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Notícia e reportagem: uma proposta de distinção

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Academic year: 2021

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Mirna Gurgel Carlos da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Abstract

The present work is an investigation about a possible distinction between the genres “news” and “reportages” for newspaper’s journalists. For that, was created two organization´s models, one for “news” and other for “reportages” , in order to analize the formal and fuctional criteria existing within a 74 news and 26 reportage’s corpus of Ceara’s newspapers “O Povo” and “ Diário do Nordeste”, during July 2000. The analysis is being developed based on the Communications and Linguistics theory’s.

Palavras-chaves : Gênero textual; notícia; reportagem. 1 Introdução

Apesar de bastante difundidos e produzidos largamente no cotidiano dos jornalistas da mídia impressa, a notícia e a reportagem não se apresentam como gêneros textuais bem definidos dentro dessa comunidade discursiva. Constata-se facilmente que as distinções teóricas e, sobretudo, práticas não dispõem de um tratamento mais científico e são delimitadas por normas e regras do mercado empresarial. Os jornalistas conhecem e adotam estratégias convencionalmente definidas pela área da imprensa na produção desses gêneros, para atingir quantitativa e qualitativamente a audiência pretendida. Os leitores da notícia e da reportagem apresentam-se distribuídos nos diversos tipos de

audiência da mídia impressa: os segmentos sociais - A, B, C, D e E1. Eles costumam

reconhecer características capazes de distinguir superficialmente o gênero notícia do gênero reportagem. Tais características acabam sendo, em geral, as mesmas adotadas pelos profissionais para diferenciarem notícia de reportagem, sobretudo as relacionadas

à apresentação visual, à distribuição gráfica e à extensão das informações nos dois

gêneros.

O apoio teórico da nossa pesquisa está respaldado em concepções atuais sobre gêneros textuais, mais especificamente no que se entende por notícia e reportagem, na área da Comunicação, e nas pesquisas mais recentes em análise de gêneros no campo da Lingüística.

Na área da Comunicação, alguns estudos que abordam os gêneros produzidos na comunidade jornalística não apresentam uma distinção precisa para os gêneros notícia e reportagem, o que coloca os jornalistas à mercê de uma regulamentação convencionada dentro do mercado impresso, ou seja, do que é ditado pelas empresas de jornais.

Dentre os estudos na área da Comunicação, que comentaremos a seguir, destacam-se os de Bond (1962), Beltrão (1969), Bahia (1972), Rabaca et Barbosa (1978), Lage (1981 e 1988) e Amaral (1982). Além disso, consultamos os manuais de redação e estilo do

1 Conforme as classificações adotadas pelas empresas de pesquisa de audiência nos media para as

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jornal O Estado do São Paulo (1990) e do jornal O Globo (1992), também em busca de critérios convencionados na comunidade jornalística para caracterizar os gêneros notícia e reportagem.

Na área da Lingüística, vale a pena mencionar os estudos de Van Dijk (1990 e 1992), que descreve a superestrutura da notícia e traça a sua organização interna e de Swales (1990), que propõe um modelo de análise de gêneros, o modelo CARS (Create a

research space). Este último detalha a distribuição de informações em introduções de

artigos de pesquisa e tem se mostrado adequado para a descrição de diversos gêneros, por oferecer um arcabouço de movimentos (moves) e passos (steps) que facilita a identificação de unidades de informação em outros gêneros textuais.

Com a aplicação do modelo CARS, foi possível elencar particularidades da notícia e da reportagem que poderão permitir a sua identificação como gêneros específicos, considerando, especialmente, como se distribuem as unidades de informação em cada um deles.

Selecionamos uma pequena amostra de notícias e reportagens para realizamos um estudo piloto, adaptando o modelo CARS à análise da distribuição das informações nos dois gêneros. São dois casos de uxoricídio, veiculados em 1992, nos jornais O Povo e Diário do Nordeste, sendo denominados por Caso Maria/Francisco, como exemplo do gênero notícia, com dois dias de inserções na mídia impressa, e Caso Ethel/Flávio, como exemplo do gênero reportagem, com quatro dias de inserções.

