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Unidade II. Unidade II. A ilustração a seguir facilitará a compreensão de como se processa a contabilização dos elementos de custos.

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Unidade II

4 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

A ilustração a seguir facilitará a compreensão de como se processa a contabilização dos elementos de custos.

DRE

Receita de vendas $ XXX ( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) $ XXX = lucro bruto $ XXX ( - ) Despesas administrativas $ XXX ( - ) Despesas de vendas $ XXX = lucro operacional Administração XXX XXX Vendas XXX XXX Matéria-prima Mão de obra direta CIF XXX XXX XXX XXX XXX XXX XX Produção-andamento Produto acabado CPV XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XX XX Ativo Circulante Caixa Duplicatas receber Estoques Matéria-prima XX Produtos em elaboração XX Passivo

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No exemplo que acabamos de demonstrar, se utilizarmos os dados constantes do rateio dos custos indiretos de produção, pelo critério da mão de obra direta (item 3.2), teremos a contabilização dos custos pela contabilidade financeira em contas apropriadas e transferência direta para os estoques à medida que os produtos são acabados ou então só no fim do período, sem registro das fases de rateio:

Embalagens

consumidas Matéria-primaconsumida Mão de obradireta CIF

40 40(a) 540 540(a) 220 220(a) 420 420(a)

Produção em

andamento Estoques produtoBeta Estoques produtoGama (a)40 (a)540 (a)220 (a)420 40(b) 320(c) 220(c) 100(d) 420(e) (b) 20 (c) 320 (d) 100 (e) 190,89 (b) 20 (c) 220 (d) 120 (e) 229,11 1.220 630,89 589,11

4.1 Um exemplo de contabilização mais completo

A empresa industrial fabricava um tipo de produto em 01/03/X7. Apresentava os seguintes saldos em suas contas de estoque:

• material direto: $ 100;

• produtos em elaboração: $ 20; • produtos acabados: $ 80.

Durante o mês de março de X7, ocorreram as seguintes operações:

1 – Compra de material direto por $ 210, a prazo.

2 – Consumo de energia elétrica do mês: fábrica $ 20;

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3 – Requisição de material direto pela produção: $ 180. 4 – Apropriação de serviços de limpeza executados por

terceiros: fábrica $ 5; comercialização $ 3.

5 – Apropriação de parcela de seguro contra incêndio: fábrica $ 20; administração $ 12.

6 – Folha de pagamento com seus respectivos encargos: mão de obra direta $ 62; mão de obra indireta $ 40; pessoal da área administrativa e comercial $ 60.

7 – Apropriação da depreciação: fábrica $ 10; administração $ 5. 8 – Foram transferidos os seguintes valores:

• de MOD para produtos em elaboração: $ 62;

• de custos indiretos de fabricação para produtos de elaboração: $ 95;

• de produtos em elaboração para produtos acabados: $ 400;

• de produtos acabados para Custo de Produtos Vendidos: $ 350.

Para simplificar, utilizaremos a conta contas a pagar para

registrar as operações ainda não pagas, e a conta sintética despesas operacionais. Pede-se contabilizar e calcular o lucro

operacional do mês de março/X7, sabendo-se que as vendas líquidas à vista foram de $ 900.

Obs.: os lançamentos dessas operações no diário seriam assim: 1) D – material direto $ 210 C – contas a pagar $ 210 2) D – CIF $ 20 D – despesas operacionais $ 10 C – contas a pagar $ 30 5 10 15 20 25

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cio - 19/0 2/1 0 3) D – produtos em elaboração $ 180 C – materiais diretos $ 180 4) D – CIF $ 5 D – despesas operacionais $ 3 C – contas a pagar $ 8 5) D – CIF $ 20 D – despesas operacionais $ 12 C – seguros a vencer $ 32 6) D – mão de obra direta $ 62 D – CIF $ 40 D – despesas operacionais $ 60 C – contas a pagar $ 162 7) D – CIF $ 10 D – despesas operacionais $ 5 C – depreciação acumulada $ 15 8) D – produtos em elaboração $ 157 C – mão de obra direta $ 62 C – CIF $ 95 8.1) D – produtos acabados $ 400 C – produtos em elaboração $ 400 8.2) D – Custo dos Produtos Vendidos $ 350 C – produtos acabados $ 350 9) D – banco $ 900 C – vendas líquidas $ 900 5 10 15 20

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No razão, teríamos o que segue:

Contas a pagar Material direto MOD CIF

(6) 62 (2) 20 210 (1) SI 100 180 (3) 62 (8) (4) 5 30 (2) (1) 210 (5) 20 8 (4) (6) 40 162 (6) 310 180 (7) 10 EF 130 95 95 (8) Produtos em

elaboração Produtos em acabado operacionaisDespesas SI 120 400 (8.1) SI 80 350 (8.2) (2) 10 (3) 180 Custo (8.1) 400 CPV (4) 3 (8) 157 Produção (5) 12 Acabado 480 350 (6) 60 EF 57 EF 130 (7) 5 90 90 (11)

Seguros a vencer Depreciação acumulada CPV

32 (5) 15 (7) (8.2) 350 350 (10)

Vendas líquidas Bancos Resultado do período (12) 900 900 (9) (9) 900 (10) 350 900 (12) (11) 90 440 900 460 Lucro operacional

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5 MATERIAIS DIRETOS

Preliminarmente mencionamos o fato de que uma empresa utiliza materiais para diversos fins: matéria-prima, materiais de escritório, materiais auxiliares de produção, materiais para embalagem, materiais de limpeza.

De todos esses materiais mencionados, apenas as matérias-primas comporão os produtos. No exemplo anteriormente citado, de uma fábrica de armários, a madeira, a fórmica, a fechadura, a dobradiça. Sabemos que, no processo de produção do armário, serão empregadas serras, lixas, estopas, verniz etc., porém, sem integrar fisicamente o produto; neste caso, serão materiais auxiliares, também chamados de materiais indiretos.

O custo da matéria-prima deve corresponder à quantidade consumida na fabricação do produto. As matérias-primas adquiridas pela empresa industrial permanecem estocadas no almoxarifado até que sejam requisitadas pelos setores de produção, para, por meio da sua utilização, serem transformadas em custos. O documento utilizado para comprovar as saídas das matérias-primas do almoxarifado para a produção denomina-se requisição de materiais.

Ao comprar uma matéria-prima, a empresa incorre numa série de gastos que não somente o valor pago ao fornecedor.

Desta forma, o valor da matéria-prima ou de qualquer outro material pode ser obtido mediante a seguinte sequência de cálculo:

Valor pago ao fornecedor: ( – ) IPI (se houver recuperação) ( – ) ICMS (se houver recuperação) ( + ) Frete (se houver)

( + ) Seguro (se houver)

( – ) Armazenagem e outros gastos (se houver) = valor do material ou da matéria-prima.

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5.1 Métodos de avaliação dos estoques

As empresas efetuam compras de materiais de acordo com suas necessidades e em conformidade com políticas de estoque estabelecidas pela empresa. Existem materiais cujas compras são frequentes, porém, como são adquiridos de diversos fornecedores, os preços irão variar. Considerando essa situação, é de se esperar que no estoque exista o mesmo material comprado por valores diferentes. Então, quando a produção requisita matéria-prima para utilização na produção, qual custo a ser considerado na requisição de material? O mais recente? O mais antigo?

Qual é o valor do saldo remanescente no estoque?

Para resolver essas questões, foram criados alguns métodos de valoração de estoques, sendo os mais conhecidos:

5.1.1 Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS) ou Last-in, First-out (LIFO)

Por este método, as quantidades requisitadas são

valorizadas pelas aquisições mais recentes que tenham saldo

no estoque. Quando o saldo destas for esgotado, passa-se às anteriores e assim sucessivamente. Acontecendo nova aquisição, passa a ser esta a última entrada.

Adotando este método de valoração de estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais (matérias-primas)

em estoque o custo mais antigo. Na adoção deste método,

presume-se que as compras mais recentes sejam efetuadas por valores mais elevados, contribuindo para elevar o custo dos produtos e, consequentemente, reduzindo o lucro-base de cálculo do Imposto de Renda. Esse método não é aceito pelo Fisco. 5 10 15 20 25

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5.1.2 Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou First-in, First-out (FIFO)

Por este método, as quantidades requisitadas são

valorizadas pelas aquisições mais antigas que tenham saldo

no estoque. Quando o saldo destas for esgotado, passa-se à seguinte e assim sucessivamente.

Adotando este método de valoração de estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais (matérias-primas) em estoques

o custo mais recente.

Esse método de valoração de estoques é aceito pela legislação tributária brasileira, uma vez que, em situação inflacionária, produz lucros tributáveis mais elevados.

5.1.3 Custo médio ponderado móvel

Por este método, toda vez que houver entrada no estoque, resultante de nova compra, o valor médio é alterado, ponderando-se o saldo anteriormente existente com a compra efetuada. Por este método, as quantidades requisitadas são valorizadas pelo valor médio ponderado do saldo existente no momento da requisição.

