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A DESCOBERTA DA FÉ Busque e encontrará

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Academic year: 2022

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A DESCOBERTA DA FÉ

Busque e encontrará

Encontros com borboletas

Nas asas da esperança

Maravilhas da Páscoa

O terceiro dia

M U D E S U A V I D A . M U D E O M U N D O .

(2)

Volume 17, Número 3

CONTATO PE SSOAL esperança do cristão

Wishful thinking é uma expressão da língua inglesa de difícil tradução para o português. Significa algo como “pensamento desejoso”, como quando se tem uma esperança um tanto remota de que algo acon- teça, bem diferente daquela que a Bíblia nos ensina a ter. Nas Escrituras, a palavra esperança é usada no sentido de “expectativa cheia de alegria e confiança”.

Talvez você espere que coisas boas aconteçam, ou, como eu, tenda a torcer que as ruins não ocorram. Quando me vejo diante de situações aquém do que seria o ideal, recorro a pensamentos reconfortantes como este: “Você tem de acreditar que Deus está no controle de sua vida. O momento pode ser difícil, mas você deve crer que Ele tem uma razão para o que que está acontecendo e que vai fazer com que as coisas concorram para o seu bem.”1

Filosofias assim funcionam para as dificuldades do dia a dia, mas não bastam para o enfrentamento de problemas mais graves, como o diagnóstico de uma doença fatal, a perda de uma casa ou de uma fonte de sustento. Em situações sérias, precisamos de uma esperança à altura e é isso que Jesus pode nos propor- cionar. Sua ressurreição, comemorada pelos cristãos este mês, inclui a promessa de nossa vida eterna com Ele. Como disse o Rei Davi: “Por isso se alegrou o meu coração e a minha língua exultou; ainda a minha carne há de viver em esperança.”2

Até lá, temos indicações deixadas pelo próprio Jesus de como quer que conduzamos nossas vidas:

Como Seu Pai O enviou, Ele nos envia.3 Chama-nos para sermos Suas mãos, Seus pés, Seus olhos, Seus lábios; para curar os corações partidos; consolar os que choram; alimentar os famintos; animar aqueles cujos corações sucumbiram ao desespero e à solidão; devolver a visão aos que querem Sua luz; compartilhar o Evangelho com os que precisam, desfazer os fardos pesados e libertar os espiritual- mente oprimidos.4 “De graça recebestes, de graça dai.”5

Coloquemos Jesus no centro de nossas celebrações de Páscoa e compartilhemos com todos as maravilhosas notícias de Seu nascimento, morte e ressurreição, que nos trazem a expectativa confiante de uma nova vida para todos que O buscam.

Mário Sant’Ana Editor

1. Joel Osteen, n. 1963 2. Atos 2:26

3. Ver João 20:21.

4. Ver Isaías 61:1–3.

5. Mateus 10:8

© 2015 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana.

A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.

Editor Mário Sant'Ana

dEsign Gentian Suçi

diagramação Angela Hernandez Produção Samuel Keating Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos.

Para obter informações sobre a Contato e outros produtos criados para a sua inspiração, visite nossa página na internet ou contate um dos distribuidores abaixo.

www.activated.org/br www.contato.org E-mail: revista@contato.org

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1. http://butterflywebsite.com/discover/stories.cfm 2. Ver Mateus 7:7.

3. http://elixirmime.com

Encontros com

borboletas

Enquanto pesquisava para escrever uma curta história sobre um antiquário que colecionava borboletas raras, deparei-me com um site na internet1 rico em histórias envolvendo essas fascinantes criaturas.

Impressiona o volume de relatos reunidos graças às várias pessoas que contribuem para o website — centenas de experiências — e fiquei admirado do grande impacto que a minúscula borboleta já causou à vida de tantos ao longo das eras! Há mais de dois mil anos, os gregos já usavam a metamorfose que ocorre a esses insetos como metáfora do processo de ressurreição da alma e de sua imortalidade.

É comum nesses relatos de experiências pessoais com borboletas o destaque dado a como seus autores foram confortados em momentos difíceis de suas vidas por essas criaturas maravilhosas. Depois de ler tantas histórias, perguntei-me se essas belezas aladas me emprestariam de sua mágica também. Eu estava passando por um momento difícil, sentindo a falta de minha filha mais velha que morrera havia sete anos.

Em um fim de tarde, então, pedi a Deus que me enviasse uma borboleta como sinal de que ela ainda estava conosco em espírito, mas não fiquei pensando nisso e a ideia me

escapou da memória. No dia seguinte, contudo, enquanto carregávamos o equipamento que usáramos para uma apre- sentação em uma área rural, uma linda e colorida borboleta ficou revoando insistentemente à minha volta. Mais tarde, no carro, parado no semáforo, justo quando contava esse ocorrido à minha amiga, outra dessas criaturinhas encan- tadoras passou diante do para-brisa como se dissesse: ainda estou com você.

