• Nenhum resultado encontrado

Anotada de Microbiologia. Haemophilus

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Anotada de Microbiologia. Haemophilus"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Esta anotada é referente apenas à última parte da

parte inicial da aula sobre o género Neisseria já ter sido abordada nas desgravadas dos anos anteriores decidido apenas desgravar o conteúdo da aula referente ao género Haemophilus.

No sentido de tornar a desgravada a mais completa possível

destacam do restante texto da desgravada pelo facto de estarem a itálico e entre parêntesis.

Bibliografia:

- Murray, Patrick, Microbiologia médica

Introdução

Relativamente ao género Haemophilus, pertence à por três géneros (Haemophilus, Actinobacillus e Pasteurella

várias espécies. O Haemophilus Influenza é sem dúvida a espécie mais importante, mas temos outras: o Haemophilus parainfluenza, o Haemophilus ducreyi, o Haemophilus

haemolyticus, Haemophilus parahaemolyticus e Haemophilus

Este género foi descrito pela pr factores que estão presentes no sangue, foi

grego e que quer dizer “blood-loving” portanto que gosta de san

Trata-se de um bacilo Gram pequeninos que são designados p num meio rico apresentam cápsula. utilizados habitualmente no laboratório hemólise e não apresentam pigmentação).

Uma característica das bactérias deste género é são: o factor X, que é a hemina, e o factor V, que é o NAD

precisam dos dois. Por exemplo o Haemophilus influenza, que é a espécie mais importante do género, precisa do factor X e do factor V. Já

Data: 19 de Novembro de 2009

Docente: Prof. Mª. Luís Fernandes

Tema da Aula: Haemophilus

Realizado por: Hugo Miranda

Esta anotada é referente apenas à última parte da aula de 19 de Novembro, devido ao facto da parte inicial da aula sobre o género Neisseria já ter sido abordada nas desgravadas dos anos anteriores decidido apenas desgravar o conteúdo da aula referente ao género Haemophilus.

sgravada a mais completa possível introduzi alguns pontos destacam do restante texto da desgravada pelo facto de estarem a itálico e entre parêntesis.

Microbiologia médica, Tradução da 5ª edição (2006). Pág. 359

Haemophilus

Relativamente ao género Haemophilus, pertence à família das Pasteurellaceae

Haemophilus, Actinobacillus e Pasteurella). O género Haemophilus é constituído por Haemophilus Influenza é sem dúvida a espécie mais importante, mas temos outras: o Haemophilus parainfluenza, o Haemophilus ducreyi, o Haemophilus aphrophilus, Haemophilus

rahaemolyticus e Haemophilus segnis.

pela primeira vez que em 1892, por Pasteur, e dada a sua necessidade que estão presentes no sangue, foi-lhe dado o nome genérico de Haemophilus, que de

loving” portanto que gosta de sangue.

se de um bacilo Gram-negativo pleomórfico (pode ter várias formas) por cocobacilos. São imóveis e não esporulados m meio rico apresentam cápsula. Estas bactérias também são fastidiosas e não

mente no laboratório, mas crescem num meio de gelose de chocolate resentam pigmentação).

Uma característica das bactérias deste género é que elas necessitam de um ou dois factores que , e o factor V, que é o NAD (dinucleotido nicotidamida

Por exemplo o Haemophilus influenza, que é a espécie mais importante do género, á o Haemophilus parainfluenza só precisa do factor V.

Anotada de Microbiologia

19 de Novembro de 2009

Prof. Mª. Luís Fernandes

Haemophilus

: Hugo Miranda

aula de 19 de Novembro, devido ao facto da parte inicial da aula sobre o género Neisseria já ter sido abordada nas desgravadas dos anos anteriores, foi

introduzi alguns pontos-chave que se destacam do restante texto da desgravada pelo facto de estarem a itálico e entre parêntesis.

Pág. 359-366

s Pasteurellaceae, que é constituída género Haemophilus é constituído por Haemophilus Influenza é sem dúvida a espécie mais importante, mas temos outras: o aphrophilus, Haemophilus

, e dada a sua necessidade de o nome genérico de Haemophilus, que deriva do

). Habitualmente são tão São imóveis e não esporulados. Em culturas jovens e Estas bactérias também são fastidiosas e não crescem nos meios chocolate (não causam

m de um ou dois factores que nucleotido nicotidamida adenina) ou então Por exemplo o Haemophilus influenza, que é a espécie mais importante do género,

(2)

Pode haver crescimento de Haemophilus num meio de gelose de sangue, se esta for semeada também com estafilococos. Os Haemophilus vão formar uma colónia satélite à volta das colónias de estafilococos, o que se chama o fenómeno de satelitismo (Figura 1). Tal deve-se ao excesso de factor X

que foi libertado aquando da lise dos eritrócitos e pelo excesso de factor V que foi libertado pelos estafilococos durante o seu crescimento.

