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Aula 12 Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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Academic year: 2021

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Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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AULA 12: CPC 18 - Investimento em Coligada, em

Controlada e em Empreendimento Controlado em

Conjunto

Sumário

1. CPC 18 3

2. Questões comentadas 30

3. Resumo 67

4. Lista das Questões Apresentadas 69

5. Gabarito 87

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Pessoal, hoje vamos estudar mais um Pronunciamento Contábil exaustivamente explorado pelas diversas bancas. Trata-se do CPC 18 (R2)

– Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto.

Bons estudos!

Gilmar Possati prof.possati@gmail.com

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ASPECTOS SOCIETÁRIOS

Antes de passarmos ao estudo do CPC 18, vamos ver alguns dispositivos presentes na Lei nº 6.404/76, pois são exigidos em prova. Inclusive, algumas questões mesclam conhecimentos sobre a legislação societária e o CPC 18.

A própria Lei nº 6.404/76 já nos informa que há duas formas principais de avaliar os investimentos permanentes: pelo Método de Custo (MC) e pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP).

Método de Custo  Consiste em avaliar os investimentos atribuindo-lhes os respectivos valores originais das transações (valor/custo de aquisição). Segundo a Lei nº 6.404/76,

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Assim, os investimentos que não sejam em coligadas ou controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de perdas prováveis na realização de investimentos.

CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto

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Observações:

a) Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, estudados a seguir;

b) Com a adoção das normas internacionais de contabilidade, o termo “provisão” passou a ser utilizado de forma restrita na terminologia contábil. Assim, o mais correto atualmente é denominarmos a “provisão” mencionada nos dispositivos acima de “perdas prováveis na realização de investimentos”.

c) O inciso III acima refere-se a investimentos em títulos representativos do capital de outras sociedades. O Inciso IV refere-se a outros investimentos como obras de arte, propriedade para investimentos, etc. Método de Equivalência Patrimonial  O artigo 248 da Lei nº 6.404/76 dispõe que os investimentos permanentes em participação no capital social de sociedades coligadas, sociedades controladas, sociedades controladas em conjunto (ou que façam parte de um mesmo grupo) e sociedades que estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Galera, é básico saber essa diferença entre os métodos de avaliação dos investimentos permanentes. Para facilitar nossa visualização elaboramos o seguinte esquema:

- Sociedades Controladas; - Sociedades Coligadas;

- Sociedades Controladas em Conjunto;

- Sociedades sob controle comum.

Métodos de Avaliação de Investimentos Permanentes

Método de

Equivalência

Patrimonial (MEP)

- Demais investimentos permanentes.

Método de Custo

01699177899

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É claro que estamos apenas esquentando as turbinas... na sequência da aula estudaremos todos os detalhes que você deve saber para resolver as questões com a confiança de um exímio “detonador de CPCs”  Avante!

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS (CPC18)

Objetivo

O CPC 18 estabelece a contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e define os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em coligadas, em controladas e em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures).

Alcance

O CPC 18 deve ser aplicado por todas as entidades que sejam investidoras com o controle individual ou conjunto de investida ou com influência significativa sobre ela.

Definições

O CPC 18 estabelece as seguintes definições, as quais detalharemos na sequência da aula.

Coligada  é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

Influência significativa  é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.

Demonstrações consolidadas  são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.

Método da equivalência patrimonial  é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a

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partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida.

Negócio em conjunto  é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto.

Controle conjunto  é o compartilhamento, contratualmente

convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture)  é um

acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Investidor conjunto (joint venturer)  é uma parte de um

empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse empreendimento.

MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (MEP)

Conceito

Conforme já destacamos acima, o Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida.

Quais investimentos permanentes devem ser avaliados pelo MEP?

Conforme já estudamos, o art. 248 da Lei nº 6.404/76 dispõe que os investimentos permanentes em participação no capital social de

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sociedades coligadas, sociedades controladas, sociedades controladas em conjunto (ou que façam parte de um mesmo grupo) e sociedades que estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Agora que já sabemos quais investimentos permanentes devem ser avaliados pelo MEP, temos que saber alguns detalhes sobre esses tipos de sociedades acima destacadas.

Coligadas

Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

E o que vem a ser influência significativa?

Conforme já destacado, influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.

Nos termos do CPC 18, se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela.

Atenção! Essa presunção de influência significativa é relativa, ou seja, a investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da investida e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do capital votante da investida e ter influência significativa.

Não entendeu? Expliquemos melhor...

A participação de 20% ou mais no capital votante é um conceito relativo de influência, haja vista que independentemente do percentual de

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participação no capital, sempre que a companhia investidora possuir influência significativa na companhia investida, as companhias serão coligadas e a investidora deverá avaliar o investimento pelo MEP.

Assim, o principal conceito para definir uma coligada é a existência de influência significativa ou presunção de influência significativa.

Portanto, caso exista influência ou presunção de influência significativa, o investimento será em coligada e avaliada pelo MEP. Não existindo influência significativa ou presunção de influência significativa e o investimento for permanente, a investida não será uma coligada e o investimento será avaliado pelo custo.

Vamos ver como esse ponto já foi explorado em prova!

1.(IADES/Analista Técnico/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP/2014) Para fins de contabilização dos investimentos em coligadas e em controladas pelo método de equivalência patrimonial, considera-se o critério de influência significativa. No que se refere a esse assunto, assinale a alternativa correta.

a) A influência significativa define-se da mesma forma que o critério de relevância, ou seja, investimentos cujo valor contábil, em conjunto, seja maior que 15% do patrimônio líquido da investidora.

b) A influência significativa é presumida em participações acima de 20% na coligada ou controlada, mas pode-se reconhecer um investimento pelo método de equivalência patrimonial com participação inferior a esse percentual.

c) Todo investimento em coligadas ou em controladas superior a 20% será obrigatoriamente reconhecido pelo método de equivalência patrimonial. d) A influência significativa define-se objetivamente. Portanto, se a participação na coligada ou controlada é superior a 20%, então, necessariamente, está caracterizada a influência significativa.

e) O critério de relevância é determinante para fins de aplicação do método de equivalência patrimonial.

Vamos analisar as assertivas. 01699177899

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a. Errado. Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.

b. Certo. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela.

c. Errado. A presunção de influência significativa é relativa, ou seja, a

investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da investida e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do capital votante da investida e ter influência significativa.

d. Errado. Para fixar! A presunção de influência significativa é relativa, ou seja, a investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da investida e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do capital votante da investida e ter influência significativa.

e. Errado. O critério de relevância era determinante antes das alterações promovidas na Lei das SAs. Com as alterações no art. 248 da Lei nº 6.404/76, o método de equivalência patrimonial é aplicável aos investimentos em controladas e coligadas (por efetiva influência ou influência presumida), independentemente de serem relevantes.