Esses dois encontros me impressionaram, mas nem de perto tanto quanto o que se deu no Natal. Estávamos reunidos ao redor da árvore, abrindo presentes e desfru- tando do convívio uns dos outros, quando uma borboleta sobrevoou nossa sala e pousou perto do lustre, onde ficou durante todo o dia e toda a noite. Na manhã seguinte, não a vimos mais. Cumprira sua missão. Animados e gra- tos, sentimos que a visita fora um sinal para nos lembrar de nossa querida filha naquele momento especial.

É verdade que não devemos depender de manifestações assim como fonte de consolo, mas certamente não faz mal apreciá-las quando ocorrem. A Palavra de Deus nos traz pro- messas de que receberemos se pedirmos.2 Quando precisar de orientação ou de ser reconfortado, Deus pode lhe enviar mensageiros de diversas formas — com ou sem asas.

Curtis Peter van Gorder é roteirista e mímico3 na Alemanha. ■

Curtis Peter van Gorder

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com mais coragem e tendo aprendido mais compaixão. É de tirar o chapéu como dão vida e sentido à palavra fé.

Ensinam-me que Deus me ajudará a vencer as intempéries, se me apegar a Ele e à fé que recebo pela Sua Palavra, para afastar as dúvidas e o desânimo.

A Bíblia promete: “Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus.”1 Demorei-me um tempo para entender que o versículo não diz que todas são do bem, mas que “concorrem para o bem”. Isso significa que até o que de mau nos acontecer será transformado por Deus, nas histórias de nossas vidas, para nos gerar benefícios, aqui ou na eternidade. Por esse prisma, percebo entretanto, é descobrir que os donos

dessas personalidades exemplares não construíram esse reservatório de confiança no Todo-poderoso e ati- tudes positivas navegando em mares de rosas. Impregnaram-se desses atributos ao atravessar dificuldades, provações e, às vezes, na permanência sob circunstâncias devastadoras e dolorosas, escolheram esperar para ver como Deus os resgataria — mesmo quando isso demorou.

Em alguns casos, enfrentaram problemas com a própria saúde ou com a de seus filhos; em outros, perderam um ente querido. Qualquer que tenha sido o infortúnio, essa gente cheia de fé saiu dele mais forte, Para alguns, a fé em Deus é

algo natural. Conseguem ver o lado bom das pessoas difíceis ou nas situações de provação. É gente que só consegue ver copos meio cheios e costumam dizer coisas como

“Deus proverá” e “Não se preocupe, pois tudo vai dar certo.” À primeira vista, pode parecer que a vida dessas pessoas seja mamão com açúcar, que mal saibam o que é um problema e que tudo sempre aconteça do jeito delas.

O que surpreende muitos,

Tenha fé na fé

Tina Kapp

1. Romanos 8:28 2. Salmo 86:10–13 NVI 3. www.just1thing.com

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que não posso agradecer a Deus por tudo de bom que acontece em minha vida e culpá-lO pelas coisas ruins.

Devo confiar nEle nas adversidades, absolutamente confiante de que Ele as transformará em ganhos para mim.

A Bíblia está repleta de exemplos desse princípio, o que me leva a crer que Deus quis deixar isso bem claro.

O Rei Davi é um dos meus favoritos. Imagine por um segundo que seu grande projeto de carreira fosse ser pastor de ovelhas. Com base no meu vasto conhecimento de atividades pastoris e na minha vívida imaginação, deduzo que o trabalho se resuma a assistir às ovelhas comer por horas, afastar animais que ameacem suas vidas e dedilhar uma harpa para ajudar o tempo a passar. Então, do nada, você é escolhido rei, mata um gigante diante de dois exércitos, de seus irmãos mais velhos, do monarca e, na sequência, torna-se amigo do peito do herdeiro do trono. Não é difícil imaginar que Davi estivesse feliz com Deus.

Entretanto, a realidade mandou a fatura e o famoso ex-pastor quase

perdeu o reino (algumas vezes), foi traído pelo próprio filho e fez escolhas pelas quais teve de receber os castigos de Deus. Depois disso, Davi passou a louvar Deus da posição de quem sabe exatamente o significado de confiar em Deus nas horas boas e nas ruins.

Certa vez, Davi disse a Deus: “Tu és grande e realizas feitos maravilhosos;

só Tu és Deus! De todo o meu coração Te louvarei, Senhor, meu Deus; glori- ficarei o Teu Nome para sempre. Pois grande é o Teu amor para comigo; Tu me livraste das profundezas do mundo dos mortos.”2 Nesse salmo, o monarca judeu estava desesperadamente orando para que Deus o livrasse dos seus inimigos, mas também sabia e confiava em Sua proteção e desvelo. Em vez de se abalar pelos infortúnios, sua crença se fortaleceu ainda mais.