2 Revisão da literatura

Os estudos sobre gêneros textuais vêm-se desenvolvendo em diferentes perspectivas, abrangendo variadas produções textuais em quadros situacionais diversos. Referência obrigatória tem sido Bakhtin (1992[1953]), que aponta diferentes formas de estruturar a linguagem e a relativa estabilidade de cada gênero. Bakhtin considera três aspectos caracterizadores dos gêneros: a seleção de temas (conteúdo); a escolha dos recursos lingüísticos (estilo); e as formas de organização textual (construção composicional), e define gêneros como “tipos relativamente estáveis de enunciados”, marcados de acordo com as diferentes situações sociais a que estão relacionados

Bakhtin trata os discursos orais e escritos de diversas naturezas como gêneros discursivos, subclassificando-os em gêneros primários e secundários. Os primários estão presentes no cotidiano das relações humanas, como o diálogo e a carta, e os secundários ocorrem em esferas públicas e/ou de maior interação social, como o romance, o teatro, o discurso científico e o ideológico, entre outros. Nesse horizonte, os gêneros vêm sendo entendidos como unidades lingüísticas dinâmicas, estabelecidos com propósitos específicos e conforme padrões lingüísticos e culturais de cada comunidade discursiva. Os gêneros textuais veiculados na mídia impressa incluem-se na segunda categoria, a dos gêneros secundários e a sua classificação vem se definindo pelo uso e por alguns estudos dentro da área jornalística, sem o devido aparato teórico-descritivo para distinguir notícia de reportagem. Segundo Lage (1982:33), a notícia, em seu sentido mais amplo e sua antigüidade, é um meio de transmissão de experiência, possibilitando o relato de fatos a quem não os presenciou, correspondendo a relatos importantes para o comércio, a política e outros segmentos sócio-econômicos.

O impacto da Segunda Guerra Mundial e a invenção do rádio impulsionam um novo conteúdo jornalístico atual e voltado para a grande massa. As empresas jornalísticas substituem a produção individual, a do escritor, por uma criação coletiva elaborada por uma equipe de repórteres. O aparecimento da reportagem, todavia, não significa ainda um possível gênero jornalístico diferenciado dos demais gêneros: notícia, opinião e editorial. Constata-se que a reportagem e a notícia funcionam como um divisor entre a

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literatura e o jornalismo.

A reportagem passa a ser reconhecida como gênero, na prática diária dos repórteres, com a construção da história dos fatos presentes, mas com maior profundidade das informações trabalhadas antes pelas notícias. Conforme Medina (1988:62), os critérios de conteúdo, propiciando o aprofundamento e a ampliação das informações imediatas (características básicas da notícia), são premissas de uma grande reportagem hoje. Com o desenvolvimento tecnológico do século XX, diversificam-se as mensagens veiculadas pela mídia, aparecendo novas formas jornalísticas já em uso em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Nessa época, o jornalismo possui vários gêneros: notícia, reportagem, entrevista, editorial, crônica, dentre outros. Essa classificação é baseada no formato das páginas dos jornais.

Na área da Comunicação, existem autores que defendem uma estreita ligação entre notícia e reportagem, diferenciando-se apenas por uma terminologia específica. Para Bond (1962:91), por exemplo, a “notícia é uma reportagem oportuna sobre coisa de interesse para a humanidade (...)”. Idêntica visão tem Cardet (1981:38/42), ao considerar apenas a existência da notícia, preocupando-se em defender quatro princípios capazes de melhor caracterizá-la no jornalismo.

Há, todavia, outros estudiosos que tentam destacar a notícia e a reportagem como dois gêneros distintos. Bahia (1972) classifica a notícia quanto à ocorrência, à procedência, à seleção e quanto à técnica de tratamento; enquanto a reportagem é considerada como a grande notícia. Para Rabaca e Barbosa (1978:324), a notícia é o "relato de fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e importância para a comunidade, e capaz de ser compreendido pelo público", enquanto a reportagem, segundo os autores (1978:405), é o "conjunto das providências necessárias à confecção de uma notícia jornalística: cobertura, apuração, seleção dos dados, interpretação e tratamento", isso tudo conforme as técnicas de um texto jornalístico.

Lage (1982:35) ressalta dois obstáculos à distinção entre notícia e reportagem: 1) a questão polissêmica da palavra reportagem, tanto designando um gênero jornalístico, como uma seção da empresa jornalística, e 2) a própria estrutura adotada pela mídia impressa para as notícias e/ou reportagens. Amaral (1982:133) defende os dois gêneros, vendo a notícia como a essência do jornal, abrangendo tudo, desde uma nota a um editorial, e a reportagem como a “representação de um fato ou acontecimento, enriquecida pela capacidade intelectual, observação atenta, sensibilidade e narração fluente do autor”.

