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IMPACTOS GERADOS À SAÚDE HUMANA ATRAVÉS DA EXPOSIÇÃO À TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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Academic year: 2021

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¹ Especialista em Engenharia Elétrica pelo Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos – FaSerra. Pós graduado em Engenharia de Manutenção pela Universidade Paulista – UNIP. Graduado em Tecnólogo em Automação e Robótica pela Universidade Paulista – UNIP. Graduado em Tecnologia em Automação Industrial pela Universidade Paulista – UNIP. E-mail: edcarlosteixeira@yahoo.com.br.

1 IMPACTOS GERADOS À SAÚDE HUMANA ATRAVÉS DA EXPOSIÇÃO À

TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

IMPACTS GENERATED TO HUMAN HEALTH THROUGH EXPOSURE TO ELECTRICITY TRANSMISSION

Ed Carlos Teixeira de Moraes¹

RESUMO: A exposição humana constante aos campos eletromagnéticos emitidos pelos grandes sistemas de transmissão de energia elétrica contribui à possibilidade de riscos à saúde. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é analisar os impactos gerados à saúde humana através da transmissão de energia elétrica. Objetivos específicos: apresentar o histórico da transmissão de energia elétrica; constatar as condições de utilização das redes de transmissão de energia elétrica no Brasil; expor as implicações resultantes da transmissão de energia elétrica sobre a saúde humana. Metodologia: trata-se de uma revisão bibliográfica com base em livros, artigos, revistas, teses, dissertações já publicadas em sites acadêmicos, datados de 2009 à 2019, tal qual pesquisas feitas em artigos de acesso gratuito. Os resultados obtidos foram: com relação aos efeitos na saúde humana relacionados à transmissão de energia elétrica, constatou-se que através da produção de campos magnéticos e elétricos, a constante exposição eletromagnética de usinas e linhas de transmissão elétrica podem causar à saúde humana doenças como leucemia infantil, cânceres de cérebro, pulmão, próstata, mama (masculino e feminino), testículos, pele, além de doenças como Alzheimer e muitas outras doenças neurodegenerativas, tais como a Esclerose Lateral Amiotrófica.

Palavras chaves: eletromagnético. energia elétrica. transmissão.

Envio:05/01 /2021 Aceite:28/01/2021

ABSTRACT: The constant human exposure to electromagnetic fields emitted by the large electrical energy transmission systems contributes to the possibility of health risks. Therefore, the objective of this research is to analyze the impacts generated to human health through the transmission of electric energy. Specific objectives: to present the history of electricity transmission; verify the conditions for the use of electric power transmission networks in Brazil; expose the implications of the transmission of electrical energy on human health. Methodology: this is a bibliographic review based on books, articles, magazines, theses, dissertations already published on academic websites, dated from 2009 to 2019, just like research done on free access articles. The results obtained were: with respect to the effects on human health related to the transmission of electric energy, it was found that through the production of magnetic and electric fields, the constant electromagnetic exposure of plants and electric transmission lines can cause diseases such as childhood leukemia, cancers of the brain, lung, prostate, breast (male and female), testicles, skin, in addition to diseases such as Alzheimer's and many other neurodegenerative diseases, such as Amyotrophic Lateral Sclerosis.

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1. INTRODUÇÃO

A transmissão de energia elétrica se dá pelo transporte entre dois pontos de diversos meios de geração de energia atualmente utilizados entre as nações. As linhas de alta tensão ou linhas de transmissão são constituídas por transformadores, cabos e postes (usados com a finalidade de conduzir energia, que geram campos magnéticos e elétricos), que são classificadas como geradoras de radiações não ionizantes.

Muitas civilizações modernas têm arduamente investido recursos de infraestrutura e pesquisas em seus setores elétricos, com a finalidade de criar estratégias para otimizar a aplicabilidade e racionalizar os recursos, de modo a não comprometer o funcionamento integral das atividades.

