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A importância da exportação de Café pelo Porto de Santos para o Brasil. The importance of exporting coffee through the Port of Santos to Brazil

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A importância da exportação de Café pelo Porto de Santos para o Brasil

Francisco Aparecido Ricarte da Silva (Discente, FATEC Rubens Lara) francisco.silva71@fatec.sp.gov.br

Gabriel de Pinho Tavares (Discente, FATEC Rubens Lara) gabriel.tavares@hotmail.com.br

Rafael Bernardo da Silva Barbosa (Discente, FATEC Rubens Lara) rafael.barbosa29@fatec.sp.gov.br

Leonardo Serio Silva (Discente, FATEC Rubens Lara) leonardo.silva186@fatec.sp.gov.br

Resumo

No Mundo, o Brasil é considerado o maior produtor e exportador de café, porém o Porto de Santos (SP), segue como principal via de exportação da safra de café para países importadores do mesmo. A importância da economia do café no Brasil pelo Porto de Santos foi utilizada como plano de fundo do estudo devido à sua relevância para o país. Produzir café e exportá-lo é uma tarefa muito complexa e requer uma logística bem eficiente e eficaz para movimentar o produto. Em relação ao café, quase quatro quintos dos embarques nacionais passam pelos terminais locais do porto. O porto de Santos ainda tem um papel estratégico internacionalmente, ele é o que mais exporta não só café, mas outros commodities como açúcar e suco de laranja que são um dos principais produtos também exportados pelo porto.

Palavras-chave: Café, Porto de Santos, Exportação.

The importance of exporting coffee through the Port of Santos to Brazil

Abstract

In the world Brazil is considered the largest producer and exporter of coffee, however the Port of Santos (SP), follows as the main via export of the crop coffee for countries importers it. The importance of the coffee economy in Brazil by the Port of Saints was used as the background of the study due to its relevance to the country. Producing coffee and exporting it is a very complex task and requires a successful and effective logistics to move the product. Regarding coffee, almost four fifths of national shipments pass through the local terminals of the port. The port of Santos still has a strategic role internationally, it is the one that exports not only coffee, but other commodities like sugar and orange juice that are one of the main products also exported by the port.

Key words: Coffee. Port of Santos. Exportation.

1. Introdução

Em meados de 1845, verificou-se a primeira exportação de café pelo Porto de Santos para a Alemanha, impulsionando a economia do Brasil, tornando o Porto de Santos uma referência não só para o país, mas para o Mundo. Com a inauguração da ferrovia Santos-Jundiaí em 1867, possibilitou um transporte mais eficaz, com menos riscos e mais eficiência, incentivando a expansão da cafeicultura e viabilizando o escoamento da produção. O

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comércio e a exportação de café passaram a ser centralizados em Santos, proporcionando um intenso processo de urbanização e a expansão acelerada e contínua da cidade.

A produção e exportação do café é fundamental para a economia do país, mas sua exportação está se tornando gradativamente cada vez menor para os países importadores e consumidores devido alguns fatores.

O objetivo deste artigo é analisar dados que mostram o quanto o Porto de Santos movimenta de café em relação a quantidade movimentada em todo Brasil, assim será mostrada a importância do Porto para a economia brasileira.

2. Característica do café e suas regiões produtoras

Com base na Associação Brasileira da Indústria de café, existem dois tipos de planta de café: Arábica e Robusta (Conilon). Os "melhores" cafés são do tipo Arábica, possuem aroma e doçura intensos com muitas variações de acidez, corpo e sabor. O Arábica tem 50% menos cafeína que o Robusta. E o robusta utilizado nas misturas com o arábica, tendo a finalidade de conferir mais corpo a bebida e diminuir a acidez do arábica. Serve também para oferecer um produto de menor custo e ajustar a bebida à preferência ou ao costume de determinada classe de consumidores.

Os principais estados produtores de café conilon são Espírito Santo, Rondônia e Bahia, que juntos, somam cerca de 90% da produção (CONAB).

Com dados referentes a produção do ano de 2015, segundo a Conab, as condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica favorecem as lavouras e justificam os ganhos de produtividade na maioria dos estados, porém os maiores ganhos são observados em São Paulo, com 46,7%, Mato Grosso, com 39,4% e Minas Gerais, com 32,2% que são os principais produtores do café arábicas.

