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PRODUÇÃO DE VÍDEO EDUCATIVO NA ÁREA DE QUÍMICA NUMA PERSPECTIVA DE MICROLEARNING

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PRODUÇÃO DE VÍDEO EDUCATIVO NA ÁREA DE QUÍMICA NUMA

PERSPECTIVA DE MICROLEARNING

EDUCATIONAL VIDEO PRODUCTION IN THE CHEMISTRY AREA IN A MICROLEARNING PERSPECTIVE Isabela Pereira Ferraz1 - isabela.pferraz@gmail.com

Aguinaldo Robinson de Souza1 – aguinaldo.robinson@unesp.br 1 Universidade Estadual Paulista – UNESP – Câmpus de Bauru

Eixo Temático 2. Conteúdos educacionais – da produção à exibição 2.1. Produção de materiais didáticos: diferentes mídias, diferentes olhares

Resumo:

A popularização da produção de conteúdo audiovisual no século XXI se deve a crescente imersão tecnológica da sociedade. Logo, pensar em vídeos educativos no formato microlearning que busquem divulgar as pesquisas desenvolvidas e o conhecimento produzido dentro das Universidades às pessoas tem se tornado cada vez mais necessário. Apresentamos, aqui, o processo de desenvolvimento, desde a pesquisa até a publicação de um vídeo educativo técnico-científico que visa a divulgação de uma pesquisa sobre a ativação da superfície de alumínio por íons de mercúrio e produção de gás hidrogênio, possibilitando a utilização do material para estudos sobre corrosão, oxidação eletroquímica e produção de uma alternativa aos combustíveis fósseis. Ao transpor o conhecimento de uma maneira mais acessível e de fácil consumo espera-se conquistar novos entusiastas da ciência e da educação, além de cativar educadores a produzir conteúdo audiovisual para serem disponibilizados em sites de compartilhamento de vídeos como o YouTube.

Palavras-chave: Vídeo educativo; Produção audiovisual; Microlearning; Gás hidrogênio. Abstract:

The popularization of audiovisual content production in the 21st century is due to the increasing technological immersion of society. Therefore, thinking about educational videos in the microlearning format that seek to disseminate the research developed and the knowledge produced within Universities to people has become increasingly necessary. Here, we present the development process, from research to the publication of a technical-scientific educational video that aims to disseminate research on the activation of the aluminum surface by mercury ions and hydrogen gas production, enabling the use of material for studies on corrosion, electrochemical oxidation and production of an alternative to fossil fuels. By transposing knowledge in a more accessible and easy-to-consume manner, it is expected to win over new science and education enthusiasts, in addition to captivating educators to produce audiovisual content to be made available on video sharing sites such as YouTube.

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1. Introdução.

Atualmente, o mundo se encontra em um momento revolucionário de informação e comunicação, a globalização evidencia os avanços da tecnologia que altera a maneira de agir das pessoas e atinge também o cenário educacional, provocando transformações até mesmo no processo de ensino e de aprendizagem. Ferramentas audiovisuais são as mais procuradas quando se pretende explorar o potencial educativo tecnológico (VICENTINI e DOMINGUES, 2008).

Os meios de comunicação, como a televisão, interagem com o público de maneira multidimensional, afeta o emocional do telespectador e as ideias que deseja transmitir estão embutidas em conjuntos de pixels, unindo racional e emocional de maneira intuitiva. Os vídeos, da mesma maneira, atingem o visível e afeta os sentidos humanos, o imediatismo da informação envolve-nos (ARROIO e GIORDAN, 2006).

O vídeo tem sido uma das tecnologias mais presentes no cotidiano das pessoas do século XXI, tendo em vista a crescente facilidade ao acesso a equipamentos eletrônicos e à rede internet. Plataformas de vídeos, aplicativos, redes sociais e vlogs são compostos de materiais que podem ser criados por qualquer pessoa que possua um celular com câmera. Inúmeros vídeos de grande consumo no mercado atual não foram construídos por grandes podutoras mas sim por pessoas dispostas a informar e/ou entreter o público (RIBEIRO, et al. 2008).

A democratização da produção de material audiovisual permitiu o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) nas práticas de ensino. A utilização desses novos recursos dinamiza a prática pedagógica e desafia os educadores e pesquisadores, que se tornam responsáveis pela divulgação de materiais e orientações sobre o seu uso para beneficiar e promover processos de aprendizagem (PEREIRA, 2009; MARQUESA e SCHEIDEGGERB, 2009; MENDONÇA, 2014).

