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CURSO ON LINE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA

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Academic year: 2021

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Olá pessoal,

Após a apresentação do revisional, com os destaques para os pontos mais importantes da disciplina, estudaremos o tema “Audiência no Processo do Trabalho”.

Espero que tenham gostado do revisional das três primeiras aulas. Anteciparei os temas da 5ª aula que se referem aos Dissídios Individuais e às formas da reclamação e da notificação, pois fica mais didático o estudo deste tema juntamente com o tema “Audiências”. Na 5ª aula, então, trataremos especificamente do tema provas que foi objeto da aula demonstrativa, cujo estudo será aprofundado.

Aula 4: Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão.

4.1. Dos Dissídios Individuais: Dissídio Individual é aquele no qual o interesse em conflito, ou seja, o bem da vida perseguido pelas partes refere-se às pessoas individualizadas, sendo possível determiná-las.

Exemplificando: Na ação trabalhista interposta por Adalgisa em face de Maria das Dores, é possível determinar as partes envolvidas no conflito. Sabemos que Adalgisa (parte autora) é empregada doméstica e postula os seus direitos (bem da vida perseguido), alegando que trabalhou para Maria das Dores (parte ré), indicando-a como sua empregadora.

Art. 842 da CLT Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.

Atenção: A doutrina menciona que o art. 842 da CLT trata de uma cumulação subjetiva de ações, na qual há a existência de vários autores.

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¾ Para que ocorra esta cumulação de ações será necessária a presença de dois requisitos:

⇒ Identidade de matéria;

⇒ Que os empregados sejam da mesma empresa ou estabelecimento.

DICA: É importante esclarecer o que significa Dissídio Individual Plúrimo (art. 842 da CLT).

Dissídios Individuais Plúrimos: São aqueles que se

referem aos sujeitos determinados, ocorrendo a pluralidade de autores ou a pluralidade de réus, acarretando a formação de litisconsórcio.

¾ Litisconsórcio ocorrerá quando houver mais de um autor ou mais de um réu na mesma ação.

¾ Chama-se litisconsórcio ativo quando houver mais de um autor e litisconsórcio passivo quando houver mais de um réu.

Como já mencionado, poderá ocorrer o Dissídio Individual Plúrimo quando os pedidos dos autores nas reclamações trabalhistas forem idênticos e o empregador (Reclamado) for o mesmo.

Há que se ressaltar que Dissídio individual Plúrimo diferencia-se de Dissídio Coletivo, pois no segundo os sujeitos do processo (partes) são indeterminados individualmente, uma vez que os Sindicatos é que são os legitimados para propor o Dissídio Coletivo.

No Dissídio Coletivo, o interesse em conflito pertence a um grupo ou a uma categoria.

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4.1.1. FORMA DA RECLAMAÇÃO: Nós já estudamos o Princípio da Inércia da Jurisdição e vimos que o juiz somente poderá prestar a tutela jurisdicional, ou seja, dar uma solução a um conflito de interesses entre as partes, quando for provocado pela parte.

E como ocorrerá esta provocação?

Será através da petição inicial, que recebe o nome de reclamação trabalhista no processo do trabalho e poderá ser de forma escrita ou verbal.

A CLT em seu art. 840 não emprega o termo “petição inicial”!

VERBAL: Quando a reclamação for verbal, ela deverá ser distribuída antes mesmo de sua redução a termo. (A redução a termo é um ato processual realizado por um servidor da Vara de Trabalho).

A petição inicial verbal deverá observar, quando couber , os requisitos exigidos para a petição inicial escrita que estão elencados no parágrafo 1º do art. 840 da CLT (art. 840, parágrafo 2º da CLT).

Art. 840 da CLT A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Juiz da Vara da Vara de trabalho a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.

DICA: É oportuno ressaltar que a distribuição da reclamação trabalhista somente ocorrerá, nas localidades onde existirem mais de uma Vara do Trabalho.

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ESCRITA: A petição inicial do Dissídio Coletivo (art. 856 da CLT) e do inquérito para apuração de falta grave deve ser necessariamente escrita (art. 853 da CLT).

O art. 840 § 1º da CLT elenca os requisitos para a apresentação da reclamação trabalhista, são eles:

¾ A designação do Juiz Presidente da Vara ou do Juiz de Direito a que for dirigida;

¾ A qualificação do reclamante e do reclamado;

¾ A breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio; ¾ Data e assinatura do reclamante ou do seu representante; ¾ O pedido.