Ao longo dos anos, muitos estudos foram produzidos com o objetivo de analisar os campos eletromagnéticos emitidos pelos grandes sistemas de transmissão de energia elétrica e a possibilidade de riscos à saúde humana e ambiental, decorrentes da exposição constante dos campos eletromagnéticos.

Portanto, o presente artigo tem como objetivo geral analisar os impactos gerados à saúde humana através da transmissão de energia elétrica. Objetivos específicos: apresentar o histórico da transmissão de energia elétrica; constatar as condições de utilização das redes de transmissão de energia elétrica no Brasil; expor as implicações resultantes da transmissão de energia elétrica sobre a saúde humana.

Com relação à metodologia aplicada para obter os objetivos intentados, revisão bibliográfica com base em livros, artigos, revistas, teses, dissertações já publicadas em sites acadêmicos, datados de 2009 à 2019, tal qual pesquisas feitas em artigos de acesso gratuito. Acerca dos materiais para a pesquisa, foram utilizados um notebook e um smartphone, assim como o software EndNote. 2. BREVE HISTÓRICO SOBRE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Conforme Farias e Sellitto (2011), a primeira transmissão de energia elétrica em corrente alternada foi produzida em meados do século XIX, por George Westhinghouse e mais tarde aperfeiçoada com os sistemas polifásicos desenvolvidos por Nikola Tesla e o transformador eficiente de Willian Stanley. Assim, acompanhadas pelo promissor mercado elétrico e pelos avanços industriais, as sociedades passaram por diversas transformações no que se

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A transmissão de energia elétrica se dá pelo transporte entre dois pontos de diversos meios de geração de energia atualmente utilizados entre as nações. Este transporte é feito por linhas de transmissão de alta potência, comumente utilizando corrente alternada. Entre os principais meios de geração, estão a energia solar, a hidrelétrica, a termelétrica, a energia eólica e a usina nuclear.

Para Schiel et al. (2017), na área industrial pode-se dizer que a transmissão de energia baseia-se na infraestrutura básica, para reduzir perdas em relação à tensão fornecida ou até mesmo a qualidade de determinada energia que está sendo gerada que ocasionalmente sofre consequência seja por meio de distorções elétricas ou de fenômenos climáticos.

No que se refere ao sistema de transmissão de energia elétrica, a autora Vieira (2009) destaca que este necessita um enorme tento para atender às demandas de cargas e confiabilidade do sistema elétrico de uma nação.

Conforme Menezes (2015, p. 11), “o desenvolvimento social e econômico de uma nação tem uma forte relação com a expansão do setor elétrico”. Assim, em equidade aos frequentes avanços tecnológicos, muitas civilizações modernas têm arduamente investido recursos de infraestrutura e pesquisas em seus setores elétricos, com a finalidade de criar estratégias para otimizar a aplicabilidade e racionalizar os recursos, de modo a não comprometer o funcionamento integral das atividades.

3. UTILIZAÇÃO DAS REDES DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

De acordo com Vieira (2009), um país de grande extensão, tal como o Brasil, requer um sistema de transmissão de grande dimensão, qualificado para interligar a geração e a carga das diversas regiões geográficas, incrementando a operação do sistema.

No que se refere ao Sistema Elétrico Brasileiro, Menezes (2015) sinaliza:

O Sistema Elétrico Brasileiro é formado basicamente por empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, sendo um modelo de origem predominantemente hidrotérmica, com múltiplos proprietários, e que foi dividido em quatro grandes subsistemas interligados entre si – Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte – além de alguns poucos sistemas isolados (p. 5).

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No que se refere ao cenário de investimentos no setor elétrico brasileiro, Vieira (2009) aponta que desde o início do século XXI, com a introdução de novas fontes de geração e com um aumento expressivo na capacidade instalada dos sistemas de transmissão, o setor elétrico expandiu cerca de 40%.