A aprendizagem baseada na tecnologia define o termo e-learning, que nos últimos anos, surgiu como uma solução promissora para aprendizagem ao longo da vida. Os materiais de aprendizagem são entregues eletronicamente aos aprendizes. Dentro desse contexto, surge também os microlearning, que visam o aprendizado em curto espaço de tempo, como vídeos curtos que promovem vasto conhecimento (ZHANG, 2004; HUG, 2007). O microlearning na educação fornece um novo paradigma de ensino que potencializa a eficiência da aprendizagem. O conhecimento é colocado em frações pequenas e compreensíveis e disponibilizado de modo que o aprendiz pode regular seu aprendizado. As informações permanecem as mesmas, mantendo a complexidade dos conceitos. Portanto, o professor deve ter metas claras e objetivas desde o início do processo, planejando previamente o direcionamento do material (HUG, 2007; MOHAMMED, et al. 2018).

Ao codificar a realidade, deve-se levar em consideração o processo sócio-cognitivo de quem recebe o material construído, a linguagem utilizada deve ser comum ao público-alvo para que aquela codificação audiovisual seja desconstruída e ressignificada em forma de conhecimento. O vídeo é uma produção cultural que visa compartilhamento de informações entre quem produz o material e a quem se destina (ARROIO e GIORDAN, 2006).

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De acordo com Ramos (1996), para definir um vídeo como educativo, este deve cumprir um objetivo didático fomulado previamente. Cebrián (1987), classifica os vídeos educativos em quatro diferentes tipos: curriculares, de divulgação cultural, de caráter técnico-científico e vídeos para educação.

Os vídeos curriculares são aqueles que possuem como objetivo específico desenvolver algum conteúdo curricular. A categoria de divulgação cultural contempla os vídeos que objetivam expor a um público diverso, formatações culturais e suas especificidades. Apresentam caráter técnico-científico quando o conteúdo relaciona-se com o progresso da ciência e da tecnologia ou que explicam comportamento de caráter físico, químico ou biológico. Por fim, os vídeos para educação obedecem uma intencionalidade didática, sendo assim utilizados como recursos didáticos (CÉBRIAN, 1987).

As sequências de imagens que passam a impressão de movimento, os vídeos, são na maioria das vezes, considerados materiais fáceis para consumo e aproximam realidades geograficamente distantes. Nesse sentido, a possibilidade de utilizar esse recurso para aproximar a comunidade acadêmica da população mundial vem sendo explorada, incentivando a divulgação das pesquisas realizadas nas universidades (CAMARGO, et al. 2019).

Dentro das categorias de caráter técnico-científico e vídeos para educação propostas por Cébrian (1987), buscou-se desenvolver um vídeo de divulgação de pesquisa científica, que pudesse ser disponibilizado no site YouTube (http://www.youtube.com) para consumo da população global. Trata-se de um vídeo, cujo processo de construção é descrito posteriormente neste trabalho, que versa sobre a produção de gás hidrôgenio por meio da ativação da superfície de alumínio por íons de mercúrio.

O processo de construção do roteiro, a gravação, edição e publicação do vídeo foi realizado de maneira colaborativa entre o pesquisador responsável pelo estudo e docente do departamento de Química da Faculdade de Ciências de uma Universidade Estadual localizada em uma cidade do interior de São Paulo e uma graduanda do quinto ano do curso de Licenciatura em Química da mesma Instituição, guiados pelo coordenador de um Programa de Pós-graduação em Mídia e Tecnologia e docente do departamento de Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade.

2. A produção do vídeo.

O vídeo intitulado “Hydrogen gas the future for clean energy” ( Gás Hidrogênio o futuro da energia limpa ) foi produzido com o intuito de divulgar o estudo da ativação da superfície de alumínio por íons de mercúrio e produção de gás hidrogênio realizado por um docente e uma discente da mesma Universidade.

2.1. A pesquisa científica

A pesquisa explora um tema com implicações científicas, técnicas e econômicas. A ativação da superfície do alumínio por íons de mercúrio produz uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis que aumentam potencialmente os índices de poluição nas cidades.

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Quando átomos de mercúrio (Hg) e alumínio (Al) formam uma amálgama, ocorre a corrosão eletroquímica da superfície do alumínio (BOZA e autor, 2016).

A produção de gás hidrogênio (H2) a partir da hidrólise de alumínio (Al) em água na

presença de amálgama de Hg(Zn) foi estudada por Huang e colaboradores e os resultados apontados revelam uma produção máxima de 43,5 cm3h-1cm2 á temperatura de 65 oC para o

caso do Al na presença de amálgama de Zn. No entanto, ao desenvolver a pesquisa, Boza e autor (2016) buscaram uma metodologia com uma boa reprodutibilidade para o estudo da ativação.