Adotando este método de valoração de estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais (matérias-primas) em estoque o custo de aquisição médio, sendo esses custos atualizados após cada compra efetuada.

Observamos que diversos fatores podem influenciar a decisão de escolha do método de valoração dos custos dos materiais; são eles:

• aceitação do método pela receita federal; • praticabilidade na determinação do custo; • utilidade do método para decisões gerenciais.

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5.1.4 Exemplo de aplicação dos métodos de valoração de estoques

Para registrarmos as operações ocorridas com os materiais diretos (matéria-prima), é utilizado um documento denominado ficha de controle de estoque, cujo formato apresentaremos na resolução do exemplo. Observamos que, para cada tipo de material, deverá existir uma ficha de controle para registrar a movimentação.

O mesmo exemplo será utilizado para demonstrar os três métodos de valoração de estoque.

Vamos supor que numa determinada empresa industrial, que faz controle permanente dos estoques, houve a movimentação a seguir discriminada de uma matéria-prima “x” em um determinado período.

Estoque inicial = 200 unidades a $ 50 cada.

Dia 03 = compra de 80 unidades a $ 55 cada. Dia 05 = compra de 220 unidades a $ 60 cada. Dia 10 = requisição de 230 unidades para aplicação no produto “A” (RA). Dia 12 = requisição de 150 unidades para aplicação

no produto “B” (RB).

Dia 15 = compra de 100 unidades a $ 65 cada. Dia 18 = compra de 350 unidades a $ 70 cada. Dia 25 = requisição de 200 unidades para aplicação no produto “B” (RB). Dia 28 = requisição de 300 unidades para aplicação

no produto “A” (RA).

Dia 30 = requisição de 50 unidades para aplicação no produto “B” (RB). 5 10 15 20 25

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5.1.4.1 Utilizando-se o método PEPS, tem-se:

Ficha de controle de estoque – material: madeira Data Operação

Entradas (compras) Saídas (requisições) Saldos

Quantidade unitárioValor Valor total Quantidade unitárioValor Valor total Quantidade unitárioValor Valor total

EI 200 50 10.000 03 C 80 55 4.400 20080 5055 10.0004.400 05 C 220 60 13.200 200 80 220 50 55 60 10.000 4.400 13.200 10 RA 20030 5055 10.0001.650 -50 220 -55 60 -2.750 13.200 12 RB 10050 5560 2.7506.000 120- 60- 7.200 -15 C 100 65 6.500 120100 6065 7.2006.500 18 C 350 70 24.500 120 100 350 60 65 70 7.200 6.500 24.500 25 RB 12080 6065 7.2005.200 -20 350 -65 70 -1.300 24.500 28 RA 28020 6570 19.6001.300 70- 70- 4.900 -30 RB 50 70 3.500 20 70 1.400 Totais 750 48.600 930 57.200 20 70 1.400 Resumo – PEPS

Operação Quantidade Valor unitário Valor total

Saldo inicial 200 50 10.000

Compras 750 48.600

Requisições -930 -57.200

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5.1.4.2 Utilizando-se o método UEPS, tem-se:

Ficha de controle de estoque – material: madeira Data Operação

Entradas (compras) Saídas (requisições) Saldos

Quantidade unitárioValor Valor total Quantidade unitárioValor Valor total Quantidade unitárioValor Valor total

EI 200 50 10.000 03 C 80 55 4.400 20080 5055 10.0004.400 05 C 220 60 13.200 200 80 220 50 55 60 10.000 4.400 13.200 10 RA 22010 6055 13.200 550 200 70 5055 10.000 3.850 12 RB 8070 5550 3.8504.000 120 50 6.000 15 C 100 65 6.500 120100 5065 6.0006.500 18 C 350 70 24.500 120 100 350 50 65 70 6.000 6.500 24.500 25 RB 200 70 14.000 120 100 150 50 65 70 6.000 6.500 10.500 28 RA 150 100 50 70 65 50 10.500 6.500 2.500 70 50 3.500 30 RB 50 50 2.500 20 50 1.000 Totais 750 48.600 930 57.600 20 50 1.000 Resumo – UEPS

Operação Quantidade Valor unitário Valor total

Saldo inicial 200 50 10.000

Compras 750 48.600

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5.1.4.3 Utilizando o método MPM, tem-se:

Ficha de controle de estoque – material: madeira Data Operação

Entradas (compras) Saídas (requisições) Saldos

Quantidade unitárioValor Valor total Quantidade unitárioValor Valor total Quantidade unitárioValor Valor total

EI 200 50,00 10.000 03 C 80 55 4.400 280 51,42 14.400 05 C 220 60 13.200 500 55,20 27.600 10 RA 230 55,20 12.696 270 55,20 14.904 12 RB 150 55,20 8.280 120 55,20 6.624 15 C 100 65 6.500 220 59,65 13.124 18 C 350 70 24.500 570 66,00 37.624 25 RB 200 66,00 13.200 370 66,01 24.424 28 RA 300 66,01 19.803 70 66,01 4.621 30 RB 50 66,01 3.301 20 66,00 1.320 Totais 750 48.600 930 57.280 20 66,00 1.320

Resumo – Média móvel

Operação Quantidade Valor unitário Valor total

Saldo inicial 200 50 10.000

Compras 750 48.600

Requisições -930 -57.280

Saldo final 20 66 1.320

Quadro-resumo Método Custo das compras para a produção dos Custo transferido

produtos A e B

Custo atribuído aos estoques finais da

matéria-prima

PEPS 48.600 57.200 1.400

UEPS 48.600 57.600 1.000

MPM 48.600 57.280 1.320

Observa-se no quadro-resumo que a escolha de qualquer método de valoração de materiais diretos interfere diretamente

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no custo de produção e no valor do estoque final. Nos três métodos exemplificados, os valores obtidos para o custo de produção, bem como para o estoque final, foram diferentes.

Excetuando-se o método UEPS, que não é aceito pela legislação brasileira de Imposto de Renda, conforme já

mencionamos anteriormente, a praticabilidade na determinação do custo e a utilidade para decisões gerenciais são fatores que certamente vão influenciar na escolha do método a ser utilizado pela empresa.

5.2 Subprodutos e sucatas

Os materiais não aproveitados no processo produtivo podem gerar receita para a empresa:

• subprodutos: são itens produzidos secundariamente, mas que encontram mercado regular e certo para venda, embora participem de forma muito pequena no faturamento da empresa. Ex.: retalhos, serragem, aparas de papel etc.;

• sucata: são materiais desperdiçados durante o processo de fabricação, cuja venda é eventual.

6 MÃO DE OBRA DIRETA

O segundo elemento componente do custo é a mão de obra.

Os gastos com mão de obra, geralmente, representam uma considerável parte dos custos totais incorridos por uma empresa na produção dos seus produtos.

Consideramos mão de obra direta aqueles funcionários que atuam promovendo diretamente a transformação da matéria-prima em produto acabado.

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Entretanto, o custo que esses funcionários representam só pode ser considerado como custo direto após a análise feita nos registros de tempo trabalhado pelos funcionários. Esses registros são feitos, normalmente, por meio do cartão de ponto ou do relatório feito pelo apontador de mão de obra. O relatório feito pelo apontador é diário, sendo mencionadas apenas as exceções feitas durante o dia, como, por exemplo, se o funcionário é destacado para executar tarefas indiretas.

O valor do custo da mão de obra direta é composto pelo salário ajustado entre a empresa e o funcionário, salário este que pode ser horário ou mensal, acrescido dos encargos sociais.

Esses encargos sociais da empresa decorrem do contrato de trabalho e podem representar obrigações legais, acordos sindicais ou negociações com a própria empresa.

Observamos que cada empresa deve proceder ao seu próprio cálculo dos encargos sociais, não só pela alteração frequente de seus percentuais, como pela sua especificidade.

Portanto, para aplicação dos cálculos que a seguir demonstraremos, há necessidade de adequação à legislação trabalhista, previdenciária e tributária, uma vez que indicaremos apenas um roteiro básico para os cálculos dos principais encargos trabalhistas que incidem sobre a mão de obra, seja ela direta ou indireta.

6.1 Cálculo do custo de um funcionário horista

Assim, se imaginarmos um funcionário horista contratado por um salário de $ 8,00 por hora, que cumprirá uma jornada de trabalho de 220 horas por mês (mínimo permitido pela legislação trabalhista) ou 44 horas por semana (considerando-se que a semana tenha seis dias de trabalho), quanto, de fato, esse funcionário custará para a empresa?