Esta bactéria é anaeróbia facultativa e o crescimento óptimo é requerido numa atmosfera com uma certa humidade, um certo consumo de CO2 e também uma temperatura.

Bioquimicamente, as bactérias do género Haemophilus são oxidase positivas e catalase variável.

A grande maioria das bactérias do género Haemophilus faz parte da flora normal do aparelho respiratório superior do homem e de outros animais. Algumas estirpes podem colonizar também o aparelho gastrointestinal e urogenital.

Factores de virulência do Haemophilus influenza:

(A professora apenas falou da cápsula como factor de virulência, no entanto convém ficar a saber que existem mais: as adesinas, as fímbriais e afimbriais, medeiam a colonização da orofaringe com H. influenza. Componentes da parede celular prejudicam a função ciliar, levando a um dano do epitélio respiratório. As proteases com actividade em IgA1 são produzidas por H. influenzae e podem facilitar a colonização de microrganismos nas superfícies mucosas por interferência na imunidade humoral.)

O mais importante é a cápsula polissacaridica (antifagocítica e que contém ribose, ribitol e fosfato, mais conhecida por PRP, poliribitol). Estão descritos 6 serotipos capsulares do Haemophilus influenza que são designados A,B,C,D,E e F, sendo que o serotipo B é o responsável pela maioria das doenças invasivas causadas por Haemophilus influenza.

Antes da introdução da vacina, o Haemophilus influenza serotipo b era o grande responsável pela maioria das meningites e epliglotites nas crianças com menos de 5 anos de idade. Depois com o uso alargado da vacina, em meados dos anos 80, ocorreu um decréscimo evidente das infecções por Haemophilus influenza tipo b (Além da diferenciação sorológica, o Haemophilus influenza é subdividido em oito biótipos devido a 3 reacções bioquímicas: produção de indol, urease e ornitina descarboxilase). Esta vacina conjugada de Haemophilus tipo b faz parte do Plano Nacional de Vacinação e é dada conjuntamente com a vacina triplice.

A transmissão ocorre de pessoa para pessoa através de via aérea, por inalação de partículas respiratórias.

Haemophilus pode causar infecções localizadas como conjuntivite (Figura 2) ou infecções muito mais graves como por exemplo a meningite, a pneumonia e também pode causar a agudização dos doentes com uma otite crónica.

(3)

O Haemophilus ducreyi é também um agente de doença de transmissão sexual e portanto causa a úlcera de modo venérea ou o cancróide (é mais facilmente diagnosticável em homens, presumivelmente porque a mulher pode ter a doença assintomática ou inaparente. Para o diagnóstico desta doença, outras causas de úlceras genitais como a sífilis e o herpes simples devem ser excluídas). Portanto, trata-se de uma doença que se caracteriza por uma ulceração genital, que pode agora ser contornada por linfadenopatia inguinal. A doença inicia-se por uma pápula, que depois vai postular e depois vai transformar-se em úlcera no decurso de dois dias. Estas úlceras depois podem coalescer e podem dar origem a úlceras grandes e são muito dolorosas. Estas lesões são muito dolorosas mas são facilmente distintas das lesões da sífilis que são incolores.

Depois temos o Haemophilus aegyptius (o biogrupo aegyptius é o agente etiológico de uma doença fulminante em crianças, a febre purpúrica brasileira), que era responsável pela conjuntivite que é altamente contagiosa que é chamado o “pink eye” mas que ocorre mais frequentemente nos climas quentes.

Para fazer o diagnóstico vamos fazer um exame directo a partir da amostra colhida, corar pelo

método de Gram e vamos observar cocobacilos gram-negativos (que facilmente são confundidos com artefactos).

Cultura

A cultura é feita no meio de gelose de chocolate e com uma atmosfera com 5 a 10% de CO2. A identificação é baseada na necessidade de estar na presença do factor X e do factor V.

No dia-a-dia utiliza-se um meio sólido, básico, não nutritivo (por exemplo uma gelose simples), semeamos as espécies de Haemophilus e depois colocamos discos de papel de filtro impregnados e saturados em factor X, factor V e factor X+V. Se houver crescimento só à volta do disco X+V quer dizer que a bactéria necessita do factor X e do factor V, sendo portanto Haemophilus influenza. No caso do

(4)

Haemophilus parainfluenza vai crescer à volta do V e do X+V, pois só precisam do factor V. Este processo denomina-se prova dos factores e permite classificar as espécies do género Haemophilus.

