• Nenhum resultado encontrado

Renério de Castro Júnior MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Renério de Castro Júnior MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO"

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

2021

MANUAL DE

DIREITO

ADMINISTRATIVO

(2)

entidades da administração pública indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista, empresas públicas e consórcios públicos de direito público) a fim de que cumpram as finalidades legais reproduzidas em seus atos constitutivos.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova QUADRIX para Assistente Administrativo do CRO/GO – 2019, foi consi-derado incorreto:

O princípio da tutela é o que trata do controle da Administração sobre os próprios atos, com a possibilidade de revogar os ilegais e anular os inconvenientes ou inoportunos.

4.4. Princípio da especialidade ou descentralização

O princípio da especialidade, ligado ao princípio da tutela, faz parte da noção de descen-tralização administrativa, na busca de maior eficiência para a busca das finalidades do Estado. Desse modo, ao criar pessoas jurídicas administrativas (autarquias, por exemplo), como forma de descentralizar a prestação de serviços públicos, o Estado visa à especia-lização de funções.

Nesse contexto, determinada atribuição é retirada da administração direta, em que há um grande conjunto de competências, e a redistribuída para a administração indireta (entidades administrativas descentralizadas), conferindo, ao menos em tese, mais dina-mismo na ação administrativa.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova IF-BA para Administrador – 2019, foi considerado incorreto:

O princípio da finalidade reflete a ideia de descentralização da administração, em que se criam entidades para o desempenho de finalidades específicas, como autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

4.5. Princípio da continuidade dos serviços públicos

Como consequência da necessidade de continuidade do serviço público, exige-se a regularidade na sua prestação. O prestador do serviço, seja o Estado, seja o delegatário (veremos com detalhes como se dá essa prestação quando estudarmos as permissões e concessões de serviço público), deve prestar o serviço de modo adequado, em conformi-dade com as normas vigentes e, no caso dos concessionários, com respeito às condições do contrato de concessão.

Desse modo, o princípio da continuidade está umbilicalmente ligado à prestação de serviços públicos, cuja prestação gera comodidades materiais para as pessoas e não pode ser interrompida, tendo em vista a necessidade permanente de satisfação dos di-reitos fundamentais.

(3)

Veja o conceito de serviço adequado na Lei 8.987/95: Art. 6º (...)

§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. Apesar da vinculação com a prestação de serviços públicos, o princípio da continui-dade deve ser aplicado às ativicontinui-dades administrativas em geral e às ativicontinui-dades privadas de relevância social (ex.: atividades privadas de saúde, como os planos de saúde, atividades bancárias, etc.). Afinal, o atendimento eficiente do interesse público não se coaduna com atividades administrativas descontínuas, desiguais ou imunes à evolução social.

É claro que a continuidade não impõe que todos os serviços públicos sejam presta-dos diariamente e em período integral. É possível mencionar, como Rafael Oliveira, três questões que envolvem a aplicação do princípio da continuidade dos serviços públicos:

a) viabilidade, em regra, da interrupção dos serviços públicos em caso de inadim-plemento do usuário, uma vez que a continuidade pressupõe a remuneração pelo serviço, na forma do art. 6.º, § 3.º, II, da Lei 8.987/1995, regra especial que prevalece sobre a regra geral contida no art. 22 do CDC;

b) reconhecimento do direito de greve dos servidores estatutários, com aplicação analógica da Lei 7.783/1989, em razão da ausência de norma regulamentadora do art. 37, VII, da CRFB, impedindo-se, no entanto, a paralisação total da atividade, em atenção ao princípio da continuidade;

c) inviabilidade da exceptio non adimpleti contractus nos contratos de concessão de serviços públicos, na forma do art. 39 da Lei 8.987/1995 (“os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado”), salvo em situações excepcionais, autorizadas ju-dicialmente, quando alguns direitos fundamentais da concessionária (e a própria existência da empresa) estiverem ameaçados.

Assim, em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem interrupções.

Excepcionalmente, será possível a interrupção do serviço público nas seguintes hi-póteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º 8.987/95:

• Em caso de emergência (mesmo sem aviso prévio);

• Por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que o usuário seja previamente avisado;

(4)

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova VUNESP – Notário e Registrador (TJ RS)/Provimento/2019, foi conside-rado erconside-rado:

O princípio da continuidade do serviço público impede a interrupção do fornecimento de serviço em favor do cidadão, ainda que fundado no inadimplemento do usuário. Comentário: de acordo com a Lei 8.987/95, o princípio da continuidade possui exceções, dentre elas a interrupção do fornecimento de serviço em favor do cidadão, ainda que fundado no inadimplemento do usuário. Portanto, alternativa incorreta.

No mais, a divulgação da suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/95 (STJ. 1ª Turma. REsp 1270339-SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 15/12/2016).

4.6. Princípio da segurança jurídica

Conforme a doutrina, o princípio da segurança jurídica compreende dois sentidos: a) objetivo: estabilização do ordenamento jurídico (certeza do direito), tendo em vista

a necessidade de se respeitarem o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (art. 5.º, XXXVI, da CRFB);

b) subjetivo: proteção da confiança das pessoas em relação às expectativas geradas por promessas e atos estatais.

Percebe-se o princípio da segurança jurídica, em seu duplo caráter, objetivo e subje-tivo, expresso no inc. XIII do parágrafo único do art. 2º da Lei 9.784/99. Esse dispositivo impõe a interpretação da norma administrativa de forma a garantir o atendimento ao fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:

(...)

XIII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Esta disposição legal é uma contribuição da “common law”, em que as mudanças de interpretação devem ser aplicadas aos casos futuros (teoria do “prospective overruling”).

Além disso, é relevante destacar que os institutos jurídicos da prescrição, decadência e preclusão também são expressões da segurança jurídica. Afinal, o que se pretende com tais ferramentas é dar estabilidade às relações constituídas.

(5)

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova CEBRASPE (CESPE) – Juiz Estadual (TJ PR)/2017 foi considerado correto:

De acordo com o art. 54 da Lei n.º 9.784/1999, o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Trata-se de hipótese em que o legislador, em detrimento da legalidade, prestigiou outros valores.