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Uma forma simplificada de procedermos a esse cálculo é determinar inicialmente quanto o funcionário custará para a empresa por ano. Assim sendo, teremos:

A: Remuneração 1) Salário: 335 dias X 7,33h X $ 8,00 19.644,40 2) Férias: 30 dias X 7,33h X $ 8,00 1.759,20 3) 1/3 Férias anuais: $ 1.759,20 : 3 586,40 4) 13º salário: 220h X $ 8,00 1.760,00 5) Remuneração anual: 23.750,00 B: Encargos sociais (consideremos apenas alguns)

1) INSS: 20%

2) SENAI, SESI etc.: 5,2% 3) FGTS: 8%

4) Seguro acidente de trabalho: 2%

Total percentual de encargos sociais: 35,2%

35,2% sobre $ 23.750,00 8.360,00

Gasto total para a empresa durante um ano 32.110,00 A seguir, consideremos o total de horas por ano que um funcionário pode oferecer à empresa.

Dias do ano: 365

Domingos: (48)

Férias: (30)

Feriados: (12)

Total de dias produtivos no ano: 275

Horas de trabalho por ano: 275 dias X 7,33h = 2.015, 75h/ano. Assim sendo, o custo total por hora (salário + encargos) de um funcionário contratado por $ 8,00/hora é de:

$ 32.110,00 : 2.015,75 = $ 15,95. 5 10 15 20 25

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Portanto, os encargos sociais provocam um acréscimo de $ 7,95/h do funcionário contratado, o que, percentualmente, representa um acréscimo de 99,93%.

Ainda sobre encargos sociais, informamos que existem empresas especializadas que divulgam tabelas para o cálculo de encargos sociais para funcionários horistas e mensalistas. Essas tabelas de encargos sociais são formadas por grupos de encargos sociais.

6.2 Grupos de encargos sociais

• Grupo A: constituído por contribuições fixas mensais,

determinadas por lei, incidentes sobre a folha de pagamento: (INSS / SESI / SESC / SENAI / SENAC / INCRA / SEBRAE / Salário Educação / SAT / FGTS). Em

média, a somatória dos encargos sociais deste grupo

atinge 35,8% para funcionários horistas e funcionários mensalistas.

Grupo B: constituído pela parcela agregada ao salário e

paga diretamente ao funcionário (DSR / férias / 1/3 férias / feriados / 13º salário / faltas abonadas / auxílio-doença / aviso prévio). Em média, a somatória dos encargos sociais

deste grupo atinge 57,73% para funcionários horistas e 30,70% para funcionários mensalistas.

Grupo C: constituído por obrigações trabalhistas que

não incidem sobre os outros grupos, como, por exemplo, depósito sobre o FGTS por dispensa de funcionário sem justa causa. Em média, a somatória dos encargos sociais

deste grupo atinge 1,52% para funcionários horistas e 1,25% para funcionários mensalistas.

Logo, se considerarmos esses percentuais, teremos incidido sobre o salário o percentual de 115,72% para funcionários horistas e 78,74% para funcionários mensalistas, percentuais estes obtidos da seguinte maneira:

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2/1 0 Func. horista % Func. mensalista% Total Grupo A 35,80 35,80 Total Grupo B 57,73 30,70 Total Grupo C 1,52 1,25

Incidência cumulativa Grupo A x Grupo B 20,67 10,99

Percentual total 115,72 78,74

Observamos que o percentual encontrado de incidência de encargos sociais sobre o salário de funcionários é superior àquele encontrado anteriormente, quando calculamos um percentual de forma simplificada para um funcionário horista (99,93% contra 115,72%). Essa diferença ocorre por diversos motivos, dentre os quais destacamos o fato de, no cálculo inicial, não serem levados em consideração os encargos do grupo B e C, bem como também não ter sido considerada a incidência do grupo A sobre o grupo B.

6.3 Tempo ocioso e outros gastos com a mão de obra

Para completarmos o assunto, observamos que não devemos confundir o tempo ocioso, que corresponde às horas não trabalhadas no processo produtivo de forma direta, como, por exemplo, a falta de matéria-prima, falta de energia elétrica, manutenção das máquinas, com o tempo ocioso de greves ou acidentes, que paralisam a produção. O primeiro é um tempo ocioso que deve ser considerado normal e apropriado aos produtos como custo indireto de produção; o segundo é um tempo ocioso que deve ser considerado como anormal e apropriado diretamente ao resultado do exercício como perda do período. Observamos também que existem diversos gastos da empresa em função da mão de obra, tais como transporte, alimentação e vestuário. Esses gastos, por serem de natureza fixa e não guardarem relação com o volume de produção, devem ser considerados como mão de obra indireta, para posterior rateio aos produtos. 5 10 15 20 25

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6.4 Exercício resolvido

Suponhamos que, numa fábrica de fogões, exista um setor de pintura com oito funcionários diretos com jornada de trabalho de 44 horas semanais. O salário de cada funcionário é de 16,00 por hora. Os encargos sociais somam a 115,72% dos salários. No mês em questão, houve quatro domingos e dois feriados (que caíram, respectivamente, na segunda-feira e na quarta-feira). Um dos funcionários faltou dois dias, que foram justificados e abonados. A empresa fabrica quatro produtos (A/ B / C / D).

