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Proposta de Instrumento de Mensuração do Grau de Consciência Ambiental, do Consumo Ecológico e dos Critérios de Compra dos Consumidores

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Proposta de Instrumento de

Mensuração do Grau de Consciência

Ambiental, do Consumo Ecológico

e dos Critérios de Compra

dos Consumidores

A Proposal of Environment Conscious Degree Measurement Tool,

Environment Friendly Consume, and Consumer Shopping Criteria

GEYSLER ROGIS FLOR BERTOLINI

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste (Cascavel, Brasil)

geysler@unioeste.br

OSMAR POSSAMAI

Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, Brasil)

possamai@deps.ufsc.br

RESUMO O instrumento proposto neste artigo consiste na avaliação do grau de consciência ambiental dos consumidores, do consumo ecológico e dos critérios utilizados por eles no momento da seleção de produtos para compra. Sua constru-ção tomou como referência o modelo Perfil da Qualidade e as Escalas de Likert. Tal ferramenta contém 21 questões, sendo 20 fechadas e uma aberta. A elaboração desse instrumento fundamentou-se em levantamentos bibliográficos sobre conscientização ecológica e consumo ecologicamente correto. E tem por objetivo a busca de informações complementa-res que auxiliarão a empcomplementa-resa a avaliar a postura do público em relação aos produtos ecologicamente corretos, além de identificar o perfil do consumidor ecológico ou daquele que valoriza tais produtos.

Palavras-chave CONSCIÊNCIAAMBIENTAL – CONSUMOECOLÓGICO – CRITÉRIOSDECOMPRA.

ABSTRACT The tool proposed in this article consists in the evaluation of consumer environment conscious degree, envi-ronment friendly consume, and criteria used by consumers when selecting products. This instrument was built utilizing the modal Quality Profile and Likert Scales as reference. The proposed tool is composed of twenty closed questions and one open question. Elaboration of this tool was based in bibliographic research on ecological conscientization and envi-ronmental correct consume. We propose an instrument to search for complementary information that will help compa-nies to evaluate consumer posture in relation to environment correct products and identify the profile of the environment correct consumer or the ones the value environment friendly products.

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INTRODUÇÃO

vantagem obtida por uma organização decorre de sua estratégia bem-sucedida. Para chegar a esse nível vencedor, ela terá necessidade de um planejamento bem elaborado. Conforme Thompson & Stri-ckland III (2003), são três as tarefas para a construção de uma estratégia: a primeira é o desenvolvi-mento de uma visão estratégica e da missão do negócio, a segunda, o estabelecidesenvolvi-mento de objetivos de desem-penho e, a terceira, por fim, o refinamento da estratégia, de modo a criar as vantagens competitivas desejadas pela organização.

As empresas devem escolher o tipo de vantagem competitiva adequado ao setor em que se inserem para que, desde o início da construção da estratégia, esteja focalizada a vantagem preterida. São duas as van-tagens competitivas que as empresas podem possuir: a liderança de custos e a diferenciação dos produtos, conforme Thompson & Strickland III (2003). A liderança de custos tem por objetivo ser provedor de baixo custo, estratégia bem-sucedida, conforme esses autores, quando os clientes dão valor a preços baixos, conse-guindo-se, dessa forma, abrir vantagem sobre os concorrentes.

Ghemawat (2000) afirma que a idéia de custos e preços baixos aos clientes nem sempre é a melhor maneira de concorrer, podendo-se focar, muitas vezes, formas diferenciadas que permitam à empresa cobrar um valor extra pelo produto ou serviço prestado. Para Porter (1989), a estratégia da diferenciação exige da empresa a escolha de atributos para diferenciar-se de seus rivais, desde que ela seja singular em alguma coisa valiosa para seus clientes. Mas esse autor lembra ainda que as organizações nem sempre entendem o que é valioso para os clientes, encarando muito limitadamente as fontes de potencial diferenciação. Raiborn et al. (2000) salientam que, na implementação de uma estratégia para criar uma vantagem competitiva, deve-se manter um diferencial; caso contrário, será simplesmente um slogan publicitário.

