhecido “voto de cabresto”, que se relaciona com, exceto:

a) pouca politização das camadas populares rurais e urbanas;

b) utilização de formas de violência por parte dos coronéis;

c) votação aberta, permitindo a formação dos “currais eleitorais”;

d) predomínio de interesses dos grandes proprietários rurais;

e) troca de favores, melhorando as condições de vida dos trabalhadores.

7) (PUC) A partir do governo Campos Salles, inaugura-se um esquema político destinado a garantir o apoio do Congresso ao presidente, bem como a conciliação de interesses entre o Governo Federal e as oligarquias dominantes nos estados.

O órgão-chave para a implantação deste esquema, conhecido como Política dos Gover- nadores, foi:

a) o Tribunal Superior Eleitoral;

b) o Ministério da Justiça;

c) a Chefia de Polícia do Distrito Federal;

d) a Comissão de Verificação dos Poderes;

e) o Departamento Federal de Segurança Pública.

(9)

6) Durante a República Velha no Brasil (1889-1930), vigorou o conhecido “voto de cabresto”, que se relaciona com, exceto:

a) pouca politização das camadas populares rurais e urbanas;

b) utilização de formas de violência por parte dos coronéis;

c) votação aberta, permitindo a formação dos “currais eleitorais”;

d) predomínio de interesses dos grandes proprietários rurais;

e) troca de favores, melhorando as condições de vida dos trabalhadores.

7) (PUC) A partir do governo Campos Salles, inaugura-se um esquema político destinado a garantir o apoio do Congresso ao presidente, bem como a conciliação de interesses entre o Governo Federal e as oligarquias dominantes nos estados.

O órgão-chave para a implantação deste esquema, conhecido como Política dos Gover- nadores, foi:

a) o Tribunal Superior Eleitoral;

b) o Ministério da Justiça;

c) a Chefia de Polícia do Distrito Federal;

d) a Comissão de Verificação dos Poderes;

e) o Departamento Federal de Segurança Pública.

(10)

8) (UFG)

(Charge de Raul. In: Revista da Semana, 3 mar. 1977)

A charge refere-se à política republicana brasileira, no período de 1898 a 1930.

Relacione a charge com a forma de alternância do poder federal nesse período e explique como se deu o desdobramento dessa política nos estados da federação.

9)

A ilustração acima refere-se:

a) ao alto grau de abstenção dos eleitores na Primeira República, o que facilitava a ação de políticos ilustrados;

b) à prática dos grupos oligárquicos, que controlavam de perto o voto de seus dependentes e agregados;

c) ao elevado índice de analfabetismo no campo, o que favorecia a distribuição de cédulas eleitorais falsas;

d) à alternância no poder federal, graças ao controle dos votos, de políticos populares dos diversos estados brasileiros;

e) ao controle do governo central sobre os governadores, que se valia do estado de sítio no período eleitoral.

(11)

8) (UFG)

(Charge de Raul. In: Revista da Semana, 3 mar. 1977)

A charge refere-se à política republicana brasileira, no período de 1898 a 1930.

Relacione a charge com a forma de alternância do poder federal nesse período e explique como se deu o desdobramento dessa política nos estados da federação.

9)

A ilustração acima refere-se:

a) ao alto grau de abstenção dos eleitores na Primeira República, o que facilitava a ação de políticos ilustrados;

b) à prática dos grupos oligárquicos, que controlavam de perto o voto de seus dependentes e agregados;

c) ao elevado índice de analfabetismo no campo, o que favorecia a distribuição de cédulas eleitorais falsas;

d) à alternância no poder federal, graças ao controle dos votos, de políticos populares dos diversos estados brasileiros;

e) ao controle do governo central sobre os governadores, que se valia do estado de sítio no período eleitoral.

(12)

10) (FUVEST)

Diante do meu charuto, muito doutor de lei ficou menor do que um anão de circo de cavalinho.

(Ponciano de Azeredo Furtado, personagem criado por José Candido de Carvalho, em O coronel e o lobisomem).

Tomando como referência o texto, identifique o fenômeno nele retratado e explique suas raízes e permanências.

11) (ENEM)

A figura de coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principal- mente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência.

(Disponível em http://www.historiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008. Adaptado)

Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que:

a) o coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos políticos;

b) o eleitor não podia eleger o presidente da República;

c) o coronel aprimorou o processo democrático ao instituir o voto secreto;

d) o eleitor era soberano em sua relação com o coronel;

e) os coronéis tinham influência maior nos centros urbanos.

