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MUNICÍPIO DE MEALHADA Câmara Municipal

ANEXO II – DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

MUNICÍPIO DE MEALHADA

Câmara Municipal

REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS DO

MUNICÍPIO DE MEALHADA

ANEXO II - FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA RELATIVA AO VALOR DAS

TAXAS

(2)

F FUUNNDDAAMMEENNTTAAÇÇÃÃOO EECCOONNÓÓMMIICCAA EE F FIINNAANNCCEEIIRRAADDAASSTTAAXXAASSDDOOMMUUNNIICCÍÍPPIIOODDAA M MEEAALLHHAADDAA

O presente anexo foi elaborado em estreito cumprimento com o disposto na alínea c) do n.º 2 do artigo 8.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro.

A

A.. EENNQQUAUADDRRAAMMEENNTTOO NNOORRMMAATTIIVVOO

O Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais (RGTAL) foi aprovado pela Lei n.º53-E/2006, de 29 de Dezembro e entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2007.

As taxas cobradas pelo Município da Mealhada inserem-se no âmbito do seu poder tributário e a sua criação, mediante regulamento aprovado pelo Órgão Deliberativo, está subordinada aos princípios da equivalência jurídica, da justa repartição dos encargos públicos e da publicidade e incide sobre utilidades prestadas aos particulares, geradas pelas actividades das Autarquias ou resultantes da realização de investimentos municipais, designadamente:

⋅ Realização, manutenção e reforço de infra-estruturas urbanísticas primárias e secundárias;

⋅ Concessão de licenças, prática de actos administrativos e satisfação administrativa de outras pretensões de carácter particular;

⋅ Utilização e aproveitamento de bens do domínio público e privado municipal;

⋅ Gestão de tráfego e de áreas de estacionamento;

⋅ Gestão de equipamentos públicos de utilização colectiva;

⋅ Prestação de serviços no domínio da prevenção de riscos e da protecção civil;

⋅ Actividades de promoção de finalidades sociais e de qualificação urbanística, territorial e ambiental;

⋅ Actividades de promoção do desenvolvimento e competitividade local e regional;

⋅ Actividades de promoção do desenvolvimento local.

O art.º 17.º do aludido diploma prevê a revogação das taxas actualmente existentes no início do segundo ano financeiro subsequente à sua entrada em vigor, ou seja, a partir de 1 de Janeiro de 2009, a não ser que os regulamentos então vigentes se conformem com a disciplina aprovada pelo novo regime, ou sejam alterados em conformidade com o mesmo.

O art.º 53.º da Lei n.º 54-A/2008 (Orçamento de Estado para 2009), de 31 de Dezembro, altera o aludido art.º 17.º da Lei n.º53-E/2006, de 29 de Dezembro, alargando o período transitório para 1 de Janeiro de 2010, sem prejuízo da entrada em vigor do RGTAL, conforme anteriormente se aludiu, ter acontecido a 1 de Janeiro de 2007, pelo que o

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MUNICÍPIO DA MEALHADA Câmara Municipal

mesmo se aplica, sob pena de nulidade, às taxas que desde aquela data venham a ser fixadas. As taxas são tributos que têm um carácter bilateral, sendo a contrapartida (art.º 3.º do R

a. Prestação concreta de um serviço público local;

b. Utilização privada de bens do domínio público e privado da Autarquia; ou

c. Remoção dos limites jurídicos à actividade dos particulares.

O elemento distintivo entre taxa e imposto é a existência ou não de sinalagma. O RGTAL reforça a necessidade da verificação deste sinalagma, determinando expressamente na fixação do valor das taxas os Municípios devem respeitar o princípio da equivalência jurídica segundo o qual “o valor das taxas das autarquias locais é fixado de acordo com o princípio da proporcionalidade e não deve ultrapassar o custo da actividade pública local (CAPL)

auferido pelo particular” (BAP) conforme

art.º 4.º. Mais refere que o valor das taxas, respeitando a necessária proporcionalidade, pode ser fixado com base em critérios de desincentivo à prática de certos actos ou operações. proporcionalidade imposta, quando seja utilizado um critério de desincentivo, revela-se como

da proibição de excesso, impondo um razoável controlo da relação de adequação

fim a que se destina.

Esquematicamente:

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DA

FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXA

mesmo se aplica, sob pena de nulidade, às taxas que desde aquela data venham a ser fixadas. As taxas são tributos que têm um carácter bilateral,

do RGTAL) da: restação concreta de um serviço público

tilização privada de bens do domínio público e privado da Autarquia; ou

emoção dos limites jurídicos à actividade dos particulares.