A preocupação com o meio ambiente é uma fonte de diferenciação a ser observada pelas empresas. De acordo com Donaire (1999), a lucratividade e a rentabilidade das organizações são completamente influenci-adas pela capacidade de interagir com as mudanças sociais e políticas ocorridas, pois grande soma de recursos financeiros e, até mesmo, a imagem institucional podem ficar comprometidas pela não observação desses fatores. O atendimento dessas mudanças interfere nos objetivos empresariais financeiros. Considerando que tais alterações são importantes e inevitáveis para a sociedade, não há outra escolha senão munir-se de recur-sos para satisfazer essas expectativas. Irving & Tavares Junior (2004, p. 9) acrescentam que, se os atores soci-ais ajudam a constituir o fenômeno do consumo de produtos e marcas verdes, a sua construção também passa pela complexa rede de fatores a ele ligados, ou seja, os aspectos sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais.

Donaire (1999) ressalta ainda que as empresas que atendem às expectativas da sociedade acerca de cui-dados com a natureza acabam conquistando melhor imagem institucional, pois possuem vantagem estraté-gica perante uma concorrente que não tem essa visibilidade. Oliveira (2000), por sua vez, recomenda que o marketing verde deve convencer comunidades locais e empresários a preservar a biodiversidade, pois, medi-ante essa coordenação há um potencial de geração de renda.

Diversas empresas, no Brasil, vêm investindo em programas ambientais e desenvolvendo produtos ecologi-camente corretos, tais como McDonald´s, Natura, Michelin, IBM, Xerox, entre outras, além, é claro, de já estarem certificadas com o ISO 14001. Definitivamente a questão ambiental entrou na pauta das decisões corporativas, uma prova disso, segundo o Inmetro, é que o número de empresas certificadas cresceu em mais de 400% de 2001 a 2004. (Irving & Tavares Junior, 2004, p. 9)

Para Maia & Vieira (2004, p. 23), o marketing verde ou ambiental surge, então, como ferramenta de apoio e monitoramento, desde o processo de desenvolvimento, produção e entrega, até o descarte do pro-duto, procurando atender as necessidades e os desejos dos consumidores e apresentando aos seus vários públicos a busca pelo lucro com responsabilidade ambiental. Percebe-se que o marketing verde pode colabo-rar de modo fundamental no processo de desenvolvimento de produtos ambientalmente corretos.

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As recomendações e afirmações no sentido de as empresas conquistarem uma diferenciação são váli-das, desde que partam do pressuposto de que a empresa, antes de praticar tal estratégia, faça uma análise do ambiente. Tal apreciação é necessária para verificar a parcela do mercado que valoriza essa questão, sendo possível avaliar a viabilidade prática dessa estratégia, pois a diferenciação só é alcançada quando o cliente dá valor ao que está sendo oferecido. Assim, para uma empresa que oferece ou pretende oferecer produtos eco-logicamente corretos, a análise do ambiente deve observar os critérios de compra utilizados pelos consumido-res-alvo e o grau de consumo ecológico de seus clientes ou potenciais clientes. Mas, para que existam esses consumidores, eles necessariamente precisam possuir uma consciência ambiental.

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL, CONSUMO ECOLÓGICO

E CRITÉRIOS DE COMPRA

A conscientização ambiental, segundo Butzke et al. (2001), pode ser entendida como a mudança de comportamento, tanto de atividades quanto em aspectos da vida, dos indivíduos e da sociedade em relação ao meio ambiente. É essencialmente uma questão de educação. Dias (1994) afirma que possuir consciência ecológica é utilizar os recursos ambientais de forma sustentada, ou seja, consumir o que se pode produzir, sem prejudicar o ambiente para as gerações futuras.