Na Bíblia, a fé é comparada ao ouro pois, como o precioso metal, é muito valiosa. Se enfraquecesse quando testada, seria como uma moeda com pouco ou nenhum valor, ou seja, de serventia limitada ou nula. Mas a fé que se assemelha ao ouro é preciosa, rara, cara e dura para a vida toda.

Quando olho para o passado, vejo situações e eventos que não foram experiências fáceis e que espero não reviver, mas sei que se não fossem por essas provações, eu não teria os maravilhosos ganhos que com elas adquiri. Essas vivências e o que me ensinaram fortaleceram minha fé e me deram a certeza de que por maiores que sejam as tempestades emocionais que eu enfrentar, terei Jesus comigo, logo após as nuvens escuras, esperando para brilhar e me dar exatamente o que preciso para avançar com graça e força, pronta para encarar seja o que for que a vida me atirar.

Tina Kapp é dançarina, apresentadora e escritora freelance na África do Sul. É diretora de uma empresa de entretenimento que ajuda a captar recursos para obras assistenciais e projetos missionários. Este artigo é uma adaptação de um podcast publicado em Just1Thing,3 um site cristão voltado à forma- ção de caráter de jovens. ■

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ESPERANÇA

E A ÁRVORE

DE VIDA

Ele é alto, magro, bronzeado e tem uns sessenta e poucos anos, de forma que é mais velho que os demais vendedores do mercado de hortifruti- granjeiros. Aos clientes, sempre saúda com um sorriso generoso.

Fiquei surpresa, certa manhã, quando o vi usando um colar cervical.

Mesmo com aquela coisa que vinha da ponta do queiro aos ombros, o homem não se queixou do desconforto que seus olhos revelavam. Explicou-me que sofrera um acidente de trânsito e se recuperava da operação cirúrgica.

Estávamos no auge do verão taiwanês, quando a temperatura e a umidade do ar atingem níveis muito desagradáveis. Senti mal-estar só de imaginar como seria trabalhar sob o calor impiedoso daquele mercado ao ar livre, usando aquela peça feita principalmente de plástico.

Percebendo minha preocupação,

sorriu e me disse: “Vou melhorar.

Todas as feridas saram e me queixar não ajuda.” Paguei pelas minhas compras e prometi orar por ele.

Quando voltei a vê-lo, duas semanas depois, o colar e o sorriso ainda estavam presentes.

“Você sente muita dor?” — pergun- tei. “Esse colar deve incomodar muito!”

“A dor é muita — concordou

— mas o que me mantém seguindo em frente é pensar no maravilhoso dia quando tudo isso terá passado e poderei voltar a me mover livremente.

Essa é uma esperança que me ajuda!”

Mas o tal “dia maravilhoso” parecia não chegar, pois a recuperação demo- rou mais do que ele previra, pelo que teve de usar o equipamento de imobi- lização por mais de um mês. Contudo, meu amigo ficou firme na esperança e se recusava a ceder ao desespero, apesar das dificuldades para manter seu negócio durante o tratamento.

Até que chegou o dia em que a imobilização deixou de ser necessária.

Havia uma marca grande e vermelha

deixada pelo colar, mas não era algo que ele tentava disfarçar nem escondia a alegria de estar livre daquele incô- modo. Sua satisfação me fez lembrar do versículo que diz: “A esperança adiada faz o coração ficar doente, mas o desejo realizado enche o coração de vida.”1

Meu amigo é um testemunho do que Paulo chama de “perseverança proveniente da esperança.”2 Sua esperança não era um desejo vago ou alguma ilusão fugaz. Escolhera acreditar que nenhuma dor dura para sempre e que todas as feridas saram. Por mais longo e difícil que fosse o processo, o importante era manter o espírito animado e se apegar à promessa de um futuro melhor. Seu exemplo me inspira a enfrentar as provações da vida e a ficar firme diante das dificuldades. Firme estou, pois minha esperança é “como âncora da alma, segura e firme.”3 Elsa Sichrovsky é escritora freelance. Vive com sua família em Taiwan.

1. Provérbios 13:12 NTLH 2. 1Tessalonicenses 1:3 NVI 3. Hebreus 6:19

Elsa Sichrovsky

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1. Ver Jó 22:27.

2. Ver Hebreus 4:12.

3. Ver Salmo 147:3 4. Ver Hebreus 11:6.

Prezado Bill

Iris Richard

Somos velhos amigos. Quando nos encontramos para um café recentemente, contou-me sobre suas dificuldades. Sua esposa desenvolveu uma condição crônica que a mantém de cama e está sendo difícil para ele cuidar de sua amada. Além disso, Bill anda sobrecarregado no trabalho e teme perder o emprego. Tudo isso o levou a uma crise de fé.