Gabarito: B

O CPC 18 informa que a existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas:

a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre

dividendos e outras distribuições; 01699177899

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c) operações materiais entre o investidor e a investida; d) intercâmbio de diretores ou gerentes;

e) fornecimento de informação técnica essencial.

Esses indicativos de influência significativa são explorados em prova. Vamos ver uma exigência recente da FCC nesse sentido.

2.(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT23/2016) A empresa Ilha do Mel S.A. não possui participação acionária na Ubatuba S.A.. No entanto, precisa definir se tem poder sobre a Ubatuba. Assim, pode ser considerado como uma atividade relevante que estabelece poder da Mel sobre a Ubatuba, a

a) Ilha do Mel tem 1% de seu faturamento decorrente de vendas para a Ubatuba.

b) Ubatuba efetua toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para a Ilha do Mel.

c) Ubatuba mantém contratos com a Cia Angra que também, esporadicamente, vende serviços para Ilha do Mel S.A.

d) Ilha do Mel tem o seu diretor financeiro no Conselho Fiscal da Ubatuba. e) Ilha do Mel comprou à vista o imóvel onde está instalada a nova marina da Ubatuba.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. Apenas 1% do faturamento se mostra insuficiente para que a empresa Ilha do Mel tenha poder sobre a empresa Ubatuba.

b. Certo. Veja que a Ubatuba efetua toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para a Ilha do Mel. Logo, podemos enquadrar esse fato como uma operação material, ou seja, de grande relevância entre o investidor e investida, presumindo-se, nos termos do CPC 18 a influência significativa.

c. Errado. O simples fato de a Ubatuba manter contrato com outra empresa que, por sua vez, presta serviços para a Ilha do Mel não configura poder algum. Trata-se de transações normais de mercado.

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d. Errado. O fato de a Ilha do Mel ter o seu diretor financeiro no Conselho Fiscal da Ubatuba não é indicativo de poder (veja que não é representação no conselho de administração, o que evidenciaria influência significativa, nos termos do CPC 18). Trata-se de apenas um colaborador, apenas uma voz no conselho fiscal, insuficiente para exercer influência significativa. e. Errado. O fato de a Ilha do Mel ter comprado à vista o imóvel onde está instalada a nova marina da Ubatuba também não configura influência significativa.

Gabarito: B

Controladas

Segundo o CPC 18, controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. De acordo com o art. 243, §2º, Lei nº 6.404/76, considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Assim, pelos dispositivos acima descritos, para que ocorra o controle a investidora (controladora) tem que ter direta ou indiretamente mais de 50% das ações com direito a voto da investida (controlada).

Nesse ponto, vale destacar que o capital social de uma companhia pode ser formado por ações preferenciais (que não tem direito a voto) e por ações ordinárias (que tem direito a voto).

Capital Votante  ações ordinárias

Capital Não Votante  ações preferenciais

Segundo o art. 15, § 2º da Lei nº 6.404/76, o percentual máximo de ações preferenciais é de 50% do capital social. Logo, o percentual mínimo de ações ordinárias corresponde a 50% do capital social.

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Outro ponto que devemos saber é que o controle pode ser exercido diretamente ou indiretamente. Temos controle direto quando a investidora é proprietária de mais de 50% do capital votante da investida.

O controle indireto, por sua vez, ocorre quando a investidora exerce o controle de uma companhia por meio de outra companhia, que é controla por essa investidora.

Na figura acima, observe que a investidora “A” controla diretamente a companhia “B” que, por sua vez, exerce controle direto sobre a companhia “C”. Logo, a investidora “A” controla indiretamente a companhia “C” por meio do controle direto que exerce sobre a companhia “B”.

Vale destacar que enquanto nas controladas existe o controle direto e indireto, nas coligadas existe apenas a coligação direta.

Sociedades integrantes de um mesmo grupo

Ocorre quando a investidora e a investida tiverem um controlador comum. Nesse caso, o investimento será avaliado pelo MEP, independentemente do percentual de participação da investidora no capital da investida. Exemplo: A companhia Alfa controla diretamente as companhias Bravo e Charlie. Considere que Bravo detenha 1% do capital social de Charlie. Logo, temos:

Bravo Charlie Controle Direto Controle Direto 1% MEP Alfa 01699177899

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Observe que as companhias Bravo e Charlie estão sob controle comum da companhia Alfa. Nesse caso, a companhia Bravo mesmo possuindo apenas 1% do capital social de Charlie, deverá ter seu investimento em Charlie avaliado pelo MEP.

Sociedades sob Controle Comum (conjunto)

Segundo o CPC 18, empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente

convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

Observe que nenhuma companhia tem o controle da companhia Charlie. Assim, as companhias Alfa e Bravo detêm o controle conjunto da companhia Charlie.

Por fim, vale destacar que atualmente a relevância não tem mais aplicação, pois independentemente dos investimentos em coligadas ou controladas serem ou não relevantes, se o investimento é em coligada ou em controlada, deve ser contabilizado pelo MEP.

Exceções à aplicação do método da equivalência patrimonial

O CPC 18 destaca as seguintes exceções à aplicação do MEP. Apesar de ainda não ter identificado exigência sobre essas exceções, creio ser oportuno tratarmos aqui.

A entidade não precisa aplicar o método da equivalência patrimonial aos investimentos em que detenha o controle individual ou conjunto

Bravo Alfa Charlie 50% 50% 01699177899

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(compartilhado), ou exerça influência significativa, se a entidade for uma controladora, que, se permitido legalmente:

 estiver dispensada de elaborar demonstrações consolidadas; ou  se todos os seguintes itens forem observados:

a) a entidade é controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com os demais acionistas ou sócios, incluindo aqueles sem direito a voto, foram informados a respeito e não fizeram objeção quanto à não aplicação do método da equivalência patrimonial;

b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade não são negociados publicamente (bolsas de valores domésticas ou estrangeiras ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais);

c) a entidade não arquivou e não está em processo de arquivamento de suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou outro órgão regulador, visando à emissão e/ou distribuição pública de qualquer tipo ou classe de instrumentos no mercado de capitais; e

d) a controladora final ou qualquer controladora intermediária da entidade disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis, elaboradas em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC, em que as controladas são consolidadas ou são mensurados ao valor justo por meio do resultado de acordo com o CPC 36.

