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1. 1º SEMESTRE INDIVIDUAL

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Academic year: 2021

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(1)

Relatório

e

Contas

BRISA- Auto-Estradas de Portugal, SA sociedade aberta com sede na Quinta da Torre da Aguilha – Edifício Brisa – São Domingos de Rana, concelho de Cascais, com o número de contribuinte 500048177, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Cascais sob o nº 10583, com o capital social de Euros 600.000.000

(2)

2

(3)

3

ÍNDICE

1.

1º SEMESTRE 2002 - INDIVIDUAL... 2

P

ERFIL DA

E

MPRESA

... 4

B

RISA

A

UTO

-

ESTRADAS

... 4

T

ÍTULOS

B

RISA NA

B

OLSA DE

V

ALORES

... 10

A

NÁLISE

E

CONÓMICO

-F

INANCEIRA

... 11

D

EMONSTRAÇÕES

F

INANCEIRAS E ANEXOS

... 12

2.

1º SEMESTRE 2002 - CONSOLIDADO

... 50

P

ERFIL DA

E

MPRESA

... 51

B

RISA

A

UTO

-

ESTRADAS

... 52

B

RISA

S

ERVIÇOS

... 58

B

RISA

I

NTERNACIONAL E

O

UTRAS PARTICIPAÇÕES

... 60

R

ECURSOS

H

UMANOS

... 61

T

ÍTULOS

B

RISA NA

B

OLSA DE

V

ALORES

... 62

A

NÁLISE

E

CONÓMICO

-F

INANCEIRA

... 63

D

EMONSTRAÇÕES

F

INANCEIRAS E ANEXOS

... 69

D

OCUMENTOS COMPLEMENTARES

... 70

Nº A

CÇÕES

... 72

(4)

4

P

ERFIL DA

E

MPRESA

A BRISA detém a maior rede ibérica de auto-estradas, com 1106 quilómetros

concessionados até 2032. Este ano a BRISA atingiu o marco histórico de 1000

quilómetros em operação, cobrindo o país de Norte a Sul e do litoral ao interior.

B

RISA

A

UTO

-

ESTRADAS

A actividade central da Brisa é a construção, conservação e exploração de

auto-estradas e respectivas áreas de serviço, sendo a maior empresa portuguesa do

sector, com uma quota de mercado de 48%, sobre o número total de quilómetros de

auto-estradas concessionados em Portugal. O actual contrato de concessão da Brisa

vigora até ao ano 2032, correspondendo a 11 auto-estradas num total de 1106

quilómetros.

No final de Junho de 2002 a rede da Brisa era de cerca de 934 quilómetros, o que

representa um crescimento de cerca de 12% face ao período homólogo do ano

anterior, que se cifrava nos 834 quilómetros em exploração.

Quilómetros por Auto-estrada

Auto-estrada portagem Km com portagem Km sem Km totais

A1 – Auto-estrada do Norte

A2 – Auto-estrada do Sul

A3 – Auto-estrada Porto/Valença

A4 – Auto-estrada Porto/Amarante

A5 – Auto-estrada da Costa do Estoril

A6 – Auto-estrada Marateca/Caia

A9 – CREL

A10 – Auto-estrada Bucelas/Carregado/IC3

A12 – Auto-estrada Setúbal/Montijo

A13 – Auto-estrada Almeirim Marateca

A14 – Auto-estrada Figueira da Foz/Coimbra

Norte

277,6

163,1

101,2

48,3

17,0

138,8

0

*

24,2

29,5

22,4

17,4

9,0

8,4

3,0

8,1

19,1

34,4

*

0

0

12,0

295,0

172,1

109,6

51,3

25,1

157,9

34,4

*

24,2

29,5

34,4

TOTAL

822,1

114,4

933,5

(5)

5

Tráfego

No final do primeiro semestre registou-se um crescimento total da circulação na rede

Brisa de 3,42x10

9

veículos x quilómetros, o que representa um crescimento de cerca

de 5% face ao período homólogo do ano anterior, que foi de 3,27 x10

9

veículos x

quilómetros.