Posso me solidarizar com ele. Passei por emoções similares não faz muito tempo. Oramos juntos e, mais tarde, sentindo que eu tinha mais a lhe dizer, escrevi-lhe esta carta:

Prezado Bill,

Foi muito bom reencontrá-lo, apesar de me entristecer ouvir sobre seus reveses e dificuldades.

Como recentemente vivenciei um período de turbulência, ocorreu-me que o que me ajudou a superá-lo possa lhe ser útil também.

Afastada de Deus, vi que precisava me aquietar — logo cedo de manhã, quando os pássaros já se levantaram e cantam para saudar o novo dia, ou à noite, quando a agitação exterior esmaece e dá lugar ao silêncio —, para acalmar minha mente e novamente voltar a ouvir Deus com clareza.

Conversar com uma amiga próxima sobre minhas dores me ajudaram a processar as situações que vivenciava. Foi assim que aprendi a não temer as lágrimas.

A leitura de uma variedade de textos espiritualmente alimentadores fez maravilhas e foi assim que encontrei passagens da Bíblia que fizeram todo sentido para mim. Busquei esperança e ela se manifestou.

Encontrar até pequenas razões para a gratidão mantinha as vozes da negatividade e infelicidade distantes e me ajudou a manter a porta aberta para a fé reentrar em minha vida.

Desde então, assumi alguns compromissos:

Sempre que me encontro cansada demais para orar, oro do mesmo jeito, confiante de que minhas súplicas serão ouvidas.1

Se me faltar ânimo para ler a Bíblia, leio-a assim mesmo, pois a Palavra de Deus é viva e poderosa.2 Quando me impaciento na busca da tranquilidade, insisto nesse esforço, lembrando-me que Deus sara os quebrantados de coração.3

Quando meus pensamentos são de tristeza e desânimo, insisto em elevar os olhos, confiante de que a neblina vai passar e que Deus recompensa os que O buscam.4

Para concluir, querido Bill, desejo-lhe o que há de melhor e prometo que manterei você e sua situação em minhas orações diárias.

Sua amiga, Iris

Iris Richard é conselheira no Quênia, onde participa ativamente da comunidade e realiza trabalhos voluntários desde 1995.

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A MAIOR

PINTURA DO MUNDO

Marie Boisjoly

Faz pouco tempo, assisti a um documen- tário fascinante sobre o famoso afresco A Ressurreição, de Piero della Francesca, pintado por volta de 1460 na Toscana (Itália). Jesus está no centro da composição, retratado no momento de Sua ressurreição, acima de quatro soldados adormecidos à entrada de Seu túmulo, ilustrando a diferença entre as esferas humana e divina.

O simbolismo também está na paisagem ao fundo. De um lado, vemos uma vegetação ressequida, sem folhas e sem vida; na parte oposta, árvores jovens e florescentes ilustram o ressurgimento do Cristo, uma afirmação da vida eterna para todos que nEle depositam a esperança

— “Porque Eu vivo, vós também vivereis.”1 Aldous Huxley descreveu a obra-prima como “a maior pintura do mundo”, mas foi a história de sua preservação durante a 2ª Guerra Mundial que capturou minha atenção.

O conflito já se encaminhava para o fim e os Aliados lutavam para livrar a Toscana da ocupação germânica.

Forças britânicas se posicionaram nos montes de onde se podia avistar Sansepolcro, cidade em que se encontra o prédio que abriga a preciosa obra de arte. As ordens para a artilharia eram que o bombardeio contra o lugar começasse imediatamente.

Foi então que o oficial britânico, Tony Clarke, lem- brou-se do que escrevera Huxley em 1925, em referência à obra do grande pintor. Clarke se viu diante do dilema, mas, movido pelo amor à arte, desobedeceu às ordens de seus superiores e, sob pena de ir à corte marcial, ordenou a suspensão do ataque.

Descobriu-se posteriormente que os alemães já haviam se retirado da região, que foi liberada pelos britânicos

no dia seguinte. A cidade, seus habitantes e a pintura de Piero della Francesca sobreviveram por pouco, graças à determinação de Tony Clarke e uma frase escrita em um livro, 20 anos antes. Em homenagem ao homem que evitou a destruição da cidade, os residentes de Sansepolcro batizaram uma rua com o nome do capitão britânico.

Não sei se esse militar ou Huxley eram crentes.

Contudo, suas palavras e ações ajudaram a preservar a representação artística da ressurreição de Jesus, que continuou um testemunho para as gerações desde então.

Para mim, o incidente é um lembrete vívido da interven- ção divina nas circunstâncias mais improváveis. Apenas algumas palavras que vieram à memória na hora certa foram usadas por Deus para atender às orações de Seus filhos que pediam proteção.

Marie Boisjoly é terapeuta do riso e diretora de “Coloreando el Mundo” (Colorindo o Mundo), um show interativo de palhaços e marionetes no México.■

1. João 14:19

(9)

Contaram que a tumba estava vazia e que a encontram aberta. Disseram mais, mas aquilo fora o bastante para que os dois se lançassem porta a fora para atravessar a cidade que ainda dormia.