É importante falar que o pedido é o objeto da ação, ou seja, é aquilo que se pede ao Poder Judiciário. No direito processual, o pedido é sinônimo de mérito.

¾ Aditamento da petição inicial: Antes do recebimento da notificação citatória pelo réu, ao autor é facultado modificar o pedido através de um “aditamento” da petição inicial.

O aditamento do pedido está previsto no art. 294 do CPC que é aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho por força do art. 769 da CLT.

O art. 294 do CPC estabelece que antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas, em razão desta iniciativa.”

No processo do trabalho, o autor não sofrerá qualquer sanção processual pelo fato de aditar a petição inicial, não se aplicando a parte final do art. 294 do CPC.

Depois da notificação citatória do réu o aditamento somente poderá ocorrer com a concordância dele (art. 264 do CPC).

¾ Indeferimento da petição inicial: O art. 295 do CPC prevê as hipóteses em que a petição inicial será indeferida, ou seja, será recusada pelo juiz.

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As hipóteses de indeferimento da petição inicial são: a) quando for inepta; b) quando a parte for manifestamente ilegítima; c) quando o autor carecer de interesse processual; d) quando o juiz verificar a decadência ou a prescrição; e) quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação, caso em que só não será indeferida se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; f) quando não atendidas as prescrições dos artigos 39, parágrafo único, primeira parte e 284 do CPC.

Inepta é aquela petição que falta um pedido ou uma causa de pedir, ou aquela que contiver pedidos juridicamente impossíveis ou incompatíveis entre si. Também será considerada inepta a petição inicial de cuja narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.

¾ Emenda da petição inicial: O art. 284 do CPC prevê a possibilidade de o juiz, quando verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais, determinar que o autor a emende ou complete em 10 dias. Se no prazo legal o autor não emendar a petição inicial, o juiz irá indeferi-la.

4.1.2. FORMA DA NOTIFICAÇÃO: Na petição inicial trabalhista não é necessário o pedido de citação do réu, uma vez que o art. 841 da CLT diz que a simples notificação para o comparecimento à audiência é ato automático realizado pelo servidor da Vara de Trabalho, independente de pedido do autor.

Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas notificação via postal do mesmo por meio de remessa automática do servidor de secretaria da vara, em 48 horas, do recebimento da ação, notificando o reclamado a comparecer para a primeira audiência desimpedida em:

• 5 dias para os reclamados em geral

• 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e

fundações públicas federais, estaduais, municipais que não explorem atividades econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que o prazo do art. 841da CLT será quádruplo)

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Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.

§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.

A notificação poderá ser: a) por registro postal em regra; b) por edital quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao recebimento da reclamação.

O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente forense e somente na falta destes será afixado na sede ou juízo. Na aula de prazos processuais já falei da Súmula 16 do TST!

Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois

de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário.

A notificação postal será feita com o aviso de recebimento para que se possa verificar se ocorreu ou não a citação.

No processo do trabalho a citação somente será pessoal em sede de execução, sendo assim bastará a entrega da citação no endereço indicado. Caberá à parte comprovar que não a recebeu no prazo devido.

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4.1.3. LEGITIMIDADE PARA AJUIZAR O DISSÍDIO INDIVIDUAL:

A petição inicial da ação trabalhista pode ser formulada:

¾ Pelos sujeitos da relação de emprego ou por seus representantes legais;

¾ Pelos Sindicatos em defesa dos interesses ou direitos coletivos ou individuais da categoria que representam;

¾ Pelo Ministério Público do Trabalho, nos casos previstos em lei.

Atenção: Com a ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Constitucional 45/2004, a petição inicial também poderá ser apresentada:

¾ Por outros titulares da relação de trabalho (estagiário, autônomo, voluntário, eventual, etc.);

¾ Pela União na ação de cobrança das multas impostas aos empregadores pela Delegacia Regional do Trabalho;

¾ Pelos Sindicatos quando ocorrer conflitos entre os Sindicatos ou entre estes e os associados;

¾ Pelos tomadores de serviço ou pelos empregadores.

DICA: O artigo abaixo transcrito é muito cobrado em provas de concurso, pois quando o menor de 18 anos não tiver representante legal, ou seja, pai, mãe ou tutor ele poderá ser representado pelos entes descritos no art. 793 da CLT.