Tais valores têm por fundamento o princípio administrativo da segurança jurídica. Comentário: institutos como a prescrição e a decadência vêm exatamente ao encon-tro do que se quer com o princípio da segurança jurídica: dar estabilidade às relações constituídas. Está-se diante da segurança jurídica em sentido objetivo, estabilização do ordenamento jurídico.

Na prova IF-MG para Tecnólogo em Gestão Pública – 2019, foi considerado correto:

De acordo com o princípio da Segurança Jurídica a Administração deve respeitar a boa-fé dos administrados que com ela interagem, no sentido de que, quando esses têm um determinado direito reconhecido pela administração, não podem vir a ser prejudicados ulteriormente, por mudanças de entendimento da própria Administração sobre aquela matéria. O princípio não pode ser usado para impedir a anulação de atos ilegais da Administração.

O princípio da segurança jurídica também foi um dos pilares de fundamentação das recentes mudanças sofridas pela LINDB, introduzidas pela Lei 13.655/2018. Veja os seguintes artigos:

Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer

interpre-tação ou orieninterpre-tação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo

dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à vali-dade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado

que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou admi-nistrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática admiadmi-nistrativa reiterada e de amplo conhecimento público.

(6)

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova FCC – Juiz Estadual (TJ MS)/2020/32º, foi considerado correto:

É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para invalidação de situações plenamente constituídas com base em orientação geral vigente à época do aperfeiço-amento do ato administrativo que as gerou.

Comentário: a questão cobra a quase literalidade do caput do citado art. 24 da LINDB e também do inciso XIII do parágrafo único do art. 2º da Lei 9.784/99:

Art. 2. (...)

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: (...)

XIII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimen-to do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. Além dessa função de criar previsibilidade para a aplicação das normas jurídicas, a segurança jurídica contribui para a estabilização de situação fáticas já concretizadas, desde que haja boa-fé dos interessados.

Nesse sentido, temos interessante súmula do TCU:

Súmula 249-TCU: É dispensada a reposição de importâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusá-vel de interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, à vista da presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariais.

É semelhante o entendimento do STJ no caso de verba paga indevidamente a servidor em decorrência de erro operacional da Administração Pública, quando se constata que o recebimento pelo beneficiado se deu de boa-fé.

Nessas situações, não é devida a devolução de verba paga indevidamente a servidor em decorrência de erro operacional da Administração Pública, desde que se constate que o recebimento pelo beneficiado se deu de boa-fé (STJ. AgRg no REsp 1560973/RN, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 05/04/2016).

Por falar em boa-fé, grande parte da doutrina a reconhece como um princípio geral do Direito com aplicação no Direito Administrativo, especialmente quando relacionada à confiança.

(7)

4.7. Princípio da confiança e boa-fé

A doutrina tem se dedicado à necessidade de estabilização de certas situações jurí-dicas, principalmente em virtude do transcurso do tempo e da presunção de boa-fé dos interessados, para tanto, fazem uma distinção entre os princípios da segurança jurídica e da proteção à confiança.

Por segurança jurídica indica-se o aspecto objetivo do conceito, referindo-se à ina-fastabilidade da estabilização jurídica.

Pela proteção à confiança se destaca o aspecto subjetivo, e nesse se sublinha o senti-mento do indivíduo em relação a atos, inclusive e principalmente do Estado, dotados de presunção de legitimidade e com a aparência de legalidade. (José dos Santos Carvalho Filho)

Assim, o princípio da confiança, implícito no ordenamento jurídico, refere-se à se-gurança jurídica sob o aspecto subjetivo.

Portanto, embora com ela não se confunda, a confiança está atrelada à segurança ju-rídica, remetendo-nos à ideia de que os atos praticados pelo Poder Público são legítimos (presumem-se legais e verdadeiros), de tal sorte que os atos devem ser preservados em nome da boa-fé, sobrepondo-se, em alguns casos concretos, ao princípio da legalidade.

Com efeito, uma vez compreendido que o princípio da proteção da confiança relaciona--se com o aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica, a sua importância gerou a necessidade de consagrá-lo como princípio autônomo.

Enquanto a segurança jurídica possui caráter amplo, sendo aplicável às relações pú-blicas e privadas, a confiança legítima atua, tão somente, na esfera jurídica do particular, protegendo-o da atuação arbitrária do Estado.

Portanto, enquanto o princípio da confiança protege a boa-fé do administrado, a boa-fé é princípio que tanto se aplica aos administrados (protegendo-os e impondo-os proceder com lealdade e honestidade) como à Administração Pública, quando determina que se atue com correção.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro fornece rol exemplificativo bastante útil de situações em que tais princípios podem ser invocados, a saber:

• Manutenção de atos administrativos inválidos – situações excepcionais em que a retirada dos atos provoca prejuízos maiores que sua conservação;

• Atos praticados por funcionários de fato – aplicável, nesse caso, a teoria da aparên-cia, logo, embora ilegais, os atos podem ser mantidos perante terceiros de boa-fé. COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova CEBRASPE (CESPE) – Procurador do Estado de Sergipe/2017, foi consi-derado correto:

Em virtude dos princípios da proteção à confiança e da segurança jurídica, entende o STF que podem ser considerados válidos os atos praticados por agente público ilegalmente investido.

(8)

Comentário: é o caso de aplicação da teoria da aparência. Nessas situações, o servidor está em situação irregular porque existe algum tipo de irregularidade em sua investidura. A princípio, os atos por ele praticados seriam ilegais, porque, estando irregularmente no exercício do cargo, emprego ou função, ele não teria competência para a prática de atos administrativos.

Contudo, mantêm-se os atos por ele praticados, uma vez que, tendo aparência de legalidade, geraram nos destinatários a crença na validade do ato.

Na prova QUADRIX, CRA/PR -2019, foi considerado correto:

O princípio da proteção da confiança abrange inclusive o poder normativo da Adminis-tração, resguardando os administrados contra a ruptura repentina da disciplina vigente.

• Prazo decadencial para anulação de atos administrativos – há previsão no art. 54 da Lei de Processo Federal de que, depois de decorridos cinco anos, o desfazimento dos atos viciados pela Administração não será mais possível.

