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Seminário Sociedade e Política (disciplina obrigatória)

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Academic year: 2021

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Seminário Sociedade e Política (disciplina obrigatória)

Terças-feiras, das 14:00 as 17:00 hs.

Ementa:

O propósito deste curso é apresentar algumas possibilidades conceituais e metodológicas presentes no estudo recente da história política. O curso está organizado em tópicos temáticos, ministrados por diferentes professores do PPGHIS, que investigam formas e usos da categoria política, notadamente em suas implicações para o pensamento politico, para a ação social, para as instituições públicas e privadas, para as subjetividades, mobilizando, não raro, rico debate historiográfico.

18/02: Introdução (1 aula)

25/02 e 11/03: Tópico I (2 aulas)

Prof. Fernando Castro

A Escola de Cambridge e a nova historiografia do politico

Objetivo: as duas aulas buscam abordar alguns aspectos teóricos e metodológicos

do chamado enfoque collingwoodiano da Escola de Cambridge a partir de dos dois de seus principais representantes: J. Pocock e Q. Skinner

Bibliografia Básica

POCOCK, J. G. A. Linguagens do Ideário Político. São Paulo: Edusp, 2003.

SKINNER, Quentin. Visões da Política: sobre os métodos históricos. Algés, DIFEL, 2005.

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18, 25/03 e 1/04: Tópico II (3 aulas)

Prof. Vitor Izecksohn

Sociologia Histórica

Este módulo analisará algumas contribuições da sociologia histórica e da história comparativa. Meu principal objetivo é expor os alunos a alguns dos textos clássicos geralmente citados pela bibliografia pertinente, introduzindo algumas contribuições mais recentes. O foco geral é a construção do Estado, tomado aqui como um processo contínuo. O foco secundário é o papel da guerra como fator de fortalecimento do Estado.

Primeira aula: Introdução.

- Theda Sckocpol – “Sociology´s Historical Imagination” in Theda Skocpol (org.) Vision and Method in Historical Sociology, pp. 1-21.

- Charles Tilly, “War Making and State Making as Organized Crime” in Peter Evans, Dietrich Rueschemeyer & Theda Scokpol (orgs.), Bringing the State Back In, pp.169-191.

- Michael Mann, “O Poder autônomo do Estado: suas origens, mecanismos e resultados” in John Hall (org.) Os Estados na História, pp. 163-204.

Segunda aula: Guerras e construção dos Estados nacionais.

- Charles Tilly, “Os Estados e Seus Cidadãos” in Charles Tilly, Coerção, Capital e Estados Europeus, pp. 157-194.

- James C. Scott, Seeing like a state: How Certain Schemes to Improve the Human Condition Have Failed, 9-52.

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- Miguel Centeno, “The centre did not hold: War in Latin America and the Monopolization of violence” in James Dunkerley (ed.), Studies in the Formation of the Nation State in Latin America, pp. 54-76

Terceira aula: Construindo o poder público na ausência do Estado: o caso americano

- Richard Franklin Bensel, Yankee Leviathan: The origins of Central State Authority in America, 1859-1877, 1-94.

- Stephen Skowronek, Building a new American Estate: The expansion of national administrative capacities, 1877-1920, pp.1-37.

- Judith N. Shklar, Redeeming American Political Thought, pp. 91-110

8,15 e 29/4: Tópico III (3 aulas)

Prof. Marcos Bretas

Tecnologias de poder e ação coletiva

E. P. Thompson, A Formação da Classe Operária Inglesa. Paz e Terra, 2004. _____________ Costumes em Comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. Cia. das Letras, 1998.

_____________ As Peculiaridades dos Ingleses e outros artigos. UNICAMP, 2012. Harvey Kaye, E. P. Thompson. Critical perspectives. Temple Univ. Press, 1990. (artigo de Renato Rosaldo)

Theda Scokpol, Vision and Method in Historical Sociology. Cambridge, 1985. (artigo de Ellen Kay Trimberger)

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____________. Nascimento da Biopolítica. Martins Fontes, 2008.

Marco Cicchini & Michel Porret. Les Sphères du Pénal avec Michel Foucault. Antipodes, 2007.

Michelle Perrot, L'Impossible Prison. Recheches sur le système pénitentiaire au XIXe Siècle. Seuil, 1980.

____________ Les Ombres de l'Histoire. Crime et châtiment au XIXe Siècle. Flammarion, 2001.

Pierre Bourdieu. O Poder Simbólico. Bertrand, 2006.

Norbert Elias, O Processo Civilizador. Uma história dos costumes. Zahar, 1995

6 e 13/05: Tópico IV (2 aulas)

Prof. Sílvia Correia

Prof. Murilo Meihy

Título: Pós-colonialismo: história e ação política

Objetivo

Esse tópico visa discutir os papéis que as teorias pós-colonialistas atribuem à História e à ação política em seu arcabouço epistemológico. A partir da crítica à centralidade histórica do Ocidente na produção do conhecimento, um conjunto de autores relativiza as metodologias disciplinares embasadas em uma concepção histórica linear e teleológica, com o objetivo de recuperar outras subjetividades e narrativas silenciadas pela perspectiva eurocêntrica.