O elemento distintivo entre taxa e imposto é a ão de sinalagma. a necessidade da verificação deste sinalagma, determinando expressamente que na fixação do valor das taxas os Municípios devem princípio da equivalência jurídica, segundo o qual “o valor das taxas das autarquias locais é fixado de acordo com o princípio da proporcionalidade e não deve ultrapassar o custo da (CAPL) ou o benefício (BAP) conforme alude o que o valor das taxas, cessária proporcionalidade, pode ser fixado com base em critérios de desincentivo à prática de certos actos ou operações. A quando seja utilizado um se como um princípio mpondo um razoável ção de adequação da medida com o

Entendem-se externalidades

que envolvem a imposição involuntária de efeitos positivos ou negativos sobre terc

tenham oportunidade de os

Quando os efeitos provocados pelas actividades são positivos, estas são designadas por externalidades positivas. Quando os efeitos são negativos, designam-se por externalidades negativas.

As externalidades envolvem uma imposição involuntária.

Dispõe a alínea c) do n.º 2 do art.º 8.º do

que o regulamento que crie taxas municipais contém obrigatoriamente, sob pena de nulidade, fundamentação económico

valor das taxas.

No sentido clássico, as taxas são tributos que têm um

c caarráácctteerrbbiillaatteerraal, sendo a l c coonnttrraappaarrttiiddaa (art.º 3.º do RGTAL): : o DDaapprreessttaaççããooccoonnccrreettaaddee u ummsseerrvviiççooppúúbblliiccoollooccaall;; o DDaauuttiilliizzaaççããoopprriivvaaddaaddee b beennssddooddoommíínniiooppúúbblliiccooee p prriivvaaddooddaassAAuuttaarrqquuiiaass;;oouu o DDeerreemmooççããooddoosslliimmiitteess j juurrííddiiccoossààaaccttiivviiddaaddeeddooss p paarrttiiccuullaarreess

DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E E À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

se externalidades como as actividades que envolvem a imposição involuntária de efeitos positivos ou negativos sobre terceiros sem que estes

s impedir.

Quando os efeitos provocados pelas actividades são positivos, estas são designadas por externalidades positivas. Quando os efeitos são negativos,

se por externalidades negativas.

dades envolvem uma imposição

ínea c) do n.º 2 do art.º 8.º do RGTAL o regulamento que crie taxas municipais contém obrigatoriamente, sob pena de nulidade, a fundamentação económico-financeira relativa ao

V VaalloorrddaaTTaaxxaa c caallccuullaaddooeemmffuunnççããoo d doo: :

O valor das Taxas deve ser menor ou igual ao Custo da actividade pública local ou Benefício auferido pelo particular ou ser fixada com base em

critérios de desincentivo.

(4)

O princípio da equivalência jurídica, em concreto a equivalência económica pode, pois, ser concretizado conforme se referiu pela via do custo, adequando as taxas aos custos subjacentes às prestações que as autarquias levam a cabo, fixando-as num montante igual ou inferior a esse valor, ou pela via do benefício, adequando-as ao valor de mercado que essas prestações revestem, quando essa comparação seja possível. Quando esta comparação com actividades semelhantes prosseguidas por terceiros não é possível por estarmos perante prestações exercidas no âmbito do poder de autoridade sem similitude no mercado o indexante deverá ser, em regra, o CAPL.

O CAPL está presente na formulação do indexante de todas as taxas, mesmo naquelas que são fixadas, maioritariamente, em função do BAP ou numa perspectiva de desincentivo visando a modulação e regulação de comportamentos. O valor fixado de cada taxa poderá ser o resultado da seguinte função:

Assim, cumpre sistematizar para todas as taxas o custo da actividade pública local (CAPL) compreendendo os custos directos e indirectos, os encargos financeiros, amortizações e futuros investimentos a realizar pelo Município. O CAPL

consubstancia, em regra, a componente fixa da contrapartida, correspondendo a componente variável à fixação adicional de coeficientes e valores concernentes à perspectiva do BAP ou desincentivo. Na delimitação do CAPL foram arrolados os custos directos. Em conformidade com o supra aludido foi conduzido um exaustivo arrolamento dos factores “produtivos” que concorrem directa e indirectamente para a formulação de prestações tributáveis no sentido de apurar o CAPL.

Entenderam-se como factores “produtivos” a mão-de-obra directa, o mobiliário e hardware e outros custos directos necessários à execução de prestações tributáveis.