Nos dois manuais que consultamos, privilegia-se a distinção entre notícia e reportagem. No Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de São Paulo (1990:67), a reportagem é a essência do jornal, diferenciando-se da notícia mediante seu conteúdo, extensão e profundidade, enquanto a notícia, em geral, busca descrever o fato e, quando muito, seus efeitos e conseqüências. Conforme esse manual, a reportagem parte da própria notícia, mas prossegue desenvolvendo uma seqüência investigativa que vai além da notícia. O Manual de Redação e Estilo O Globo (1992:27/29) estabelece que a “reportagem é muitas vezes uma história: fatos que se sucederam até um desenlace” e que não existe reportagem se não houver gente. Nesse manual (1992:33), o gênero notícia encontra-se definido como matéria leve e frisa-se que “os dados pitorescos e inusitados são os que realmente dão interesse à notícia”.

Na área da Lingüística, as pesquisas sobre o gênero notícia e o gênero reportagem não têm sido muito numerosas, e a mais conhecida e citada é, sem dúvida, a de Van Dijk (1992), que traçou um esquema específico para o texto noticioso, em que propôs uma série de categorias típicas do discurso da notícia, defendendo que “a ordem das

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categorias, tal como é especificada pelas regras, determina também, portanto, o arranjo global das respectivas seqüências ou episódios” (Van Dijk, 1992:145).

Segundo o autor, a estratégia de produção do discurso noticioso costuma seguir alguns movimentos ou passos capazes de fazer da narrativa do jornalismo algo bastante diferente de outras narrativas. Na realidade, esses movimentos ou passos possibilitam ao jornalista e ao leitor reconhecerem que temas e que categorias foram adotadas, sua ordem e quantidade de informações em cada um dos temas ou categorias.

Van Dijk, entretanto, só contemplou o gênero notícia e, além disso, o esquema que propôs não oferece um maior detalhamento da organização das informações. Por isso consideramos, nesta pesquisa, as contribuições que a proposta de Swales (1990) pode dar não somente à caracterização da notícia, como também à descrição do gênero reportagem. Swales (1990) desenvolveu uma nova visão conceitual de gênero, que realça a natureza estritamente social da linguagem. Os gêneros são entendidos pelo autor como “propriedades de comunidades discursivas, o que quer dizer que gêneros pertencem a comunidades discursivas, não a indivíduos, a outros tipos de grupos ou a vastas comunidades de fala” (Swales, 1990:09).

A contribuição de Swales para a análise de gêneros se completa com um modelo de organização das informações em introduções de artigos de pesquisa, produzidos em comunidades acadêmico-científicas. Trata-se do modelo CARS (Create a research

space), que reflete a distribuição de informações em movimentos (moves) e passos

(steps). Os primeiros são considerados obrigatórios e os segundos são desdobramentos de cada movimento, divididos entre obrigatórios e opcionais.

Esse modelo de organização retórica das informações em introduções de artigos de pesquisa tem demonstrado sua aplicabilidade para a análise de diferentes gêneros, acadêmicos ou não, e mostrou-se também adequado para verificar a distribuição das unidades de informação em notícias e reportagens, conforme demonstramos a seguir, num exercício preliminar de análise, em busca das peculiaridades de cada um desses gêneros. Diferentemente do modelo de Van Dijk (1992), que revela exclusivamente um esquema da notícia, o modelo CARS propicia verificar, em princípio, a hierarquização das unidades temáticas em qualquer gênero.

3 Análise e tratamento dos dados

3.1 Aplicação do modelo CARS na análise de notícias

O modelo CARS (Swales, 1990), adaptado para a análise da organização do gênero notícia, resultou na identificação de três unidades básicas e respectivas subunidades. A primeira unidade apresenta o fato, anunciando a informação principal da notícia que será abordada. Essa unidade possui a subunidade 1, que é obrigatória e compreende o título da notícia, com a informação principal, e a subunidade 2, que é opcional e é preenchida pelo subtítulo, servindo para complementar a informação anterior.

A segunda unidade é o corpo da notícia, discorrendo sobre o fato abordado e tem cinco

subunidades. A subunidade 1 é obrigatória, correspondendo ao lead e trazendo um

resumo do fato, com os personagens principais, o lugar e o acontecimento em si. A

subunidade 2 é o sublead, onde são acrescentados alguns dados relevantes ao resumo

abordado na subunidade 1, mas que não haviam sido enfocados no lead. Apesar de caracterizadora da notícia, a subunidade 2 não costuma aparecer na notícia. Também facultativa, a subunidade 3 é o intertítulo, recurso gráfico com uma ou duas palavras utilizadas para tornar o texto de fácil compreensão e proporcionar melhor divisão temática da notícia. A subunidade 4 é obrigatória e representa a continuação do corpo da notícia, melhor detalhado o assunto, seus personagens, local(is) e possíveis repercussões e desdobramentos do fato abordado.

