ELETRÔNICA
AULA 14
• Amplificadores de Potência
TIPOS DE AMPLIFICADORES
• Quanto à FREQUÊNCIA dos sinais
• Amplificadores de baixa frequência
• Operam com frequências de 0,1Hz a 30KHz (abaixo da faixa de áudio até VLF)
• Amplificadores de média frequência • Operam com frequências na faixa de LF • Amplificadores de alta frequência
• Operam com frequências acima de LF (sendo classificados conforme a faixa de operação: VHF, UHF, micro-ondas, etc)
Tipos de Amplificadores quanto à AMPLITUDE dos sinais
• Amplificadores de pequeno sinal ou baixa potência
• Sinais de entrada são da ordem de unidades de µV a dezenas de mV, • ou correntes de coletor da ordem de unidades a centenas de mA, • ou potências de coletor de centenas de mW.
• Amplificadores de média potência
• Sinais de entrada são da ordem de centenas de mV,
• ou correntes de coletor da ordem de centenas de mA a unidades de Ampère, • ou potências de coletor da ordem de centenas de mW a unidades de Watt. • Amplificadores de potência
• Sinais de entrada são da ordem de centenas de mV,
• ou correntes de coletor da ordem de unidades a dezenas de Ampère, • ou potências de coletor da ordem de unidades a centenas de Watt.
• Exemplo:
• Telefone celular deve alimentar a antena com 1W de potência
Objetivos dos Amplificadores de
• Pequenos sinais:
• alcançar ganho elevado com níveis adequados de impedâncias de entrada e de saída
• Potência:
Parâmetros importantes dos Amplificadores de
• Pequenos sinais:
• Linearidade na amplificação • magnitude do ganho
• Potência:
• Capacidade de fornecimento de potência • Eficiência
• Casamento de impedância
• Distorção (não linearidade que resulta da operação em grandes sinais)
• Um amplificador de áudio de alta qualidade deve sofrer distorção muito baixa para que possa reproduzir música com alta fidelidade
AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA
• Fornecem altos níveis de potência e grandes excursões de sinal à cargas de impedância relativamente baixas
• Fornecem potencia suficiente para uma carga de saída para acionar um dispositivo de potência (na faixa de alguns watts a dezenas de watts)
• Podem operar em diferentes classes, dependendo da fração do ciclo de entrada durante a qual o transistor conduz.
• Transistores de alta potência devem tolerar altas correntes e temperatura elevada
POTÊNCIA
• Para CC:• 𝑃 = 𝑉. 𝐼 = 𝐼2𝑅 = 𝑉2 𝑅
• Para CA: (valor varia em função do tempo)
• 𝑃(𝑡) = 𝑉(𝑡). 𝐼(𝑡) • 𝑃𝑚𝑒𝑑 = 𝑉𝑟𝑚𝑠𝐼𝑟𝑚𝑠 = 𝐼𝑟𝑚𝑠2 𝑅 = 𝑉𝑟𝑚𝑠2 𝑅 • 𝑃𝑚𝑒𝑑 = 𝑉𝑟𝑚𝑠2 𝑅 = 𝑉𝑝−𝑝2 8𝑅 = 𝑉𝑝2 2𝑅 • 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 𝐼𝑃 2 • 𝑉𝑟𝑚𝑠 = 𝑉𝑃 2 • 𝑉𝑃: tensão de pico • 𝐼: corrente de pico
Potência aparente (VA ou RVA) 𝑆 = 𝑉𝑒𝑓𝐼𝑒𝑓
Potência reativa (VAr) 𝑄 = 𝑉𝑒𝑓𝐼𝑒𝑓sin 𝜃 Potência ativa (W) 𝑄 = 𝑉𝑒𝑓𝐼𝑒𝑓 cos 𝜃 Triângulo de potência Fp<1 : capacitiva corrente adiantada Fp<1 : indutiva corrente atrasada Fp=1 : resistiva Fp = cos 𝜃
EFICIÊNCIA ou RENDIMENTO
• A eficiência de um amplificador representa a quantidade de potência CA entregue (transferida) a partir da fonte CC
• % 𝜂 = 𝑃𝑜(𝐶𝐴)
𝑃𝑖(𝐶𝐶) × 100%
• 𝑃𝑖 𝐶𝐶 = 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑎𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 • 𝑃𝑜 𝐶𝐴 = 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑎𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 à 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
• A potência drenada da fonte é 𝑃𝑖𝑛 = 𝑉𝐶𝐶𝐼𝐶𝐶 • 𝐼𝐶𝐶: corrente média drenada da fonte
CLASSES DE OPERAÇÃO
• As classes dos amplificadores indicam quanto o sinal de saída varia em um ciclo de operação para um ciclo completo do sinal de entrada.
