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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Instituto de Estudos Políticos

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Instituto de Estudos Políticos

Programa de Pós-Graduação, Mestrado e Doutoramento em Ciência Política, Relações Internacionais, Segurança e Defesa

Programa da Disciplina

Tecnologia de Defesa e Segurança Internacional

2017/2018- (18 horas lectivas)

A tecnologia ao dispor do Homem sempre influenciou a forma de exercer a coacção militar. Com ela evoluíram os conceitos e os objectivos políticos, as estratégias e os processos operacionais e tácticos de emprego das forças.

Nas últimas décadas e em particular no passado mais recente, a rápida evolução da tecnologia tem estado ligada a uma profunda transformação dos assuntos militares, que chega a ser classificada de “revolução dos assuntos militares”. Trata-se de um processo de relação biunívoca que tem continuado a progredir com velocidade crescente, sem previsão de abrandamento.

Estamos, hoje, perante um novo conceito de operações militares que implica uma diferente aproximação política e militar aos problemas de defesa e segurança. É, de facto, essencial entender toda a reformulação em curso, no modo de exercer a coacção e na arte de fazer a guerra, como é indispensável conhecer a influência de capacidades técnicas actualmente disponíveis em ameaças não clássicas como o terrorismo transnacional ou o narcotráfico, por exemplo. São problemas que envolvem também a necessidade de políticos e militares se adaptarem a um igualmente novo processo de decisão com dimensões de espaço, de tempo e de violência muito próprias.

A articulação entre os níveis, político, estratégico, operacional e táctico é cada vez mais exigente. Começa pelo complexo processo de planeamento de forças, a envolver todas as capacidades do Estado e continua com a rigorosa execução em vários patamares das operações em rede, plena de requisitos em conhecimentos, rapidez e rigor. Adicionalmente, estas são questões que colocam desafios e dificuldades especiais ao estabelecimento de alianças e de coligações.

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Trata-se de um conjunto de conceitos que se procurará apresentar e discutir, ao longo do desenvolvimento da disciplina, seguindo a linha de tópicos que se identificou como.

- A tecnologia e a arte da guerra Perspectiva histórica Tecnologia e política

Tecnologia, estratégia e táctica

- Tecnologia de utilização militar e civil Investigação e desenvolvimento

Tecnologia civil e militar. Transferências Questões económicas e políticas

- Superioridade tecnológica e estrutura de forças

Superioridade de informação e superioridade de conhecimento Domínio do conhecimento do campo de batalha

- Meios tecnológicos.

Sensores actuais e sistemas de C3

“Intelligence, surveillance” e reconhecimento, « command, control, communications, computers » - C4ISR

- Tipos de armas

Armas não guiadas Armas guiadas

Armas não convencionais

-. Armas de destruição maciça Tipos de agressivos usados Veículos

Contrariar a ameaça. Processos e meios

- “CASE STUDY 1”- Discussão, em mesa redonda, abrangendo os principais conceitos analisados até esta fase.

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- A tecnologia e os novos conceitos de operações Operações conduzidas em rede (“NCW”). “O Sistema dos Sistemas”

Meios técnicos e guerras simétricas e assimétricas Terrorismo e outras ameaças não clássicas

- Transformação tecnológica e decisão política As operações do futuro

Consulta política e militar. Níveis de decisão Coligações e alianças. Interoperabilidade

-A tecnologia e a estratégia do Estado

A tecnologia e o planeamento de forças

O modelo de planeamento de aproximação descendente Tecnologia e implicações políticas, económicas e militares.

As avaliações e as escolhas de forças. Os programas

-. Condução política de conflitos actuais

Exigências das áreas política, militar e da sociedade em geral

Factores de força e vulnerabilidades das operações conduzidas em rede

-. “CASE STUDY 2” Discussão, em mesa redonda, envolvendo os principais conceitos abordados ao longo do programa

-.Conclusões

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BIBLIOGRAFIA

ALBERTS; David S. et al; Network Centric Warfare – Developing and Leveraging Information Superiority, 2º Ed, s.l., Department of Defense, USA, CCRP, Aug. 1999, pp.15-23, 87-114.