Além dessas exceções, o CPC 18 informa que alguns investimentos podem ser enquadrados como “mantido para venda”. Nesse caso, deve aplicar o CPC 31 (e, portanto, não é aplicável o MEP). Vamos ver esse item do CPC 18:

A entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 31 em investimento, ou parcela de investimento, em coligada ou em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto que se enquadre nos critérios requeridos para sua classificação como “mantido para venda”. Qualquer parcela retida de investimento em coligada ou em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto, que não tenha sido classificada como “mantido para venda”, deve ser contabilizada por meio do uso do método da equivalência patrimonial até o momento da baixa efetiva da parcela classificada como mantido para venda. Após a baixa efetiva, a entidade deve contabilizar qualquer interesse remanescente no investimento em coligada, em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto, em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 38, a menos que o interesse

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remanescente qualifique-se para a aplicação do método da equivalência patrimonial, o qual deverá ser adotado nesse caso.

Além disso, o CPC 18 destaca que quando o investimento, ou parcela de investimento, em coligada, em controlada ou em empreendimento controlado em conjunto, previamente classificado como “mantido para venda”, não mais se enquadrar nas condições requeridas para ser classificado como tal, a ele deve ser aplicado o método da equivalência patrimonial de modo retrospectivo, a partir da data de sua classificação como “mantido para venda”. As demonstrações contábeis para os períodos abrangidos desde a classificação do investimento como “mantido para venda” deverão ser ajustadas de modo a refletir essa informação.

Descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial

Segundo o CPC 18, a entidade deve descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial a partir da data em que o investimento deixar de se qualificar como coligada, controlada, ou como empreendimento controlado em conjunto. Bem lógico, não é mesmo?

É claro que alguns procedimentos devem ser adotados nesse caso. Esses procedimentos são bem específicos e creio ser difícil de ser exigido em provas. De qualquer forma, objetivamente é o seguinte:

Se o interesse remanescente no investimento, antes qualificado como coligada, controlada, ou empreendimento controlado em conjunto, for um ativo financeiro, a entidade deve mensurá-lo ao valor justo (aplicação do CPC 38). Nesse caso, a entidade deve reconhecer na demonstração do resultado do período, como receita ou despesa, qualquer diferença entre: (i) o valor justo de qualquer interesse remanescente e qualquer contraprestação advinda da alienação de parte do interesse no investimento; e

(ii) o valor contábil líquido de todo o investimento na data em que houve a descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial.

Que tal os termos técnicos empregados pelo CPC? Vamos tentar traduzir isso aí...

Vamos supor que a investidora X possui um investimento na coligada Y. Esse investimento deixou de se qualificar como coligada e, portanto, deve descontinuar o uso do MEP. Nesse caso, considerando que esse

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investimento se enquadre como ativo financeiro, ele deve ser avaliado pelo valor justo. Além disso, a diferença entre o valor contábil registrado na contabilidade (o valor do investimento na coligada Y) e o valor justo (algo próximo do valor de mercado) deve ser reconhecido como receita ou despesa, conforme o caso.

Valor justo > valor contábil = receita Valor justo < valor contábil = despesa

Além disso, o CPC 18 destaca que a entidade deve contabilizar todos os montantes previamente reconhecidos em seu patrimônio líquido em rubrica de outros resultados abrangentes, e que estejam relacionados com o investimento objeto da mudança de mensuração contábil, na mesma base que seria requerido caso a investida tivesse diretamente se desfeito dos ativos e passivos relacionados.

Desse modo, assim como a receita ou a despesa previamente reconhecida em outros resultados abrangentes pela investida seria reclassificada para a demonstração do resultado do período como receita ou despesa quando da baixa e da liquidação de ativos e passivos relacionados, a entidade deve reclassificar a receita ou a despesa reconhecida no seu patrimônio líquido para a demonstração do resultado (como um ajuste de reclassificação) quando o método da equivalência patrimonial for descontinuado. Por exemplo, se a coligada, controlada, ou o empreendimento controlado em conjunto tiver diferenças de conversão acumuladas relacionadas à entidade no exterior e a investidora decidir descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial, a investidora deve reclassificar para a demonstração do resultado do período, como receita ou despesa, a receita ou despesa previamente reconhecida de forma reflexa em outros resultados abrangentes relacionada à entidade no exterior.

Traduzindo...

O que tiver classificado como “Outros Resultados Abrangentes” decorrentes dos investimentos na coligada Y (usando nosso exemplo anterior) deverão ser reclassificados para o resultado (DRE) como receita ou despesa como ajuste de reclassificação.

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Sistemática de Contabilização do MEP

Pessoal, esse ponto é o mais importante da aula. Aqui se concentra a grande maioria das exigências em provas referentes ao CPC 18.

Vimos no conceito que o investimento avaliado pelo MEP é inicialmente reconhecido ao custo e posteriormente ajustado pela aplicação do percentual de participação no capital da investida nos lucros ou prejuízos do período apurados pela investida.

Essas variações são reconhecidas no resultado do exercício da investidora. Assim, quando a investida apura um lucro líquido a investidora reconhecerá no resultado do exercício um Ganho de Equivalência Patrimonial (GEP). Por outro lado, quando a investida apura um prejuízo líquido a investidora reconhecerá no seu resultado uma Perda de Equivalência Patrimonial (PEP).

GEP  percentual de participação no capital social* da investida x

Lucro Líquido da Investida.

PEP  percentual de participação no capital social* da investida x Prejuízo Líquido da Investida.

* Observe que é o percentual do capital social e não o percentual do capital votante!

E as demais variações?

Em relação às demais variações ocorridas no patrimônio líquido da investida (exemplo, ajustes de avaliação patrimonial, diferenças de conversão em moeda estrangeira, etc.) o investidor reconhecerá essas variações de forma reflexa diretamente no seu patrimônio líquido, em outros resultados abrangentes.

Datas de Avaliação pelo MEP

Ocorre avaliação pelo MEP em duas ocasiões, quais sejam: na data de aquisição do investimento e no encerramento do exercício, antes da apuração do resultado do exercício da investidora.

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Data de aquisição

Nesse momento, a investidora realiza a sua primeira avaliação, a fim de contabilizar o investimento avaliado pelo MEP inicialmente ao custo de aquisição, além de identificar os ágios ou deságios decorrentes da diferença entre o valor pago e o valor patrimonial do investimento, caso exista. Na data de aquisição podem ocorrer as seguintes situações:

1ª) Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)  representado pela diferença positiva entre o valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida.

Goodwill = Valor Pago no Investimento (ou Custo de Aquisição) – Valor Justo do Investimento

Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida)

2ª) Mais-Valia de Ativos Líquidos  representado pela diferença positiva entre o valor justo e o montante líquido proporcional adquirido do valor contábil dos ativos e passivos da entidade adquirida.

Ativos Líquidos = Patrimônio Líquido

Mais Valia = Valor Justo do Investimento – Valor Contábil do Investimento

Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) Valor Contábil do Investimento = % x PL (Valor Contábil da Investida)

3ª) Ganho por Compra Vantajosa  É o contrário do Goodwill (deságio),

ou seja, representado pela diferença positiva entre o valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida e o valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido.