Cerrado Mineiro – 100% Arábica. São produzidos em altitudes entre 800m e 1.200m. A região tem estações bem definidas: verões quentes e chuvosos seguidos por invernos secos e frios. Ou seja, o clima ideal para o cultivo de cafés naturais de alta qualidade. O padrão climático do Cerrado é singular e ajuda a produzir excelente café Arábica processada por via natural (secos ao sol), (CONAB).

Sul de Minas– 100% Arábica. O Sul de Minas é a maior região produtora de cafés Arábica do Brasil. Tem altitudes entre 850m e 1.250m e temperatura média anual entre 22 e 24°C. As variedades mais cultivadas são o Catuaí e o Mundo Novo, mas também há lavouras das variedades Icatu, Obatã e Catuaí Rubi, (CONAB).

Paraná – 100% Arábica. A altitude média é de 650 metros, sendo que na região do Arenito, a altitude é de 350 metros e na região de Apucarana chega a 900 metros, (CONAB).

Bahia - Robusta e Arábica. Há três regiões produtoras consolidadas: a do Planalto, mais tradicional produtora de café Arábica; a Região Oeste, também produtora de café Arábica, sendo uma região de Cerrado com irrigação e a Litorânea, com plantios predominantes do café Robustas (Conilon). Na Região Oeste, existe um número cada vez maior de empresas utilizando café irrigado, contribuindo para a consolidação do Estado como o quinto maior produtor do país, (CONAB).

Espírito Santo – Robusta e Arábica. As lavouras de Robusta ocupam a grande maioria do parque cafeeiro estadual e respondem por quase 2/3 da produção brasileira da

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variedade que se expandiu principalmente nas regiões baixas, de temperaturas elevadas. O Estado coloca o Brasil como segundo maior produtor mundial de Robusta, (CONAB).

Rondônia – 100% Robusta. Rondônia é o sexto maior Estado produtor de café e o segundo maior produtor de Robusta do país, (CONAB).

3. Logística da cadeia produtiva do café

A caracterização da cadeia produtiva entende-se como a relação entre todas as etapas de um processo ou montagem, desde o insumo que são transformados em produtos finais onde envolve as fases de produção, transformação e distribuição. BALLOU, (1993).

Como mostra a Figura 1, na cadeia produtiva do café podemos citar as principais atividades: A produção do grão de café (arábica ou robusta), o café moído ou torrado e café solúveis.

Figura 1: Fluxograma da Cadeia Produtiva do café.

Fonte: Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO).

Muitas informações convergem para a Logística e cadeia de suprimentos, tendo em vista que esta agrega várias atividades, o que torna favorável o surgimento de várias definições sobre o assunto.

De acordo com o IMAM (2000), a Logística é: “o processo que integra, coordena e controla a movimentação de materiais, inventário de produtos acabados e informações relacionadas dos fornecedores através de uma empresa, para satisfazer as necessidades dos clientes”.

Observando o fluxo físico de produto do sistema do café, pode-se verificar que a transformação da matéria-prima dá origem a três produtos principais: o café torrado, o café torrado e moído e o café solúvel. A primeira transação envolve o segmento fornecedor de insumos e a produção primária de café, Uma boa parte da aquisição de insumos é realizada por meio de cooperativas.

O caminho do café beneficiado para o segundo processamento onde são transportados para empresas nacionais de torrefadoras e empresas de solúvel e cooperativas, ocorrem de várias formas, como por exemplo por intermediação das cooperativas que assumem também a

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função de armazenadoras, por intermediação dos maquinistas, exportadores e/ou corretores, por venda direta dos produtores para as indústrias de processamento, e/ou mediante integração nas cooperativas.

Algumas das cooperativas que beneficiam e armazenam o café, além de escoar o café verde para o mercado interno ou internacional, também estão presentes no processamento do produto (torrado e moído). Da produção rural, o café beneficiado ainda pode ser vendido diretamente para os vendedores nacionais, exportadoras e cooperativas ou para os compradores internacionais, indústria de solúvel e de torrefação e moagem. A produção da indústria de torrefação e moagem é escoada para o varejo nacional. Apenas uma parcela insignificante da produção é escoada para o mercado internacional.

O inverso ocorre com a indústria de solúvel, uma parcela significativa é destinada ao mercado internacional e apenas uma pequena porção é consumida no mercado interno. Os exportadores e as cooperativas e centrais de cooperativas vendem para os compradores internacionais. É muito comum também ocorrer a venda de matéria-prima para indústria nacional pelos exportadores (flecha inversa), que seria a importação do produto, por fim os compradores internacionais vendem para o varejo internacional (FARINA; ZYLBERSZTAJN, 1998; SAES; FARINA, 1999).