Os custos de liquidação e cobrança das taxas têm uma moldura fixa e são comuns a todas elas pelo que foi estimado um procedimento padrão para estas tarefas.

Atendendo à natureza e etimologia das taxas fixadas é possível estabelecer, em nosso entender, duas tipologias:

⋅ Tipo I – Taxas administrativas, taxas decorrentes da prestação concreta de um

CAPL

(Custo da Actividade Pública Local) E/OU

BAP

(Benefício Auferido pelo Particular) E/OU

Desincentivo Custos directos, indirectos,

amortizações, encargos financeiros e futuros investimentos

Comparação com o valor de prestações semelhantes exercidas

no mercado

Como forma de modular/regular comportamentos

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MUNICÍPIO DA MEALHADA Câmara Municipal

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

serviço público local, ou atinentes à remoção de um obstáculo jurídico (ex. análises de pretensões de Munícipes e emissão das respectivas licenças);

⋅ Tipo II – Taxas inerentes à utilização de equipamentos e infra-estruturas do domínio público e privado Municipal, em que se verifica um aproveitamento especial e individualizado destes.

(6)

B

B.. EENNQQUAUADDRRAAMMEENNTTOO MMEETTOODDOOLLÓÓGIGICCOO

Passamos a descrever a fórmula de cálculo utilizada para cada uma das tipologias descritas.

TIPO I - TAXAS ADMINISTRATIVAS, TAXAS DECORRENTES DA PRESTAÇÃO CONCRETA DE UM SERVIÇO PÚBLICO LOCAL, OU ATINENTES À REMOÇÃO DE UM OBSTÁCULO JURÍDICO

Para cada prestação tributável, foram mapeadas as várias actividades e tarefas e identificados os equipamentos (mobiliário e hardware) e a mão-de-obra necessária reduzindo a intervenção/utilização/consumo a minutos.

O valor do Indexante CAPL é apurado, por taxa, através da aplicação da seguinte fórmula:

Em que:

A. CMHGP - É o custo médio do minuto/homem

por grupo de pessoal calculado recorrendo à seguinte fórmula:

CMHGP = Remunerações e encargos (1) /60 Trabalho Anual em horas gp (2)

(1) Resulta da soma das remunerações e dos encargos com estas por grupo de pessoal.

(2) Resulta da seguinte fórmula 52 x (n-y), em que: . 52 é o número de semanas do ano;

. n – Nº de horas de trabalho semanais (assumiram-se as 35 horas semanais como sendo o valor padrão);

. y – Nº de horas de trabalho perdidas em média por semana (feriados, férias, % média de faltas por atestado médico – Foi tido em conta o absentismo médio por Grupo de Pessoal constante do Balanço Social do exercício de 2007).

B. MCGP – São os minutos/homem “consumidos” nas tarefas e actividades que concorrem directamente para a concretização de uma prestação tributável. No mapeamento dos factores produtivos foi subsidiariamente assumido o disposto no n.º 2 do artigo 16.º da Lei das Finanças Locais, Lei n.º 2/2007, de 15

CAPL

I

=

(C

MHGP X

MC

GP

)

+

(C

KV X

K

M

)

+

C

ENX

+C

CET

+

C

LCE

+

C

PS

+

C

IND

O CUSTO DA ACTIVIDADE PÚBLICA LOCAL DAS TAXAS DO TIPO I (CAPLI) CORRESPONDE AO SOMATÓRIO DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA NECESSÁRIA PARA CONCRETIZAR AS TAREFAS INERENTES À SATISFAÇÃO DA PRETENSÃO, DO CUSTO DAS DESLOCAÇÕES, DO CUSTO DO ENXOVAL AFECTO A CADA COLABORADOR, DO CUSTO DA CONSULTA A ENTIDADES TERCEIRAS (QUANDO A ELAS HOUVER LUGAR), DOS CUSTOS DE LIQUIDAÇÃO, COBRANÇA E EXPEDIENTE (QUANDO APLICÁVEL), DO CUSTO COM PRESTADORES DE SERVIÇOS EXTERNOS (QUANDO A ELES SE RECORRA) E AINDA COM CUSTOS INDIRECTOS (RATEADOS POR CADA TAXA EM FUNÇÃO DE CHAVES DE REPARTIÇÃO).