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A unidade 3 é a forma de ilustração da notícia, com duas subunidades. A subunidade 1 é a fotografia que mostra o fato em si ou algo relacionado ao mesmo. A subunidade 2 é a legenda, detalhando o que vem sendo apresentado na fotografia (subunidade 1). A

unidade 3 pode estar ou não presente no gênero notícia, sendo geralmente utilizada

conforme a área destinada pela mídia para o assunto tratado na notícia. No jornalismo atual, a junção das subunidades 1 e 2 da unidade 3, respectivamente fotografia e legenda, vem exercendo um papel fundamental em vários gêneros dessa área, podendo até ser o foco principal da descrição de um acontecimento.

Enfim, a organização das informações verificadas nas notícias analisadas, à luz do modelo CARS, oferece subsídios para o reconhecimento desse gênero jornalístico, no que se refere à distribuição das informações, com determinadas convenções comuns ao gênero. Concluímos, preliminarmente, que uma notícia, independentemente de ser de caráter político, econômico ou policial, apresenta-se com uma estrutura ou organização padrão caracterizadora do gênero notícia.

3.2 Aplicação do modelo CARS na análise de reportagens

O modelo CARS (Swales, 1990) também serviu de parâmetro para elaborarmos uma proposta de organização do gênero reportagem, com base na análise das reportagens da amostra. Além de abranger as três unidades e as oito subunidades da organização encontrada no gênero notícia, a reportagem apresenta mais três unidades e quatro

subunidades. Essa distribuição diferenciada da notícia vem ratificar algumas posições

na prática atual do jornalismo que estão considerando notícia e reportagem como dois gêneros distintos, embora apresentem algumas características semelhantes.

A unidade 1 do gênero reportagem é semelhante à da notícia, diferenciando-se pelo fato de a subunidade 1 – título e a subunidade 2 – subtítulo ocorrem de forma obrigatória e com maior dependência entre si. Na unidade 2, exceto a subunidade 3 - sublead 2, que é facultativa, as subunidades 1, 2, 4 e 5 - correspondendo respectivamente ao lead,

sublead 1, intertítulo e continuação da reportagem - são obrigatórias na matéria

principal da reportagem. A unidade 3 tem as mesmas subunidades do gênero notícia (subunidade 1 - fotografia e subunidade 2 - legenda), distinguindo-se por sua relação de dependência com a primeira e a segunda unidades. Na reportagem, a fotografia, como uma das ilustrações, é imprescindível, reforçando a(s) informação(ões) trabalhada(s) e acrescentando dados exclusivamente visuais. Na notícia, essa unidade pode ser dispensada.

A partir da unidade 4, o gênero reportagem aumenta suas diferenças em relação à notícia, com um maior aprofundamento do assunto abordado. As unidades 4 e 5 têm idêntica função e estrutura. Como função, cada uma destas unidades fornece informações adicionais à matéria principal. Na estrutura, elas possuem duas

subunidades constituídas respectivamente por título e por um ou mais parágrafos de

texto, dependendo da relevância do assunto, dos efeitos de visualização pretendidos e do espaço destinado à reportagem. A unidade 6 é uma das grandes caracterizadoras do gênero reportagem, tanto pela produção, como pela função e estrutura. Essa unidade é mais uma forma de ilustração adotada nesse gênero, possuindo duas subunidades. A

subunidade 1 é preenchida por um desenho ou ilustração capaz de reconstituir o

acontecimento que vem sendo trabalhado na reportagem, enquanto a subunidade 2 exerce o papel de legenda ou texto-legenda, o que conseqüentemente possibilita o esclarecimento do que está sendo mostrado na ilustração. A seguir, no quadro 2, apresentamos a proposta de organização do gênero reportagem, levando em conta as seis unidades e as 15 subunidades que identificamos na análise de exemplares desse gênero.

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A elaboração das duas propostas de organização para os gêneros notícia e reportagem, com apoio no modelo CARS (Swales, 1990), possibilitou-nos verificar, preliminarmente, dado o tamanho reduzido da amostra, características relacionadas à distribuição das informações que evidenciam a distinção entre esses dois gêneros. Constatamos que os gêneros notícia e reportagem dispõem de algumas unidades e

subunidades em comum, diferenciado-se uma da outra principalmente pelo número de unidades e subunidades. A reportagem, considerada na comunidade jornalística um dos

gêneros de mais profundidade quanto ao assunto, desdobra-se em maior número de

unidades e subunidades, além de apresentar conteúdo bem mais detalhado do que a

notícia.