Compra Vantajosa = Valor Justo do Investimento – Valor Pago no Investimento (ou Custo de Aquisição)

Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida)

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Os ganhos por compra vantajosa são reconhecidos imediatamente no resultado do exercício da investidora como receitas.

Exemplo: A companhia Alfa adquiriu 100% da companhia Bravo por R$ 100.000,00. O valor justo do ativo líquido (PL) da Cia Bravo é de R$ 70.000,00 e o valor contábil é de R$ 60.000,00.

Mais-Valia  70.000,00 – 60.000,00 = 10.000,00 Goodwill  100.000,00 – 70.000,00 = 30.000,00

Nas demonstrações individuais da investidora, a Mais-Valia e o Goodwill ficam classificados no Ativo Não Circulante – Investimentos em subcontas específicas. No balanço consolidado, a Mais- Valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem. O Goodwill, por sua vez, será transferido para o intangível, em conta específica. Destaca-se que o Goodwill não é amortizado, porém deve ser submetido ao teste de recuperabilidade.

Data de Encerramento do Exercício Social

Na data de encerramento do exercício social o investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial terá o seu valor contábil aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação proporcional do investidor no lucro líquido ou prejuízo líquido do período, gerados pela investida após a aquisição.

Assim, conforme já estudamos, quando a investida apura um lucro líquido a investidora reconhecerá no resultado do exercício um Ganho de Equivalência Patrimonial (GEP). Por outro lado, quando a investida apura um prejuízo líquido a investidora reconhecerá no seu resultado uma Perda de Equivalência Patrimonial (PEP).

GEP  percentual de participação no capital social* da investida x

Lucro Líquido da Investida.

PEP  percentual de participação no capital social* da investida x Prejuízo Líquido da Investida.

* Observe que é o percentual do capital social e não o percentual do capital votante!

Vamos ver uma questão “nível hard” da FCC que adotaremos aqui como um “exemplo real” de exigência.

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3.(FCC/AFRE-RJ/2014) A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Cia. Copa por R$ 4.500.000,00 à vista, o que lhe conferiu influência significativa na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Copa era R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi decorrente de um terreno que a Cia. Copa havia adquirido em 2010. No período de 01/01/2013 a 30/06/2013, a Cia. Copa reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido:

- Lucro líquido do semestre: R$ 400.000,00

- Ajustes de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (credor) Com base nestas informações, os valores evidenciados no Balanço Patrimonial da Cia. Carioca, em Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012 e 30/06/2013, foram, respectivamente, a) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.760.000,00. b) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.700.000,00. c) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.800.000,00. d) R$ 2.400.000,00 e R$ 2.600.000,00. e) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.660.000,00.

Sempre que se deparar com esse tipo de questão, na qual somos bombardeados por um monte de informações concentre-se naquilo que o examinador solicita. Nesse caso, ele quer duas informações:

a) Valor evidenciado no Balanço Patrimonial da Cia. Carioca, em Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012.

b) Valor evidenciado no Balanço Patrimonial da Cia. Carioca, em Investimentos em Coligadas, em 30/06/2013.

Veja que para chegarmos ao valor da primeira informação solicitada não vamos trabalhar com nenhuma informação após a data de 31/12/2012.

(22)

Assim, vamos nos concentrar no seguinte:

A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Cia. Copa por R$ 4.500.000,00 à vista, o que lhe conferiu influência significativa na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Copa era R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi decorrente de um terreno que a Cia. Copa havia adquirido em 2010.

Conforme estudamos, o Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.

De posse desse conhecimento, percebe-se que a Cia. Carioca reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na data da aquisição, o valor de R$ 4.500.000,00. Simples assim! É o que diz o início da questão: “A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Cia. Copa por R$ 4.500.000,00 à vista”.

Observe que somente com esse raciocínio ficaríamos com apenas com as opções “B” e “E”.

Veja que o examinador inseriu outras informações apenas para confundir os menos preparados. Essas outras informações seriam necessárias caso fosse solicitado o valor do Goodwill e da Mais-Valia.

É claro que, para fins didáticos, nós vamos aproveitar essa questão aqui para efetuarmos o cálculo do Goodwill e da Mais-Valia (lembrando que isso não era necessário na hora da prova, ok?)

Mais Valia = % × PL (Valor Justo da Investida) – % x PL (Valor Contábil da Investida)

Mais Valia = (9.000.000,00 x 40%) – (6.000.000,00 x 40%) = 3.600.000,00 – 2.400.000,00 = 1.200.000,00

Ágio por Rentabilidade Futura (Goodwill) = Valor pago no investimento – % × PL (Valor Justo da Investida) = 4.500.000,00 – 3.600.000,00 =900.000,00

(23)

Assim, o lançamento na data de aquisição é o seguinte:

D - Investimentos Coligadas ... 2.400.000,00 D – Investimentos Coligadas (mais valia)...1.200.000,00 D – Investimentos Coligadas (goodwill) ... 900.000,00 C – Bancos ... 4.500.000,00

Nesse sentido, o saldo de investimentos em coligada da Cia Carioca, em 31/12/2012, era de R$ 4.500.000,00.

Bem... agora vamos partir para a segunda informação solicitada pelo examinador. Para tanto, vamos nos concentrar nas seguintes informações disponibilizadas:

No período de 01/01/2013 a 30/06/2013, a Cia. Copa reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido:

- Lucro líquido do semestre: R$ 400.000,00

- Ajustes de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (credor) No dia 01/01/2013 a empresa deve reconhecer a participação no lucro líquido (resultado MEP). Assim, temos:

Ganho (receita) de Equivalência Patrimonial = 400.000,00 x 40% = 160.000,00

Além disso, no dia 30/06/2013 a investidora deve reconhecer o ajuste de conversão de investida no exterior, o qual irá refletir no seu PL na conta “Outros Resultados Abrangentes”.

Ajuste Acumulado de Conversão (Outros resultados abrangentes - PL) = 100.000,00 x 40% = 40.000,00

Esses ajustes (Ajustes de Conversão de Investida no exterior) estão previstos no CPC 02 (R2), item 32, senão vejamos:

“ (...) Nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação (por exemplo: demonstrações contábeis individuais com avaliação das investidas por equivalência patrimonial, ou demonstrações contábeis consolidadas quando a entidade no exterior é uma controlada), tais variações cambiais devem ser

(24)

reconhecidas, inicialmente, em outros resultados abrangentes em conta específica do patrimônio líquido, e devem ser transferidas do patrimônio líquido para a demonstração do resultado quando da baixa do investimento líquido(...).”