• Modo como os transistores do estágio de saída operam na tentativa de se obter maior linearidade (menor distorção) e/ou melhor rendimento
• Classe A:
• o estágio de saída conduz por 360o completos
• (um ciclo completo da forma de onda). • Polarizado no meio da reta de carga • Classe B:
• os estágios de saída conduzem por 180o cada
• (juntos, oferecem um ciclo completo) • Polarizado no corte
• Classe AB
• Os estágios de saída conduzem entre 180o e 360o cada
• (oferecem um ciclo completo com menor eficiência) • Polarizado um pouco acima do corte
CLASSES DE OPERAÇÃO
• Classe C
• O estágio de saída conduz por menos de 180o
• (utilizado em circuitos sintonizados)
• Classe D
• Opera utilizando sinais digitais ou pulsados
• Operam modulando o sinal de entrada na forma de pulsos (PWM), controlando o
dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) através de dois níveis de tensão, os quais fazem com que o dispositivo conduza ou entre em corte
• Classe F
• Alta eficiência (idealmente 100%) e alta potência de saída. Usado principalmente para aplicações de RF e micro-ondas.
CLASSE A
• o estágio de saída conduz por um ciclo completo da forma de onda (360o) do sinal de entrada
• Baixa eficiência
• máxima varia de 25% a 50% dependendo do tipo de circuito.
• Linearidade maior que a de outras classes
• O ponto quiescente está disposto próximo à metade da reta de carga
• Em amplificadores de áudio:
• melhor qualidade de som sem distorção mas com um consumo de potência muito grande
• Gasta muita energia e seu preço é muito alto
• Eficiência: com polarização CC na metade do valor da tensão de
alimentação, utiliza muita potência para manter a polarização, mesmo sem nenhum sinal de entrada aplicado. Resultado: baixa eficiência,
principalmente com sinais pequenos na entrada, quando muito pouca potência CA é liberada para a carga.
CLASSE A
É necessário que o ponto Q seja polarizado em um valor que permita que pelo menos metade do sinal de saída varie para cima e para baixo sem atingir uma tensão suficientemente alta para ser
CLASSE A: Configurações
• Diferença entre pequenos sinais:
• Os sinais tratados pelo circuito para grandes sinais estão na faixa de volts, • o transistor utilizado é um transistor de potência que pode operar em uma
faixa de poucos watts até algumas dezenas de watts
• Seguidor de emissor:
• o transistor conduz corrente durante todo o ciclo • A tensão de saída é retirada do terminal emissor
• Conexão de carga direta ou realimentada em série
• Eficiência máxima de 25%
• Conexão com transformador para a carga
CLASSE B
• Fornece um sinal de saída que varia durante metade do ciclo da entrada (para 180o do sinal)
• Alta eficiência
• Eficiência máxima de 78,5%
• Grande distorção
• Gera um sinal de saída muito distorcido, pois o sinal de entrada é reproduzido na
saída somente para 180o da oscilação do sinal de saída.
• Em amplificadores de áudio:
• Sua amplificação gera grande distorção audível para pequenos sinais, mas para sinais de grande amplitude essa distorção é muito pequena quando comparada com a amplitude do sinal tornando a distorção menos perceptível.
CLASSE B: PUSH-PULL
• Push-pull: cada transistor permanece ligado durante cerca de metade do ciclo e a eficiência é alta
• Operação push-pull: são necessárias duas operações classe B: uma para fornecer saída durante o semiciclo positivo e outra para operar no semiciclo negativo de saída. A combinação dos semiciclos fornece, então, uma saída para os 360o completos de operação.
PUSH-PULL
• Seguidores de emissor npn e pnp
• O estágio push-pull simples funciona como um seguidor de emissor pnp ou npn para entradas suficientemente negativas ou positivas,
respectivamente, e permanece desligado para -600mV < Vin <+600mV • A zona morta resultante distorce o sinal de entrada de forma
significativa.
• Vout=Vin – VBE1 , para entradas muito positivas • Vout=Vin+ |VBE2 |, para entradas muito negativas
DISTORÇÃO POR CRUZAMENTO (CROSSOVER)
• Se os transistores Q1 e Q2 não ligam e desligam exatamente ao mesmo tempo, há uma lacuna na tensão de saída.
CLASSE AB
• Cada transistor permanece ligado durante mais de metade de um ciclo
• Equilíbrio entre linearidade e eficiência • Estágio push-pull modificado
• Em amplificadores de áudio:
• A maioria dos amplificadores comercializados são de classe AB, pois possui boa qualidade e bom rendimento utilizando componentes baratos, portanto, ótima relação custo benefício.
PUSH-PULL APRIMORADO
• Seguidores de emissor npn e pnp
• O estágio push-pull simples funciona como um seguidor de emissor pnp ou npn para entradas suficientemente negativas ou positivas, respectivamente, e
permanece desligado para -600mV < Vin <+600mV
• A zona morta resultante distorce o sinal de entrada de forma significativa. • V1= Vout + VBE1 , para Q1 ligado
• V2= Vout -|VBE2 |, para Q2 ligado • VB=V1-V2 = VBE1 +|VBE2 |
• VB deve ser aproximadamente igual a 2VBE • Vin conectado em Q2:
BIBLIOGRAFIA
• BOYLESTAD, Robert L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 11ª ed. São Paulo: Pearson Prentice-Hall do Brasil, 2005.
• SEDRA, A.S.; SMITH, K.C. Microeletrônica. 4ª ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.
• MALVINO, A,. BATES, D.J. Eletrônica. V. 1. São Paulo: Mcgraw Hill, 2008. • MALVINO, A,. BATES, D.J. Eletrônica. V. 2. São Paulo: Mcgraw Hill, 2008.