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139 PORTUGUÊS Prova escrita. PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Ano: ª fase - junho 12º ano

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139 PORTUGUÊS Prova escrita

PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

Ano: 2014 1ª fase - junho 12º ano

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo que pretende que não seja classificado.

Não é permitida a consulta de dicionário.

Escreva de forma legível a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respetivas respostas.

As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos.

Ao responder, diferencie corretamente as maiúsculas das minúsculas. Se escrever alguma resposta integralmente em maiúsculas, a classificação da prova é sujeita a uma desvalorização de cinco pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas: • o número do item;

• a letra que identifica a opção escolhida.

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GRUPO I A Leia, atentamente, o texto a seguir transcrito.

Não sei ser triste a valer Nem ser alegre deveras. Acreditem, não sei ser. Serão as almas sinceras Assim também, sem saber? Ah, ante a ficção da alma E a mentira da emoção, Com que prazer me dá calma Ver uma flor sem razão Florir sem ter coração! Mas enfim, não há diferença. Se a flor flore sem querer, Sem querer a gente pensa. O que nela é florescer Em nós é ter consciência. Depois, a nós, como a ela, Quando o Fado a faz passar, Surgem as patas dos deuses E a ambos nos vêm calcar. ‘Stá bem, enquanto não vêm, Vamos florir ou pensar.

Fernando Pessoa

1. Proponha uma delimitação dos momentos em que se estrutura o poema, sintetizando o conteúdo dos mesmos.

2. Caracterize o estado de espírito do sujeito poético, servindo-se de expressões textuais. 3. Explicite a relação que o poeta estabelece entre os seres humanos e a flor.

5

10

15

(3)

B

Relembre a análise que fez da obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett e, de forma clara e completa, responda às questões abaixo formuladas.

1. Indique quatro características que permitem afirmar que a obra é um drama romântico.

2. De acordo com as suas atitudes, refira quatro traços caracterizadores da personagem D. João de Portugal.

GRUPO II

Leia o texto seguinte.

Era um homem que sabia idiomas e fazia versos. Ganhou o pão e o vinho pondo palavras no lugar de palavras, fez versos como os versos se fazem, como se fosse a primeira vez. Começou por se chamar Fernando, pessoa como toda a gente. Um dia lembrou-se de anunciar o aparecimento iminente de um super-Camões, um Camões muito maior que o antigo, mas, sendo uma pessoa conhecidamente discreta, que soía [costumava]

andar pelos Douradores de gabardina clara, gravata de lacinho e chapéu sem plumas, não disse que o super-Camões era ele próprio. Afinal, um super-Camões não vai além de ser um Camões maior, e ele estava de reserva para ser Fernando Pessoas, fenómeno nunca visto antes em Portugal.

Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são iguais mas não se repetem, por isso não surpreende que em um desses, ao passar Fernando diante de um espelho, nele tivesse percebido, de relance, outra pessoa. Pensou que havia sido mais uma ilusão de óptica, das que sempre estão a acontecer sem que lhes prestemos atenção, ou que o último copo de aguardente lhe assentara mal no fígado e na cabeça, mas, à cautela, deu um passo atrás para confirmar se, como é voz corrente, os espelhos não se enganam quando mostram. Pelo menos este tinha-se enganado: havia um homem a olhar de dentro do espelho, e esse homem não era Fernando Pessoa. Era até um pouco mais baixo, tinha a cara a puxar para o moreno, toda ela rapada. Com um movimento inconsciente, Fernando levou a mão ao lábio superior, depois respirou fundo com infantil alívio, o bigode estava lá.

Muita coisa se pode esperar de figuras que apareçam nos espelhos, menos que falem. E porque estes, Fernando e a imagem que não era a sua, não iriam ficar ali eternamente a olhar-se, Fernando Pessoa disse: “Chamo-me Ricardo Reis”. O outro sorriu, assentiu com a cabeça e desapareceu. Durante um momento, o espelho ficou vazio, nu, mas logo a seguir outra imagem surgiu, a de um homem magro, pálido, com aspecto de quem não vai ter muita vida para viver. A Fernando pareceu-lhe que este deveria ter sido o primeiro, porém não fez qualquer comentário, só disse: “Chamo-me Alberto Caeiro”. O outro não sorriu, acenou apenas, frouxamente, concordando, e foi-se embora.