Art. 793 da CLT A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo

DICA: Geralmente as bancas de concurso dizem que os empregados poderão ser representados pelo Ministério Público Federal, o que está errado, porque o art. 793 da CLT menciona Ministério Público Estadual.

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Atenção: A Procuradoria da Justiça do Trabalho é órgão do Ministério Público do Trabalho (MPT) que é um dos ramos do Ministério Público da União. Assim, se na prova vier na assertiva o Ministério Público do Trabalho estará correto, pois ele poderá propor a reclamação trabalhista conforme o art. 793 da CLT.

4.2. Das Audiências:

A audiência é um ato processual praticado sob a direção do juiz, que tem poder de polícia, devendo manter a ordem.

Audiência é o momento em que os juízes ouvem as partes, ou seja, é marcada uma sessão e nesta as partes, envolvidas no conflito, comparecem perante o juiz.

O reclamante-autor deverá sentar-se sempre à esquerda do juiz, e o reclamado-réu, à direita do juiz.

Juiz Secretário de audiências

Testemunhas

Advogado do reclamado Advogado do reclamante

Reclamado ou preposto Reclamante

Assim que todos estiverem presentes, o juiz proporá a conciliação, e, caso esta ocorra, será lavrado o termo de conciliação com eficácia de título executivo judicial, somente podendo ser atacado por ação rescisória.

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Este termo será irrecorrível, exceto para as parcelas devidas à previdência social (arts. 831 e 832 da CLT e Súmula 259 do TST).

¾ As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão

públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em

dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.

¾ O juiz poderá, em casos especiais, designar outro local para a realização das audiências através da fixação de

Edital na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência

mínima de 24 horas.

¾ O juiz poderá convocar audiências extraordinárias, quando julgar necessário, desde que respeite o prazo mínimo de antecedência de 24 horas.

¾ O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.

¾ O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem.

¾ De acordo com o art. 814 da CLT os escrivães ou chefes de secretaria deverão estar presentes às audiências.

¾ Observem o que estabelece o art. 815 da CLT!

Art. 815 da CLT À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.

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Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.

DICA: Este prazo de 15 minutos de tolerância para atraso em audiência é concedido ao juiz e não às partes. O art. 815 da CLT foi objeto da prova do TRT/ES organizado pela CESPE este ano.

DICA: O parágrafo segundo do artigo 843 da CLT foi cobrado pela FCC na prova do TRT/Campinas. Este artigo fala da possibilidade do empregado poder fazer-se substituir em audiência, quando por doença ou motivo ponderoso não puder comparecer. Neste caso, quem deverá substituí-lo será outro empregado que pertença à mesma profissão ou o Sindicato.

Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.

§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

O empregador poderá ser representado na audiência por gerente ou preposto que tenha conhecimento do fato. O preposto precisará trazer uma carta de preposição na audiência na qual o empregador o nomeia para representá-lo na audiência.

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O preposto deve ser empregado do reclamado, apenas sendo admitida a exceção do empregador doméstico e do micro e pequeno empresário que não precisarão ser representados por prepostos empregados.

Neste tema, a Súmula 377 do TST é a tendência das bancas de concursos públicos.

Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado

doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Procedimento de audiência:

¾ Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento;

¾ Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para

aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta

não for dispensada por ambas as partes;

¾ Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes;

¾ Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante;

¾ Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver;

¾ A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação;

¾ Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais,

em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma.

¾ Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão;

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¾ Os tramites de instrução e julgamento da reclamação, serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. A ata será,pelo juiz devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos juízes classistas presentes à mesma audiência;

¾ Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência;

¾ No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841;

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.

Atenção: A audiência de acordo com a CLT deverá ser contínua e única. Entretanto, por força do costume, a audiência trabalhista passou a ser dividida em três partes:

1ª Audiência inaugural ou de conciliação; 2ª Audiência de instrução;

3ª Audiência de julgamento;

a) Audiência de conciliação ou inaugural: Nesta fase o réu irá

apresentar a sua defesa que poderá ser verbal em 20 minutos ou escrita e o juiz fará a primeira proposta de conciliação obrigatória, antes de receber a defesa.

Não havendo acordo o juiz marcará a data para a audiência de instrução para a qual as partes ficarão desde logo intimadas.

O empregador poderá ser representado por preposto e o empregado poderá ser substituído por outro empregado da mesma profissão.