Na continuidade desta análise, pretendemos testar as duas propostas de organização das informações num corpus maior e aplicar-lhe também outros critérios de natureza formal e funcional, para obtermos resultados mais significativos que sustentem a distinção que propomos para notícia e reportagem.

Referências bibliográficas

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BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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_____. Cognição, discurso e interação. (org. e apres. por Ingedore V. Koch). São Paulo, 1992.

LAGE, Nilson. Linguagem Jornalística. São Paulo: Ática, 1988. _____. Ideologia e Técnica da Notícia. Rio de Janeiro: Vozes, 1981. Manual de Redação e Estilo O Globo. ed. 4a . Rio de Janeiro: Globo, 1992.

Manual de Redação e Estilo do Jornal O Estado de São Paulo, ed. 1990. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1990.

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RABACA, Carlos A. et BARBOSA, Gustavo. Dicionário de Comunicação. Rio de Janeiro: Codecri, 1978.

RODRIGUES, Adriano. Estratégias de Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1990. SWALES, John M. Genre analysis: English in academic and research settings.

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ORGANIZAÇÃO DO GÊNERO NOTÍCIA

ORGANIZAÇÃO DO GÊNERO REPORTAGEM Unidade 1 - Apresentação do fato

Subunidade 1 - Título - anunciando a informação principal da reportagem (e)

Subunidade 2 - Subtítulo - complementando a informação anterior Unidade 2 - Corpo da matéria - discorrendo sobre o fato

Subunidade 1 - Lead - apresentando um resumo do fato, identificando personagens, lugares e o acontecimento (e) Subunidade 2 - Sublead 1 - esclarecimento de algum dado necessário ao resumo, mas não enfocado no lead (e/ou) Subunidade 3 - Sublead 2 - continuação do esclarecimento necessário ao resumo, mas não enfocado ainda (e) Subunidade 4 - Intertítulo - recurso gráfico para tornar texto de fácil compreensão (e)

Subunidade 5 - Corpo da matéria - de dois a mais parágrafo detalhando todo o fato, personagens, lugares, repercussões e desdobramentos

Unidade 3 - Fotografia - forma de ilustração da reportagem

Subunidade 1- Fotografia - mostrando o acontecimento em si ou algo relacionado ao mesmo (e) Subunidade 2 - Legenda - texto-legenda esclarecendo o que está sendo mostrado na fotografia

Unidade 4 - Boxe 1- fornecendo informações adicionais à matéria principal

Subunidade 1 - Título - anunciando a informação (e)

Subunidade 2 - Boxe - com um ou mais parágrafos dependendo da importância do assunto,

dos efeitos de visualização e espaço destinado

Unidade 5 - Boxe 2 - fornecendo informações adicionais à matéria principal

Subunidade 1 - Título - anunciando a informação (e)

Subunidade 2 - Boxe - com um ou mais parágrafos dependendo da importância do assunto,

dos efeitos de visualização e espaço destinado

Unidade 6 - Infografismo - forma de ilustração da reportagem

Subunidade 1 - Desenho - ilustração tentando reproduzir o acontecimento (e)

Subunidade 2 - Legenda - texto-legenda esclarecendo o que está sendo mostrado na ilustração

Unidade 1 – Apresentação do fato

Subunidade 1 – Título – anunciando a informação principal da notícia (e/ou) Subunidade 2 – Subtítulo – complementando a informação anterior

Unidade 2 – Corpo da notícia – discorrendo sobre o fato

Subunidade 1 – Lead – apresentando um resumo do fato, identificando personagens, lugares e o acontecimento (e/ou)

Subunidade 2 – Sublead 1 – esclarecimento de algum dado necessário ao resumo, mas não enfocado no lead (e/ou)

Subunidade 3 – Intertítulo – recurso gráfico para tornar o texto mais fácil de compreensão (e)

Subunidade 4 – Continuação da notícia – de dois a mais parágrafos detalhando todo o fato, personagens, lugares, repercussões e desdobramentos

Unidade 3 – Forma de ilustração da notícia

Subunidade 1 – Fotografia – mostrando o acontecimento em si ou algo relacionado ao mesmo (e)

Subunidade 2 – Legenda – texto-legenda esclarecendo o que está sendo mostrado na fotografia

Referências

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