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MUNICÍPIO DA MEALHADA Câmara Municipal

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

de Janeiro, que determina que para efeito do apuramento dos custos de suporte à fixação dos preços, os mesmos “são medidos em situação de eficiência produtiva …”O que significa que os factores produtivos deverão ser mapeados numa perspectiva de optimização, ou seja, que os mesmos estão combinados da melhor forma possível sem dispêndios desnecessários

C. CKV - É custo Km/Viatura calculado por recurso à seguinte fórmula:

Em que:

(1) Amortização correspondente; (2) Custo associado aos pneus; (3) Despesas com combustível; (4) Manutenções e reparações ocorridas; (5) Custo do seguro;

(6) Outros custos.

Sempre que numa prestação tributável seja necessária a utilização de viaturas para a sua concretização, designadamente em sede de vistorias e demais deslocações, foi definido um percurso médio em Km e em Minutos e, bem assim, foi tipificada a composição da equipa ajustada por prestação tributável, visando criar uma justiça relativa para todos os Munícipes independente da localização da pretensão no espaço do Concelho.

A. CCET - É o custo inerente à consulta a entidades terceiras quando a elas houver lugar (ex. CCDR, EP,…) . Este valor foi incorporado nas prestações tributáveis em que esta actividade é recorrente, padronizando-se um valor que corresponde à actividade administrativa necessária e ao custo de expediente;

B. CENX - Resulta da soma das amortizações anuais dos equipamentos e hardware, à disposição de cada colaborador e que fazem parte do enxoval de equipamentos, e dos artigos de economato de que este necessita para a prossecução das tarefas que lhe estão cometidas em sede de prestações tributáveis. C. CLCE – Corresponde aos custos de liquidação,

cobrança e expediente comuns a todas as taxas;

D. CPs – São os custos com prestadores de serviços externos (pessoas colectivas ou singulares) cuja intervenção concorre directamente para a concretização de prestações tributáveis (ex. Taxa de inspecção a ascensores, em que a vistoria é, em regra, concretizada por entidade terceira subcontratada para o efeito);

E. CInd - Corresponde aos custos indirectos rateados por cada taxa, designadamente: ⋅ Custos de elaboração e revisão dos

Instrumentos Municipais de Ordenamento e Planeamento do Território - assumindo-se uma vida útil de 10 anos;

CKV =

∑ Custos (1 a 7) Km médios percorridos por ano

(8)

⋅ Custos anuais das licenças de software específico de suporte ao licenciamento; ⋅ Custos anuais do atendimento (front-office)

indiferenciado por domínio ou sector; ⋅ Outros custos indirectos com particular

relação com a prestação tributável.

TIPO II – TAXAS INERENTES À UTILIZAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS E INFRA-ESTRUTURAS DO DOMÍNIO

PÚBLICO E PRIVADO

No que concerne às taxas inerentes à utilização de equipamentos e infra-estruturas do domínio público e privado, entendeu-se que o indexante CAPL seria apurado por recurso à seguinte fórmula:

Em que:

A. CAPLI – É o Custo da Actividade Pública Local

apurado nos termos do descrito para as taxas do Tipo I, quando existam;

B. CUC – Corresponde ao custo por unidade de ocupação, utilização ou consumo, calculado por recurso à seguinte fórmula:

CUC=

(CFUNC +REINT +CMR+CP+OC) CPR

Em que:

(1) CFUNC – Integram os custos de funcionamento, designadamente encargos das instalações;

(2) REINT – Reintegrações das infra-estruturas, bens móveis e veículos;

(3) CMR – Custos de manutenção e de reparação dos equipamentos e infra-estruturas;

(4) CP – Custos com Pessoal; (5) OC – Outros custos;

(6) CPR – Corresponde à capacidade em Unidades de Ocupação (ex. m2, metro linear, …), Utilização (ex. hora, dia, mês,…) ou Consumo, para as quais o equipamento foi concebido.

Consta do anexo A o detalhe, por taxa, da fundamentação económica e financeira em conformidade com a alínea c) do n.º 2, do artigo 8.º do Regime Geral das Taxas para as taxas do Tipo I e II.

CAPL

II =

CAPL

I

+

CUC

O CUSTO DA ACTIVIDADE PÚBLICA LOCAL DAS TAXAS DO TIPO II (CAPLII) CORRESPONDE AO SOMATÓRIO DAS TAXAS DO TIPO I (CAPLI) COM O CUSTO POR UNIDADE DE OCUPAÇÃO OU CONSUMO (CUC)

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MUNICÍPIO DA MEALHADA Câmara Municipal

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

C

C.. CCOONNSSIIDDEERRAANNDDOOSS SSOOBBRREE OOSS DDOOMMÍÍNNIIOOSS E

E PPRREESSTTAAÇÇÕÕEESS TTRRIIBBUUTTÁÁVVEEIISS

Tecemos, de seguida, alguns considerandos sobre os domínios com prestações tributáveis e alguns dos pressupostos que estiveram na base conceptual de suporte à fundamentação das respectivas taxas.