Prova da purpirina: baseada na incapacidade da espécie de Haemophilus de sintetizar heme a partir do ácido delta-aminolevoleico. Faz-se uma suspensão com a espécie de Haemophilus que queremos identificar e depois vamos incuba-la com o ácido delta-aminolevoleico durante 4 horas a 37 ºC. Ao fim desse tempo de incubação retira-se a suspensão, observa-se sobre luz UV a 360 nanómetros e pesquisa-se a presença de uma fluorescência vermelha. Se ocorrer a fluorescência vermelha implica que houve conversão do ácido delta-aminolevoleico a purpirinas e isto é intermediário do heme, logo implica que há independência do factor X, o que implica que esta bactéria não precisa do factor X, só precisa do factor V, então será por exemplo um Haemophilus parainfluenza mas também poderá ser um Haemophilus para-hemolítico. Esta prova já não é usada no dia-a-dia!

Provas bioquímicas:

Estas bactérias apresentam uma fraca actividade bioquímica, mas quando falamos do género Neisseria também podemos usar o Apic MH para identificar as espécies do género Haemophilus caso a prova dos factores não ocorra bem. ocorra

As sondas ADN só para Haemophilus influenza e as provas serológicas são muito pouco usadas. A pesquisa de anticorpos é habitualmente usada só para diagnóstico do cancroide, portanto a doença de transmissão sexual.

Relativamente à prova do satelismo, numa placa de gelose de sangue, semeia-se no centro uma estria de Staphylococcus aureus, mas antes disso semeeia-se toda a placa com o Haemophilus que eu queria identificar. Vão observar-se pequenas colónias à volta da estria, ou seja, estas pequeninas colónias são portanto Haemophilus influenza dado que este foi buscar o factor X à hemólise dos glóbulos vermelhos e buscar o factor V ao Staphylococcus quando ele o excreta durante o seu crescimento.

Terapêutica

A realização de um antibiograma é obrigatória! Antigamente todas as infecções causadas por Haemophilus influenza eram tratadas com penicilina. Depois começou a existir a resistência à penicilina e mais tarde também ao cloranfenicol. A resistência à ampicilina foi descrita pela primeira vez em 1972 na Europa e em 1974 na América e era devido à produção de uma betalactamase. Mais tarde em 1980 surgiu um outro mecanismo de resistência à ampicilina e que era devido às alterações triconómicas para a raiz de ligação à penicilina. A resistência ao cloranfenicol surgiu pela primeira vez em 1977 e é devido à produção de uma enzima inactiva que é a cloranfenicol-acetiltransferase.

Como tal, vai-se usar ampicilina ou amoxicilina+acido clavulânico se existir co-produtora de betalactamase. Nas situações de meningite, usamos uma cefalosporina de terceira geração, ceftriaxona ou

(5)

cefotaxima, dada a gravidade da situação e porque estas atravessam muito bem a barreira hemato-encefálica.

Notas extra:

1)

Detecção de antigénio: a detecção imunológica do antigénio de H. influenza, sobretudo o PRP é um

meio rápido e sensível de diagnosticar a doença por H. influenza tipo b. Neste teste, partículas de

látex cobertas com anticorpos são misturadas com o espécimen clínico e se o PRP estiver presente

ocorre aglutinação

2)

Tratamento: Infecções graves são tratadas com cefalosporinas de amplo espectro. Infecções menos

graves, como sinusite e a otite, podem ser tratadas com ampicilina, uma cefalosporina activa,

azitromicina ou uma fluoroquinolona. No caso de H. ducreyi este é susceptível à eritromicina, droga

recomendada para o tratamento.

Resumo:

Referências

Documentos relacionados

ABA performs important, widespread functions in the regulation of the release of primary dormancy; it controls the ripening and growth processes, which are important in

Considerando que o peso médio de um bloco cerâmico para vedação de 14x14x19 é de 2,00 kg Considerando que o peso médio de um bloco cerâmico para vedação de 14x14x19 é de 2,00 kg

A ênfase da apresentação é para a relação da axiomatização de Tisza com os desenvolvimentos da física térmica no século XX, incluindo os trabalhos de Landau e colaboradores, e

6.1.5 O candidato poderá se inscrever para até 2 (dois) cargos, desde de que não haja conflito nos dias de aplicação das provas, ou seja, um dos cargos deverá ser de nível médio e

As opiniões dos entrevistados puderam ser categorizadas em: (A) a contrariedade em relação ao cercamento, pois o parque tem que ser livre, para seu uso e para o deslocamento entre

REsu110: Estudando os contatos entre Creta e Chipre durante o perfodo do bronze, constatamos a presença de artefatos metálicos em Creta, provenientes de

Dentre os métodos não farmacológicos, este artigo teve como foco a analisar a efetividade do banho quente de aspersão e exercícios perineais realizados com a bola suíça durante

The latent heat of vaporization, the differential enthalpy, and the Gibbs free energy increase with a reduction of the moisture content of tamarind