(13)

10) (FUVEST)

Diante do meu charuto, muito doutor de lei ficou menor do que um anão de circo de cavalinho.

(Ponciano de Azeredo Furtado, personagem criado por José Candido de Carvalho, em O coronel e o lobisomem).

Tomando como referência o texto, identifique o fenômeno nele retratado e explique suas raízes e permanências.

11) (ENEM)

A figura de coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principal- mente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência.

(Disponível em http://www.historiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008. Adaptado)

Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que:

a) o coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos políticos;

b) o eleitor não podia eleger o presidente da República;

c) o coronel aprimorou o processo democrático ao instituir o voto secreto;

d) o eleitor era soberano em sua relação com o coronel;

e) os coronéis tinham influência maior nos centros urbanos.

(14)

12) (ENEM) Para os amigos, pão; para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.

(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.)

Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada:

a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios;

b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira;

c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos;

d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não en- contraram espaço de ascensão política na nascente, república;

e) pela aliança política firmada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões.

13) (UFRJ)

1894 1898 1902 1906 1910 1914 1918 1919 1922 1926 1933 1945

2,2 2,8 3,5

1,4 3,1 2,3 1,4 1,4 2,6 2,1

5,4 13,4

19,9

1950

1930 - fim da 1ª República e início da era Vargas 5,0

10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0

0,0 porcentagem - %

ano eleitoral

Comparecimento em proporção da população durante eleições presidenciais no Brasil - 1894 a 1950

Os dados eleitorais presentes na tabela indicam uma pequena participação popular nas eleições presidenciais na Primeira República (1890-1930). Identifique duas restrições impostas pela Constituição de 1891 ao exercício do voto.

(15)

12) (ENEM) Para os amigos, pão; para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.

(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.)

Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada:

a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios;

b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira;

c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos;

d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não en- contraram espaço de ascensão política na nascente, república;

e) pela aliança política firmada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões.

13) (UFRJ)

1894 1898 1902 1906 1910 1914 1918 1919 1922 1926 1933 1945

2,2 2,8 3,5

1,4 3,1 2,3 1,4 1,4 2,6 2,1

5,4 13,4

19,9

1950

1930 - fim da 1ª República e início da era Vargas 5,0

10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0

0,0 porcentagem - %

ano eleitoral

Comparecimento em proporção da população durante eleições presidenciais no Brasil - 1894 a 1950

Os dados eleitorais presentes na tabela indicam uma pequena participação popular nas eleições presidenciais na Primeira República (1890-1930). Identifique duas restrições impostas pela Constituição de 1891 ao exercício do voto.

(16)

14) (ENEM)

É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 1889. Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930.

(MELLO, M. T. C. A República consentida: cultura democrática e científica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 [adaptado].)

O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de:

a) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas;

b) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia;

c) criticar a política educacional adotada durante a República Velha;

d) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder;

e) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.

(17)

1) (PUC) Segundo Maria Auxiliadora Guzzo de Decca, no início do século XX, a população operária, vista pelos poderes constituídos geralmente como gente promíscua e degenerada de hábitos nocivos e cultura inferior, estaria potencial e efetivamente predisposta à criminalidade e à revolta.

A partir do exposto, é possível afirmar que o poder público, exceto:

a) apresentava uma visão preconceituosa e estereotipada acerca do proletariado;

b) reconhecia os direitos fundamentais e as necessidades básicas dos trabalhadores;

c) temia qualquer forma de organização e mobilização da classe trabalhadora;

d) tinha consciência do nível de tensão social verificado naquele momento;

e) ressaltava a notória periculosidade inerente ao operariado em formação.

14) (ENEM)

É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 1889. Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930.

(MELLO, M. T. C. A República consentida: cultura democrática e científica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 [adaptado].)

O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de:

a) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas;

b) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia;

c) criticar a política educacional adotada durante a República Velha;

d) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder;

e) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.

(18)

2) (PUC) Nos anos iniciais da república no Brasil, o presidente Campos Salles criou a “política dos governadores”, que consistia:

a) numa troca de favores entre o presidente e os governadores estaduais, permitindo a esta- bilização do Governo Federal;

b) numa medida administrativa, objetivando a valorização do café, maior produto na pauta de exportação do país;

c) num acordo entre os governadores de cada estado da federação que se revezariam na Rresidên- cia da República;

d) numa negociação entre as elites políticas dirigentes visando à redução das despesas públicas;

e) numa solução temporária para equilibrar a economia, através da qual cada governador criaria novos impostos.