• Modulação temporal dos efeitos dos atos ilegais – com base no art. 27 da Lei 9.868/1999, o STF pode, por 2/3 de seus membros, modular temporalmente os efeitos dos atos inconstitucionais, restringindo-se os efeitos retroativos (ex tunc mitigado), dando-se caráter ex nunc ou em momento no futuro (prospectivo), como aplicação direta da segurança jurídica.

• Modulação no âmbito das Súmulas Vinculantes, na Lei 11.417/2006 (art. 4) a eficácia vinculante da Súmula é imediata, no entanto os efeitos, por votação de 2/3 dos Ministros, poderão ser restringidos.

Para finalizar o estudo destes princípios, é interessante saber que, por força dos princípios da confiança legítima e da boa-fé, a eventual declaração de nulidade do con-trato administrativo não tem o condão de exonerar a Administração Pública do dever de indenizar as obras já realizadas, desde que (1º) tenha ela, Administração, auferido vantagens do fato e (2º) que a irregularidade não seja imputável ao contratado (STJ. REsp 317.463/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/03/2004).

4.7.1. Venire contra factum proprium e confiança legítima

Primeiramente, fique registrado que, para a elaboração deste tópico, nos valemos especialmente do trabalho monográfico do Procurador Federal Lucio Picanço Facci.

A proteção da confiança do administrado por meio da exigência de atuação leal e coerente do Estado ocorre, ainda, a partir da teoria dos atos próprios (venire contra factum proprium), que é aplicável, modernamente, ao Direito Administrativo.

(9)

A teoria dos atos próprios, no campo do Direito Administrativo, tem por objetivo principal evitar atuações contraditórias e desleais nas relações jurídico-administrativas, com violação aos princípios da proteção da confiança legítima e da boa-fé.

Muito embora não esteja regulado expressamente por nenhum diploma normativo vigente em nosso país, a falta de lei não induz à conclusão da inexistência do princípio de proibição de comportamento contraditório.

A aplicação do princípio da vedação ao comportamento contraditório pressupõe a ocorrência cumulativa de quatro eventos:

a) uma conduta inicial válida – o factum proprium;

b) a confiança legítima de outrem na preservação do sentido objetivamente extraído do factum proprium;

c) o comportamento contraditório em relação ao sentido objetivo da conduta inicial; d) dano efetivo ou potencial.

Não há dúvida quanto à aplicação desse princípio no âmbito do Direito Privado. O que ora se discute é a aplicação da proibição de comportamento contraditório na esfera das relações de Direito Público.

Isso seria possível com fundamento na teoria das autolimitações administrativas, que veda ao Poder Público que, ante os mesmos elementos de fato, adote entendimentos contraditórios ou em desacordo com os precedentes anteriormente firmados em sede administrativa.

A aplicação do princípio de vedação ao comportamento contraditório nas relações jurídico-administrativas é decorrência lógica dos seguintes preceitos:

1) cumprimento do dever estatal de respeito aos direitos e garantias fundamentais; 2) aplicação dos valores constitucionais da solidariedade social, segurança jurídica

e dignidade humana; e

3) observância dos princípios constitucionais dirigidos à Administração Pública, em especial a moralidade e a impessoalidade administrativa, essa última como projeção do princípio da isonomia.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova QUADRIX – Procurador (CFO)/Jurídico/2020, foi considerado correto:

A vedação ao comportamento contraditório exige que a conduta anterior que servirá de parâmetro para a invocação da contradição seja válida.

Comentário: se a Administração Pública adotou determinada conduta presumida-mente legítima em favorecimento a terceiros, não poderá mudá-la, proibindo-se seu comportamento contraditório.

Entretanto, deve ser analisada a validade do ato da Administração. Se foi praticado com fraude/ilegalidade, não há como se amparar na confiança legítima.

(10)

Por fim, para que o princípio incida no âmbito das relações jurídico-administrativas, além dos seus pressupostos gerais, deve ser apurada, em especial, a ocorrência dos requi-sitos da identidade subjetiva e objetiva.

Assim é que se exige que o emissor do ato anterior e do ato posterior seja a mesma Administração Pública (identidade subjetiva) e que sejam similares as circunstâncias determinantes em que foram praticados os atos administrativos tido por incoerentes, devendo haver similitude entre os elementos fáticos que ensejaram as atuações adminis-trativas (identidade objetiva).

Portanto, se as circunstâncias determinantes são as mesmas e a mesma Administração decide de forma diferente, o ato incoerente é inválido por vulnerar todos os princípios que a teoria das autolimitações administrativas visa preservar.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova CEBRASPE (CESPE) – Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016, foi considerado errado:

A vedação ao comportamento contraditório estende-se à administração pública, o que a impede de praticar atos que sejam contrários a posicionamentos por ela assumidos ou que desconstituam situações aperfeiçoadas em razão de sua omissão ou falta de atuação imediata.

Comentário: realmente, a Administração não pode adotar comportamento contraditório ao anterior. Contudo, isto não a impede de rever suas decisões, suas interpretações. Tanto que, pelo princípio da segurança jurídica, a nova interpretação não poderá ser retroativa. Enfim, admite-se nova interpretação, o que se veda é a retroação.

Assim, por exemplo, caso a Administração reconheça administrativamente que os servidores públicos têm direito a determinada verba, deve se abster de contestar ação judicial que reivindique este mesmo direito. Caso conteste a ação, a advocacia pública estará sendo contraditória com o entendimento interno da Administração.

4.8. Princípio da motivação

O princípio da motivação obriga a Administração a explicitar o fundamento norma-tivo de sua decisão, permitindo ao administrado avaliar a decisão administrativa, para conformar-se ou insurgir-se perante o Poder Judiciário.

No mais, a motivação, em regra, não exige formas específicas, podendo ser ou não concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes, por órgão diverso daquele que proferiu a decisão.

Há, inclusive, interessantes precedentes do STJ admitindo que o vício da ausência de motivação seja corrigido em momento posterior à edição dos atos administrativos impugnados.

(11)

Assim, caso, por exemplo, um servidor público seja removido sem motivação, a Administração poderá apresentar posteriormente a motivação que levou àquele ato. Tal motivação pode ocorrer, até mesmo, após a apresentação de mandado de segurança pelo servidor (STJ. AgRg no RMS 40.427/DF, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, julgado em 03/09/2013).