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Nesse sentido, as reflexões conceituais sobre a História passam a se relacionar com contextos e linguagens extraídos de novas experiências e objetos de análise, tais como: o processo de descolonização da África e da Ásia, a violência colonial como parte constitutiva da ação política no século XX, a relevância de novos conceitos sociais como hibridismo e minorias, o caráter hegemônico da produção cultural ocidental, e a adoção de novas linguagens e símbolos para a formação de um conhecimento histórico plural e híbrido.

Trata-se, mais do que tudo, de uma discussão que procura posicionar criticamente o lugar do pós-colonialismo nesse limbo entre produção de conhecimento histórico e ação política.

Metodologia

O tópico promoverá a discussão de dois textos de leitura obrigatória por sessão, primeiro em torno das múltiplas manifestações do pós-colonialismo, depois do seu lugar enquanto produção de conhecimento e/ou ação política.

Bibliografia

ALEXANDRE, Valentim. “A História e os estudos pós-coloniais”. In Villaverde, Manuel et all. (Eds.), Itinerários: A Investigação nos 25 Anos do ICS. Lisboa: ICS, 2008, pp. 693-707.

APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu pai: a África na filosofia da Cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.

BROTTON, Jerry. O Bazar do Renascimento: da rota da seda a Michelangelo. São Paulo: Grua, 2009.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1978, pp. 13-37.

CHATTERJEE, Partha. Colonialismo, modernidade e política. Salvador: EDUFBA e CEAO, 2004.

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HALL, Stuart. A identidade cultural na pós – modernidade. Rio de janeiro: DP&A, 2006.

MENESES, Maria Paula; SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias do sul. Coimbra: Almedina, 2010

MIGNOLO, Walter. The dark side of Renaissance. Literacy, territoriality &

colonization. Michigan: The. Univ. of Michigan Press, 1995.

SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 2001.

SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Cia das Letras, 2003.

SANCHES, Manuela Ribeiro (org.). Malhas que os Impérios Tecem. Textos Anti-Coloniais, Contextos Pós-Coloniais. Lisboa: ed. 70, 2011.

SANTOS, Boaventura de Sousa, "Entre Próspero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade", Novos Estudos Cebrap 66 (2003): 23-52.

SPIVAK, Gayatri. Can the Subaltern Speak? In: Nelson, Cary; Grossberg, Lawrence (Eds.). Marxism and the Interpretation of Culture. London: Macmillan, 1988.

20 e 27/05: Tópico V (2 aulas)

Prof. Monica Grin

Tempo Presente: Memória, Trauma e Reparação

Ementa

Embora o tema “memória, trauma e reparação” pareça desafiar, nos dias de hoje, a imaginação e a pesquisa históricas, pode-se dizer que a sua emergência como um problema político para os historiadores remonta ao Pós-guerra e às questões trazidas à reflexão pela experiência do Holocausto e do Tribunal de Nuremberg. A História do Tempo Presente vem se dedicando, em seu viés político, à sistematização das sucessivas experiências que envolvem violação dos direitos humanos, crimes contra a humanidade, estado de exceção, etc.. Dedica-se também à compreensão das formas legais de reparação (justiça de transição e comissão da

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verdade) com base em testemunhos de sobreviventes, vítimas de processos de violência física e de violação de direitos. Trata-se de um contexto especial que exige a atenção dos historiadores não apenas para os processos formais e institucionais de violação de direitos, mas também para os sentimentos de indignação moral mobilizados pelo recurso à memória e à busca de reconhecimento e reparação. O objetivo desse tópico é trazer algumas questões que orientam os debates sobre memória, história, violência e a maneira pela qual o Estado de Direito considera cada vez mais as dimensões subjetivas dos atores históricos e da chamada verdade histórica de vítimas de processos de violência a fim de promover justiça e reparação. Pretende-se, no âmbito da chamada História do Tempo Presente, compreender os dilemas entre memória e história e o papel do historiador frente a esses dilemas. Leituras obrigatórias:

LEVI, Primo. Os Afogados e os Sobreviventes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. WIEVIORKA, Annette. The Era of the Witness. Ithaca: Cornell University Press, 2006. LA CAPRA, Dominick. Writing History, Writing Trauma.

ARENDT, Hannah. On violence. Nova York: Brace & World, 1970. (Há tradução) FICO, Carlos. “Violência, trauma e frustração no Brasil e na Argentina: o papel do historiador”. Topoi: Revista de História, Vol. 14, N. 27. Julho-Dezembro, 2013.

03/06: Tópico VI (1 aula)

Prof. José Murilo de Carvalho

A escrita da história política no Brasil: uma visão pessoal

Aproveitando a longa trajetória no ensino e pesquisa sobre história política do Brasil e no Brasil, proponho expor e discutir minha visão pessoal da experiência, sobretudo no que se refere a temas, abordagens, uso de fontes.

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Bibliografia

Von Martius, Como se deve escrever a história do Brasil, 1845. Há edição do IHGB de 1991.

Wanderley G. dos Santos, A imaginação político-social brasileira, DADOS, 2/3, 1987. José Murilo de Carvalho, D. João e as histórias dos Brasis. RBH, v. 28, n. 56, p. 551-572, 2008

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