Os lançamentos contábeis desses fatos são os seguintes:

Reconhecimento de participação do Lucro Líquido pelo MEP (01/01/2013): D – Investimento em Coligadas

C – Receita de Equivalência Patrimonial ... 160.000,00 (400.000,00 x 40%)

Ajustes de Conversão de Investida no exterior (30/06/2013): D – Investimento em Coligadas

C – Ajuste Acumulado de Conversão (Outros resultados abrangentes - PL)... R$ 40.000,00 (100.000,00 x 40%)

Logo, o saldo de investimentos em coligada da Cia Carioca, em 30/06/2013, era de R$ 4.700.000,00 (4.500.000 + 160.000 + 40.000). Nobre estudante, veja que não há mistérios. Basta uma pequena dose de sabedoria para acertarmos questões consideradas difíceis se comparadas com outras mais “decorebas”. Tenho certeza que você vai vibrar quando encontrar uma questão sobre MEP em sua prova. Não tem erro! Ao final dessa aula você estará detonando o assunto. Mantenha-se motivado e vamos avante! Lembre-se da máxima castrense: “Um corpo que não vibra é um esqueleto que se arrasta”.

Gabarito: B

Lucros Não Realizados

Pessoal, apesar desse assunto estar discriminado com maiores detalhes na Interpretação Técnica ICPC 09, vamos abordar aqui, haja vista estar relacionado com o assunto presente no CPC 18.

Não é um ponto muito explorado em provas. De qualquer forma, não podemos nos furtar em uma preparação de alto nível de estudar esse detalhe.

(25)

Com o alinhamento das normas contábeis brasileiras às normas internacionais, os lucros não realizados decorrentes de venda da investida para a investidora (upstream) ou da investidora para a investida (downstream) são eliminados para o cálculo da equivalência patrimonial.

Lucros não realizados - Coligadas

Segundo a Interpretação Técnica ICPC 09, nas operações de vendas de ativos de uma investidora para uma coligada (downstream), são considerados lucros não realizados, na proporção da participação da investidora na coligada, aqueles obtidos em operações de ativos que, à época das demonstrações contábeis, ainda permaneçam na coligada. Por definição, essa coligada deve ter um controlador que não seja essa investidora, ou não deve ter controlador, a fim de que entre a investidora e a coligada possa existir apenas relação de significativa influência e não de controle, e para que ambas não sejam consideradas sob controle comum. Equiparam-se à venda, para fins de lucro não realizado, os aportes de ativos para integralização de capital na investida.

Dessa forma, na venda da investidora para a coligada, deve ser considerada realizada, na investidora, a parcela do lucro proporcional à participação dos demais sócios na coligada que sejam partes independentes da investidora ou dos controladores da investidora. Afinal, a operação de venda se dá entre partes independentes, por ter a coligada um controlador diferente do controlador da investidora. Esses procedimentos também devem ser aplicados para o caso de coligada e/ou investidora sem sócio controlador. Por exemplo, um ativo com valor contábil de $ 1.000.000 é vendido pela empresa A por $ 1.400.000 para a coligada B, na qual A participa com 20% do capital votante. O tributo sobre esse lucro é de $ 150.000, de forma que o resultado da investidora está afetado pelo valor líquido de $ 250.000. Ao vender à coligada, é como se estivesse vendendo com lucro apenas na parte da venda aos detentores que têm 80% do capital votante de B. A empresa A não deve considerar realizada a parcela relativa à sua própria participação, ou seja, 20% de $ 250.000 = $ 50.000.

O lucro não realizado deverá ser reconhecido à medida que o ativo for vendido para terceiros, for depreciado, sofrer impairment ou sofrer baixa por qualquer outro motivo.

(26)

A operação de venda deve ser registrada normalmente pela investidora e o não reconhecimento do lucro não realizado se dá pela eliminação, no resultado individual da investidora (e se for o caso no resultado consolidado), da parcela não realizada e pelo seu registro a crédito da conta de investimento, até sua efetiva realização pela baixa do ativo na coligada. No exemplo anterior, debita-se o resultado e credita-se a conta retificadora do investimento em B pelos $ 50.000 de lucro não realizado. Não devem ser eliminadas na demonstração do resultado da investidora as parcelas da venda, custo da mercadoria ou produto vendido, tributos e outros itens aplicáveis, já que a operação como um todo se dá com genuínos terceiros, ficando como não realizada apenas a parcela devida do lucro. Devem ser reconhecidos, quando aplicável, conforme Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro, os tributos diferidos.

Na investidora, em suas demonstrações individuais e, se for o caso, nas consolidadas, a eliminação da parcela não realizada se dá em linha logo após o resultado da equivalência patrimonial (suponha-se de $ 500.000, para fins de exemplo), com destaque na própria demonstração do resultado ou em nota explicativa.

Exemplo:

Resultado da equivalência patrimonial sobre investimentos em coligadas, controladas e joint ventures ... $ 500.000 (-) Lucro não realizado em operações com coligadas ... $ (50.000)

$ 450.000

Visto o que dispõe a Interpretação Técnica ICPC 09, vejamos um exemplo: A Cia Alfa adquiriu à vista 50% do capital social da Cia Bravo por R$ 100.000,00. A Cia Alfa vendeu mercadorias para a Cia Bravo com um lucro de R$ 20.000,00. Referidas mercadorias permaneciam nos estoques da Cia Bravo ao final do exercício (não foram vendidos a terceiros). Sabe-se que a Cia Bravo é coligada da Cia Alfa e apurou um lucro líquido de R$ 90.000,00. Qual o valor da equivalência patrimonial?

Lucro Líquido da Coligada ... 90.000,00 (-) Lucro Não Realizado ... (20.000,00) (=) Lucro Líquido da coligada líquido do lucro não realizado .... 70.000,00 (x) Percentual de Participação ... 50% (=) Ganho de Equivalência Patrimonial ... 35.000,00

(27)

Lucros não realizados - Controladas

Segundo a Interpretação Técnica ICPC 09, nas operações com controladas os lucros não realizados são totalmente eliminados tanto nas operações de venda da controladora para a controlada, quanto da controlada para a controladora ou entre as controladas. Nas demonstrações individuais, quando de operações de vendas de ativos da controlada para a controladora ou entre controladas, a eliminação do lucro não realizado se faz no cálculo da equivalência patrimonial, deduzindo-se, do percentual de participação da controladora sobre o resultado da controlada, 100% (cem por cento) do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico.

Nas demonstrações consolidadas, o excedente desses 100% sobre o valor decorrente do percentual de participação da controladora no resultado da controlada é reconhecido como devido à participação dos não controladores.

Exemplo: A Cia Alfa adquiriu à vista 50% do capital social da Cia Bravo por R$ 100.000,00. A Cia Alfa vendeu mercadorias para a Cia Bravo com um lucro de R$ 20.000,00. Referidas mercadorias permaneciam nos estoques da Cia Bravo ao final do exercício (não foram vendidos a terceiros). Sabe-se que a Cia Alfa é controladora da Cia Bravo e apurou um lucro líquido de R$ 90.000,00. Qual o valor da equivalência patrimonial?

