Como o Biodiesel pode ajudar o Brasil a reencontrar o
crescimento
Por que o uso de mais biodiesel é estratégico para o
Brasil
Conferência
BiodieselBR 2017
Juan Diego Ferrés
Presidente do Conselho Superior
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
EFEITOS DIRETOS
Sustentabilidade:
Ambiental (1)/ Descarbonização
Sustentabilidade:
Ambiental (2): Poluição do Ar
(Emissões)/ Qualidade do Ar das
Metrópoles / Saúde
O problema da crescente importação de diesel
EFEITOS INDIRETOS
Potenciais e Oportunidades:
(Externalidades / Reflexos econômicos)
• Fotossíntese: terras/Fertilidade/Água/Sol/Tecnologia
• Verticalização: Mercados/Escala/Inovação/Binômio Biocombustíveis/Alimentos
• Pujança do Agronegócio Brasileiro: representa 23% do PIB. Ao crescer apenas 5% a.a acrescenta 1% ao PIB a.a
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
3
O problema da crescente importação de diesel
1.000.000 2.000.000 3.000.000 4.000.000 5.000.000 6.000.000 7.000.000 8.000.000 9.000.000 10.000.000 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000 12.000.000 14.000.000 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Dispêndio (US$ mil) Volume (m³)
Comparação anual do volume (m³) de importação de diesel, produção de biodiesel e dispêndio com a importação de diesel (US$ Mil) - 2008 a 2017
Importação diesel Produção biodiesel Dispêndio
Estimativa 4,14 mi m³ 12,73 mi m³ 5.500 mi US$ Notas:
Os dados de importação de diesel e dispêndio de set a dez/2017 foram estimados extrapolando-se a variação acumulada de jan a ago/2017 sobre o mesmo período de 2016.
Os dados de set a dez/2017 de produção de biodiesel foram estimados extrapolando-se a variação acumulada de mar a ago/2017 sobre o mesmo período de 2016 (entrada do B8 em mar/2017): importação de diesel 61%, produção de biodiesel 12% e dispêndio com importação de diesel 90%.
Fonte: Elaboração Ubrabio a partir de dados da ANP.
Atenção: PROBLEMA!!! (Programa Represado não acompanha o incremento de importações / Dispêndio)
Total anual 2016 2017 (e) Variação (2017/2016) Importação diesel (m³) 7.918.322 12.732.604 61%
Produçãode biodiesel (m³) 3.801.340 4.138.867 9%
Dispêndio (US$ Milhão) 2.897 5.500 90%
O problema da crescente importação de diesel
Notas:
Os dados de importação de diesel e dispêndio de set a dez/2017 foram estimados extrapolando-se a variação acumulada de jan a ago/2017 sobre o mesmo período de 2016.
Os dados de set a dez/2017 de produção de biodiesel foram estimados extrapolando-se a variação acumulada de mar a ago/2017 sobre o mesmo período de 2016 (entrada do B8 em mar/2017): importação de diesel 61%, produção de biodiesel 12% e dispêndio com importação de diesel 90%.
Fonte: Elaboração Ubrabio a partir de dados da ANP.
100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 800.000 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000
Dispêndio (US$ Mil)
Volume (m³) Comparação mensal do volume (m³) de importação de diesel, produção de biodiesel e dispêndio com a importação de diesel (US$ Mil) - 2016 e 2017
Importação diesel Produção biodiesel Dispêndio
2016 2017 Estimativa
5
Dependência Externa caso não haja Produção Adicional Interna
Cenários para 2023 em função da taxa de crescimento da Demanda (Mil m³/ano)
Fonte: Elaboração Ubrabio a partir de dados ANP/SCP - junho/2017.
PROJEÇÃO MÍN MÁX
Combustível Projeção PIB 2% a.a. 3% a.a 4% a.a.
Gasolina 14.367 20.893 28.448 Óleo diesel A 12.879 21.980 32.398 QAV 3.263 4.694 6.296 Total 30.509 47.566 67.143
X 2,2! ou + 120%
X 1,56! ou + 56%
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017Perspectivas de Oferta Adicional
Fonte: Elaboração Ubrabio a partir de dados ANP/SCP - junho/2017.