Para Oliveira (2017, p. 9) “o Brasil é uma potência mundial no segmento de energia elétrica, com uma capacidade instalada de geração com matriz predominantemente limpa e uma rede de transmissão de dimensão continental”. Assim, levando em consideração a área do território brasileiro em comparação entre os demais países constituintes da América Latina, o setor elétrico do Brasil sobressai pela expressiva organização e gerenciamento.

Menezes (2015) salienta que a maioria dos recursos naturais renováveis usados para a geração de energia elétrica no Brasil estão distantes dos grandes centros consumidores, sendo assim, é preciso estender a rede de transmissão de energia, para interligar áreas ainda não conectadas ao sistema.

No que diz respeito às características estruturais, Oliveira (2017) sinaliza que por conta de sua dimensão continental, o setor elétrico brasileiro foi estruturado em quatro submercados regionais que atuam interligados por amplas linhas de transmissão e que compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN). Figura 1.

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4. EFEITOS DA TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA SAÚDE HUMANA

As linhas de alta tensão ou linhas de transmissão são constituídas por transformadores, cabos e postes (usados com a finalidade de conduzir energia, que geram campos magnéticos e elétricos), que são classificadas como geradoras de radiações não ionizantes.

Nos estudos de Kheifets (2007), é exposto a existência de riscos a longo prazo e tendências a complicações da saúde humana e ambiental de provenientes da exposição e indução dos campos eletromagnéticos emitidos pelos grandes sistemas de transmissão de energia elétrica. No Brasil, com o objetivo de proteger a integridade humana das radiações emitidas por estações de radiocomunicação e sistemas de energia elétrica, a Lei Federal Brasileira nº 11.934, de 05 de maio de 2009 prevê:

Art. 1º Esta Lei estabelece limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, associados ao funcionamento de estações transmissoras de radiocomunicação, de terminais de usuário e de sistemas de energia elétrica nas faixas de frequências até 300 GHz (trezentos giga-hertz), visando a garantir a proteção da saúde e do meio ambiente.

[...]

Art. 3º Para os fins desta Lei, são adotadas as seguintes definições: I - área crítica: área localizada até 50 (cinquenta) metros de hospitais, clínicas, escolas, creches e asilos;

II - campos elétricos e magnéticos: campos de energia independentes um do outro, criados por voltagem ou diferença de potencial elétrico (campo elétrico) ou por corrente elétrica (campo magnético), associados à geração, transmissão, distribuição e uso de energia elétrica;

V - sistema de energia elétrica: conjunto de estruturas, fios e cabos condutores de energia, isoladores, transformadores, subestações e seus equipamentos, aparelhos, dispositivos e demais meios e equipamentos destinados aos serviços de geração, transmissão, distribuição e ao uso de energia elétrica;

O autor Sorahan (2019) sinaliza que a exposição eletromagnética de usinas e linhas de transmissão elétrica podem causar doenças, como o câncer e a leucemia, de acordo com o tempo de exposição no referido campo magnético

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e sua intensidade, podendo também o trabalhador adquirir câncer no pulmão e nasal ao campo eletromagnético.

Nos estudos de Hill e Bartomeus (2016), os autores destacam sobre o potencial de possíveis proliferações de insetos, tais como abelhas em linhas de transmissão de energia elétrica localizadas em áreas florestadas, causando um desequilíbrio no ecossistema dos seres vivos que ali habitam. Portanto, se faz necessário um cuidado especial a termelétricas com estas características de localização, para evitar que a propagação destes seres vivos não se torne um possível risco à saúde humana.

Assim, aos campos eletromagnéticos, o autor Santos (2019) lista algumas das possíveis enfermidades causadas:

Independente dos riscos ocupacionais ou epidemiológicos, a lista de doenças associadas aos campos eletromagnéticos como possíveis agentes carcinogênicos é considerada vasta e onde, infelizmente, destacam-se: a leucemia infantil, os cânceres de cérebro, pulmão, próstata, mama (masculino e feminino), testículos, pele, além de doenças como Alzheimer e muitas outras doenças neurodegenerativas, tais como a Esclerose Lateral Amiotrófica (SAVITZ et al., 1997; STENLUND et al., 1997; THÉRIAULT et al., 1994; apud SANTOS 2019, p. 81).