A cadeia produtiva do café pode ser dividida em dois segmentos, o produtor e o processador, esse último subdividido em indústria de torrefação e moagem e indústria de solúvel (SAES; FARINA, 1999), sendo as estratégias e o conteúdo estratégico desses segmentos.

4. Produção e exportação de café

No Brasil a produção movimenta cerca de 38 % de todo café nacional, isso gera para o país cerca de 2,5 bilhões de reais por ano. Só no Porto de Santos, no ano de 2015 o porto movimentou cerca de 1,605.972 milhões de toneladas de café em sacas e/ou em contêiner (CODESP).

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de café, suas exportações representam 3,4 % das exportações brasileiras (DEPEC-BRADESCO, 2017), onde o Porto de Santos (SP) é o principal Porto de saída de café do Brasil. Dentre as principais cargas embarcadas no Porto de Santos, o café ,em janeiro de 2016 teve um crescimento significativo em relação ao mesmo mês do ano de 2015 que foi de 18.621 toneladas de carga movimentada representando uma variação de 17% (CODESP).

Dentre os principais, maiores produtores e exportadores de café o brasil lidera absolutamente, como maior produtor e exportador mundial, cultivando dois tipos principais de café, são eles o café Arábica demandado em misturas de alta qualidade, e o café Robusta, utilizado na Indústria do café solúvel, seguido de países de menor expressão produtiva a nível global, aponta o Cecafé.

Segundo dados estatísticos elaborados pela Organização Internacional do Café (OIC), a produção mundial no ano-safra 2015/2016 foi de 143,4 milhões de sacas de 60 kg.

Como podemos analisar no gráfico 1 (abaixo), em 2016, a produção brasileira de café alcançou 51,37 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, somadas as espécies arábica e conilon os números foram divulgados dia 22/12/2016 em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A última safra (2016) representa um acréscimo de 18,8% em relação à safra anterior e

bate o recorde de 2014, quando a produção teve um registro de 50,8 milhões de sacas (CONAB).

Segundo a Conab (2016), a área plantada no país teve redução, com 2,22 milhões de hectares, constatou-se um decréscimo de 1,1% em relação a 2015. A Conab no entanto,

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destaca que houve ganho de produtividade: a média supera em 17,1% a produtividade de 2015, tendo um aproveitamento de 26,33 sacas por hectares.

Gráfico 1 - Produção e exportação dos principais países produtores de café de 2016.

Fonte - Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica foi um dos motivos para o aumento da produtividade. Os maiores ganhos, segundo a CONAB, ocorreram em São Paulo (46,7%¨), Mato Grosso (39,4%) e Minas Gerais (32,2%). Com uma produção de 43,38 milhões de sacas, o café arábica dominou as lavouras de café no país, representando 84,4% da produção total do grão, demonstrando assim um crescimento de quase 35% como podemos analisar na Gráfico 2 em relação à safra anterior, uma das justificativas para esse aumento na produção do café arábica, é o aumento de 46 mil hectares da área em produção.

O Segundo Levantamento da Safra de Café de 2016, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), demostra que a produção brasileira de café arábica e conilon foi de 49,67 milhões de sacas de 60kg do produto beneficiado, com produtividade de 25,58 sacas por hectare. Tais números representam um incremento de 14,9% em relação à produção do ano anterior, que foi de 43,24 milhões de sacas, e de 13,7% em relação à produtividade - 22,49 sc/ha.

De acordo com a Conab, o café arábica correspondeu a 81% da produção de 2016, com um incremento de 25,6% em relação à safra de 2015. O café conilon representou 19% do total da produção nacional com uma estimativa de 9,4 milhões de sacas. Esse número retrata uma queda de 16% em relação a 2015 em 11 milhões de sacas.

Conforme esse Segundo Levantamento feito pela CONAB, a área total de cultivo de café no Brasil, está estimada em 2,21 milhões de hectares, dos quais 1,94 milhão em processo produtivo e 267 mil ainda em formação. Verifica-se que a produção de café arábica continua concentrada em Minas Gerais e São Paulo, enquanto que o café conilon está mais presente no Espírito Santo, seguido por Bahia e Rondônia.

No Gráfico 2 abaixo, é demosntrado em ordem crescente de produção, as principais regiões produtoras nacional de café arábica e robusta.