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS GERAIS - CERTIDÕES,

FOTOCÓPIAS E OUTROS DOCUMENTOS INERENTES AO ACESSO À INFORMAÇÃO NA POSSE DO MUNICÍPIO

(TIPO I)

O acesso dos cidadãos aos documentos administrativos está consagrado no n.º 2 do art.º 268.º da Constituição da República Portuguesa cuja regulamentação está densificada na Lei n.º 46/2007, de 24 de Agosto, em concordância com os princípios da publicidade, da transparência, da igualdade, da justiça e da imparcialidade.

Em conformidade com o art.º 3.º da Lei n.º 46/2007, de 24 de Agosto, considera-se documento administrativo qualquer suporte de informação sob forma escrita, visual, sonora, electrónica ou outra forma material, na posse do Município.

O acesso aos documentos administrativos exerce- -se através dos seguintes meios, conforme opção do requerente:

a. Consulta gratuita, efectuada nos serviços que os detêm;

b. Reprodução por fotocópia ou por qualquer meio técnico, designadamente visual, sonoro ou electrónico;

c. Certidão.

A reprodução prevista na alínea b) do parágrafo anterior faz -se num exemplar, sujeito a pagamento, pelo requerente, da taxa fixada, que deve corresponder à soma dos encargos proporcionais com a utilização de máquinas e ferramentas e dos custos dos materiais usados e do serviço prestado, sem que, porém, ultrapasse o valor médio praticado no mercado por serviço correspondente.

Nesta conformidade, para as taxas desta natureza foi considerado o custo da contrapartida (CAPL) entendido como o custo dos materiais consumidos e da mão-de-obra utilizada e, quando aplicável foram tidos como referencial os valores praticados no mercado para prestações idênticas consubstanciando estes a demonstração do Benefício Auferido pelo Particular (BAP).

OCUPAÇÃO DO SOLO, SUBSOLO E ESPAÇO AÉREO DO

DOMÍNIO PÚBLICO E PRIVADO DO MUNICÍPIO (TIPO I) Nos termos do art.º 1344.º, n.º 1, do Código Civil, “a propriedade dos imóveis abrange o espaço aéreo correspondente à superfície, bem como o subsolo, com tudo o que neles se contém e não esteja desintegrado do domínio por lei ou negócio jurídico”. Entende-se que estes limites materiais do direito de propriedade se aplicam a bens de domínio público e privado.

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Quando o uso privativo do domínio público e privado do Município, incluindo o subsolo, é consentido a pessoas determinadas, com base num título jurídico individual, que do mesmo retira uma especial vantagem, impõe-se que a regra da gratuitidade da utilização comum do domínio público ceda perante a regra da onerosidade.

O tributo exigido a propósito da ocupação e utilização do solo, subsolo e espaço aéreo tem contrapartida na disponibilidade dessa ocupação e utilização em benefício do requerente, para satisfação das suas necessidades individuais. Nesta conformidade entende-se que esta utilização consubstancia a contraprestação específica correspectiva do pagamento da taxa e que se consubstancia na utilização individualizada (pois que excludente da utilização para outros fins) do domínio público para fins não apenas de interesse geral.

Pretende-se, pois, além de demonstrar o custo da contrapartida (CAPL), incorporar um elemento regulador, mas não inibidor, na utilização individualizada dos bens de domínio público.

PUBLICIDADE (TIPO I)

Considera-se publicidade, conforme define o Código da Publicidade aprovado pelo Decreto-Lei n.º 330/90, de 23 de Outubro, qualquer forma de comunicação feita por entidades de natureza pública ou privada, no âmbito de uma actividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com o objectivo directo ou indirecto de:

a. Promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços; b. Promover ideias, princípios, iniciativas ou

instituições.

Conforme dispõe a Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto as mensagens publicitárias devem preservar o equilíbrio urbano e ambiental.