Observe, no mais, que a motivação deve ser explícita, clara e congruente, veja o que diz interessantes enunciados da I Jornada de Direito Administrativo:

Enunciado 04: O ato declaratório da desapropriação, por utilidade ou necessidade

pública, ou por interesse social, deve ser motivado de maneira explícita, clara e con-gruente, não sendo suficiente a mera referência à hipótese legal.

Enunciado 12: A decisão administrativa robótica deve ser suficientemente motivada,

sendo a sua opacidade motivo de invalidação.

4.8.1. Motivação contextual e aliunde

A motivação pode ser contextual e aliunde.

A contextual é aquela que é acompanhada de uma produção textual, quer dizer que as razões que fundamentaram a decisão são encontradas no instrumento do ato administrativo.

Por sua vez, ocorre a motivação aliunde (“per relationem” ou referenciada), quando a motivação não está expressa no próprio ato administrativo, mas em outro documento.

Por exemplo, o ato que determina a promoção de determinador servidor público com o seguinte fundamento: “fica o servidor promovido pelas motivações expressas no parecer X”.

Veja, o ato de promoção não contém motivação, mas se refere a um outro documento (parecer X) que, este sim, apresenta as motivações necessárias.

O § 1º do art. 50 da Lei 9.784/99 fundamenta a motivação aliunde:

§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em

de-claração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

4.8.2. Motivo x motivação

Motivo não se confunde com motivação. Esse assunto será estudado com mais detalhes quando tratarmos dos atos administrativos. Contudo, já antecipo que motivo é elemento de formação do ato em si, e sempre existirá. A motivação, por sua vez, faz parte da formalidade do ato e nem sempre estará presente, sendo obrigatória apenas nos acima citados incisos do art. 50.

(12)

Assim, na exoneração de um ocupante do cargo em comissão, por exemplo, é des-necessária a motivação do ato. Todavia, claro que existe um motivo para tal exoneração, o qual, por permissão da lei, não precisa ser exposto.

Por último, perceba que a LINDB agora apresenta uma nova função para a motivação, qual seja, a de demonstrar a necessidade e adequação do ato:

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida

imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,

inclusive em face das possíveis alternativas.

Um tema relacionado à motivação é a teoria dos motivos determinantes. Esse tópico é explorado com detalhes no capítulo sobre atos administrativos para o qual remetemos o leitor.

4.9. Princípio da realidade

Seguindo as lições de Raquel Melo Urbano de Carvalho percebemos que a sujeição da Administração aos fatos reais evita a insegurança social, pois é assegurado aos cidadãos que a incidência da norma administrativa não ignorará a realidade em que se insere.

Assim sendo, evidenciar a veracidade das circunstâncias fática que envolve a conduta pública é tarefa essencial do Estado e daqueles que exercem o controle de juridicidade dos seus comportamentos.

Este princípio ganhou ainda mais relevância com as recentes alterações sofridas pela LINDB, vale a leitura dos artigos relacionados ao tema:

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar

de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os

obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a

(13)

§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que

houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.

§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente.

§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.

Pelos dispositivos destacados, percebe-se que o legislador visou realçar o papel do princípio da realidade, obrigando a Administração Pública e, especialmente, os órgãos de controle a considerar as condições da realidade fática quando da tomada de decisões.

4.10. Princípio da consensualidade e da participação

É a necessidade de conferir maior legitimidade à atuação do Poder Público, no con-texto de um verdadeiro Estado Democrático de Direito, que leva ao surgimento de novos mecanismos de participação popular na elaboração de normas e na tomada de decisões administrativas (ex.: consultas e audiências públicas), assim como o incremento de meios consensuais de atuação administrativa (exs.: Câmaras de Conciliação e Arbitragem da Administração, Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, Termo de Ajustamento de Gestão – TAG, parcerias público-privadas).

Como bem salienta Rafael Oliveira, a participação popular no procedimento admi-nistrativo, nessa perspectiva do consensualismo, revela-se um importante instrumento de democratização da Administração Pública, pois permite uma melhor ponderação pelas autoridades administrativas dos interesses dos particulares, identificando, com maior precisão, os problemas e as diferentes consequências possíveis da futura decisão.

Com explica Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da consensualidade é uma das tendências atuais do Direito Administrativo, no sentido de que se tenta reduzir a unilatera-lidade das decisões e ampliar o consenso nas relações entre a Administração e o cidadão.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova CEBRASPE (CESPE) – Procurador do Município de Manaus/2018, foi considerado correto:

A processualização do direito administrativo, a participação do cidadão na gestão pública e o princípio da transparência são elementos que contribuem para a democratização da administração pública.

Comentário: de fato, o princípio da participação contribui substancialmente para a democratização da administração. Além disso, como ressalta Maria Sylvia Zanella Di Pietro, também contribuem para a democratização da Administração Pública: (a)

(14)

Destacamos, no mais, que a imposição coercitiva dos atos de polícia independe de prévia autorização judicial.

A coercibilidade é imprescindível no exercício do poder de polícia, pois, se a Admi-nistração fosse obrigada a obter a autorização ou anuência do particular antes de aplicar uma sanção, ficaria praticamente inviável punir algum infrator de normas administrativas. Tal atributo é indissociável da autoexecutoriedade. O ato de polícia só é autoexecutório porque dotado de força coercitiva.

6.4.3. Autoexecutoriedade

A autoexecutoriedade consiste na possibilidade assegurada à Administração de utilizar os próprios meios de que dispõe para colocar em prática as suas decisões, independente-mente de autorização do Poder Judiciário, podendo valer-se, inclusive, de força policial.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova FCC – Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Manaus)/2019, foi conside-rado erconside-rado:

O regular exercício de poder de polícia pela Administração pública depende de rati-ficação pelo Poder Judiciário dos atos de intervenção e de interdição, considerando que excedem o âmbito da limitação de direitos e da supremacia do interesse público. Comentário: por força do tributo da autoexecutoriedade, a regra é que não precisa de autorização judicial para a execução das medidas decorrentes do poder de polícia.