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 P ROD UÇAO E XP ORT ÃO P ROD UÇAO E XP ORT ÃO P ROD UÇÃO E XP ORT ÃO

BRASIL VIETNÃ COLOMBIA

S AC AS DE 6 0 Kg SAFRA 2015/2016

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Gráfico 2 – Produção Nacional de Café

Fonte: Conab safra 2015/2016

A produção do café conilon, que representa 15,6% do total de café do país, está estimada em 7,98 milhões de sacas, com redução de 28,6% na comparação com a safra de 2015 (CONAB).

Nesse caso, houve diminuição de 4% na área de produção e problemas climáticos pontuais, como seca e má distribuição de chuvas por dois anos no Espírito Santo, maior produtor da espécie no país (CONAB).

O café conilon (robusta) foi o mais impactado em 2016 devido às condições climáticas adversas, já o arábica, por sua vez, compensou esse cenário negativo, com recorde em toda a nossa série histórica de exportações.

De acordo com dados coletados baseado na Companhia Nacional de Abastecimento no gráfico 2 acima, percebe-se a importância da produção de café para Brasil gerando um alto nível econômico mediante a potência na sua produção, os fatores relevantes para altos índices de produção se dá devido a condições climáticas favoráveis no período de fevereiro a maio de 2015, a época das chuvas, contribuíram de forma favorável para a produção na safra de 2016.

Segundo dados da CONAB, em torno de 7,7 milhões de toneladas grãos de café são produzidos anualmente em 10,5 milhões de hectares de mais de 50 países. A maioria em torno de 85% do total mundial é produzida na América Central e do Sul. Em torno de 85% do café produzido é “Arábica”.Do restante, 10% são produzidos na Ásia e 5% na África.

Nessas regiões, o café “Robusta” é mais comum. O maior produtor é o Brasil, com 2,2 milhões de toneladas produzidas em 2,3 milhões de ha. Vietnã, Colômbia e Indonésia, são os outros países com maior produção, produzindo entre 0,6-1,0 milhão de toneladas cada país em um total de 2,6 milhões de ha (CONAB).

O Brasil é o maior exportador, com 29% do total exportado. Vietnã e Colômbia são também grandes exportadores com 16 e 11% da exportação total mundial, respectivamente (CONAB). No gráfico abaixo é demonstrado em porcentagem e em ordem crescente os principais Países produtores de café.

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Gráfico 3 – Produção de café no país, demonstrado em porcentagem em relação a outros países.

Fonte - Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

4.1. Exportação de café segundo o tipo de navegação.

O principal Modal utilizado na movimentação do Café interna e externa é o Modal Aquaviario que apresenta dois tipos de Navegação, Fluvial e Marítima, mas vamos enfatizar o Transporte Marítimo, pois é através dele que é feita maior parte da movimentação externa e interna do Café no Brasil.

Devido a esta grande demanda e pelo valor agregado o transporte ideal e mais econômico se faz por Vias Marítimas, seja elas por Sacas ou Contêineres.

Este tipo de Modal torna o Porto de Santos um dos principais movimentadores de café no Brasil devido a sua localização tornando um ponto estratégico, uma vez que os principais produtores estão localizados na Região Sudeste tornando a sua logística mais rápida e dinâmica.

De acordo com dados coletados da Agencia Nacional de Transporte Aquaviario (ANTAQ), podemos visualizar que 95,8% das cargas embarcadas são de Longo Curso, seguida de 3,7% destinado a Cabotagem e 0,5% Apoio Portuário, estes dados mostram que a maior parte do produto movimentado em portos é destinada a exportação (Navegação de Longo Curso).

A Navegação Interior não apresenta indicador de movimentação devido sua área abrangente, tornando inviável este modelo de transporte.

Como vemos no gráfico 4 abaixo, de acordo com dados referentes ao ano de 2016, 95% do café é embarcado a longo curso.

0 5 10 15 20 25 30 35 RANKING MUNDIAL PRODUÇÃO DE CAFÉ SAFRA 2015/2016 %

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Gráfico 4 – Tipos de Navegação

Fonte - Agência Nacional de Transporte Aquaviario (ANTAQ).

Navegação de cabotagem: Navegação feita entre os portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima e as vias navegáveis interiores;

Navegação de longo curso: Navegação feita entre portos brasileiros e estrangeiros;

Navegação de apoio portuário: Navegação feita exclusivamente nos portos e

terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações portuárias;

Navegação Interior: Realizada ao longo de canais, rios, lagoas, enseadas, baías e angras. De um mesmo país.