Fernando Pessoa deixou-se ficar à espera, sempre tinha ouvido dizer que não há 1 5 10 15 20 25

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saúde para dar e vender, com o ar inconfundível de engenheiro diplomado em Inglaterra. Fernando disse: “Chamo-me Álvaro de Campos”, mas desta vez não esperou que a imagem desaparecesse do espelho, afastou-se ele, provavelmente tinha-se cansado de ter sido tantos em tão pouco tempo.

José Saramago, Público, 10/12/1995 (texto com supressões)

1. Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta. Escreva, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. Fernando «pessoa» era

(A) um poeta culto excecional.

(B) um trabalhador esforçado e iletrado. (C) um indivíduo extrovertido e mal trajado. (D) um poeta frequentador da baixa portuense.

1.2. O emissor representa o processo do nascimento dos heterónimos através de uma (A) hipérbole.

(B) metáfora. (C) aliteração. (D) comparação.

1.3. As «pessoas» refletidas no espelho foram identificadas por (A) Álvaro de Campos.

(B) uma voz misteriosa. (C) Fernando Pessoa. (D) Saramago.

1.4. Em «lhe assentara mal» (l. 14), o referente do pronome pessoal é (A) «uma ilusão ótica».

(B) «um espelho». (C) «Fernando». (D) «último copo».

1.5. O termo «assentiu» (l. 24) é utilizado com o sentido de (A) atirou.

(B) negou. (C) concordou. (D) indicou.

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1.6. No segmento textual «Durante um momento, o espelho ficou vazio, nu,» (l. 24), os adjetivos desempenham a função sintática de

(A) complemento direto. (B) predicativo do sujeito. (C) complemento do nome.

(D) predicativo do complemento direto.

1.7. Em «A Fernando pareceu-lhe que este deveria ter sido o primeiro» (ll. 26 e 27), o constituinte destacado é uma oração subordinada

(A) adverbial comparativa. (B) adjetiva relativa restritiva. (C) adverbial consecutiva. (D) substantiva completiva.

2. Responda de forma correta aos itens apresentados.

2.1. Classifique a oração: «que soía andar pelos Douradores de gabardina clara, gravata de lacinho e chapéu sem plumas» (ll. 5 e 6).

2.2. Classifique o sujeito presente em: «mas não se repetem» (l. 11). 2.3. Indique o tempo e o modo da forma verbal «tivesse percebido» (l. 12).

GRUPO III

O Parlamento Europeu declarou 2014, o Ano Europeu contra o Desperdício Alimentar. Em Portugal, de acordo com dados estatísticos apresentados no ano passado, cerca de um milhão de toneladas de alimentos por ano, ou seja 17% do que é produzido, vai para o lixo e estima-se que 360 mil portugueses passam fome.

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre a temática do desperdício alimentar em Portugal.

Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra, no mínimo, a dois argumentos, ilustrando cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2014/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras -, há que atender ao seguinte:

- um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido; - um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

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COTAÇÕES

GRUPO I...100 pontos A

1. ... 20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Estruturação do discurso e correção linguística (8 pontos) 2. ... 20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Estruturação do discurso e correção linguística (8 pontos) 3. ... 20pontos

Conteúdo (12 pontos)

Estruturação do discurso e correção linguística (8 pontos) B

1. ... 20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Estruturação do discurso e correção linguística (8 pontos) 2. ...20 pontos

Conteúdo (12 pontos)

Estruturação do discurso e correção linguística (8 pontos)

GRUPO II ...50 pontos 1.

(1.1.- 1.7.)...(7x5 pontos) = 35 pontos 2.

(2.1.- 2.3.)...(3x5 pontos) = 15 pontos

GRUPO III...50 pontos Estruturação temática e discursiva... 30 pontos Correção linguística...20 pontos

Referências

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