Normalmente, as pessoas não se preocupam com a quantidade de água gasta para escovar os dentes, tomar banho ou lavar a louça ou o carro. A maioria não está consciente de que seu comportamento displi-cente é capaz de acarretar problemas ambientais. Já o cidadão consciente, na visão de Waldman & Schnei-der (2000), está atento à economia da energia elétrica e à escassez da água potável e procura alimentar-se de produtos provenientes da agricultura ecológica (pois o composto orgânico é um produto homogêneo, obtido por processo biológico), além de preocupar-se em produzir lixo biodegradável e colaborar com a reciclagem de lixo.

Dias (1994) explica que aquele que possui consciência ambiental verifica os desperdícios de água, como torneira pingando, lavagem de carro, banhos demorados, fazer a barba e dar descarga do sanitário. Só liga as lâmpadas quando necessário, desliga as luzes ao sair das salas, utiliza o chuveiro elétrico o mínimo pos-sível e não deixa aparelhos de TV ligados sem que haja pessoas assistindo. Ser consciente ecologicamente não é vestir roupas com mensagens, mas reconhecer a parcela de responsabilidade nos problemas ambientais e possuir o desejo de encontrar as devidas soluções. A mudança no comportamento das pessoas é possível pela conscientização ambiental, podendo acarretar bons resultados ao meio ambiente.

A consciência ambiental é considerada por Butzke et al. (2001) como o conjunto de conceitos adquiri-dos pelas pessoas mediante as informações percebidas no ambiente. Assim, o comportamento ambiental e as respostas ao meio ambiente são influenciados pelos conceitos nele adquiridos. De acordo com Garcia et al. (2003), a conscientização das pessoas quanto aos problemas ambientais é fator determinante para a sensibili-zação e, conseqüentemente, o comportamento ecológico, fazendo com que elas prefiram produtos ecologi-camente corretos e tornando-se, assim, consumidores ecológicos.

Para entender esse consumidor, é necessário saber o significado de produto ecologicamente correto. Segundo Araújo (2003), tal produto é todo aquele que, artesanal, manufaturado ou industrializado, de uso pessoal, alimentar, residencial, comercial, agrícola e industrial, seja não poluente, não tóxico e comple-tamente benéfico ao meio ambiente e à saúde das pessoas, contribuindo para o desenvolvimento econô-mico e socialmente sustentável. Waldman & Schneider (2000) acrescentam que os produtos ecológicos são os que não impactam o ambiente, produzem pouca ou nenhuma poluição ou então são originários da reciclagem.

Já o consumidor ecologicamente correto, para Raposo (2003), tem a atitude de selecionar os produ-tos que compra e usa em casa, dando preferência aos que menos contaminam e privilegiando as empresas que investem na preservação ambiental. Calzada (1998) define o consumidor ecologicamente correto como conscientizado e ambientalmente bem informado. Ele sabe exatamente o que quer. Em suas compras,

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presta atenção e cuidado, olhando o rótulo do produto, verificando se possui algum selo de certificação, buscando dados como os de origem do produto, forma como foi produzido e garantias. Questiona a ausên-cia de embalagens degradáveis para produtos orgânicos, evita alimentação industrializada e produtos com resíduos químicos.

O consumidor ecológico dá preferência para as embalagens recicláveis e com selos indicando a proce-dência ecologicamente correta do produto, opta pelas marcas que informam a composição da embalagem dos seus produtos, utiliza refil e evita adquirir produtos em isopor. Nesse sentido, pode-se afirmar que o con-sumidor ecológico é fiel e consciente. O concon-sumidor verde, conforme Portilho (2005), não consome menos, mas diferentemente. Deixa de enfocar aspectos como a descartabilidade, a obsolescência planejada e a redu-ção do consumo. Mas enfatiza a reciclagem, o uso de tecnologias limpas, a reduredu-ção do desperdício e o incre-mento de um mercado consumidor verde.