Gasolina A
EHC
Óleo Diesel A
RNEST (2º Trem); COMPERJ (1º) Trem, B20
QAV
COMPERJ (1º) Trem; Bioquerosene
OPÇÕES: É preciso mais
Senão continuarão
Importações crescentes
e Injustificáveis
Novas
instalações
Ampliações
tecnológica
Mudança
Mitigação /
sustentabilidade +
Desenvolvimento
Aumento da produção
de Biocombustíveis
líquidos
(A)
(B)
OU(C)
Mix de ambas as
opções
OUGuarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
O Papel da liderança Brasileira Global na produção de Biodiesel
Ciclo de Vida Tecnológica dos biocombustíveis líquidos atuais: BIODIESEL
-
O Biodiesel ficará obsoleto muito depois que o óleo diesel fóssil
Necessária consistência entre o Planejamento Estratégico interligado no
crescimento
Comparação estratégica entre as opções de veículos híbridos versus veículos
elétricos puros - Fatores de eficiência e competitividade
Remodelação da Indústria Automotiva e infraestrutura e frotas de mobilidade e
transporte de cargas
Liderança em biocombustíveis vs. consolidação do Brasil entre os grandes Polos
da Indústria Automotiva Global (máximo de 5 ou 6 pólos Globais (benchmarking)
Importância da Escala de Produção de Biocombustíveis no País
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
O Papel da liderança Brasileira Global na produção de Biodiesel
Ciclo de Vida Tecnológica dos biocombustíveis líquidos atuais:
BIODIESEL
- Início do ciclo de eletrificação dos ´veículos automotores
- Declínio das opções majoritárias da atualidade para os
motores de combustão interna embarcados
- Opção por pequenos motores de combustão interna
embarcados produzindo eletricidade (híbridos)
- Combinação de eletricidade produzida embarcada e
eletricidade fornecida externa
- Os problemas da baterias e o seu descarte
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
O Papel da liderança Brasileira Global na produção de Biodiesel
Comparação estratégica entre as opções de veículos híbridos versus veículos
elétricos puros - Fatores de eficiência e competitividade:
Híbridos: KERS / Motor pequeno funcionamento em regime constante de eficiência máxima / autonomia/ não requer baterias excessivas / dois motores
Elétricos Puros: Menos um motor/ menos peças móveis e manutenção / necessidade de Baterias excessivas.
OBS: Soluções diferentes para contextos diferentes
Remodelação da Indústria Automotiva e infraestrutura e frotas de mobilidade
e transporte de cargas
Oportunidade para o Brasil transformar-se em POLO Sul Americano
Liderança em biocombustíveis vs. consolidação do Brasil entre os grandes
Polos da Indústria Automotiva Global (máximo de 5 ou 6 polos Globais
(benchmarking)
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
Reduz custos/ amplia inovação/ aumenta a vida tecnológica/ amplifica os efeitos
diretos e benefícios dos efeitos indiretos e externalidades
O setor ficará mais robusto para enfrentar seus próprios desafios
O Brasil produz hoje 2,67 Milhões de barris de petróleo/dia
(sendo 1,35 no pré-sal e 1,32 no pós-sal)
Energia dos Combustíveis líquidos para veículos automotores equivale 30% da Matriz
Energética)
Acordo do Clima de Paris: 18% da Matriz Energética Brasileira de Energia Sustentável
em 2030 (Compromisso Assumido pelo Governo Brasileiro)
Passar rapidamente (até 2023) dos 4,2 mil m³/ano para 10.000 mil m³/ano
(Estimativa)Importância do efeito Escala
Período Crescimento (PIB) Cenário de
Volume Bx B10-B15 (mil m³) a partir do volume de 5.200 com B10 em 2018 Outros - misturas voluntárias superiores (B20 e B30) Total 2018-2023 2% a.a 3% a.a 8.600 9.000 300 400 8.900 9.400 3% a.a 9.500 500 10.000 ANO B(X) 2.018 B10 2.019 B11 2.020 B12 2.021 B13 2.022 B14 2.023 B15 Meta: 2.023 B (x) = B15 Incremento: B(x) = 1% a.a. Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017 10
O Brasil capta e retém vantagens significativas diretas e indiretas com o
Programa de Produção de Biodiesel.
- ASPECTOS POSITIVOS (Virtuosos)
Elas, as vantagens, passam pela Sustentabilidade, ambiental, social e econômica estendendo-se para outros âmbitos.