O relatório de apontamento de mão de obra indica que, das horas disponíveis para trabalhar, 176,70 h foram consideradas improdutivas, e as restantes, portanto, foram consideradas produtivas. Produtos A B C D

Total de horas produtivas Horas improdutivas Total de horas apontadas

Tempo total 220 h 370 h 425 h 201 h 1216 h 176.70 h 1392.70 h Pede-se:

1. calcular o salário mensal do setor de pintura;

2. calcular o valor dos encargos sociais e trabalhistas do setor de pintura;

3. calcular o custo da mão de obra do setor de pintura; 4. calcular o custo/hora de mão de obra do setor de

pintura;

5. calcular o custo de mão de obra direta;

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6. calcular o custo do tempo improdutivo do setor de pintura;

7. calcular o custo da mão de obra por produto.

Para a resolução desse exercício, passaremos por diversas etapas:

a) Cálculo dos dias de trabalho no mês:

– dos funcionários não

faltosos: – do funcionário faltoso:

30 dias 4 domingos 2 feriados 24 dias úteis 30 dias 4 domingos 2 feriados 2 faltas 22 dias úteis b) Cálculo da jornada diária:

44 h/semana: 6 dias = 7,33 horas/dia

c) Cálculo das horas disponíveis para trabalhar, conforme cartão de ponto:

– dos funcionários

não faltosos: – do funcionário faltoso:

24 dias úteis x 7,33 h/dia = 175,92 horas/mês x 7 funcionários = 1.231,44 horas disponíveis 22 dias úteis x 7,33 h/dia 161,26 horas/mês x 1 funcionário = 161,26 horas disponíveis Os oito funcionários totalizaram 1.392,7 horas disponíveis para trabalhar no mês (1231,44h + 161,26h). 5 10 15 20 25

(20)

cio - 19/0

2/1

0

Respostas

1) Cálculo do salário mensal do setor de pinturas: 1.392,7 horas disponíveis, segundo cálculo do item C. X $ 6,00 salário – hora

= $ 8.356,20 salário do mês do setor de pinturas. 2) Cálculo dos encargos sociais e trabalhistas: $ 8.356,20 salário do mês

X 115,72% (percentual dos encargos) = $ 9.669,79 encargos do mês.

3) Cálculo do custo da mão de obra do departamento: $ 8.356,20 de salário

+ $ 9.669,79 de encargos

= $ 18.025,99 custo da mão de obra do mês.

4) Cálculo do custo/hora da mão de obra direta do setor de pintura:

$ 18.025,99 custo = $ 12,94/h. 1.392,7 horas disponíveis

5) Cálculo do custo da mão de obra direta:

1.216 horas produtivas (220h + 3700h +425h + 201h) X $ 12,94/h

= $ 15.735,04

6) Cálculo do custo de tempo improdutivo: 176,7 horas improdutivas X $ 12,94/h $ 2.286,49 5 10 15 20 25

(21)

2/1

0

7) Custo da mão de obra direta por produto:

Produto apontadasHoras Custo/hora Custo MOD

A B C D Total 220 370 425 201 1216 $ 12,94 $ 12,94 $ 12,94 $ 12,94 $ 2.846,80 $ 4.787,80 $ 5.499,50 $ 2.600,94 $ 15.735,04 Observamos que o custo referente ao tempo improdutivo ou ocioso deverá ser alocado aos quatro produtos conforme algum critério de rateio. Essa apropriação é o objeto da nossa próxima disciplina referente a custos.

Bibliografia básica

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

_________. Contabilidade de custos – livro de exercícios. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2006.

VICECONTI, Paulo Eduardo V.; NEVES, Silvério das.

Contabilidade de custos – um enfoque direto e objetivo. 8. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2008.

Bibliografia complementar

HORNGREN, Charles Thomas; FOSTER, George; DATAR, Srikant. Contabilidade de custos. 11.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. PADOVEZI, Clóvis L. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Thomson, 2003.

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Referências

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