Há vários critérios, como indicam Engel et al. (2000), adotados pelos consumidores para selecionar e adquirir produtos: segurança, confiabilidade, preço, nome da marca, lugar onde é fabricado, garantias, status que o bem pode causar, rapidez na entrega, qualidade, aparência, impacto na natureza e na sociedade e bom atendimento na hora da compra. Esses critérios podem depender ou ser influenciados por vários fatores, como pressão social, similaridade das alternativas de escolha, motivação utilitária (preço e qualidade) ou hedonista (status). O envolvimento dos consumidores é capaz de influir nesses fatores, assim como o grau de conhecimento deles pode afetar os critérios de avaliação.

Se o consumidor conscientizado ecologicamente seleciona para aquisição os produtos verdes, torna-se, assim, um consumidor ecológico. As empresas que pretendem ou oferecem produtos ecologicamente corre-tos poderão alcançar, com esses consumidores, uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes que não possuem tal característica.

INSTRUMENTO DE MENSURAÇÃO DO GRAU

DE CONSCIÊNCIA AMBIENTAL, DO CONSUMO ECOLÓGICO

E DOS CRITÉRIOS DE COMPRA DOS CONSUMIDORES

Essa proposta consiste em evidenciar os graus de consciência ambiental dos consumidores, de consumo ecologicamente correto e de importância dos critérios adotados pelos consumidores no momento da seleção de produtos para compra. Tal instrumento de mensuração compõe-se de um questionário contendo 21 ques-tões – 20 fechadas e uma aberta (conforme fig. 1). A sua elaboração está fundamentada em levantamentos bibliográficos sobre conscientização ecológica e consumo ecologicamente correto.

Para definir os critérios de compra utilizados pelos consumidores (questão 1), o modelo adaptado foi o proposto por Gale (1996), chamado Perfil da Qualidade. O formato das questões que buscam identificar a conscientização ecológica dos consumidores (2 a 9) e o consumidor ecologicamente correto (10 a 17) tem por base as adotadas no modelo Escalas de Likert, sendo também adaptadas desse modelo as escalas de esco-lha para responder às perguntas. As questões 18 a 21 foram elaboradas buscando informações complementa-res dos entrevistados, o seu perfil, com a finalidade de dar maior suporte à avaliação e ter condições de definir qual fatia de mercado valoriza o meio ambiente.

O pesquisador deve solicitar que os consumidores respondam o questionário, devendo assinalar somente uma resposta para cada pergunta, salvo a questão número 1, em que o entrevistado deverá listar os critérios de seleção por ele empregados para comprar produtos. Após a listagem estar completa, o entrevis-tado deve distribuir 10 pontos de ponderação de importância entre os critérios lisentrevis-tados. É fundamental a pre-sença do entrevistador para a resolução de possíveis dúvidas do entrevistado.

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Fig.1. Instrumento de mensuração do grau de consciência ambiental, do consumo e dos critérios de compra dos consumidores.

1. Quando você vai comprar um produto, quais as características que você valoriza e que definem qual produto comprar? Coloque na coluna da direita a ponderação da importância, distribuindo 10 pontos entre as características.

2. Antes de jogar algo no lixo, você pensa em como poderia reutilizá-lo?

3. Você separa o lixo que pode ser reciclado, como papel, plástico, alumínio, vidro ou metais ferrosos?

4. Evita a queima de lixo doméstico (plásticos, isopor, restos orgânicos)?

5. Procura não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes ou fazer a barba?

6. Apaga as luzes e a TV quando sai do ambiente?

7. Utiliza máquinas de lavar roupas ou louças apenas quando estiverem com capacidade máxima pre-enchida?

8. Você se preocupa em não jogar lixo na rua?

9. Você utiliza os dois lados dos papéis, ou reutiliza rascunhos?

CARACTERÍSTICAS PONTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ( ) ( ) ( ) ( )

a) todas as vezes b) algumas vezes c) pouquíssimas vezes d) nunca

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a) todas as vezes b) algumas vezes c) pouquíssimas vezes d) nunca

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10. Ao comprar, você tem a prática de procurar saber se o fabricante tem ações ambientais (leva em conta a postura ambiental do fabricante antes de comprar)?