5. Movimentação do café no porto de Santos.

O 3º produto de maior valor comercial na exportação em 2016 continua sendo o café em grãos, com 7,0% (US$ 1,54 bilhão), exportado principalmente para Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão. Outros 62 países também recebem café embarcado no Porto de Santos. O café em grãos teve crescimento de 6,3%, saindo de 1,510 milhão de toneladas em 2014 para 1,605.972 milhões de toneladas em 2015 (CODESP).

Em 2016 a movimentação de café em grãos caiu para 1,350.471 milhões de toneladas um déficit de 15,8 % em relação ao ano de 2015.

No gráfico 5 mostra o crescimento do café em grãos de em 6,3 %, saindo de 1,510 milhões de toneladas em 2014 para 1,605.972 milhões de toneladas em 2015 e um déficit de -15,8 de 2015 para 2016 (CODESP). 0 20 40 60 80 100 Longo Curso Cabotagem Apoio Portuario Interior Série1 95,8 3,7 0,5 0 PO R CE N TA GE M %

TIPOS DE NAVEGAÇÃO 2016

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Gráfico 5 – Movimentação do café dentro do Porto de Santos em toneladas.

Fonte - Companhia de Docas do Estado de São Paulo (CODESP)

Como veremos no Gráfico 6, referente ao ano de 2016, o balanço aponta que Santos continua na liderança entre os portos nacionais exportadores do grão, representando 83,2% dos embarques de commodities realizados no país, seguido dos Portos do Rio de Janeiro e Vitória, se forem consideradas apenas as unidades de despacho, o complexo santista possui uma participação menor, mas ainda continua em primeiro lugar. Nessa situação, o resultado alcança 3.388.366 (203,3 mil toneladas) sacas no mês passado, com uma participação de 59,1% no total nacional (CODESP).

Gráfico 6 – Exportação de café em Percentual

Fonte - (ANTAQ). 1 2 3 4 5 6 ANO 2012 2013 2014 2015 2016 café em grãos 999.709 1.098.140 1.510.993 1.605.972 1.350.471 0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000 1600000 1800000 M ILH Õ E S DE T O NE L A D A S

MOVIMENTAÇÃO DE CAFÉ NO

PORTO DE SANTOS

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 SANTOS RIO DE JANEIRO

VITORIA SUAPE PARANAG

UA ITAGUAI VILA DO CONDE SALVADO R Série1 83,2 8 2,8 2,4 1,4 1,1 0,6 0,2 POR CE NT A G EM %

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6. Preço da saca do café de 2015 e 2016.

Fatores como preço do dólar, clima e o comportamento de todos os países que compram e vendem o grão influenciam no preço do produto. No Brasil alguns negociadores se baseiam nas principais variáveis que fazem impacto no preço do café. Por exemplo na bolsas de futuro de Nova Iorque, de São Paulo e outras bolsas, e o nível de estoque em diferentes partes do mundo.

Produzir café aqui no Brasil é tarefa muito complexa. Quando o preço do café começa esboçar uma melhora, fontes interessadas impedem o aumento. Já estão dizendo que o preço do café está nas alturas e que o produtor está sendo bem remunerado vendendo café em média de R$450 a saca. É notório que o produtor passou a receber mais pelo seu produto, mas, em dizer que a atividade está lucrativa é uma falta de conhecimento da real situação da cafeicultura.

O consumo mundial de café vem aumentando bastante e a produção não vem acompanhando as custas do longo período que o produtor vendeu seus cafés a preços baixos,

ficando descapitalizado, fazendo com que os produtores abandonem partes de suas lavouras, tudo isso está influenciando na queda da produção mundial de café.

Por tudo isso que a maior dificuldade na atividade cafeeira é ficar muito tempo vendendo abaixo dos custos de produção. E essa dificuldade econômica faz o produtor colocar o café no mercado a qualquer preço impedindo uma alta mais contundente.

A receita gerada com as exportações do café durante o ano de 2015 foi de US$ 5,4 bilhões. Houve uma queda de 12,3% em relação a 2015, quando US$ 6,1 o equivalente a R$ 18 bilhões de reais foram gerados. O preço médio das sacas também caiu de US$ 166,24 (R$ 520,38) para US$ 158,68 (R$ 496,72), 4,5%%. Como ilustrado no Gráfico 7 e 8 da balança comercial da saca dos dois tipos de café (Arábica e Robusta) de abril de 2015 até março deste ano o preço das sacas de café oscilaram bastante, mas sempre aumentando gradativamente

segundo o Centro em Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).