(19)

2) (PUC) Nos anos iniciais da república no Brasil, o presidente Campos Salles criou a “política dos governadores”, que consistia:

a) numa troca de favores entre o presidente e os governadores estaduais, permitindo a esta- bilização do Governo Federal;

b) numa medida administrativa, objetivando a valorização do café, maior produto na pauta de exportação do país;

c) num acordo entre os governadores de cada estado da federação que se revezariam na Rresidên- cia da República;

d) numa negociação entre as elites políticas dirigentes visando à redução das despesas públicas;

e) numa solução temporária para equilibrar a economia, através da qual cada governador criaria novos impostos.

3) (PUC)

Certo dia de eleição, na pitoresca cidade de Pacatuba, (...) cobriu-se de luto uma família de muitos filhos, que ficara na mais negra miséria. O pai fora assassinado depois de uma discussão acalorada, em defesa do chefão político. Tombou o pobre homem, que fora arrastado como um autômato para votar, ou por outras, servir (...) ao dono de engenho e senhor de grande prestígio.

Mal sabia assinar o nome (...), uma semana antes recebera um par de botinas, uma camisa de chita e um chapéu de palha desabado.

O texto, que narra um dia de eleição no período da República Velha, refere-se diretamente:

a) à política do café com leite e dos governadores;

b) ao coronelismo e ao voto de cabresto;

c) à oligarquia do café e ao curral eleitoral;

d) à política dos governadores e ao coronelismo;

e) ao curral eleitoral e ao direito de voto do analfabeto.

(20)

4) (UERJ)

Eleição dá despesa: registro de nascimento, que a criançada vai nascendo e só se registra quando chega a hora de votar, meia dúzia de retratos, lanche, passagem. Fora a distribuição de máquinas de costura, empréstimos de vaca com cria pra quem tá carecendo de leite, ainda tem matuto querendo ver direito o nome dos candidatos. Pode não, oxente!

(RIBEIRO, Marcus Venício et alli. Brasil Vivo. Petrópolis, Ed. Vozes, 1992.)

O mecanismo político existente na República Oligárquica no Brasil e caricaturado no trecho acima é:

a) Lei de Terras;

b) voto de cabresto;

c) política dos governadores;

d) Comissão de Verificação de Poderes.

(21)

4) (UERJ)

Eleição dá despesa: registro de nascimento, que a criançada vai nascendo e só se registra quando chega a hora de votar, meia dúzia de retratos, lanche, passagem. Fora a distribuição de máquinas de costura, empréstimos de vaca com cria pra quem tá carecendo de leite, ainda tem matuto querendo ver direito o nome dos candidatos. Pode não, oxente!

(RIBEIRO, Marcus Venício et alli. Brasil Vivo. Petrópolis, Ed. Vozes, 1992.)

O mecanismo político existente na República Oligárquica no Brasil e caricaturado no trecho acima é:

a) Lei de Terras;

b) voto de cabresto;

c) política dos governadores;

d) Comissão de Verificação de Poderes.

5) (PUC)

Quinze de novembro Deodoro todo nos trinques

Bate na porta de Dão Pedro Segundo.

“– Seu imperador, dê o fora

que nós queremos tomar conta desta bugiganga.

Mande vir os músicos.”

O imperador bocejando responde:

“– Pois não meus filhos não se vexem me deixem calçar as chinelas

podem entrar à vontade:

só peço que não me bulam nas obras completas de

[Victor Hugo.”

(MENDES, Murilo. História do Brasil. Poemas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 169)

O episódio mencionado no poema inaugura a república brasileira, cujo traço mais marcante, até 1930, se encontra no fato de que:

a) o federalismo retirou do Sudeste a posição de hegemonia nacional, alterando o jogo de forças que beneficiava a oligarquia;

b) a preocupação do Estado voltou-se para o investimento em infraestrutura, incentivando o cresci- mento do setor manufatureiro;

c) o governo provisório diminuiu o poder dos Estados e fechou o Legislativo, centralizando quase todos os poderes;

d) as transformações políticas ocorridas no período abalaram profundamente a estrutura socioeconômica do país;

e) a política esteve inteiramente dominada pela oligarquia cafeeira, em cujo nome e interesse o poder era exercido.