A metodologia desenvolvida, descrita audiovisualmente, consiste na utilização de uma placa com área de 1,0 cm2, espessura de 0,5 mm de Al com pureza de 99,99%.

Realizou-se o polimento, a lavagem com água destilada e a Realizou-secagem da superfície na qual Realizou-seria adicionada uma gota (~0,05 mL) de uma solução aquosa de cloreto de mercúrio 0,1 M (HgCl2), conforme mostra a Figura 1. Após 30 minutos de contato a placa é lavada com água

destilada e seca com papel de filtro. A cada sessenta segundos pesou-se a placa com uma balança analítica para monitorar a variação de massa como uma função do tempo de reação. O mesmo experimento foi repetido para os tempos de reação de 10 e 20 minutos. Cada experimento foi repetido três vezes. As anotações da formação do produto da reação foram realizadas novamente, em intervalos de um minuto, em um tempo total de 55 minutos (BOZA e autor, 2016).

Figura 1. Gota de uma solução aquosa de cloreto de mercúrio 0,1 M (HgCl2) sobre a

superfície de uma placa de Al com bolhas de H2.

Fonte: Autoria própria

No período de contato entre a placa de Al e a solução de mercúrio ocorre a retirada da camada de passivação (Al2O3) e a formação do amálgama Hg(Al). Ao final da lavagem com

água destilada observa-se a formação de um sólido branco sobre a placa, tal como a Figura 2 apresenta. A metodologia adotada permitiu a identificação de três etapas para a reação, entre o amálgama e o gás Oxigênio, atmosférico, sobre a placa (BOZA e autor, 2016).

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Figura 2. Placa de Al com um sólido branco em sua superfície.

Fonte: Autoria própria

O gás hidrogênio é uma das moléculas produzidas pela reação entre os átomos de Hg e a superfície de Al, expressa pela Equação 1.

HgCl2 + 2Alo + 4H2O + O2 → 2Al(OH)3 + Hg0 + H2 + 2Cl- (1)

Através da técnica de espectroscopia na região do infravermelho foi realizada a identificação do produto de reação: Al(OH)3, e os resultados preliminares indicaram que o

material obtido na reação de corrosão é amorfo. A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) permitiu também analisar o produto desta reação. Além disso, a identificação da forma cristalina do produto Al(OH)3 e o estudo da formação das gotículas de mercúrio

metálico no final da reação de corrosão podem ser feitos por meio de difratometria de raios-x. O estudo permitiu inferir sobre a produção de gás H2 viabilizando discussões acerca de seu

armazenamento como uma alternativa energética amigável ao meio ambiente (BOZA e autor, 2016).

2.2. O roteiro do vídeo

A aparente simplicidade metodológica do processo de corrosão da superfície de Al através da ativação pelos íons de Hg2+ contrasta com os desafios que o entendimento da

cinética e do mecanismo que a reação apresenta. Diante desse contexto, buscou-se, ao pensar sobre o roteiro audiovisual, definir o público alvo a ser atingido e delinear de maneira clara e fluída a exposição dos conceitos abordados. Optou-se por utilizar no vídeo o inglês, a língua considerada hegemônica da sociedade contemporânea (KUPSKE, 2011).

O foco da produção era o desenvolvimento de um material de alto impacto que gerasse um interesse mais amplo na ciência e destacasse a importância da pesquisa em nossa sociedade, visando cultivar novos entusiastas da produção científica. Segue abaixo, no Quadro 1, o roteiro construído para dois minutos de vídeo, elaborado em inglês e sua tradução em português.

Quadro 1. Roteiro do vídeo em inglês e português

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Hello, my name is Isabela and I bet you've seen at least five aluminum items today, after all, the world is surrounded by them! But did you know that activation of the aluminum surface can produce hydrogen gas? And that gas can be stored and used as fuel? For cars where the combustion product is water: It’s fantastic! Come on, I'll show you how we can produce hydrogen gas!

Electrochemical corrosion of the aluminum surface can occur when mercury and aluminum atoms form an amalgam. You must be wondering why Mercury? Mercury has specific properties that exist only in this atom but so care must be taken with the environment, minimizing waste and with the analyst during his manipulation, from the use of individual protection equipment.

For surface activation, a metal aluminum plate was polished and washed with water and a drop of mercury chloride deposited on it. It is possible to observe the formation of amalgam and the production of hydrogen gas.