O licenciamento de mensagens publicitárias tem em vista salvaguardar a realização dos seguintes objectivos:

a. Não provocar obstrução de perspectivas panorâmicas ou afectar a estética, o ambiente dos lugares ou da paisagem; b. Não prejudicar a beleza ou o enquadramento

de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros susceptíveis de serem classificados pelas entidades públicas; c. Não causar prejuízos a terceiros;

d. Não afectar a segurança de pessoas ou de bens, nomeadamente, na circulação rodoviária ou ferroviária;

e. Não apresentar disposições, formatos ou cores, que possam confundir-se com as da sinalização do tráfego;

f. Não prejudicar a circulação dos peões, designadamente dos deficientes;

g. Não prejudicar a iluminação pública;

h. Não prejudicar a visibilidade de placas toponímicas e demais placas sinaléticas de interesse público.

Assim, a fundamentação económica e financeira das taxas de publicidade teve em conta, por um lado, o custo da contrapartida, designadamente o custo da

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MUNICÍPIO DA MEALHADA Câmara Municipal

ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

actividade de licenciamento e por outro, introduzir mecanismos reguladores, designadamente de desincentivo a mensagens e acções publicitárias tendentes a afectar a preservação do equilíbrio urbano e ambiental, eliminando ou minimizando as que geram externalidades negativas.

Desta forma, para a fundamentação das taxas de apreciação/licenciamento concorreram dois indexantes:

a. O custo inerente aos intervenientes no procedimento de licenciamento incluindo, nos casos aplicáveis, uma deslocação ao local da pretensão; e

b. Coeficiente de majoração/desincentivo nos casos em que as mensagens publicitárias gerassem externalidades negativas penalizando, desta forma, determinadas localizações, dimensões, formatos e cores.

Na renovação foram, uma vez mais, tidos em conta aqueles indexantes.

CEMITÉRIOS E SERVIÇOS CONEXOS (TIPO I E II)

O Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei n.º 5/2000, de 29 de Janeiro e 138/2000, de 13 de Julho estabelece o regime jurídico da remoção, transporte, inumação, exumação, trasladação e cremação de cadáveres, de cidadãos nacionais ou estrangeiros,

bem como de alguns desses actos relativos a ossadas e cinzas e, ainda, da mudança de localização de um cemitério.

As taxas resultantes da ocupação de sepulturas, jazigos e de serviços diversos prestados pelo Município nos domínios elencados foram fundamentadas tendo em conta ao custo da contrapartida.

No que concerne à ocupação e concessão perpétua de espaços para sepulturas e jazigos considerou-se uma ocupação padrão de 7 anos (inumação em sepultura temporária) e 50 anos (concessão perpétua).

Assim, no apuramento do custo da contrapartida de uma inumação em sepultura temporária, além do custo da actividade administrativa (recepção do requerimento, registo, …) e operativa (intervenção do Coveiro, designadamente abertura e fecho da vala) assumiu-se o custo da ocupação, 2 m2, durante 7 anos. No apuramento do custo de uma concessão perpétua assumiu-se uma ocupação padrão de 50 anos.

Para o cálculo do custo padrão do m2/ano foi estudada alargamento do Cemitério Municipal:

Cemitério* M2 Valor Valor Ano Custo Sepultura Custo Sarcófago Custo Jazigos

Terreno Ampl. 14% 35.000,00 € 700,00 €

8,49 € 264,27 € 23,43 €

(12)

LICENCIAMENTOS DIVERSOS (TIPO I)

Compreende-se nesta epígrafe as prestações tributáveis concernentes a Condução de Veículos, Mercados e Feiras, Recintos de espectáculos e Divertimentos Públicos, Exercício da Actividade de Transporte de Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros (Táxis), Exploração de Máquinas Automáticas, Eléctricas e Electromecânicas de Diversão, Exercício das Actividades Transferidas para as Câmaras Municipais da Competência dos Governos Civis, Vistorias Sanitárias e Inspecções a Ascensores.

Como suporte à fundamentação do valor das taxas fixadas em contrapartida dos actos e licenciamentos referidos foi tido em conta, sobretudo, o custo da contrapartida, designadamente os custos inerentes à actividade de apreciação e licenciamento. Nalguns casos, devidamente identificados no anexo, foi ainda fixado um coeficiente de desincentivo conducente a desincentivar actividades que gerassem externalidades negativas.

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MUNICÍPIO DE MEALHADA Câmara Municipal

ANEXO II – DEMONSTRAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE SUPORTE À FIXAÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS

A ANNEEXXOO D DEEMMOONNSSTTRRAAÇÇÃÃOODDAAFFUUNNDDAAMMEENNTTAAÇÇÃÃOO ( (IINNDDEEXXAANNTTEE))PPOORRTTAAXXAA

Referências

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