Lucro líquido da controlada ... 90.000,00 (x) Percentual de participação ... 50% (=) Lucro Líquido Proporcional ... 45.000,00 (-) 100% x Lucro Não Realizado (20.000,00)... 20.000,00 (=) Ganho de Equivalência Patrimonial ... 25.000,00

DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

Método de Custo x Distribuição de Dividendos

Regra  Os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, quando da distribuição.

(28)

Exceção  os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do investimento são considerados como uma recuperação de parte do investimento. Segundo a doutrina, justifica-se esse procedimento, pois o valor da compra, nesse caso, já inclui o lucro que seria posteriormente distribuído.

Os seguintes lançamentos se aplicam: a) Dividendos Recebidos até 6 meses

D - Disponível (Caixa/Bancos) ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) C - Participações Societárias (AÑC – Investimentos)

b) Dividendos Recebidos após 6 meses

D - Disponível (Caixa/Bancos) ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) C – Receita de Dividendos (Resultado – Receita)

Método de Equivalência Patrimonial x Distribuição de Dividendos

Quando a investida distribuir dividendos, seu PL sofrerá uma redução no valor dos dividendos distribuídos. Logo, o valor dos investimentos contabilizados na investidora sofrerá uma redução proporcional ao percentual de participação que a investidora tem no capital da investida. Dividendos a receber = % de participação no capital da investida x dividendos a pagar pela investida.

Nos investimentos avaliados pelo MEP, quando ocorrer distribuição de dividendos pela investida, a investidora efetuará um crédito em investimentos, tendo como contrapartida um débito em disponibilidades ou dividendos a receber.

D – Disponibilidades/Dividendos a receber C – Investimentos em coligadas/controladas

Vamos ver como esse assunto já foi explorado em prova! 01699177899

(29)

4.(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2014) Em janeiro de 2011, a Cia. Amazônia subscreve 60% do capital ordinário da Cia. Mamoré, registrando essa Participação Societária, em seus ativos, pelo valor de R$720.000. Nesse mesmo período, a empresa controlada vende à vista para a Cia. Amazônia estoques no valor de R$200.000, obtendo nessa transação um lucro de R$50.000. Ao final desse exercício, o Patrimônio Líquido da controlada ajustado correspondia a R$1.230.000 e a investidora repassou para terceiros 70% dos estoques adquiridos da Cia. Mamoré pelo valor à vista de R$250.000.

Considerando estas informações, responda à questão.

Ao final de dezembro, no encerramento do exercício social, a Cia. Amazônia deve efetuar o lançamento contábil de:

a) débito na conta Resultado de Investimentos a crédito na conta de Participações Societárias – Cia. Mamoré no valor de R$18.000.

b) débito na conta Participações Societárias – Cia. Mamoré a crédito de Receitas de Investimentos no valor de R$15.000.

c) débito na conta de Resultado de Equivalência Patrimonial a crédito de Participações Societárias –Cia. Mamoré no valor de R$12.500.

d) débito na conta de Resultado de Equivalência Patrimonial a crédito de Participações Societárias –Cia. Mamoré no valor de R$5.000.

e) débito na conta de Participações Societárias – Cia. Mamoré a crédito de Resultado de Equivalência Patrimonial no valor de R$3.000.

Conforme estudamos, nas operações com controladas os lucros não realizados são totalmente eliminados tanto nas operações de venda da controladora para a controlada, quanto da controlada para a controladora ou entre as controladas.

Efetuando os cálculos, temos:

Valor inicial do investimento 720.000,00

Valor final do PL (Cia Mamoré) 1.230.000,00

(x) percentual de participação (60%) 738.000,00 01699177899

(30)

Observe que houve uma valorização de 18.000,00 (738.000 – 720.000) que deve ser reconhecida como resultado de equivalência patrimonial. Além disso, temos que deduzir o valor dos lucros não realizados, conforme vimos acima.

Lucro não realizado = 50.000,00 x 30%* = 15.000,00

* Considera-se realizado o lucro quando o ativo for vendido para terceiros. Logo, no caso da questão, consideramos realizado 70%, restando 30% não realizado.

Assim, a Cia. Amazônia deve reconhecer como Resultado de Equivalência Patrimonial o valor de:

18.000,00 – 15.000,00 = 3.000,00

Para tanto, deverá realizar o seguinte lançamento: D – Participações Societárias – Cia. Mamoré

C – Resultado de Equivalência Patrimonial ... 3.000,00 Gabarito: E

(31)

A seguir fizemos uma criteriosa seleção de questões das diversas bancas, para que você fixe os conhecimentos estudados na parte teórica da nossa aula.

5.(FCC/Auditor Fiscal da Receita Municipal/Teresina/2016) No dia 30/04/2015, a empresa Sempre Comprando S.A. adquiriu 80% das ações da empresa Perspectiva S.A. por R$ 80.000.000,00 e passou a deter controle sobre esta. O valor pago corresponde a 80% do valor justo líquido dos ativos e passivos adquiridos pela empresa Sempre Comprando S.A. No ano de 2015, a empresa Perspectiva S.A. apurou um lucro líquido de R$ 24.000.000,00.

Os valores evidenciados no Balanço Patrimonial de 31/12/2015 e na Demonstração do Resultado do ano de 2015, nas demonstrações contábeis individuais da empresa Sempre Comprando S.A., foram, respectivamente, em reais,

a) Dividendos a Receber = 19.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00.

b) Investimentos = 99.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00.

c) Dividendos a Receber = 24.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00.

d) Investimentos = 104.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00.

e) Investimentos = 80.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 0.

Na data da aquisição, temos que registrar o valor do investimento no balanço patrimonial. Para tanto, basta registrar o valor do custo, conforme já destacamos na parte teórica. O lançamento é o seguinte:

D – Investimentos em Controladas C – Caixa/Banco ... 80.000.000,00

Questões Comentadas

(32)

Posteriormente, devemos atualizar o valor desse investimento a partir do resultado apurado pela investida. Assim, temos:

Resultado MEP = 24.000.000,00 x 80% = 19.200.000,00

Esse valor será reconhecido como “Ganho de equivalência patrimonial” na DRE (resultado do exercício) e também aumentará o valor do investimento inicial registrado no balanço patrimonial. O lançamento é o seguinte: D – Investimentos em Controladas

C – Resultado de Equivalência Patrimonial (receita) ... 19.200.000,00. Assim, no balanço patrimonial ao final de 2015 teremos:

Investimentos em controladas = 80.000.000,00 + 19.200.000,00  99.200.000,00

Gabarito: B

6.(FCC/Técnico em Contabilidade/DPE-RR/2015) A empresa Francesa S.A. detém participação de 70% na Empresa Paris S.A. e de 8% na Empresa Lion S.A., sendo que o investimento na Empresa Paris S.A. é avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial e o investimento na Empresa Lion S.A. é avaliado pelo Método de Custo. Os valores contábeis dos investimentos, evidenciados no Balanço Patrimonial da Empresa Francesa S.A. em 31/12/2013, eram, em reais, os seguintes:

Investimento na Empresa Valor contábil em 31/12/2013

Paris 6.000.000,00

Lion 800.000,00

Os resultados líquidos apurados em 2014 pelas empresas investidas e os dividendos que cada empresa pagou para a Empresa Francesa S.A. durante o ano de 2014 são apresentados na tabela a seguir:

Empresa Lucro Líquido apurado em 2014

Dividendos pagos para a Empresa Francesa em 2014

Paris R$ 1.000.000,00 R$ 400.000,00 Lion R$ 400.000,00 R$ 100.000,00

Os valores contábeis correspondentes aos investimentos na Empresa Paris S.A. e na Empresa Lion S.A. evidenciados em 31/12/2014, no Balanço

(33)

Patrimonial individual da Empresa Francesa S.A., são, respectivamente, em reais, a) 6.700.000,00 e 800.000,00. b) 6.700.000,00 e 832.000,00. c) 6.300.000,00 e 832.000,00. d) 6.300.000,00 e 800.000,00. e) 6.300.000,00 e 732.000,00.

Questão bem interessante, pois exige os dois métodos de avaliação de investimentos: MEP e custo. Vamos aos cálculos:

Investimento avaliado pelo MEP (Empresa Paris)

Investimento inicial 6.000.000,00

(+) 70% Lucro Líquido 700.000,00

(-) Dividendos (400.000,00)

(=) Participação empresa Paris 6.300.000,00

Investimento avaliado pelo Custo (Empresa Lion)

Conforme estudamos, no método do custo o investimento não sofre impacto em decorrência do resultado apurado pela investida. Além disso, os dividendos são contabilizados como receita. Logo, o valor do investimento permanecerá ao final do exercício pelo valor de 800.000,00. Gabarito: D

7.(FCC/Analista/Contabilidade/CNMP/2015) O Patrimônio Líquido contábil da Empresa Riacho Fundo S.A., em 31/12/2012, era R$ 10.000.000,00. A Cia. Grande Rio adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Empresa Riacho Fundo S.A., pagando à vista o valor de R$ 6.000.000,00 e passando a ter influência significativa sobre a empresa investida. Sabe-se que na data da aquisição das ações, o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Empresa Riacho Fundo S.A. era R$ 12.000.000,00, e a diferença para o Patrimônio Líquido contábil decorre do valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno.

No período de 01/01/2013 a 31/12/2013, a Empresa Riacho Fundo S.A. reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido:

− Lucro líquido de 2014: ... R$ 900.000,00 − Pagamento de dividendos: ... R$ 200.000,00

(34)

Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Grande Rio, em 31/12/2014, foi, em reais, (A) 4.360.000,00. (B) 6.360.000,00. (C) 4.280.000,00. (D) 6.280.000,00. (E) 5.080.000,00.

O valor reconhecido em Investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Grande Rio, em 31/12/2014, apresentado ao final do exercício é obtido aplicando-se o percentual de participação (40%) sobre o lucro líquido ajustado (R$ 900.000,00 – 200.000,00), somado ao valor contábil anterior. Assim, temos:

700.000,00 x 40% = 280.000,00

Esse valor irá aumentar o investimento, por meio do seguinte lançamento: D – Investimento

C – Receita de Equivalência Patrimonial ... 280.000,00

Portanto, o valor do investimento apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2014 será o valor pago na data da aquisição (6.000.000,00) + os 280.000,00 referentes à participação no lucro líquido.

Investimento = 6.000.000,00 + 280.000,00 = 6.280.000,00 Gabarito: D

8.(FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) A Cia. Europeia adquiriu 40% das ações da Cia. Sem Cheiro por R$ 5.500.000. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Sem Cheiro era R$ 6.000.000 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Sem Cheiro era R$ 9.000.000.

Sabendo que a Cia. Sem Cheiro, em 2013, apurou um lucro líquido de R$ 800.000 e distribuiu e pagou dividendos no valor de R$ 300.000, a Cia. Europeia reconheceu, em 2013, receita de

a) equivalência patrimonial de R$ 200.000. b) dividendos de R$ 120.000.

c) equivalência patrimonial de R$ 320.000. 01699177899

(35)

d) equivalência patrimonial de R$ 200.000 e receita de dividendos de R$ 120.000.

e) equivalência patrimonial de R$ 320.000 e receita de dividendos de R$ 120.000.

Antes de comentarmos a questão, uma ressalva:

A questão não deixa claro que o método de avaliação é por equivalência patrimonial, pois deveria indicar ser uma coligada ou controlada ou ao menos inserir informações que permitam chegar a essa conclusão, por exemplo, "sabendo-se que a investidora possui influência significativa nas decisões da investida" ou se fosse inserido "40% das ações com direito a voto". Assim, na hora da prova tente ser flexível. Observe que nas alternativas fala-se em "equivalência patrimonial". Nesse caso resolva por MEP.

Feita a ressalva, observe que para resolvermos a questão, basta aplicarmos 40% (referentes ao percentual de participação da Cia Europeia na Cia Sem Cheiro) sobre o valor do lucro líquido apurado pela Cia Sem Cheiro (800.000). Assim, temos:

Receita de equivalência patrimonial = 800.000 x 40%  320.000,00 Lembre-se que nos investimentos avaliados pelo MEP, quando ocorrer distribuição de dividendos pela investida, a investidora efetuará um crédito em investimentos, tendo como contrapartida um débito em disponibilidades ou dividendos a receber.

D – Disponibilidades/Dividendos a receber C – Investimentos em coligadas/controladas

Veja que somente com esse conhecimento excluiríamos as alternativas “B”, “D” e “E”.

Por oportuno, vamos aproveitar essa questão para visualizar como ficaria os lançamentos da Mais-Valia e do Goodwill.