Quando o reclamante não comparecer o processo será arquivado e quando o reclamado não comparecer para apresentar a sua contestação será considerado revel e confesso quanto à matéria de

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b) Audiência de instrução: As partes que deverão comparecer

nesta audiência, sob pena de confissão (Súmula 74 do TST).

Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de confissão à

parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.

Nesta fase é que as provas serão produzidas no processo.

O juiz ouvirá o depoimento pessoal das partes, ouvirá as testemunhas e encerrados os depoimentos as partes poderão aduzir razões finais orais em 10 minutos para cada parte.

Após as razões finais o juiz renovará a proposta de conciliação e caso não haja possibilidade de acordo o juiz marcará uma data para a audiência de julgamento.

c) Audiência de julgamento: Nesta fase o juiz proferirá a sua

sentença, solucionando o conflito de interesses das partes que lhe foi submetido.

No Procedimento Sumaríssimo a audiência deverá ser una, ou seja, única, não podendo ser dividida em fases.

Assim, a sentença do juiz no procedimento sumaríssimo será proferida na mesma audiência.

Atenção: É importante falar da distinção entre o processo e o procedimento. O processo é o sistema adotado pelo Estado para o exercício da Jurisdição, ele é o instrumento utilizado pela jurisdição para fazer valer o direito material quando este for violado.

Ao passo que o procedimento é a forma como o processo irá desenvolver-se, são os atos seqüenciais do processo.

O Procedimento ou Rito Ordinário está regulado pelos artigos 837/852 da CLT. Neste tipo de procedimento a audiência poderá ser una ou dividida nas três fases acima apresentadas.

No procedimento sumaríssimo que será estudado nas próximas aulas, a audiência deverá ser única (una).

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Resumo esquemático sobre audiência:

Audiência una Audiência fracionada

Pregão Pregão

1ª proposta conciliatória 1ª proposta conciliatória

Leitura inicial Leitura inicial

Defesa em 20 minutos Defesa em 20 minutos

Adiamento Depoimento pessoal das partes

e das testemunhas

Instrução

Testemunhas e meios de prova

Razões finais em 10 minutos para cada parte

Razões finais

2ª proposta conciliatória 2ª proposta conciliatória

Adiamento

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4.3. Do Arquivamento, da Revelia e da Confissão: Em relação a este tema é importante esclarecer que quando o reclamante não comparece à primeira audiência o processo será arquivado e quando o reclamado não comparece à primeira audiência ele será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato.

Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.

Portanto, revelia é ausência de contestação, somente o réu será

considerado revel, o autor NUNCA será considerado revel.

A revelia da reclamada/ré somente poderá ser ilidida, ou seja, afastada na hipótese da Súmula 122 do TST (atestado médico que declare expressamente a impossibilidade de locomoção).

Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que

deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressa-mente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

Vamos dar atenção às Súmulas do TST, porque elas estão caindo nas provas.

A Confissão é a admissão pela parte interrogada de que o fato atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro.

A confissão é considerada a “rainha das provas”. Ela poderá ser real ou ficta.

¾ A confissão real é aquela que será obtida através do depoimento pessoal e tem presunção absoluta de

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¾ A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem presunção relativa de veracidade dos fatos.

¾ A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte à audiência em que deveria prestar o seu depoimento, desde que regularmente intimada. Observem o teor da Súmula 74 do Tribunal Superior do Trabalho.

Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de confissão à

parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.

A confissão quanto à matéria de fato descrita no artigo 844 da CLT será explicada de forma mais aprofundada na aula sobre provas no processo do trabalho.

É importante ressaltar que quando a audiência for fracionada, o não comparecimento do reclamante ou do reclamado à segunda audiência na qual deveriam depor acarretará a aplicação da pena de confissão.

Na questão 2 desta aula (item 4.2), vocês poderão observar a abordagem que a FCC dá neste tema. ...

Penso que a contextualização dos artigos da CLT ao tema exposto fica melhor quando ocorre através da resolução de exercícios, porque, assim, estarei colocando o teor dos artigos no contexto das bancas de concursos públicos que são o nosso foco.

Por isso sempre comento no mínimo dez questões de prova por aula e repito sempre os artigos. Ressalto que nas questões de prova não transcrevo os artigos inteiros, mas somente a parte que se refere à questão, porque o inteiro teor do artigo já foi transcrito no decorrer da aula.