Lá se foram, desembestados, pelas ruas escuras tão rápido quanto seus pés conseguiam levá-los, enquanto os primeiros raios da alva começavam a iluminar o céu.

Fazia três dias que O haviam sepultado. O que mais querem fazer ao Seu corpo? Não O espancaram o bastante quando ainda vivia?

Era fresca na memória de Pedro a cena dos soldados castigando-Lhe as costas com o látego, vez após vez, muito além do que alcança a resistên- cia humana. Ele assim lhes permitiu.

Jesus poderia ter impedido Seus

torturadores. Por que deixou que con- tinuassem? Disse que poderia invocar legiões de anjos para O proteger. Por que não o fez?

O apóstolo então se lembrou também da predição feita pelo profeta Isaías: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados.”1

Passou por tudo aquilo por nós.

A entrada da tumba estava à vista.

João havia chegado primeiro e, sem dizer palavra, fitava o interior do túmulo.

Pedro se aproximou devagar. O Sol já crescia atrás deles. O dia começara.

O apóstolo entrou seguido pelo outro discípulo. De fato, nada havia no sepulcro, exceto os tecidos de linho no chão, usados para cobrir Seu corpo e o pano que Lhe envolvera a cabeça cuidadosamente dobrado em algum lugar ali por perto.

Não havia corpo. Fora levado.

“Quem, o quê...?” Apesar de lhe fugirem as palavras, João conseguiu formular uma frase. “Para onde O levaram?”

Em resposta, apenas o silêncio.

A atmosfera estava carregada de energia. Havia algo ali que não perce- biam. Algo importante.

Depois de alguns minutos ali parados, acendeu-lhes uma luz tão brilhante quanto o alvorecer que avançava. Jesus havia falado sobre isso.

Não entenderam da primeira vez, mas ali, naquele túmulo sem corpo, a predição fazia todo o sentido.

“O Filho do Homem será

entregue a homens maus e ao terceiro dia ressurgirá.”2

Os quatro Evangelhos contam a história da ressurreição de Jesus. Este artigo é uma adaptação desses relatos. ■

O TERCEIRO DIA

Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim, nunca morrerá.

— Jesus, João 11:25–26 Ele não está aqui; já ressurgiu.

— Mateus 28:6

1. Isaías 53:5 2. Ver Lucas 18:32–33

Dan Johnston

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MARAVILHAS DA PÁSCOA

por Peter Amsterdam (adaptação)

É nesta época do ano que celebramos a própria essência de nossa fé: a ressureição de Jesus. É o tema central do Evangelho e principal prova da validade de tudo que Jesus ensinou. A ressurreição nos conta que Jesus é o Filho de Deus e que, por ser- mos crentes, temos salvação, perdão, somos os filhos de Deus e estaremos com Ele pela eternidade no Céu.

O apóstolo Paulo afirmou que se Jesus não tivesse ressurgido dos mortos, a mensagem da cristandade não teria fundamento e vã seria a fé dos que creem.1 Mas Ele ressuscitou conforme disse que faria, tal qual disse o anjo às mulheres à porta ao Seu túmulo. Esse fato valida nosso

sistema de crenças e nossa fé. Jesus está vivo! Ele vive! E por isso, nós também.

Um senso renovado de sentido de reverência e admiração

O fato de Jesus ter deixado o túmulo significa que Ele venceu a morte, libertando-nos assim da condição de confinamento a esta vida na Terra. Apesar de hoje vivermos em um mundo com muitos problemas, existe outro, perfeito, à nossa espera.

Apesar de hoje sofrermos angústias e decepções, nossas lágrimas e nossos temores serão para sempre afastados de nós na próxima vida.2 Deus fará novas todas as coisas. Apesar de hoje lutarmos contra confusão, tristeza, temor e incertezas, quando nos juntarmos a Ele e estivermos à Sua presença, sentiremos uma alegria indescritível.

Isso é possível porque Deus, que tanto nos ama e deseja que nos relacio- nemos com Ele, arquitetou um plano pelo qual podemos nos tornar Seus filhos e filhas. Para executá-lo, veio a este mundo por meio de um nasci- mento milagroso e, depois de viver conosco, sacrificou a própria vida em uma cruz e, na sequência, ressuscitou.

É por isso que podemos ter com Ele o relacionamento para o qual fomos criados — agora e eternamente.

É maravilhoso que Deus tenha tornado possível para nós contar com Ele em nossas vidas agora e viver eternamente à Sua presença. A resposta apropriada de nossa parte é de eterna gratidão, louvor, reverência e adoração, pois nos foi concedida a mais preciosa de todas as dádivas.