O crescimento da circulação reflecte a expansão da rede de auto-estradas Brisa

verificada no segundo semestre do ano passado (59 km), bem como os 33 novos

quilómetros abertos ao tráfego durante este ano - 30 quilómetros da A13 (Abril de

2002) e 3 quilómetros da A3 (Junho 2002).

No que diz respeito ao Tráfego Médio Diário (TMD), verificou-se um crescimento de

cerca de 2% na rede homóloga do ano anterior, tendo-se cifrado nos 26 mil veículos.

Tráfego Médio Diário

Auto-estrada TMD Variação

A1 – Auto-estrada do Norte

A2 – Auto-estrada do Sul *

A3 – Auto-estrada Porto-Valença

A4 – Auto-estrada Porto Amarante

A5 – Auto-estrada da Costa do Estoril

A6 – Auto-estrada Marateca-Elvas

A12 – Auto-estrada Setúbal-Montijo

A13 – Auto-estrada Marateca-Santarém

A14 – Auto-estrada Figueira da Foz – Coimbra Norte

36 952

21 694

17 333

32 065

78 408

5 559

25 523

1 304

2 491

1,5%

2,6%

2,4%

4,5%

-2,1%

3,5%

8,2%

-

-

Tráfego Médio Diário Equivalente - Rede Homóloga

Tráfego Médio Diário Equivalente – Rede Total

26 004

23 109

2,0%

-

* Se considerarmos a rede total e não a rede homóloga, o respectivo TMD é de 16 554

Por auto-estrada merece destaque o peso obtido pela A1 em termos de receitas, o

qual representa no fim do 1º semestre cerca de 54%. A sua importância na estrutura

de tráfego tem contudo vindo a atenuar-se, destacando-se a A2 cujo peso relativo se

tem vindo a reforçar, sendo já responsável por 12% das receitas totais.

(6)

6

54% 15% 9% 8% 6% 5% 3%0% A1 A2 A3 A4 A5 A6 A12 A14 60% 25% 2% 12% 1% CL 1 CL 2 CL 3 CL 4 ISENTOS e

Em termos de classes de veículos, a classe 1 lidera claramente, representando cerca

de 61% das receitas. Refira-se que no período homólogo do ano anterior a classe 1

representava cerca de 62% das receitas, o que traduz uma alteração gradual da

estrutura de classes.

(7)

7

Desenvolvimento da Rede

No final de Junho de 2002 a rede da Brisa era de cerca de 934 quilómetros, tendo

aberto ao tráfego os sublanços Santo Estevão / Pegões / Marateca da A13 (Abril),

com 30 quilómetros, e o sublanço Nó com a EN 14 / Nó com a EN 101, da A3 –

Circular Sul de Braga, (Junho), com 3 quilómetros.

Em 30 de Junho estavam 74,5 km em construção, 59 km em concurso, a maior parte

relativa à conclusão da A13 entre Almeirim e Santo Estevão, 11 km em fase de

projecto de execução e mais 24 km em estudo prévio.

No final do primeiro semestre de 2002 estavam em curso diversas obras de

construção, alargamento e ligação, dos quais se destaca a conclusão da A2 –

Auto-estrada do Sul, entretanto aberta ao tráfego no dia 25 de Julho, através da

construção dos sublanços Castro Verde/Almodôvar/S. Bartolomeu de Messines/VLA.

Destaque-se também, na A1 – Auto-estrada do Norte, as obras do Nó de Espinho, ou

seja, a ligação com o IC24, o alargamento de 2 para 4 faixas do sublanço

IC24/Carvalhos.