A verticalização se estende a todos os setores da cadeia: a)...para trás: desde a produção de matérias-primas...
b)...para frente: Industrialização abrangente logística, tecnologia de plantas industriais, etc...
A cada unidade de energia do Biodiesel, uma unidade produtora movimenta, após o start-up de produção, 10 vezes em valor agregado à economia Nacional do que a equivalente quantidade de energia proveniente do petróleo fóssil refinado pela Petrobras, ... Já nem falando-se da comparação com o Diesel ... Importado, que subtrai.
CONCLUSÕES
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
-
ASPECTOS NEGATIVOS
Perdas de Oportunidades para o País.
Verifica-se nos últimos anos que, independentemente da explosão da importação de volumes cada vez maiores de óleo diesel fóssil e consequentes dispêndios de divisas, a cada mês maiores, esta curva ascendente não tem conseguido estimular uma curva igualmente ascendente da produção de Biodiesel no País.
Isto decorre da falta de eficácia de um governo titubeante, à frente da gestão do programa, que ora aparenta decidir avançar e ora fica paralisado nas decisões, com
excessiva tolerância em relação às perdas de oportunidades que essa paralisia, ou demora excessiva, provocam ao Brasil e à Sociedade Brasileira.
O exercício de 2017 já poderia ter sido transcorrido sob a égide do “B9” a partir de 01/03/2017 enquanto vamos completá-lo ainda no “B8”.
CONCLUSÕES
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
Esta decisão não implementada, poderia ter acrescentado uma produção entre
550.000m³ e 600.000m³ adicionais de Biodiesel, no “B9” entre 01/03/2017 à 01/03/2018, captando todas as vantagens daí decorrentes.
Desta forma a transição para o “B10” teria transcorrido de forma mais previsível, gradual e segura e, todos os benefícios teriam sido captados e retidos pelo programa e pela
economia do País, que nesses 12 meses ainda não havia retomado o seu crescimento.
Espera-se, por resolução do CNPE, a medida do início do “B10” em 01/03/2018.
Mais uma vez, pela falta de publicação dessa resolução até o momento, as sombras da incerteza, falta de previsibilidade, antecedência, se repetem na gestão inadequada desse magnífico programa.
O temor de termos uma nova frustração de expectativas em relação ao “B10”, a partir do 01/03/2018 paira sobre o programa como sombras ameaçadoras que se movimentam por forças não eólicas nem arejantes, muito menos transparentes, nem claras, nem de
energias renováveis, senão das energias tormentosas do atraso e da obscuridade !
CONCLUSÕES
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
Continuar aumentando injustificadamente os dispêndios de divisas e o aumento dos
volumes do diesel importado, enquanto a produção de Biodiesel continuaria represada e, contingenciando o desenvolvimento do setor produtivo do Biodiesel nacional seria uma insensatez que beneficiaria a pouquíssimos agentes que auferem lucros loucos com essa procrastinação, em detrimento dos benefícios que seriam espraiados pelo Brasil inteiro, beneficiando à todos os Brasileiros, caso a decisão inversa fosse tomada e publicada já pelo CNPE.
Não fazê-lo comprometeria também o cumprimento das metas do Brasil no ACORDO DO CLIMA DE PARIS, de que 18% da Matriz Energética provenha de Bioenergia sustentável, até o ano de 2030.
Tal represamento prejudica especialmente as regiões menos favorecidas, Norte e
Nordeste, assim como a diversificação das matérias primas novas, a exemplo da palma (dendê) e da macaúba, que mesmo de enorme potencial, não acham o seu espaço para crescer e ganhar a escala requerida para o sucesso e a competitividade.
CONCLUSÕES
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
CONCLUSÕES
Ao tempo que se deixariam de captar e reter todas as vantagens diretas e indiretas (externalidades) já reconhecidas e captação imediata, no caso de vir a fazê-lo.
Precisamos acrescentar vontade política.
Corrigindo essa lerdeza evidenciada nos últimos anos, retomando os estímulos ao
crescimento continuado do PROGRAMA, em especial o aumento da mistura obrigatória, o Brasil tem muito a ganhar e a incrementar o bem estar da sua sociedade!
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017
Muito Obrigado!
Juan Diego Ferrés
Presidente do Conselho Superior
Guarulhos/SP, 24 de outubro de 2017