Mais fé para viver

Se pararmos para pensar, meditar

1. Ver 1 Coríntios 15:12–20.

2. Ver Apocalipse 21:4.

3. Ver Marcos 16:15 4. João 3:16

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e reconhecermos o significado da ressurreição de Jesus, o que realizou e como mudou nossas vidas para sempre, nossa fé crescerá em todos os sentidos. Além de ressurgir dos mortos, Jesus se dedica a resgatar as pessoas de becos sem saída, fardos excessivos e vidas sem propósito.

Às vezes, resignamo-nos a certas situações e circunstâncias porque não vemos esperança de mudança, mas entendemos que a vida é do jeito que é e o que nos resta é tolerar. Entretanto, Deus quer mudar as coisas, insuflar novo alento em nossos corações, em nossos relacionamentos ou em situações que podem estar ou parecer sem vida. É possível que você esteja em uma situação aparentemente insolúvel e sem esperança, mas nada está além do controle de Jesus e Seu poder é infinito. Quando Jesus

estava na Terra, fazer o impossível era um hábito para Ele: multiplicou pães e peixes, caminhou sobre a água, curou paralíticos, fez com que cegos passassem a ver e que mortos voltassem a viver.

Compromisso renovado com a divulgação das Boas Novas

A vinda de Jesus à Terra, Sua morte na cruz por nós e Sua

subsequente ressurreição mudou para sempre o curso da história. Essas ações permitiram a cada um de nós a oportunidade de aceitar Jesus e nos tornarmos parte da família de Deus.

Ao dizer aos Seus discípulos para pregar o Evangelho para todos,3 comunicou que quer que cada homem, mulher e criança tenha a oportunidade de se tornar parte da Sua família, que vivencie Seu perdão e reconciliação. Todo aquele que

já recebeu dEle essa maravilhosa dádiva, que sabe o que é ser parte da família de Deus, perdoado pelos pecados e habitado pelo Espírito de Deus, terá o desejo de compartilhar isso com os outros.

Cabe a nós, que cremos na ressurreição, que fomos salvos por causa dela e que, por isso, também ressuscitaremos, nos lembrarmos de que além de celebrar o ressurgi- mento do Filho de Deus, devemos proclamar o Cristo ressurreto aos que ainda não sabem que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”4

Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã.

Um maravilhoso e poderoso paradoxo ocorreu, pois a morte que Lhe impuseram para desonrá-lo e desgraçá-lo se tornou no maravilhoso monumento da derrota que a morte sofreu.

— Atanásio de Alexandria (296–373)

(12)

Não se entreguem ao deses- pero. Somos o povo da Páscoa e aleluia é nossa canção. — Papa João Paulo II (1920–2005)

Um homem totalmente inocente se 2 ofereceu em sacrifício pelos outros, inclusive pelos inimigos. Ele foi entregue pelos inimigos e assim resgatou o mundo. Foi o ato perfeito.

— Mahatma Gandhi (1869–1948) 2

A esperança cristã é fé à espera do cumprimento das promessas de Deus.

[…] A esperança cristã é uma certeza garantida pelo próprio Deus. A espe- rança cristã revela o conhecimento de que cada dia na vida do cristão e todo momento após esta vida, o crente pode afirmar, com base no compromisso feito pelo próprio Deus, que o melhor ainda está por vir. — Adaptação de texto de Jim Packer (n. 1926)

Não há conjecturas a respeito do futuro do cristão após a morte.

Existe a certeza baseada na verdade.

Um acontecimento tremendo na história tirou a questão de vida após a morte do domínio da hipótese e a tornou um fato evidente. Paulo afirma clara e abertamente a razão dessa certeza. “Sabemos que aquele que ressuscitou ao Senhor Jesus dentre os mortos, também nos res- suscitará com Jesus e nos apresentará com vocês.”1 A ressurreição de Jesus Cristo é um precedente para a res- surreição de todos os que estão em Cristo. Em outras palavras, a base da nossa ressurreição futura é a his- toricidade da ressurreição de Cristo.

A ressurreição de Jesus Cristo não é um acontecimento secundário, mas principal e vital para a fé cristã. ... O fato de Jesus estar vivo e habitar em nós não só muda a nossa perspectiva da próxima vida, mas desta vida também, porque até encararmos a

morte, jamais saberemos o que é ser verdadeiramente livre. A fé cristã não está relacionada ao escapismo, mas à vida hoje, a ser vivida em amor, força e sabedoria, na presença de Cristo que em nós habita. Para isso temos a certeza dAquele que ressuscitou dos mortos para que pudéssemos estar com Ele eterna- mente. — Charles Price

2

Nenhum tabloide jamais publicará a surpreendente notícia de que o corpo embalsamado de Jesus de Nazaré foi descoberto na Jerusalém Antiga. Os cristãos não possuem corpo algum cuidadosamente preservado em uma redoma de vidro para adoração. Graças a Deus, o túmulo está vazio. Esse fato glorioso proclama que, para nós, a vida não acaba com a morte, que, em vez de parede, se torna uma porta.