Durante o primeiro semestre de 2002 decorreram, também, obras de construção nos

sublanços Bucelas/Arruda dos Vinhos, da A10 – Auto-estrada Bucelas/Carregado/IC3,

e Ançã/Coimbra Norte, da A14 – Auto-estrada Figueira da Foz/Coimbra Norte,

respectivamente. Registe-se que este último sublanço, que conclui a A14, foi aberto

ao tráfego no final de Julho de 2002.

7%

5%

1%

85%

2%

Rede construída Em construção Em concurso Em proj. execução Em estudo prévio

Rede de auto-estradas em

operação

Estado da rede concessionada

A1 A5 A2 A6 A3 A4 A14 A12 A13

(8)

8

Investimentos

Foram investidos directamente cerca de 244 milhões de Euros em auto-estradas no

1º semestre de 2002, o que representa um crescimento superior a 33% face aos 183

milhões de Euros investidos no primeiro semestre do ano passado.

Investimento directo em auto-estrada

Milhões de Euros 1ºS 01 1ºS 02 Variação

Novos lanços

Projectos complementares

Grandes reparações

Outros

161,1

9,8

3,2

8,8

224,8

12,5

3,5

3,0

+ 40%

+ 28%

+ 11%

- 66%

Investimento directo

182,9

243,8

+ 33%

Sistemas de Pagamento

A penetração do sistema de cobrança electrónica

Via Verde

tem continuado a crescer

de uma forma significativa, atingindo nos primeiros seis meses de 2002 cerca de

57% do total de cobranças. O número total de clientes da Via Verde atingiu os 1,34

milhões de utilizadores, o representa mais de um terço do parque automóvel

português.

A estrutura correspondente à forma de pagamento durante o primeiro semestre de

2002 foi a seguinte:

Via Verde 57% Multibanco 18% Manual 25%

Estrutura de Pagamentos

(9)

9

Áreas de Serviço e Segurança

No primeiro semestre de 2002 estiveram em plena exploração 21 áreas de serviço,

as quais geraram proveitos na ordem dos 4 milhões de Euros, representando um

crescimento relativo ao ano anterior de 3,6%.

Foram assinados com duas empresas petrolíferas contratos para a construção,

equipamento e exploração das áreas de serviço de Aljustrel e Almodôvar,

respectivamente, com entrada em exploração no segundo semestre de 2002.

A segurança é uma área de actuação prioritária da Brisa, que tem continuamente

desenvolvido equipamentos e sinalização que proporcionem aos utentes das

auto-estradas viagens cada vez mais seguras. Nesta medida destaca-se a sinalização

de “

conserve a distância de segurança

” e

“circule pela direita”

, a protecção de

prumos com saia metálica continua, bandas e guias sonoras, atenuadores de

impacto nas divergências da auto-estrada, estações meteorológicas associadas a

painéis de mensagens variáveis, entre muitos outros.

Todos estes factores contribuíram para a descida registada da taxa de sinistralidade,

a qual no primeiro semestre de 2002 decresceu cerca de 20,2%, relativamente ao

período homólogo do ano anterior. Quanto ao número de acidentes registou-se uma

descida de 4,87%, a que correspondem cerca de 5,2 acidentes por 10

9

veículos x

(10)

10

T

ÍTULOS

B

RISA NA

B

OLSA DE

V

ALORES

No actual ambiente de incerteza nos mercados financeiros, os títulos da BRISA

cotados tiveram na BVLP um comportamento muito positivo contrariando as

tendências negativas dos mercados bolsistas Nesta medida, a acção Brisa

valorizou-se cerca de 20% desde o início do ano, enquanto os principais índices

bolsistas europeus registaram crescimentos negativos.

Registe-se que durante o primeiro semestre, o mercado português, através do PSI

20, registou perdas de 13%, enquanto o Euronext 100 e o Eurostoxx 50 registaram

ambos perdas de 14%.

O turnover médio diário da Brisa cifrou-se em 9,3 milhões de Euros, o que

representa um crescimento de cerca de 80% face ao período homólogo do ano

anterior.