Destaque-se que nem todo ato de polícia possui o atributo da autoexecutoriedade. É o caso da multa que não pode ser satisfeita (adimplida) pela vontade unilateral da Ad-ministração e a respectiva cobrança é realizada, normalmente, por meio da propositura da execução fiscal.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova FCC – Juiz do Trabalho (Unificado)/2017, foi considerado errado:

As multas decorrentes do poder de polícia devem ser executadas na via administrativa. Comentário: as multas decorrentes do poder de polícia não possuem autoexecutorie-dade, motivo pelo qual sua execução deve ocorrer na via judicial.

Por falar em multa, vale a pena conhecer a súmula 510 do STJ:

Súmula 510-STJ: A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de

(15)

Assim, entende o Superior Tribunal de Justiça que a penalidade administrativa por transporte irregular de passageiros não inclui o pagamento prévio de multas e despesas com a apreensão do veículo. O veículo, portanto, poderá ser liberado ainda que o seu proprietário não tenha efetuado o respectivo pagamento.

Muita atenção: é importante destacar que a doutrina costuma dividir tal atributo em dois conceitos: executoriedade e exigibilidade.

• Executoriedade: assegura à Administração a prerrogativa de implementar direta-mente as suas decisões, independentedireta-mente de autorização do Poder Judiciário. Assim, com fundamento na executoriedade, a Administração pode determinar a demolição de um imóvel que está prestes a desabar e que coloca em risco a vida de várias pessoas. Se o particular não providenciar a demolição, a própria Admi-nistração poderá executá-la. Trata-se de um meio direto de coerção.

• Exigibilidade: assegura à Administração a prerrogativa de valer-se de meios indi-retos de coerção para obrigar o particular a cumprir uma determinada obrigação, a exemplo do que ocorre na aplicação de uma multa. Perceba que com a possibilidade de aplicação de multa pelo não cumprimento de uma obrigação o particular irá “pensar duas vezes” antes de descumpri-la. Por isso trata-se de um meio indireto de coerção.

Mais uma questão merece atenção quanto a este atributo, há controvérsia doutrinária sobre a necessidade de previsão legal expressa para reconhecimento da autoexecutoriedade administrativa.

Segundo Rafael Oliveira, a doutrina majoritária afirma que a executoriedade de-pende de previsão legal ou do caráter emergencial da situação concreta; por outro lado, parcela da doutrina afirma que a executoriedade é a regra, somente afastada na hipótese de expressa vedação legal.

No mais, sempre que possível, a Administração, no exercício do seu poder de polícia, ainda que autoexecutável, deverá oportunizar, de forma prévia, ao administrado a ampla defesa e o contraditório, ressalvadas as hipóteses em que isso poderá colocar em risco o interesse da coletividade.

Por fim, é evidente que, o fato de contar com a autoexecutoriedade não impede a Administração de buscar o Poder Judiciário quando entender que tal medida é necessária para a consecução dos fins públicos.

A autoexecutoriedade que goza o Poder Público não retira deste a pretensão em valer-se de decisão judicial que lhe assegure a providência fática que almeja, pois nem sempre as medidas tomadas pela Administração no exercício do poder de polícia são suficientes (STJ. REsp 1651622/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 28/03/2017).

6.5. Prescrição

A legislação de cada ente deverá prever o prazo prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo é de 5 anos, com fundamento na Lei 9.873/99:

(16)

Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal,

direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à

legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração per-manente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

§ 1º Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de

três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de

ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.

§ 2º Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir

crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.

Devemos estar atentos às hipóteses que interrompem a prescrição: Art. 2º Interrompe-se a prescrição da ação punitiva:

I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; II – por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato;

III – pela decisão condenatória recorrível.

IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa

de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal.

COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?

Na prova FCC – Juiz do Trabalho (Unificado)/2017, foi considerado errado:

Em matéria de poder de polícia, suspende-se a prescrição da ação punitiva por qual-quer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da Administração pública federal.

Comentário: ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal ocasiona a interrupção do prazo prescricional da ação punitiva estatal, e não sua suspensão. Ressalte-se que o prazo de cinco anos é contado a partir da prática do ato, salvo nas situações de infração permanente ou continuada, da qual são exemplos a obra executada em desacordo com as restrições impostas pela prefeitura.

Por fim, caso não haja lei estadual ou municipal sobre o assunto, deverá ser aplicado o prazo prescricional de 5 anos por força, não da Lei 9.873/99, mas sim do art. 1º do Decreto 20.910/32:

Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem.

(17)

As disposições contidas na Lei 9.873/99 não são aplicáveis às ações administrativas punitivas desenvolvidas por Estados e Municípios, pois o seu art. 1º é expresso ao limitar sua incidência ao plano federal. Assim, inexistindo legislação local específica, incide, no caso, o prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32 (STJ, AgInt no REsp 1409267/PR, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, julgado em 16/03/2017).

RESUMO DO TEMA

PODERES ADMINISTRATIVOS

• Poderes orgânicos: são centros de imputação do Poder estatal, são inde-pendenteseestruturais(Executivo,LegislativoeJudiciário).

• PoderFuncional(ouadministrativo): soa os instrumentos de trabalho com osquaisórgãoseentidadesadministrativasdesenvolvemassuastarefas.

  Rafael Carvalho Rezende Oliveira: os poderes administrativos são

prerrogativasinstrumentaisconferidosaosagentespúblicosparaque, nodesempenhodesuasatividades,alcancemointeressepúblico.

PODER-DEVER

• OEstadoeseusagentespossuemospoderesadministrativosparabuscar a finalidade pública. Uma vez que tutelam interesses coletivos impõe-se aosagentesumasériededeveres.

• Não há para a autoridade administrativa o poder de exercer ou não as “faculdades” que a lei lhe conferiu. Se há possibilidade de agir, deve-se entendercomoumdeveradministrativo.

ABUSODE PODER

  Hely Lopes Meirelles: ocorre quando a autoridade, embora competente

para agir, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidadesadministrativas.

• Oabusodepoderéumacondutapraticadasobduasformas:Excessode PodereDesviodePoder.