Mais Valia = Valor Justo do Investimento – Valor Contábil do Investimento

Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) Valor Contábil do Investimento = % x PL (Valor Contábil da Investida)

Valor Justo do Investimento = 40% x 9.000.000 = 3.600.000 01699177899

(36)

Valor Contábil do Investimento = 40% x 6.000.000 = 2.400.000 Mais-Valia = 3.600.000 – 2.400.000 = 1.200.000

Goodwill = Valor Pago no Investimento (ou Custo de Aquisição) – Valor Justo do Investimento

Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida)

Valor Pago no Investimento = 5.500.000

Valor Justo do Investimento = 40% x 9.000.000 = 3.600.000 Goodwill = 5.500.000 – 3.600.000 = 1.900.000

Lançamento:

D – Ações da Cia. Sem Cheiro ... 2.400.000 D – Mais-Valia a amortizar ... 1.200.000 D – Goodwill ... 1.900.000 C – Caixa ... 5.500.000 No balanço da Cia. Europeia:

Ativo Não Circulante – Investimentos

Ações da Cia. Sem Cheiro ... 2.400.000 Mais-Valia a amortizar ... 1.200.000 Goodwill ... 1.900.000

Observe que a soma dos três componentes totaliza o custo de aquisição da empresa Cia. Sem Cheiro. Assim,

Custo de aquisição = valor contábil + mais-valia + goodwill

Custo de aquisição = 2.400.000 + 1.200.000 + 1.900.000 = 5.500.000 Gabarito: C

Instruções: Para responder às questões de números 18 e 19, considere as informações a seguir:

Em 31/12/2013, a Cia. Europeia adquiriu 80% das ações da Cia. Americana por R$ 6.400.000,00 com pagamento à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Americana era R$ 7.000.000,00 e o valor justo líquido dos seus ativos e passivos identificáveis era R$ 7.500.000,00, sendo

(37)

que a diferença foi decorrente de um ativo intangível com vida útil indefinida registrado pela Cia. Americana.

No período de 01/01/2014 a 30/06/2014, a Cia. Americana reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido:

− Lucro líquido do primeiro semestre de 2014: R$ 600.000,00 − Distribuição de dividendos: R$ 150.000,00

− Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 80.000,00 (devedor)

9.(FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) No primeiro semestre de 2014, o impacto reconhecido na Demonstração do Resultado da Cia. Europeia referente ao Investimento que detém na Cia. Americana foi, em reais, a) 296.000,00 b) 480.000,00 c) 120.000,00 d) 450.000,00 e) 360.000,00

Basta aplicarmos o percentual de participação (80%) sobre o lucro líquido. Assim, temos:

600.000,00 X 0,8 = 480.000,00

Cabe destacar que os dividendos, em se tratando de investimentos avaliados pelo MEP, não afetam o resultado do exercício da investidora, mas sim o próprio investimento, reduzindo-o. Ademais, o reconhecimento no resultado dos valores registrados na conta Ajustes Acumulados de Conversão ocorrerá apenas quando da baixa do investimento.

Gabarito: B

10.(FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) O valor que a Cia. Europeia reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na data da aquisição, foi, em reais,

a) 6.000.000,00 b) 5.600.000,00 c) 6.400.000,00

(38)

d) 7.000.000,00 e) 7.500.000,00

Conforme estudamos na parte teórica, segundo o CPC 18 – Investimento em Controlada e em Coligada, o Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.

De posse desse conhecimento, percebe-se que a Cia. Europeia reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na data da aquisição, o valor de R$ 6.400.000,00.

Gabarito: C

11.(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT-MG/2015) A Cia. Horizonte adquiriu, em 31/12/2013, 80% das ações da Cia. Verdejante por R$ 16.000.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Verdejante era R$ 18.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta empresa era R$ 19.000.000,00. A diferença entre estes dois últimos valores foi decorrente da atualização do valor de um terreno que a Cia. Verdejante havia adquirido em 2012. No exercício de 2014, a Cia. Verdejante reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: Lucro líquido: R$ 1.000.000,00

Distribuição de dividendos: R$ 200.000,00

Com base nestas informações e sabendo que não ocorreram resultados não realizados entre a controladora e a controlada, o valor evidenciado como Investimentos em Controladas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Horizonte de 31/12/2014, foi, em reais,

(A) 17.000.000,00 (B) 19.960.000,00 (C) 15.840.000,00 (D) 15.040.000,00 (E) 16.640.000,00 01699177899

(39)

Como a Cia. Horizonte passou a deter o controle da Cia. Verdejante, esse investimento deverá ser avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP).

Conforme estudamos, o MEP é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.

Assim, na data da aquisição (31/12/2013), a Cia. Horizonte reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas o valor de R$ 16.000.000,00.

No exercício de 2014, a Cia. Horizonte deve reconhecer o percentual apurado de lucro pela Cia. Verdejante no valor de R$ 1.000.000,00. Logo, temos:

1.000.000,00 x 80% = 800.000,00

Esse valor irá aumentar o investimento em controladas.

Por fim, temos que verificar o reflexo dos dividendos distribuídos pela Cia. Verdejante. Cabe destacar que os dividendos, em se tratando de investimentos avaliados pelo MEP, não afetam o resultado do exercício da investidora, mas sim o próprio investimento, reduzindo-o. Logo:

200.000,00 x 80% = 160.000,00

Do exposto, em 31/21/2014, o valor evidenciado como Investimentos em Controladas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Horizonte foi de: R$ 16.000.000,00 + 800.000,00 – 160.000,00 = 16.640.000,00 Gabarito: E

12.(FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT-MG/2015) A Cia. Belas Artes adquiriu, em 31/12/2013, 70% das ações da Cia. Astor por R$ 9.000.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Astor era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta empresa era R$ 12.000.000,00. Sendo assim, no Balanço individual

(40)

da Cia. Belas Artes, o investimento na Cia. Astor, na data da aquisição, deve ser reconhecido por, em reais,

(A) 9.000.000,00 (B) 8.400.000,00 (C) 12.000.000,00 (D) 10.000.000,00 (E) 7.000.000,00

Segundo o CPC 18 – Investimento em Controlada e em Coligada, o Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.

De posse desse conhecimento, percebe-se que a Cia. Belas Artes reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na data da aquisição, o valor de R$ 9.000.000,00.

Gabarito: A

13.(FUNDEP/Analista/Contabilista/Uberaba/2016) Analise a situação hipotética a seguir.

A empresa Dora S.A. adquiriu em 2013 a participação de 70% do Patrimônio Líquido da Cia. Ada S.A. por R$ 2.100.000,00. O Patrimônio Líquido da Cia Ada S.A. totalizava R$ 3.000.000,00 em 2013 e fechou o ano de 2014 totalizando R$ 2.500.000,00.

Considerando esses fatos, a empresa Dora S.A. deve efetuar qual lançamento para o encerramento do exercício de 2014?

a) Resultado de Equivalência Patrimonial

a Investimento em Ada S.A. – R$350.000,00 b) Resultado de Equivalência Patrimonial

a Investimento em Ada S.A. –R$500.000,00 c) Investimento em Ada S.A.

a Saldo em Tesouraria – R$500.000,00 d) Investimento em Ada S.A.

a Resultado de Equivalência Patrimonial – R$350.000,00 Efetuando os cálculos, temos:

Referências

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