Vamos então às questões de prova!

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4.4. Questões de Prova:

1. (UnB/CESPE – TRT/6ª Região – Analista Judiciário/2002) Julgue

o item que se segue: Considere a situação hipotética: A reclamada não compareceu à audiência de conciliação e julgamento da qual foi regularmente notificada. Compareceu, porém, seu advogado munido de procuração e defesa escrita. Nessa situação, segundo orientação jurisprudencial do TST, a demandada não é revel, por ser evidente o intuito de defesa.

2. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008). A ausência do

reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência,

(A) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas.

(B) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas.

(C) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a reclamação.

(D) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já tinha sido contestada.

(E) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

3. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008) Maria ajuizou

reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João, proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou advogado na véspera da data designada para a realização da audiência, em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado

(A) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário da respectiva reclamação trabalhista.

(B) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir sua defesa.

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(D) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. (E) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir sua defesa.

4. (FCC/TRT/AL –Executor de Mandados – 2008) Considere a

assertiva abaixo:

I- Segundo entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, não há obrigatoriedade do preposto ser empregado do reclamado.

5. (UnB/CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) A respeito da

conciliação no processo trabalhista, assinale a opção correta.

A) Sob pena de nulidade, a conciliação tem de ser buscada antes do oferecimento da defesa pelo réu e antes do julgamento do feito.

B) O juiz deve propiciar a conciliação tão logo dê início à audiência; caso não seja esta alcançada, deve o magistrado passar à instrução e ao julgamento sem permitir nova possibilidade para a composição das partes.

C) Encerrado o juízo conciliatório, as partes não mais podem celebrar acordo ante a ocorrência da preclusão.

D) A decisão que homologa o acordo é irrecorrível para qualquer das partes e, quando for o caso, para a previdência social.

6. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) A reclamação trabalhista

será arquivada se o:

a) Reclamado não comparecer para a audiência de tentativa de conciliação, instrução e julgamento.

b) Reclamado não comparecer à comissão de conciliação prévia. c) Empregado não comparecer à audiência de instrução do processo,

adiada por ausência de suas testemunhas, após a apresentação da defesa.

d) Empregado não aceitar a proposta de conciliação formulada pelo juiz.

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7. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) Considera-se revel a

reclamada, quando não

a) Comparece à audiência una.

b) Apresenta advogado constituído para a sua defesa.

c) Comparece à audiência de instrução, adiada por ausência de suas testemunhas, após a apresentação da defesa.

d) Apresenta proposta perante a comissão de conciliação prévia. e) Constitui preposto habilitado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

8. (FCC/Analista Judiciário- Exec. Mandados/ TRT-AM/ 2005) As

audiências são realizadas:

a) Nos dias úteis entre 10 e 16 horas.

b) Em dias úteis previamente fixados entre 8 e 18 horas. c) De segunda a quinta entre 12 e 18 horas.

d) Em qualquer dia da semana exceto aos domingos entre 8 e 18 horas.

e) Em qualquer dia da semana entre 13 e 18 horas.

9. (FCC/TRT/17ª Analista judiciário/2004) O juiz deve propor a

conciliação

a) somente na abertura da audiência de instrução e julgamento

b) depois de oferecida a defesa pelo réu e depois de encerrada a instrução processual

c) na abertura da audiência de instrução e julgamento e antes de ser proferida a decisão

d) antes de ser oferecida a defesa e antes de serem aduzidas as razões finais

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10. (ESAF – TRT 7ª região - Analista Judiciário Execução de Mandados /2003) Sobre as audiências na Justiça do Trabalho, aponte

a opção incorreta.

a) Quando se tratar de pessoa jurídica, é facultada ao empregador a representação em audiência por preposto, que, independ-entemente da condição de empregado, deve conhecer os fatos em litígio, sob pena de confissão.

b) A ausência do Reclamante à audiência em que deveria ser produzida a resposta impõe o arquivamento do feito, que deve ser decretado por sentença terminativa.

c) Impossibilitado por doença ou outro motivo justificador de com-parecer à audiência, pode o trabalhador se fazer representar por outro empregado que pertença à mesma profissão ou pelo seu sindicato.

d) Deixando o Reclamado de comparecer ou de se fazer represent-ar à audiência, depois de contestada a ação, ser-lhe-á aplicada a confissão ficta, caso o conflito envolva matéria fática e desde que tenha sido previamente intimado a comparecer para depor sob tal cominação.

e) O Juiz do Trabalho pode, sempre que ocorrer motivo relevante, determinar a suspensão da audiência, designando nova data.