Abusodepoder

Desvio de Poder: o agente

exerce a competência nos limites, mas para angir

finalidade diferente Excesso de poder: o agente ultrapassa os limites da competência PODER NORMATIVOOU REGULAMENTAR • PodemosentenderaprerrogativaqueaAdministraçãodetémparaeditar atosadministrativosgeraisparafielexecuçãodasleis.Podeserexercido pormeiodadelegaçãolegislativaoudoprópriopoderregulamentar. • DelegaçãoLegislativa:possibilitaapráticadeatonormativoprimário,com forçadelei. • Poder Regulamentar:éumaatividadeadministrativadecunhonormativo secundário. • Funçõesparaanormaregulamentar:1.Disporsobreoprocedimentoda administraçãonasrelaçõesquedecorrerãocomosadministradosquando da execução da lei; 2. Limitar a discricionariedade administrativa; 3. Ca-racterizarfatos,situaçõesoucomportamentosenunciadosnaleimediante conceitos vagos; 4. Decompor analiticamente o conteúdo de conceitos sintético,mediantediscriminaçãointegraldoquenelesdecontém.

(18)

RESUMO DO TEMA DECRETOE REGULAMENTO • DecretoéaformaeRegulamentoéamatéria,oconteúdo.   Regulamento:éoatonormativoemanadodepoderregulamentar,com fundamentodevalidadenalei.   Decreto:éaformadequeserevestemosatospraticadospelochefe dopoderexecutivo,oseuconteúdopodevariar.

• O exercício do poder regulamentar via decreto é privativo do chefe do poderexecutivo,édesuaexclusividade.

  Atos de regulamentação de 1º Grau:seriamosdecretosregulamentares.   Atos de regulamentação de 2º Grau: seriam para explicitar o teor dos

primeiros,comoinstruçõesexpedidas.

TIPO DE DECRETO

• Decretos de execução ou regulamentar: completa matéria constante em lei,semalterá-la.

• Decretoautorizadooudelegado:regulamentaaleiemfacedesuadeter-minaçãoexpressa.

• Decreto autônomo: independe da existência de uma lei, podendo criar umasituaçãojurídicanova. RESERVA DA ADMINISTRAÇÃO • Sãoosespaçosdeatuaçãoqueolegisladorconstituinteoutorgouparare-gulamentaçãopelaAdministraçãoPública,nosquaisévedadaaintromissão doPoderlegislativo,sobpenadeinconstitucionalidade. • Categorias:   Reservageraldeadministração:fundamenta-senoprincípiodaseparação dospoderesesignificaqueaatuaçãodecadaórgãoestatalnãopode invadiroucercearonúcleoessencialdacompetênciadosoutrosórgãos.   2.Reservaespecíficadeadministração:quandoaConstituiçãodestaca determinadas matérias, submetendo-as à competência exclusiva do PoderExecutivo. • Opoderregulamentarnãoseconfundecomopoderregulatório. • PoderRegulamentar:   CompetênciaprivativadochefedoExecutivo;   Envolveediçãodenormasgeraisparafielcumprimentodalei;   Conteúdopolítico. • PoderRegulatório:   Competênciaatribuídaàsentidadesadministrativas,comdestaquepara as agências reguladoras;   Englobaoexercíciodeatividadesnormativas,executivasejudicantes. PODER HIERÁRQUICO

• Decorrem as prerrogativas de dar ordens, para organizar as atividades, fiscalizar o cumprimento dos deveres de seus subordinados, rever suas condutas,delegareavocaratribuições.

  Delegação: significa transferir parcela de competência da autoridade competenteparaoutra,subordinadahierárquicaounão.Éaextensão deatribuiçõesdeumórgãoaoutrodamesmahierarquiaoudehie-rarquiainferior,desdequenãosejamexclusivos.

(19)

RESUMO DO TEMA

PODER HIERÁRQUICO

   Avocação:significaochamamentodeparceladacompetênciadosu-bordinadopelosuperiorhierárquico.Avocaçãoéatomadatemporária de competência legalmente atribuída a um agente subordinado, por outroagentedehierarquiasuperior.

  AtividadesIndelegáveis:Art.13.Não podem ser objeto de delegação: I – a edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativos; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

PODER DISCIPLINAR

• Omarcodoiníciodoexercíciodopoderdisciplinaréjustamenteofimdo hierárquico.Aaberturadeprocessoadministrativoparaapurararespon-sabilidade pela pratica de uma irregularidade administrativa, encerra as atividadesdopoderhierárquico.

• Poder disciplinar se entende a prerrogativa outorgada à Administração Públicaparaapurarinfraçõeseaplicarpenalidadesaosservidorespúblicos edemaispessoassujeitasàdisciplinaadministrativa.

PODER DISCIPLINAR

• A sanção aplicada pelo poder disciplinar decorre de um vínculo especial entreaadministraçãopúblicaeoindivíduoqueestásendopenalizado. • Discricionariedade do Poder

Disciplinar:opoderdisciplinarédiscricioná-rio, isso ocorre por causa da menor rigidez da legislação administrativa, quandocomparadaàlegislaçãopenal.Alegislaçãoadministrativaconfere certaliberdade(regrada,éverdade),paraqueaautoridadeadministrativa determineaadequaçãodacondutaaodescritonaLeieescolha,motiva-damente,asançãoquedeveseraplicadaaoagente. • DeverdeMotivação:Nosatosdepuniçãodisciplinarsempredeveráhaver motivação,assiméaspectoformalimprescindíveldoatoaexposiçãodos motivos,defatoededireito,quelevaramàaplicaçãodasançãodisciplinar. PODER DE POLÍCIA

• Pode ser compreendido como a faculdade conferida ao Estado para res-tringiroexercíciodeumdireitoindividualemfacedeumpotencialoureal benefíciodecorrentedessarestriçãoparaasociedade.

  Alexandre Mazza: poder de polícia é a atividade da Administração Pública,baseadanaleienasupremaciageral,consistentenoestabe-lecimentodelimitaçõesàliberdadeepropriedadedosparticulares.

• Oconceitodepoderdepolíciaéfornecidopeloart.78doCódigoTribu-tárioNacional–CTN:

  Art.78.Considera-se poder de polícia atividade da administração pú-blica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato.