Gráfico 7 - Balanço Comercial do valor da saca do Café Arábica.

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Gráfico 8 - Balanço Comercial do valor da saca do café Robusta.

Fonte – C.E.P.E.A.

7. Resultados e discussão

De acordo com dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) (fevereiro de 2017), a exportação do café brasileiro deve recuar pelo segundo ano consecutivo, em 2017, isso porque os embarques dos maiores produtores da commodities vêm sendo atingidos pela falta do grão tipo Robusta.

Segundo o Cecafé (2017), os embarques não devem passar das 32 milhões de sacas (60kg), considerando o café verde e industrializado, ou seja, uma queda de 2 milhões de sacas com relação ao mesmo período em 2016 e bem distante do recorde batido em 2015 com 37 milhões de sacas.

Ainda de acordo com a Cecafé (2017), o problema está justamente no Conilon (Robusta), que era responsável por 4 milhões de sacas na exportação. Somado a isso, ainda existe o fato de que esta escassez do Conilon, inclusive, gerou um forte movimento pela liberação da importação do grão. O que leva a um outro fator negativo para as exportações.

Pois, no mercado, tem-se utilizado muito mais do café arábica com o intuito de suprir a falta de robusta, que é bastante utilizado pelas indústrias que fabricam o café solúvel, bem como nas misturas na indústria da commodity.

Atualmente, estes blends (mistura), que costumam utilizar os dois tipos de grãos, estão sendo preenchidos com uma maior quantidade do café arábica de menor qualidade. Isso fez com que muitos dos exportadores brasileiros vendessem uma grande quantidade de café arábica no mercado interno. Com tudo isso, é o mercado interno que está tirando o arábica da exportação, o que é um problema sério para o Brasil que, atualmente, é o maior exportador de café do mundo, bem como o segundo maior consumidor, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

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8. Considerações finais

Com base nos dados analisados do presente artigo, conclui-se que houve déficit nas exportações brasileira de café, assim influenciando nos investimentos externos e internos para o porto de santos, consequentemente não contribuindo para o seu crescimento.

As exportações de café na safra de 2015/2016 registraram 35,42 milhões de sacas de 60 quilos. O volume corresponde a uma queda de 3,2% em comparação com os 12 meses anteriores. O preço médio na safra 2015/2016 foi de US$ 151,26 que em reais resulta em R$ 471,20 , queda de 19,4% ante o ano anterior (US$ 187,77), em média de R$ 585,00.

Diante deste cenário o porto de Santos concentrou a maior parte das exportações no ano safra de 2015/2016, com 83,7% do volume embarcado (29,64 milhões de sacas). Considerando o ano de 2016 apenas o mês de junho, 84,9 % dos embarques passaram por Santos, um total de 2,02 milhões de sacas.

Mediante a pesquisa e discussões apresentadas, mesmo com as exportações deste produto em queda, percebe-se a notória importância do café para a movimentação do porto santista, para a agricultura, indústria, e de maneira geral, para a riqueza do país.

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Referências

CECAFÉ. (s.d.). CECAFÉ. Acesso em 15 de 04 de 2017, disponível em Conselho dos Exportadores de Café do Brasil: http://www.cecafe.com.br/

CODESP. (s.d.). porto de Santos. Acesso em 15 de 04 de 2017, disponível em CODESP - Porto de Santos: http://www.portodesantos.com.br/

Companhia Nacional de Abastecimento. (s.d.). Acesso em 13 de 04 de 2017, disponível em Conab: http://www.conab.gov.br/

Farina, e. M., & Zylbersztajn, D. (1998). Competitividade no Agrobusiness brasileiro v.4 Sistema Agroindustrial do café. São Paulo: Pensa/ FIA/FEA/USP.

Filho, J. S. (1981). Ministério do Meio Ambiente. Acesso em 24 de março de 2017, disponível em Ministério do Meio Ambiente: http://www.mma.gov.br/port/conama/

IMAM. (1997). Gerenciamento da Logística e cadeia de Suprimento. São Paulo.

OIC. (s.d.). OIC - Organização Internacional do Café. Fonte: International Coffee Organization: http://www.ico.org/

Secretaria Especial do Meio Ambiente, ó. f. (1968). Sistema Ambiental Paulista. Acesso em 24 de 03 de 2017, disponível em CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo: http://praias.cetesb.sp.gov.br/

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