11. Tem a prática de comprar produtos e embalagens fabricados com material reciclado ou que podem ser recicláveis?

12. Antes da compra, você tem a prática de verificar rótulos e embalagens para identificar um produto ambientalmente correto?

13. Você tem a prática de comprar produtos orgânicos?

14. Você tem a prática de comprar produtos de limpeza biodegradáveis?

15. Você tem a prática de comprar lâmpadas e eletrodomésticos que gastam menos energia?

16. Você tem a prática de pagar mais por um produto que não polui o meio ambiente?

17. Nas compras, ao encontrar um produto com rótulo que informa que ele foi fabricado de maneira ambientalmente correta, você fica motivado em comprá-lo?

18. Que nível de escolaridade você possui?

19. Qual é a sua renda familiar?

20. Qual a sua idade?

21. Sexo: masculino ( ) feminino ( )1

( ) ( ) ( ) ( )

a) pratico sempre b) pratico algumas vezes c) pratico pouquíssimas vezes d) nunca pratico

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a) sempre b) algumas vezes c) pouquíssimas vezes d) nunca

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) a) ensino fundamental b) ensino médio c) ensino superior d) pós-graduação

(especialização)

e) pós-graduação (mestrado – doutorado)

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) a) até um salário mínimo b) mais de um a cinco

salários mínimos

c) mais de cinco a dez salários mínimos d) mais de dez a 15 salários mínimos e) mais de 15 salários mínimos ( ) ( ) ( ) ( )

até 24 anos de 25 a 34 anos de 35 a 49 anos acima dos 50 anos

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Depois que os entrevistados respondem o questionário, o pesquisador deve utilizar duas vezes o qua-dro da figura 2. A primeira, para calcular o grau de conscientização ecológica e, posteriormente, para estimar o grau de consumo ecologicamente correto.

Fig. 2. Alocação de pesos e elaboração do cálculo dos graus de conscientização ecológica e de consumo ecologicamente correto.

Fonte: elaborado pelos autores.

Para as alternativas de resposta das perguntas 2 a 17 contidas no questionário, é dado um peso dife-rente, embasado no modelo Escalas de Likert. A distribuição da pontuação das questões fica em A = 4 pon-tos, B = 3 ponpon-tos, C = 2 pontos e D = 1 ponto. Para elaborar os cálculos e achar o grau de conscientização ambiental dos consumidores pesquisados, deve-se tabular as respostas das questões 2 a 9, multiplicando a quantidade de vezes de cada resposta (a) pelos respectivos pontos (b), somando todos os resultados (c) e, por último, dividindo o resultado obtido na operação passada pela quantidade de questões relacionadas à consciência ecológica (d). Obtém-se, com esses cálculos, um valor (e), que servirá para classificar os consu-midores (fig. 3).

Fig. 3. Grau de conscientização ambiental dos consumidores.

Fonte: elaborado pelos autores.

Se o resultado estiver entre 4 e 3,5, o entrevistado é considerado consciente em relação ao meio ambi-ente; se for de 3,5 a 2,5, apresenta potenciais traços de consciência ambiental; entre 2,5 e 1,5 significa que ele possui poucos traços de consciência; e se for 1,5 a 1, considera-se o entrevistado como não possuidor de consciência ecológica. É necessário também para essa média encontrada calcular o desvio padrão.

A obtenção do grau do consumo ecologicamente correto dos consumidores pesquisados exige do entrevistador calcular as respostas das questões 10 a 17, utilizando novamente a figura 2. Multiplicando a quantidade de vezes de cada resposta (a) pelos respectivos pontos (b), somam-se todos os resultados (c) e, por último, divide-se o resultado obtido na operação passada pela quantidade de questões que buscam identificar o consumidor ecologicamente correto (d). Obtém-se, com esses cálculos, um valor (e), que servirá para classi-ficar os consumidores (fig. 4).