  SENTIDOAMPLO: compreende toda e qualquer atuação estatal restri-tivaàliberdadeeàpropriedadequetemporobjetivoasatisfaçãode necessidadescoletivas.   SENTIDO RESTRITO:opoderdepolíciasignificaoexercíciodafunção administrativa,fundadanalei,querestringeecondicionaoexercício dedireitoseatividadesprivadas. • Aexpressãopolíciarepresentaumgênero,doqualexistemtrêsespécies distintas:apolíciaadministrativa,apolíciajudiciáriaeapolíciademanu-tençãodaordempública:

(20)

RESUMO DO TEMA

PODER DE POLÍCIA

  PolíciaAdministrativa:incidesobrebens,direitosouatividades,sendo vinculadaàprevençãodeilícitosadministrativos;

  Polícia Judiciária: incide sobre pessoas, é privativa de corporações especializadas (que integram a segurança pública estatal), a exemplo dapolíciacivil;

  Políciademanutençãodaordempública:possuiatuaçãotipicamente preventiva,agindodemodoanãopermitirqueoilícitopenalsecon-figure,funçãoqueficaacargo,daspolíciasmilitares.

• CICLO DE POLÍCIA: O exercício do poder de polícia compreende quatro fasesdistintasqueseinseremnodenominadociclodepolícia:

  Legislação ou ordem de polícia: é o preceito legal que estabelece as limitaçõesparaoexercíciodaatividadeparticular.Aadministraçãoproíbe ousodebemouoexercíciodeatividadesemasuapréviaautorização;   Consentimentodepolícia:éoatoadministrativopormeiodoquala

administração verifica se a atividade ou o uso de propriedade estão adequadasàsordensdepolícia;

  Fiscalizaçãodepolícia:éaaferiçãodaobservância,peloparticulardas ordensedoconsentimentodepolícia;

  Sansão de polícia: é o ato administrativo que pune o desrespeito às ordensouaoconsentimentodepolícia.

• ATRIBUTOSDOPODERDEPOLÍCIA:

  Discricionariedade: a Administração Pública dispõe de uma razoável liberdadedeatuaçãonoquetangeatosdepolíciaadministrativa.   Coercibilidade: os atos de polícia são coercitivos na medida em que

impõem restrições ou condições que devem ser obrigatoriamente cumpridaspelosparticulares.Aimposiçãocoercitivadosatosdepolícia independedepréviaautorizaçãojudicial.

  Autoexecutoriedade: consiste na possibilidade assegurada à Administra-çãodeutilizarosprópriosmeiosdequedispõeparacolocarempratica assuasdecisões,independentementedeautorizaçãodoPoderJudiciá-rio.Nemtodoatodepolíciapossuioatributodaautoexecutoriedade. • É importante destacar que a doutrina costuma dividir tal atributo em

dois conceitos:

  Executoriedade:asseguraàAdministraçãoaprerrogativadeimplementar diretaassuasdecisões,independentementedeautorizaçãodoPoder Judiciário,trata-sedeummeiodiretodecoerção;

  Exigibilidade: assegura à Administração a prerrogativa de valer-se de meios indiretos de coerção para obrigar o particular a cumprir uma determinadaobrigação.

PRESCRIÇÃO

• Noâmbitofederaloprazoéde5anos,comfundamentonaLeinº9.873/99:   Art. 1ºPrescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração

Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia (...)

§ 1º Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos

(21)

RESUMO DO TEMA PRESCRIÇÃO • Ressalte-sequeoprazodecincoanosécontadoapartirdapráticadoato, salvonassituaçõesdeinfraçãopermanenteoucontinuada.Porfim,caso nãohajaleiestadualoumunicipalsobreoassunto,deveráseraplicadoo prazoprescricionalde5anosporforça,nãodaLein.9.873/99:

  Art.1ºAs dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios,

bemassimtodoequalquerdireitoouaçãocontraaFazendafederal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,prescrevem em cinco anoscontadosdadatadoatooufatodoqualseoriginarem.

  Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as disposições contidas na Lei 9.873/99 não são aplicáveis às ações ad-ministrativas punitivas desenvolvidas por Estados e Municípios, pois o seu art. 1º é expresso ao limitar sua incidência ao plano federal. Assim, inexistindo legislação local específica, incide, no caso, o prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32(STJ.AgIntno

REsp1409267/PR,DJe27/03/2017).

QUESTÕES DE CONCURSOS 1. VUNESP – Procurador (FAPESP)/2018

Sobre o poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar que

a) é aquele em função do qual a Administração Pública edita atos de efeitos genéricos e concretos complementares das leis.

b) o poder regulamentar é espécie de poder normativo que abrange não apenas a edição de atos normativos, mas a fiscalização do seu cumprimento, a imposição de sanções e a mediação de conflitos.

c) compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da adminis-tração, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

d) os decretos regulamentares são aqueles que dispõem sobre matéria ainda não re-gulada especificamente em lei.

e) os decretos autônomos são aqueles expedi-dos para reger o funcionamento de órgãos colegiados no âmbito do Poder Legislativo ou Judiciário.

2. Na prova CEBRASPE (CESPE) – Procurador do Município de Fortaleza/2017

Com relação a processo administrativo, po-deres da administração e serviços públicos, julgue o item subsecutivo.

O exercício do poder regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo da União, dos estados, do DF e dos municípios.

3. CEBRASPE (CESPE) – Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017

Em relação aos poderes e deveres da admi-nistração pública, assinale a opção correta. a) É juridicamente possível que o Poder

Exe-cutivo, no uso do poder regulamentar, crie obrigações subsidiárias que viabilizem o cumprimento de uma obrigação legal.

b) De acordo com o STF, ao Estado é facultada a revogação de ato ilegalmente praticado, sendo prescindível o processo adminis-trativo, mesmo que de tal ato já tenham decorrido efeitos concretos.

c) De acordo com o STF, é possível que os guardas municipais acumulem a função de poder de polícia de trânsito, ainda que fora da circunscrição do município.

d) Do poder disciplinar decorre a atribuição de revisar atos administrativos de agentes públicos pertencentes às escalas inferiores da administração.