Deste modo, é incontestável a presença de diversos impactos associados aos campos eletromagnéticos na saúde humana, sobretudo, nas linhas de transmissão de energia elétrica.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da história, a transmissão de energia elétrica possibilitou novos caminhos de investimento benéfico às nações. Pelos avanços industriais, a humanidade passou por diversas transformações no que se refere aos setores de transmissão de energia elétrica. Através de sua aplicação inicial por corrente alternada feita em 1886 por George Westhinghouse, Nikola Tesla e Willian Stanley e por meio de estratégias eficazes, as sociedades aprimoraram economicamente e tecnologicamente seus setores elétricos.

Com relação ao cenário de transmissão elétrico no Brasil, percebeu-se que apesar de a maioria dos recursos naturais renováveis usados para a geração de energia elétrica no Brasil estarem distantes dos grandes centros

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energia elétrica, com uma capacidade instalada de geração com matriz predominantemente limpa e uma rede de transmissão de dimensão continental, com características que o tornam único no mundo. Além disso, por conta de sua dimensão continental, foram estruturados quatro submercados regionais que atuam interligados por amplas linhas de transmissão e que compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN).

No que se refere aos efeitos na saúde humana relacionado à transmissão de energia elétrica, constatou-se que as linhas de transmissão de energia elétrica são classificadas como geradoras de radiações não ionizantes. Estas produzem campos magnéticos e elétricos, portanto, a constante exposição eletromagnética de usinas e linhas de transmissão elétrica podem causar à saúde humana doenças como leucemia infantil, cânceres de cérebro, pulmão, próstata, mama (masculino e feminino), testículos, pele, além de doenças como Alzheimer e muitas outras doenças neurodegenerativas, tais como a Esclerose Lateral Amiotrófica.

6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos. Brasília: MP/MC, 2009.

FARIAS, Leonel Marques; SELLITTO, Miguel Afonso. Uso da energia ao longo da história: evolução e perspectivas futuras. Revista Liberato, v. 12, n. 17, p. 07-16, 2011.

FIOCCHI, S. et al. Assessment of foetal exposure to the homogeneous magnetic field harmonic spectrum generated by electricity transmission and distribution networks. Int J Environ Res Public Health, v. 12, n. 4, p. 3667-90, Apr 1 2015. ISSN 1660-4601 (Electronic). 1660-4601 (Linking).

HILL, B.; BARTOMEUS, I. The potential of electricity transmission corridors in forested areas as bumblebee habitat. R Soc Open Sci, v. 3, n. 11, p. 160525, Nov 2016. ISSN 2054-5703 (Print). 2054-5703 (Linking).

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MENEZES, Victor Prangiel de. Linhas de transmissão de energia elétrica– aspectos técnicos, orçamentários e construtivos. Rio de Janeiro, 2015.

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OLIVEIRA, Yasmin Martins de. O mercado livre de energia no Brasil: Aprimoramentos para sua expansão. 2017.

REAL, L. F. O. C. Transmissão sem fio, ondas, campos magnéticos e os seus efeitos na saúde humana. 2013.

SANTOS, Alessandro de Oliveira. EXPOSIÇÃO A CAMPOS

ELETROMAGNÉTICOS E A SAÚDE DOS TRABALHADORES. Revista

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SORAHAN, T. M. Cancer incidence in UK electricity generation and transmission workers, 1973-2015. Occup Med (Lond), v. 69, n. 5, p. 342-351, Aug 22 2019. ISSN 1471-8405 (Electronic). 0962-7480 (Linking).

VIEIRA, Isabela Sales. Expansão do sistema de transmissão de energia elétrica no Brasil. 2009.

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