— Peter Marshall (1902–1949 ■

1. 2 Coríntios 4:14 NVI

POVO DA o

PÁSCOA

(13)

M U I T O A L É M

D O M E R O D E S E J O

Sukanya Kumar-Sinha Eu tinha oito anos quando perdi meu avô,

aos 65 anos. Minha família é muito unida e isso foi um golpe duro para todos nós.

Lembro de beijar seu rosto frio e lhe dizer adeus. Mas algo dentro de mim insistia que aquela despedida não era definitiva. Sempre tive uma forte esperança de me reunir a ele algum dia. Toda vez que visitava seu túmulo, chorava por não poder vê-lo, tocá-lo, falar com ele; mas, lá no fundo, sabia e sempre tive a confiança que voltaria a vê-lo. À expectativa desse reencontro adicionava pen- samentos como: “Vou ver o Vovô de novo e lhe perguntar sobre a vez em que ele foi perseguido por um bando armado que o queria roubar”, ou “Quando vir o Vovô de novo, vou lhe dar uma bronca por não ter feito a operação nos rins em tempo”. Aos poucos, ajustei-me à sua ausência.

Quando ficou viúva, Nanna, minha avó, se tornou o coração de nossa grande família. E quando ela morreu acariciei a colcha de sua cama e simplesmente não conseguia parar de chorar. Na igreja, eu ficava olhando para o lugar onde ela gostava de se sentar e perguntei a Jesus: Por quê?

Com o tempo, a dor se tornou menos intensa, menos

constante, mas nunca desapareceu. Até o dia em que me flagrei pensando: “Quando eu vir a Nanna de novo, vou lhe dizer quanta falta ela nos faz. Vou lhe dar o grande abraço que não consegui dar no hospital…”

Foi então que entendi que a promessa da vida eterna não é apenas um mero desejo infantil que tive aos oito anos de idade, mas algo capaz de trazer conforto em qualquer momento da vida. Nós, cristãos, temos uma esperança imortal e a fé inquebrantável de que a morte não é o fim. Deus enviou Seu Filho, Jesus, à terra para que tenhamos vida eterna nEle. Tudo que precisamos é fé infantil para crer na promessa de Deus.

Não sei exatamente como os relacionamentos que tanto desfrutamos na Terra continuarão no Céu, mas estou certa de que a vida eterna com Deus nos espera. A morte é o portal pelo qual passamos para alcançá-la.

Sukanya Kumar-Sinha é leitora da Contato na Índia. Vive atualmente em Gurgaon, onde trabalha como diretora assistente em uma missão diplomática em Nova Délhi.

(14)

Descobrindo

A FÉ

Nasci em uma família cristã, mas, aos 13 anos, tornei-me ateia.

Aos 18, deixei minha cidade natal, Rio de Janeiro, e com uma mochila nas costas parti para descobrir o mundo. Em um dado momento, depois de visitar as Ilhas Britânicas, voltei para o continente e viajei de ônibus para a Índia, atravessando a Turquia, o Irã, o Afeganistão e o Paquistão. Foi quando aprendi que os povos de fala árabe usam a mesma expressão para cumprimentar alguém que chega ou para se despedirem:

As-salamu alaykum — a paz de Deus esteja com você. Certa vez, no Afeganistão, ouvi um garoto can- tando uma linda canção na alfaiataria de seu pai. Quando lhe perguntei o que cantava, respondeu: “O Alcorão, é claro.” Em Goa, fiquei com um grupo de jovens franceses que passava horas em sua choupana, em silêncio, contemplando uma vela acesa sobre a mesa.

Lembro-me de pensar: Deus deve mesmo existir, pois onde quer que eu vá, as pessoas O estão buscando.

Pouco depois, reencontrei-me com minhas raízes cristãs, tornei-me missionária e passei a aprender o verdadeiro significado da fé.

Em minha experiência, conforme supero as provações da vida, vejo a fé me chamando para seguir em frente. É o que me mantém avançando quando revezes e desânimo berram que eu deveria desistir. É uma voz sutil e calma que me diz, mesmo em meio a toda confusão, que tudo estará bem. A fé cresce com os desafios que aceitamos e vencemos um dia após o outro.

Se acha que sua fé é pequena, lembre-se que Jesus disse que mesmo que ela seja tão minúscula quanto uma semente de mostarda, poderá mover uma montanha.1

Rosane Pereira é professora de inglês e escritora. Mora no Rio de Janeiro e é membro da Família Internacional. ■

A ressurreição é o último ato para completar a inauguração do reino de Deus. …Esse evento marcante demonstra que o reino de Deus realmente foi lançado na terra assim como no Céu. ...A mensagem da Páscoa é que Jesus Cristo revelou o novo mundo de Deus do qual você está convidado a participar.