(A) N.º RESPOSTAS (B) PONTUAÇÃO (AXB) RESULTADO A 4 B 3 C 2 D 1

(c) Soma dos resultados (d) N.º de questões

(e = c / d) Resultado

CLASSIFICAÇÃODOCONSUMIDOR PONTUAÇÃO Consciente em relação ao meio ambiente 4 a 3,5 Potenciais traços de consciência ambiental 3,5 a 2,5

Poucos traços de consciência ambiental 2,5 a 1,5 Não possui consciência ambiental 1,5 a 1

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Fig. 4. Grau do consumo ecologicamente correto dos consumidores.

Fonte: elaborado pelos autores.

Se o resultado estiver entre 4 e 3,5, o entrevistado é considerado um consumidor ecologicamente correto; se for 3,5 a 2,5, estima-se que ele tenha potenciais possibilidades de ser ecologicamente correto; caso esteja entre 2,5 e 1,5, ele apresenta fraca possibilidade de ser um consumidor ecologicamente correto; e se for de 1,5 a 1, é tido como um consumidor não ecológico. Depois de encontrada a média, calcula-se o desvio padrão.

Para achar o grau de importância dos critérios adotados pelos consumidores no momento da seleção de produtos para compra, o entrevistador deverá verificar a listagem elaborada na questão 1, somar a quanti-dade dos pontos recebidos por cada item listado e dividi-la pelo número de entrevistados. Deve, então, orde-nar os critérios com maior pontuação, de modo a identificar o que o consumidor utiliza como fator decisivo para a compra na ocasião. Os perfis do entrevistado e do consumidor que valoriza um produto ecologica-mente correto serão encontrados com a tabulação das questões 18 a 21.

Ao encerrar essa etapa, o pesquisador possuirá informações como a conscientização ecológica dos con-sumidores, a situação do consumo ecológico dos entrevistados, os critérios adotados pelos consumidores no momento da seleção de produtos para compra e o perfil dos consumidores que dão preferência aos produtos ecologicamente corretos. Tais informações são relevantes para que a organização possa conhecer o perfil de seus clientes.

CONCLUSÃO

O instrumento aqui proposto para mensurar os graus de consciência ambiental, de consumo ecológico e de importância dos critérios de compra dos consumidores consiste num questionário que pode ser usado como ferramenta de apoio à formulação de estratégias e/ou a mudanças nas organizações. Por referir-se a um assunto relevante e atual para as empresas – o meio ambiente –, um recurso que venha a proporcionar indicadores sobre os consumidores pode trazer significativas contribuições para os tomadores de decisões nas instituições.

Tendo informações sobre a consciência ecológica dos consumidores, as empresas conseguem melhor identificar se os cuidados tomados em relação ao meio ambiente e a preocupação com a natureza são seme-lhantes ou se diferem das idéias de seus públicos. O conhecimento sobre se os consumidores são ecológicos também permite a elas verificar se a oferta de um produto ecologicamente correto é valorizada e se ele terá condições de ser selecionado para compra.

Além disso, os critérios de compra dos consumidores constituem uma referência do comportamento deles, o que leva a identificar como selecionam seus produtos para compra, bem como traçar o perfil daque-les que dão preferência aos produtos ecologicamente corretos. Por fim, a proposta desse instrumento está ali-cerçada na identificação e na relação desses três fatores, pois, com tais informações, as organizações poderão gerenciar de forma eficiente a oferta de produtos ecologicamente corretos.

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CLASSIFICAÇÃODOCONSUMIDOR PONTUAÇÃO Consumidor ecologicamente correto 4 a 3,5 Potencial consumidor ecologicamente correto 3,5 a 2,5

Fraco consumidor ecologicamente correto 2,5 a 1,5 Consumidor não ecológico 1,5 a 1

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Dados dos autores

GEYSLER ROGIS FLOR BERTOLINI

Professor do curso de Administração da Unioeste, mestre em Engenharia de Produção pela UFSC. OSMAR POSSAMAI

Professor do curso de Engenharia de Produção da UFSC, Doutor em Genie Mechanique pela UTC, França. Recebimento do artigo: 4/jul./05 Aprovado: 22/mar./06

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