After that, a plate was washed with water and in contact with Oxygen molecule there is an increase in the mass of the product formed, aluminum hydroxide that can be identified by the x-ray diffraction technique and by MEV and materials science and engineering makes it possible!

“Gás hidrogênio o futuro para energia limpa"

Olá, meu nome é Isabela e aposto que você viu pelo menos cinco itens de alumínio hoje, afinal, o mundo está cercado por eles! Mas você sabia que a ativação da superfície do alumínio pode produzir gás hidrogênio? E esse gás pode ser armazenado e usado como combustível? Para carros onde o produto de combustão é a água: É fantástico! Vamos lá, mostrarei como podemos produzir gás hidrogênio!

A corrosão eletroquímica da superfície do alumínio pode ocorrer quando os átomos de mercúrio e alumínio formam uma amálgama. Você deve estar se perguntando por que Mercúrio? O Mercúrio possui propriedades específicas que existem apenas nesse átomo, mas, deve-se tomar cuidado com o meio ambiente, minimizando o desperdício e com o analista durante sua manipulação, a partir do uso de equipamentos de proteção individual.

Para a ativação da superfície, uma placa de metal de alumínio foi polida e lavada com água e uma gota de cloreto de mercúrio depositada nela. É possível observar a formação de amálgama e a produção de gás hidrogênio.

Depois disso, uma placa foi lavada com água e em contato com a molécula de oxigênio, ocorre um aumento na massa do produto formado, hidróxido de alumínio pode ser identificado pela técnica de difração de raios-x e pelo MEV (Microscópio eletrônico de varredura). E a ciência e a engenharia de materiais tornam isso possível!

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O texto foi desenvolvido utilizando uma linguagem simples a fim de aproximar os saberes científicos da sociedade em geral. Após a finalização da escrita, houve a definição dos sets de filmagem de acordo com o objetivo de cada parte do texto e o roteiro foi dividido e esquematizado da seguinte forma na Tabela 1.

Tabela 1. Roteiro do vídeo com objetivo das cenas e sets de filmagem idealizados

TEXTO OBJETIVO SET

Hello, my name is Isabela and I bet you've seen at least five aluminum items today, after all, the world is surrounded by them! But did you know that activation of the aluminum surface can produce hydrogen gas? And that gas can be stored and used as fuel? For cars where the combustion product is water. It’s fantastic! Come on, I'll show you how we can produce hydrogen gas!

Contextualizar o conteúdo a ser apresentado, envolvendo o público para que o mesmo fique motivado a saber mais sobre.

Ambiente externo convidativo e que ilustre indiretamente itens de interesse da pesquisa, no caso, sugere-se uma rua com carros em movimento fazendo referência a possível aplicação da pesquisa, uma alternativa aos combustíveis fósseis.

Electrochemical corrosion of the aluminum surface can occur when mercury and aluminum atoms form an amalgam. You must be wondering why Mercury? Mercury has specific properties that exist only in this atom but so care must be taken with the environment, minimizing waste and with the analyst during his manipulation, from the use of individual protection equipment.

Explicar de maneira pontual conceitos fundamentais dentro da pesquisa evidenciando a preocupação com a segurança e com o meio ambiente.

Entrada do Laboratório de pesquisa de Nanotecnologia da Faculdade de Ciências da UNESP, proporcionando gradual imersão do público ao tema.

For surface activation, a metal aluminum plate was polished and washed with water and a drop of mercury chloride deposited on it. It is possible to observe the formation of amalgam and the production of hydrogen gas.

Apresentar o experimento. Laboratório de pesquisa de Nanotecnologia da Faculdade de Ciências da UNESP (o experimento precisa ser realizado em uma capela de exaustão).

After that, a plate was washed with water and in contact with Oxygen molecule there is an increase in the mass of the product formed, aluminum hydroxide that can be identified by the x-ray diffraction

Demonstrar equipamentos que viabilizem a análise necessária a pesquisa.

Sala de equipamento de difração de raios-x dentro do Laboratório de pesquisa de Nanotecnologia da Faculdade de Ciências da UNESP

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8 technique and by MEV.

And materials science and

engineering makes it possible. Concluir impacto o e video retomando gerando o contexto social em que a pesquisa se enquadra.

Ambiente externo – carro em movimento.

Fonte: Autoria própria

2.3. A construção do vídeo

Em seguida à definição dos locais e do texto, as gravações para compor o vídeo puderam ser realizadas, a Figura 3 mostra um dos cenários que compõem o vídeo. As imagens e os vídeos foram captados por uma câmera de celular grande-angular de 12 MP, que permite gravações em 4K.