0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1-Jan 5-Jan 9-Jan 13-Jan 17-Jan 21-Jan 25-Jan 29-Jan 2-Fev 6-Fev 10-Fev 14-Fev 18-Fev 22-Fev 26-Fev 2-Mar 6-Mar 10-Mar 14-Mar 18-Mar 22-Mar 26-Mar 30-Mar 3-Abr 7-Abr 11-Abr 15-Abr 19-Abr 23-Abr 27-Abr 1-Mai 5-Mai 9-Mai 13-Mai 17-Mai 21-Mai 25-Mai 29-Mai 2-Jun 6-Jun 10-Jun 14-Jun 18-Jun 22-Jun 26-Jun

Eurostoxx 50 PSI 20 Euronext 100 BRISA

(11)

11

A

NÁLISE

E

CONÓMICO

-F

INANCEIRA

Remete-se a consulta do capítulo 7 – Análise Económico Financeira (pág 15) do

Relatório e Contas do primeiro semestre de 2002 consolidado.

São Domingos de Rana, 12 de Setembro de 2002

O Conselho de Administração

Presidente: Dr. Vasco Maria Guimarãres José de Mello (CEO)

Vice-Presidente: Engº João Pedro Stilwell Rocha e Melo (CE)

Vogal: Dr. Daniel Pacheco Amaral (CE)

Vogal: Dr.João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho (CE)

Vogal: Prof. Engº João Afonso Ramalho Sopas Pereira Bento (CE)

Vogal: Prof. António José de Castro Guerra

(12)

12

D

EMONSTRAÇÕES

F

INANCEIRAS E ANEXOS

Contas Individuais

Balanço

Demonstração de resultados por naturezas

Demonstração de resultados por funções

Demonstrações dos fluxos de caixa

Anexo às demonstrações financeiras consolidadas

Relatório do Auditor Externo

(13)
(14)
(15)
(16)

2002 2001 Notas

Vendas e prestações de serviços 54 (a) 216 957 029 200 253 157 Custo das vendas e das prestações de serviços (62 281 508) (55 857 032)

Resultados brutos 154 675 521 144 396 125

Outros proveitos e ganhos operacionais 5 730 451 3 477 954 Custos de distribuição (15 909 388) (11 877 162) Custos administrativos 54 (c) (15 549 802) (11 121 079) Outros custos e perdas operacionais (2 680 110) (3 667 314) Resultados operacionais 126 266 672 121 208 524 Custo líquido de financiamento 54 (d) (14 952 930) (22 574 334) Ganhos (perdas) em filiais e associadas (13 696 405) (5 255 584) Ganhos (perdas) em outros investimentos 6 780 260 5 809 244 Resultados correntes 104 397 597 99 187 850 Imposto sobre os resultados correntes 6 e 48 50 323 849 ( 254 421) Resultado líquido do semestre 154 721 446 98 933 429

Resultado por acção 0,258 0,330

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 1351 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O anexo faz parte integrante da demonstração para o semestre findo em 30 de Junho de 2002.

BRISA - AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2002 E 2001

(17)

17

2002 2001 Notas ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de clientes 249 940 065 223 648 689 Pagamentos a fornecedores (39 057 088 ) (38 492 679 ) Pagamentos ao pessoal (20 345 322 ) (18 063 404 ) Fluxos gerados pelas operações 190 537 655 167 092 606

Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional 8 060 197 (15 595 827 ) Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 198 597 852 151 496 779

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 781 624 912 031 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias - ( 7 482 ) Fluxos das actividades operacionais (1) 199 379 476 152 401 328