(22)

6) (PUC) O governo republicano apoiaria os grupos dominantes nos Estados, enquanto estes, em troca, apoiariam a política do presidente. Este arranjo, concebido por Campos Sales, ficou conhecido como:

a) Política dos Governadores;

b) Encilhamento;

c) Plano de Metas;

d) Café com leite;

e) Civilismo.

(23)

6) (PUC) O governo republicano apoiaria os grupos dominantes nos Estados, enquanto estes, em troca, apoiariam a política do presidente. Este arranjo, concebido por Campos Sales, ficou conhecido como:

a) Política dos Governadores;

b) Encilhamento;

c) Plano de Metas;

d) Café com leite;

e) Civilismo.

7) (PUC) Concebendo a “cultura” no sentido de Gilberto Freyre — como expressão global da vida política e do espírito, social e individual, vital e humana, pode-se dizer que José Lins do Rego é a expressão literária da cultura da sua terra; é mais da terra que dos livros. É a consciência literária da casa-grande e da senzala, dos senhores de engenho e dos pretos, dos bacharéis e dos moleques, de todo um mundo agonizante. Foi ontem, isso? Ou é ainda hoje assim, ou vive apenas na sua memória incomparável?

(Otto Maria Carpeaux. O brasileiríssimo José Lins do Rego. Prefácio a “Fogo morto”)

O mandonismo local esteve presente na sociedade brasileira desde o Período Colonial e adquiriu a forma de “coronelismo” após a proclamação da República e vinculou-se à existência:

a) da produção cafeeira, da expansão urbana e da política do café com leite;

b) do poder oligárquico, do positivismo e da militarização do governo;

c) da produção de cana-de-açúcar, do voto censitário e do regime parlamentar;

d) do voto de analfabetos, da maçonaria e da política dos governadores;

e) do latifúndio, da troca de favores e do voto de cabresto.

(24)

8)

O coronel é o homem que comanda a política nacional, porque ele é quem elege os homens que a fazem. Sem ele, ninguém é eleito [...] Em verdade, o coronel é o homem que resolve os casos sem solução. É ele quem atende o cidadão que bate à sua porta às três horas da madrugada, porque não tem recursos [...] Ele se levanta e vai procurar um médico, que o at- ende porque é seu amigo e leva a pessoa para a Santa Casa ou ao hospital [...] Todo mundo pensa que o sujeito vai para o curral eleitoral à força. Não, ele vai porque quer.

(J.B.L de ANDRADA, “Coronel é quem comanda a política nacional”. Apud Neves, M. de S. e HEIZER, A. A ordem é o progresso. S.P.

Atual, 1991, p. 71)

Na Primeira República (1889-1930), o coronelismo aparece como uma característica mar- cante da vida política nacional. No texto acima, um membro das elites locais explica o que vem a ser o coronel, procurando justificar as relações de dependência que se criavam em torno dele.

Explique o papel dos currais eleitorais na sustentação política da República Velha.

(25)

8)

O coronel é o homem que comanda a política nacional, porque ele é quem elege os homens que a fazem. Sem ele, ninguém é eleito [...] Em verdade, o coronel é o homem que resolve os casos sem solução. É ele quem atende o cidadão que bate à sua porta às três horas da madrugada, porque não tem recursos [...] Ele se levanta e vai procurar um médico, que o at- ende porque é seu amigo e leva a pessoa para a Santa Casa ou ao hospital [...] Todo mundo pensa que o sujeito vai para o curral eleitoral à força. Não, ele vai porque quer.

(J.B.L de ANDRADA, “Coronel é quem comanda a política nacional”. Apud Neves, M. de S. e HEIZER, A. A ordem é o progresso. S.P.

Atual, 1991, p. 71)

Na Primeira República (1889-1930), o coronelismo aparece como uma característica mar- cante da vida política nacional. No texto acima, um membro das elites locais explica o que vem a ser o coronel, procurando justificar as relações de dependência que se criavam em torno dele.

Explique o papel dos currais eleitorais na sustentação política da República Velha.

9) (ENEM)

Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coro- nel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.

(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 [adaptado].)

O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social:

a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda;

b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes;

c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica;

d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia;

e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.

(26)

10) (ENEM)

Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e min- eira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final.

(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004. Adaptado).

A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.

a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à Presidência, sem necessidade de alianças.

b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período.

c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre min- eiros e paulistas.

d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias.

e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os inter- esses das oligarquias.

Referências

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