—N. T. Wright (n. 1948)

Jesus, acredito que Você é o Filho de Deus, que morreu na cruz em meu lugar e ressuscitou. Por favor, conceda-me a dádiva do Seu perdão, para que eu possa viver em paz para sempre com Você.

1. Ver Mateus 17:20.

Rosane Pereira

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ESTAR COM DEUS

A Páscoa sempre me faz pensar na salvação, a maravilhosa dádiva que Deus nos dá de paz com Ele nesta vida e na próxima. Não é algo que dependa do nosso esforço, mas que foi feito por nós. Jesus morreu na cruz por nossos pecados e ressurgiu no terceiro dia. Foi Ele quem fez isso, não nós.

“Hoje estarás comigo no paraíso”

— disse ao ladrão moribundo, Seu vizinho de cruz.1 Não havia nada que aquele homem pudesse fazer com respeito à sua situação, ao seu passado e, definitivamente, com respeito ao seu futuro, exceto o que fez ao pensar e dizer “Senhor, lembra-Te de mim quando entrares no Teu reino.”2 Tudo que foi preciso foi essa expressão de fé.

É uma lição para todos nós. É muito fácil nos ocuparmos com causas

nobres e para ajudarmos os outros.

Preenchemos nossos dias com boas ações, palavras bondosas e atos de gene- rosidade. Contudo, isso não basta para nos reconciliarmos com Deus, porque como temos nossos bons momentos, não nos faltam os maus, quando nossas ações não são tão sábias nem bem ponderadas, quando nossas palavras são menos que bondosas, quando egoista- mente pensamos no que queremos mais do que os outros precisam. Também volta e meia ficamos zangados, não perdoamos e reclamamos da vida.

Nenhum de nós chega a esse nível de evolução. Se a reconciliação com Deus dependesse do que fazemos, nunca serí- amos salvos. É por isso que nenhuma de nossas boas obras ou melhores esforços nos garantirá um lugar ao Seu lado.3

É maravilhoso saber, contudo, que não precisamos atingir nenhum nível de sublimação. O Filho de Deus adotou a forma humana, viveu como humano, escutando, observando,

tocando, curando outros humanos.

Seu amor por nós era tão grandioso que, mesmo sabendo que iria sofrer, permitiu-se ser levado, açoitado, tor- turado e finalmente pregado em uma cruz. E mesmo então, Seu amor foi maior. Perdoou os que O crucificaram, tratou de garantir amparo para Sua mãe que chorava aos Seus pés e deu coragem ao ladrão com Sua promessa:

“Hoje estarás Comigo no paraíso.” Ele fez tudo isso; não nós.

Independentemente de nossos temores, preocupações, remorsos, culpas, ou sentimentos de impo- tência, quando oramos “Senhor, lembre-se de mim”, somos atendidos.

Deixemos de lado tudo que nos incomoda e estejamos com Ele hoje.

Abi May é escritora freelance, educadora e promotora da saúde na Grã-Bretanha.

Visite seu website em www.abi.

mayihelp.co.uk. ■ Momentos de quietude

Abi May

1. Lucas 23:43 2. Lucas 23:42 3. Ver Tito 3:5.

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A PROVAÇÃO

DO CORAÇÃO

Entendo as provações pelas quais as pessoas passam em seus íntimos, os desesperos e as angústias que sentem.

Compreendo a renúncia, pois primeiro tive de renunciar Meu Pai para ir para a Terra. E depois tive de deixar na Terra os que tanto amava, para regressar para Ele.

Conheço a profundeza do sofrimento físico e da aflição, pois gritei de dor quando os pregos perfuraram as Minhas mãos e os Meus pés. Sei como é ser abandonado pois Me senti assim quando bradei: “Meu Deus! Meu Deus! Por que Me desamparaste?”1

Entendo o medo profundo, o receio do que está pela frente, por causa da dor e da angústia que trará. Sei o que é se sentir só, pois assim Me deixaram quando fui levado em custódia. Compreendo como é quando os outros são desleais com você, pois fui traído com um beijo.

Embora o Meu Pai não tenha afastado aquele cálice de Mim, Eu tenha visto os que Me eram queridos fugir e Me abandonar na hora da angústia, Eu tenha levado muitas chicotadas e sentido que Meu Pai Me desamparara, tudo isso gerou uma vitória enorme, uma renovação tremenda, uma salvação total!

Quando Eu recebia chicotadas, quando fui coroado com espinhos e pregado na cruz, tudo parecia uma derrota, mas mudou o curso da história e toda a eternidade!

Quando a vida parecer escura e você nada poder ver, Meus braços estarão à sua volta. Peço-lhe que confie em Mim, quando passar pelos vales profundos, na hora da dor e da necessidade, pois você também terá uma gloriosa ressurreição, por causa do Meu sacrifício por você.

Com amor, Jesus

1. Mateus 27:46

Referências

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