...

Marque no quadro abaixo o gabarito que você assinalou e em seguida recorte este quadro e confira os erros e acertos ao final desta aula, onde consta o quadro com o gabarito das questões.

Gabarito do aluno: 1. 6. 2. 7. 3. 8. 4. 9. 5. 10. ...

(21)

4.5. Questões de Prova Comentadas:

1. (UnB/CESPE – TRT/6ª Região – Analista Judiciário/2002) Julgue

o item que se segue: Considere a situação hipotética: A reclamada não compareceu à audiência de conciliação e julgamento da qual foi regularmente notificada. Compareceu, porém, seu advogado munido de procuração e defesa escrita. Nessa situação, segundo orientação jurisprudencial do TST, a demandada não é revel, por ser evidente o intuito de defesa.

Comentários:

A Súmula 122 do TST estabelece que a reclamada que não comparecer à audiência em que deveria apresentar defesa será considerada revel, ainda que presente o seu advogado munido de procuração.

Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que

deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressa-mente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

2. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008). A ausência do

reclamante, quando adiada a instrução, após contestada a ação em audiência,

(A) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas.

(B) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas.

(C) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a reclamação.

(D) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já tinha sido contestada.

(E) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

(22)

Comentários: O processo não será arquivado uma vez que a ação já foi contestada. Somente quando o reclamante for ausente à primeira audiência, na qual a reclamada deveria apresentar a contestação é que o processo será arquivado.

O art. 844 da CLT refere-se à 1ª audiência. Assim, a ausência do reclamante ou do reclamado à 2ª audiência em que deveriam depor importará a aplicação da pena de confissão.

Revelia é a ausência de contestação, assim a reclamada somente será considerada revel quando ausente à audiência na qual deveria apresentar a sua defesa.

Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

3. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008) Maria ajuizou

reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João, proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou advogado na véspera da data designada para a realização da audiência, em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado

(A) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário da respectiva reclamação trabalhista.

(B) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir sua defesa.

(C) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para aduzir sua defesa.

(D) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. (E) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir sua defesa.

Comentários: A contestação poderá ser apresentada escrita na audiência de conciliação e julgamento ou verbal em 20 minutos.

(23)

Art. 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.

4. (FCC/TRT/AL –Executor de Mandados – 2008) Considere a

assertiva abaixo:

I- Segundo entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, não há obrigatoriedade do preposto ser empregado do reclamado.

Comentários: Incorreta o preposto deverá ser obrigatoriamente empregado do reclamado. Observem o teor da Súmula:

Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado

doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

5. (UnB/CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) A respeito da

conciliação no processo trabalhista, assinale a opção correta.

A) Sob pena de nulidade, a conciliação tem de ser buscada antes do oferecimento da defesa pelo réu e antes do julgamento do feito.

B) O juiz deve propiciar a conciliação tão logo dê início à audiência; caso não seja esta alcançada, deve o magistrado passar à instrução e ao julgamento sem permitir nova possibilidade para a composição das partes.

C) Encerrado o juízo conciliatório, as partes não mais podem celebrar acordo ante a ocorrência da preclusão.

D) A decisão que homologa o acordo é irrecorrível para qualquer das partes e, quando for o caso, para a previdência social.

Comentários: Correta a Letra “A” (arts. 846 e 850 da CLT).

O erro da letra "b" é que ao final a questão afirma que o juiz não deverá renovar a proposta conciliatória, o que é incorreto, pois o art. 850 da CLT menciona a obrigatoriedade da segunda proposta conciliatória.

(24)

O erro da letra "d" é que para a previdência social a decisão não é irrecorrível (art. 831, parágrafo único da CLT).

6. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) A reclamação trabalhista

será arquivada se o:

a) reclamado não comparecer para a audiência de tentativa de conciliação, instrução e julgamento.

b) reclamado não comparecer à comissão de conciliação prévia.

c) empregado não comparecer à audiência de instrução do processo, adiada por ausência de suas testemunhas, após a apresentação da defesa.

d) empregado não aceitar a proposta de conciliação formulada pelo juiz.

e) empregado não comparecer à audiência una.