BARRENTO, General António E.Q.M., Reflexões sobre Temas Militares, 1ª Ed, Lisboa, I.A.E.M., 1991, pp. 161-174 “O Exército e a Evolução Tecnológica”.

BOOT, Max, “The New American Way of War”, Foreign Affairs, Volume 82 No.4, pp. 41-58

GALDORISI, George et al; “ The Zumwalt-Class Destroyer- A Technology “Bridge” Shaping the Navy after Next” Naval War College Review, Summer 2010, pp 63-72

HARDESTY, Capt. (USN) David C., Space Based Weapons. Long-Term Strategic Implications and Alternatives” Naval War College Review, Spring 2005, pp.45-68

HUGHES, Capt. (USN) Wayne P., Fleet Tactics – Theory and Pratice, Second

printing, USA,

US Naval Institute, pp. 200-215 “The Trends and Constants of Technology”.

LIBICKI, Martin C., Dominant Battlespace Knowledge, USA, National Defense University, pp. 23-49, “DBK and its Consequences”.

LLOYD, Richmond et al; “A Framework for Choosing Defense Forces”, “Foundations of Force Planning Concepts and Issues”, Naval War College Press, ForcePlanning Faculty, Newport, R. I., pp. 60-74

MATIAS, Alm. Nuno V. Matias, “ Mediação de Conflitos”, Conferência, 2004 MYERS, General Richard B., “Understanding Transformation”, US Naval Institute

Proceedings, February 2003, pp.38-41.

STRATEGIC Policy Issues, “Counter-terrorism and Military Transformation: the Impact of the Afghan Model”, Strategic Survey 2002-2003, pp.17-27.

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TELO, António J., “Reflexões sobre a Revolução Militar em Curso”, Nação e Defesa, nº 103, 2ª Série, Outono-Inverno 2002, pp.211-249.

TRABALHOS DE AVALIAÇÃO

2018

1. A avaliação incluirá uma componente contínua baseada na assiduidade às aulas e nas duas discussões em grupo, e terá, como elemento principal, um trabalho escrito, original, do tipo ensaio. Serão desenvolvidos, à escolha do aluno, dois dos temas abaixo elencados, sendo um de cada grupo.

A extensão máxima do trabalho será de 10 páginas dactilografadas (caracteres tamanho 12), divididas igualmente pelos dois temas escolhidos.

2.Os trabalhos deverão relacionar-se, desenvolver e sistematizar as consequências da evolução tecnológica nas formas de exercer a coacção militar, na condução política e estratégica das operações militares, no desenvolvimento dos conflitos assimétricos, no funcionamento de alianças e coligações, etc.

Adicionalmente, poderá ser versada a metodologia do planeamento de forças, nas suas componentes de escolhas estratégicas e de forças.

3.Os trabalhos deverão ser elaborados em Português, a menos que algum aluno estrangeiro pretenda outra língua, a acordar com o Professor.

4.Temas para os trabalhos:

I

A.- Correlações entre investigação científica e desenvolvimento, superioridade tecnológica e superioridade de poder militar.

B.- A hegemonia tecnológica, traduzida na superioridade do conhecimento do campo de batalha e das armas guiadas e a compatibilidade com alianças e coligações.

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D.- Desenvolvimento tecnológico como potenciador das ameaças à segurança, originadas pelo terrorismo, ciberterrorismo, narcotráfico e outros crimes organizados.

E.- Desenvolvimento tecnológico no apoio ao combate das ameaças à segurança, originadas pelo terrorismo, ciberterrorismo, narcotráfico e outros crimes organizados.

II

A.- A nova tecnologia, as vantagens do “Network Centric Warfare” (NCW) e os tempos de decisão política e estratégica.

B.- O NCW, como expressão da actual supremacia tecnológica dos E.U.A. em âmbito de segurança e defesa e as vulnerabilidades que pode apresentar.

C.- Os conceitos de segurança e defesa. Segurança interna e segurança externa. Implicações no planeamento de forças.

D.- O planeamento de segurança e defesa. Fase estratégica. Uma possível aplicação ao caso português

E.- O planeamento de segurança e defesa. Fase da escolha de forças. Uma possível aplicação ao caso português

Referências

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