Figura 3. Ambiente externo de gravação do vídeo

Fonte: Autoria própria

O momento da realização do experimento foi capturado pela mesma câmera do smarthphone mas, para aproximar a imagem da gota da solução aquosa de cloreto de mercúrio 0,1 M (HgCl2) sobre a superfície da placa de alumínio e garantir um registro de

qualidade da produção do gás H2, acoplou-se o celular a uma lupa de um microscópio

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Figura 4. Gota da solução aquosa de cloreto de mercúrio 0,1 M (HgCl2) sobre a superfície da

placa de alumínio produzindo o gás H2.

Fonte: Autoria própria

Todo o material foi editado no software Wondershare Filmora 9 (WONDERSHARE, 2020). Conforme a Figura 5 mostra e as animações criadas no Vegas Pro 16 (VEGAS, 2018), ambos os programas são de fácil manuseio e possuem diversas orientações disponibilizadas sobre o seu uso.

Figura 4. Software Wondershare Filmora 9

Fonte: Autoria própria - Screenshot

O processo de gravação e edição do vídeo durou cerca de dois meses e ao final da seleção e edição das cenas obteve-se um material de 2 minutos de duração. Os microlearnings, contemplam vídeos curtos e possibilitam experiências didáticas alternativas.

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Ao sistematizar o conhecimento por meio audiovisual o conteúdo ganha relevância entre os aprendentes (HUG, 2007).

O YouTube foi o site escolhido para disponibilização do conteúdo por ser um contexto de cultura popular participativa em que pessoas de áreas diferentes se conectam e constroem esse ambiente. Embora não seja o único site que permite compartilhamento de vídeos da internet, a sua projeção pública centraliza as inovações das indústrias criativas espalhadas pelo mundo (BURGESS e GREEN, 2009).

A publicação do vídeo, “Hydrogen gas the future for clean energy” foi realizada em um canal denominado “Química em Vídeo” e pode ser acessado no YouTube por qualquer pessoa que possua acesso à internet. O Quadro 2 abaixo apresenta o link correspondente ao vídeo produzido e um QR Code como alternativa de acesso ao material e a Figura 4 mostra a página inicial do canal que contém o vídeo.

Quadro 2. Link e QR Code de acesso ao vídeo produzido

Hydrogen gas the future for clean energy

https://www.youtube.com/watch?v=Ds-T2KPP4yw&t=11s Fonte: Autoria própria

Figura 4. Página inicial do Canal “Química em Vídeo”

Fonte: Autoria própria – Screenshot

3. Considerações finais.

O vídeo “Hydrogen gas the future for clean energy” apresenta a possibilidade de aproximar uma pesquisa científica da sociedade de maneira convidativa e simplificada. A construção desse material é acessível e de fácil disponibilização, uma vez que o YouTube é um site intuitivo e acessado por um público heterogêneo. O conteúdo abordado no vídeo

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possibilita a exploração dos conceitos envolvidos como a corrosão, oxidação eletroquímica, formação do amálgama Hg(Al) e produção de gás hidrogênio, uma potente alternativa ambientalmente amigável aos combustíveis fósseis, abrindo espaço para diversas discussões.

O trabalho realizado convida educadores a embarcarem nos desafios da realidade tecnológica uma vez que a internet é o meio de comunicação mais utilizado atualmente. A produção de conteúdo audiovisual é uma alternativa viável para qualquer nível de ensino e cativa alunos ao redor do mundo potencializando a divulgação da ciência e evidenciando a relevância das pesquisas realizadas dentro das Universidades.

O caráter educativo e técnico-científico desta produção permite a utilização do material como recurso didático e ao disponibilizar o detalhamento da construção e transposição dos conteúdos pode nortear outros pesquisadores em suas produções. A ciência deve ter seu papel relevante evidenciado e acessível a públicos diversos.

4. Referências bibliográficas.

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BOZA, I. A. F.; autor. Estudo da ativação da superfície de alumínio por íons de mercúrio e

formação do amálgama Hg-Al: identificação do produto e cinética de reação. Trabalho de

Conclusão de Curso (licenciatura - Química) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências, 2016. Disponível em http://hdl.handle.net/11449/136511, acessado em Julho de 2019.

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MENDONÇA, L. G.; FERREIRA, F. R.; RODRIGUEZ, L. R. Produção de audiovisual como recurso

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Referências

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