Comentários: A audiência possui três fases: conciliação, instrução e julgamento. Diz-se que a audiência é una quando estas três fases ocorrem no mesmo dia.

A praxe trabalhista fraciona a audiência subdividindo as três fases em dias distintos, fato não permitido no procedimento sumaríssimo que deverá ter audiência una.

Assim, o Reclamante que não comparecer à primeira audiência (conciliação) quando fracionada ou à audiência una terá o processo arquivado.

7. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) Considera-se revel a

reclamada, quando não

a) comparece à audiência una.

b) apresenta advogado constituído para a sua defesa.

c) comparece à audiência de instrução, adiada por ausência de suas testemunhas, após a apresentação da defesa.

d) apresenta proposta perante a comissão de conciliação prévia.

e) constitui preposto habilitado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

(25)

Comentários: Conforme artigo 844 da CLT, o não-comparecimento do reclamado acarretará a revelia e a confissão quanto à matéria de fato.

Art. 844 da CLT O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Parágrafo único – Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.

8. (FCC/Analista Judiciário- Execução de Mandados/ TRT-AM/ 2005) As audiências são realizadas:

a) nos dias úteis entre 10 e 16 horas.

b) em dias úteis previamente fixados entre 8 e 18 horas. c) de segunda a quinta entre 12 e 18 horas.

d) em qualquer dia da semana exceto aos domingos entre 8 e 18 horas.

e) em qualquer dia da semana entre 13 e 18 horas.

Comentários:

Art. 813 da CLT As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.

9. (FCC/TRT/17ª Analista judiciário/2004) O juiz deve propor a

conciliação

a) somente na abertura da audiência de instrução e julgamento b) depois de oferecida a defesa pelo réu e depois de encerrada a instrução processual

c) na abertura da audiência de instrução e julgamento e antes de ser proferida a decisão

d) antes de ser oferecida a defesa e antes de serem aduzidas as razões finais

(26)

Comentários: Correta a letra “c”. As duas propostas conciliatórias estão previstas nos artigos 846 e 850 da CLT.

Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.

§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.

§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada,sem prejuízo do cumprimento do acordo.

Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.

Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos juízes classistas e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.

10. (ESAF – TRT 7ª região - Analista Judiciário Execução de Mandados /2003) Sobre as audiências na Justiça do Trabalho,

aponte a opção incorreta.

a) Quando se tratar de pessoa jurídica, é facultada ao empregador

a representação em audiência por preposto, que,

independentemente da condição de empregado, deve conhecer os fatos em litígio, sob pena de confissão.

b) A ausência do Reclamante à audiência em que deveria ser produzida a resposta impõe o arquivamento do feito, que deve ser decretado por sentença terminativa.

(27)

c) Impossibilitado por doença ou outro motivo justificador de comparecer à audiência, pode o trabalhador se fazer representar por outro empregado que pertença à mesma profissão ou pelo seu sindicato.

d) Deixando o Reclamado de comparecer ou de se fazer representar à audiência, depois de contestada a ação, ser-lhe-á aplicada a confissão ficta, caso o conflito envolva matéria fática e desde que tenha sido previamente intimado a comparecer para depor sob tal cominação.

e) O Juiz do Trabalho pode, sempre que ocorrer motivo relevante, determinar a suspensão da audiência, designando nova data.

Comentários: O reclamado (réu) quando notificado para comparecer à 1ª audiência desimpedida em cinco dias, teor do art. 841 da CLT deverá apresentar a sua defesa que poderá ser de três tipos: contestação, exceção ou reconvenção.

Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via da petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de Julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de cinco dias.

Quando se tratar de pessoa jurídica, é facultada ao empregador a representação em audiência por preposto, que deverá ser empregado, devendo conhecer os fatos em litígio, sob pena de confissão. A Súmula 377 do TST permite que os empregadores domésticos e os micros e pequenos empresários não sejam representados por preposto empregado.

Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

(28)

§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.

Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado

doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de confissão à

parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.

OJ Nº 152 SDI-I Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia

prevista no artigo 844 da CLT.

As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.

Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.

(29)

... Gabarito: 1. Incorreta 6. E 2. D 7. A 3. B 8. B 4. Incorreta 9. C 5. A 10. A ...

Bem, chegamos ao final de nossa aula de hoje! Até a semana que vem!

Abraços,

Referências

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