4. FCC – Juiz do Trabalho (Unificado)/2017 A respeito dos poderes da Administração pública, é correto afirmar:

(22)

a) As multas decorrentes do poder de polícia devem ser executadas na via administrativa.

b) Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre (i) organização e funcionamento da Administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extin-ção de órgãos públicos; e (ii) extinextin-ção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

c) Em matéria de poder de polícia, suspen-de-se a prescrição da ação punitiva por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da Administração pública federal.

d) É da competência exclusiva da Câmara dos Deputados sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

e) O poder de rever atos e decisões e de decidir conflitos de competência entre subordina-dos são desdobramentos ou decorrências do poder disciplinar.

5. FCC – Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Auditoria e Fiscalização/2018

Dentre os poderes atribuídos à Administração pública, o poder

a) regulamentar suscita maiores controvér-sias, porque passível de ser atribuído à Ad-ministração direta, incluídas as entidades paraestatais, para o desempenho regular de suas funções executivas.

b) normativo não pode ser exercido pelos en-tes que integram a Administração indireta, à exceção das agências reguladoras, por conta de sua independência e autonomia.

c) disciplinar é aplicável a todos os entes da Administração indireta, que se sujeitam à Administração central para fins de pro-cessamento dos processos disciplinares instaurados contra seus servidores.

d) hierárquico pode implicar viés disciplinar, a exemplo da apuração de infrações come-tidas por servidores públicos integrantes dos quadros da Administração direta.

e) de polícia pode ser delegado somente aos entes integrantes da Administração indireta que tenham personalidade jurídica de direito público, a exemplo das agências executivas no que concerne ao papel fis-calizador que exercem sobre a prestação de serviços públicos.

6. CEBRASPE (CESPE) – Defensor Público Federal/2017

Com referência à organização administrativa, ao controle dos atos da administração pública e ao entendimento jurisprudencial acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.

Como decorrência da hierarquia existente no âmbito da administração pública, o órgão superior detém o poder de avocar atribui-ções de competência exclusiva de órgão a ele subordinado.

7. CEBRASPE (CESPE) – Defensor Público do Estado do Acre/2017

A estrutura hierárquica da administração pública permite a

a) delegação da competência para aplicação de sanções em sede de poder de polícia administrativa à pessoa jurídica de direito privado.

b) revisão por agente de nível hierárquico superior de ato administrativo ou proces-so administrativo que contiver vício de legalidade.

c) delegação de órgão superior a órgão in-ferior da atribuição para a edição de atos administrativos de caráter normativo.

d) delegação a órgão diverso da competência para a decisão de recurso administrativo.

e) avocação por órgão superior, em caráter ordinário e por tempo indeterminado, de competência atribuída a órgão hierarqui-camente inferior.

8. VUNESP – Delegado de Polícia (PC BA)/2018 No âmbito da execução penal, a atribuição de apurar a conduta faltosa do detento cometida dentro do estabelecimento prisional durante o cumprimento da pena, assim como realizar a subsunção do fato à norma legal, verificando se a conduta corresponde a uma falta leve, média ou grave, e aplicar eventual sanção é do diretor do estabelecimento prisional e decorre do poder a) de polícia. b) geral de cautela. c) de tutela. d) hierárquico. e) disciplinar.

(23)

9. VUNESP – Juiz Estadual (TJ SP)/2018/188º Com relação ao processo disciplinar, é correto afirmar:

a) demonstrado em juízo o abuso de poder ou o desvio de finalidade, a pena aplicada pela Administração não pode ser substituída, mas anulada por decisão judicial.

b) é vedado à Administração, diante do prin-cípio da legalidade estrita e da tipicidade do ilícito disciplinar, eleger uma pena apli-cável dentre duas ou mais cominadas para determinada infração.

c) a pena aplicável pela Administração é aque-la prevista em lei e só pode ser substituída por decisão judicial.

d) a Administração tem discricionariedade para eleger entre duas ou mais penas legalmente previstas, e o Judiciário pode substituir por outra a pena aplicada, caso demonstrada a prática de abuso de poder ou desvio de finalidade.

10. FCC – Promotor de Justiça (MPE MT)/2019 “Atividade estatal consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público”, conceitua-se

a) coercibilidade.

b) discricionariedade.

c) autoexecutoriedade.

d) poder de polícia.

e) probidade administrativa.

11. CEBRASPE (CESPE) – Procurador do Município de Fortaleza/2017

Situação hipotética: Um secretário municipal removeu determinado assessor em razão de desentendimentos pessoais motivados por ideologia partidária. Assertiva: Nessa situa-ção, o secretário agiu com abuso de poder, na modalidade excesso de poder, já que atos de remoção de servidor não podem ter caráter punitivo.

GABARITO

1. C 2. CERTO 3. A 4. B 5. D

6. ERRADO 7. B 8. E 9. A 10. D

Referências

Documentos relacionados

multivariada esta esta auto-avaliação mostrou-se associada a fatores tais como a idade acima de 45 anos, presença de queixa clínica como motivo para a procura. do

The focus of this thesis was to determine the best standard conditions to perform a laboratory-scale dynamic test able to achieve satisfactory results of the

​ — these walls are solidly put together”; and here, through the mere frenzy of bravado, I rapped heavily with a cane which I held in my hand, upon that very portion of

Neste panorama, o principal objetivo desse estudo é entender a importância da competitividade de destinos turísticos pontuando quais políticas tem sido adotadas

Dentre as principais conclusões tiradas deste trabalho, destacam-se: a seqüência de mobilidade obtida para os metais pesados estudados: Mn2+>Zn2+>Cd2+>Cu2+>Pb2+>Cr3+; apesar dos

A two-way (eccentric versus concentric training) repeated measures (pre-training versus post-training) ANOVA, with a 5% significance level, was used to compare:

Não obstante estas abordagens distintas à problemática do consumo, ambas as correntes teóricas partem de um argumento principal e fundamental: a consideração que o consumo

F REQUÊNCIAS PRÓPRIAS E MODOS DE VIBRAÇÃO ( MÉTODO ANALÍTICO ) ... O RIENTAÇÃO PELAS EQUAÇÕES DE PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES ... P REVISÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE PPV ...