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 19 266 457 765 Subsídios de investimento 5 695 704 12 830 067 Juros e proveitos similares 270 698 - Dividendos 10 5 912 556 6 162 979 11 898 224 19 450 811 Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas, incorpóreas e em curso (280 703 171 ) (302 054 701 ) Investimentos financeiros (35 723 257 ) (159 180 090 ) (316 426 428 ) (461 234 791 ) Fluxos das actividades de investimento (2) (304 528 204 ) (441 783 980 )

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 408 899 528 940 215 175 Venda de acções próprias 6 335 652 - 415 235 180 940 215 175 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos ( 362 011 008 ) (492 313 618 ) Juros e custos similares (15 510 341 ) (19 903 693 ) Dividendos (125 089 508 ) (116 102 124 ) Aquisição de acções próprias - (19 464 616 ) ( 502 610 857 ) (647 784 051 ) Fluxos das actividades de financiamento (3) (87 375 677 ) 292 431 124

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) ( 192 524 405 ) 3 048 472

Caixa e seus equivalentes no início do período 70 951 870 2 325 239 Caixa e seus equivalentes no fim do período 55 ( 121 572 535 ) 5 373 710

O anexo faz parte integrante da demonstração para o semestre findo em 30 de Junho de 2002.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 1351

BRISA - AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS SEMESTRES

FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2002 E 2001

(18)

18

BRISA - AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2002

(Montantes expressos em Euro)

NOTA INTRODUTÓRIA

A Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. (“Empresa” ou “Brisa”) foi constituída em 28 de Setembro de 1972 e tem como actividade principal a construção, conservação e exploração de auto-estradas e respectivas áreas de serviço, em regime de concessão, bem como o estudo e realização de infra-estruturas de equipamento social. A Empresa poderá também desenvolver outras actividades conexas com o seu objecto social, nomeadamente concorrer a novas concessões de construção, conservação e exploração, quer de vias quer de áreas de serviço, mediante autorização governamental.

Através do Decreto-Lei nº 467/72, de 22 de Novembro, foram definidas as bases de concessão à Brisa da construção, conservação e exploração de auto-estradas. Desde então as bases de concessão têm sido objecto de revisão periódica, com introdução de alterações que se projectam no clausulado do contrato de concessão. As últimas alterações tiveram como principal objectivo promover a sua adaptação às novas prioridades em matéria de execução das auto-estradas estabelecidas pelo Governo e, também, clarificar e estabilizar as relações da concessionária com o Estado.

O Decreto-Lei nº 294/97 de 24 de Outubro e o Decreto-Lei nº 287/99 de 28 de Julho, aprovaram as bases de concessão actualmente em vigor, das quais, pela sua importância e impacto na situação económica e financeira da Brisa, são de destacar:

- A extensão total da rede de auto-estradas concessionada foi fixada em 1 105,8 quilómetros, dos

quais 933,5 abertos ao tráfego, sendo que 111,4 quilómetros não se encontram sujeitos a portagens.

- O termo do prazo de concessão foi fixado em 31 de Dezembro de 2032 e os bens directamente

relacionados com a concessão, que se encontram identificados nas demonstrações financeiras como imobilizações corpóreas reversíveis, reverterão para o Estado no final do mesmo.

- As comparticipações financeiras do Estado para os investimentos realizados a partir de 1 de

Julho de 1997 são de 20% do custo de construção elegível (a anterior percentagem era, na generalidade, de 35%). Ao valor global das comparticipações financeiras devidas pelo Estado serão deduzidas as verbas recebidas de outras entidades, designadamente no quadro de financiamentos da União Europeia, que se destinem a comparticipar no investimento em imobilizações corpóreas reversíveis.

- Os montantes correspondentes às comparticipações financeiras devidas pelo Estado são

contabilizados numa conta-corrente exclusivamente afecta a esse efeito, procedendo-se à verificação e regularização do respectivo saldo com periodicidade semestral, devendo a Brisa apresentar, no prazo de 60 dias após cada semestre, à Direcção Geral do Tesouro, o saldo da conta-corrente, fundamentado em memória justificativa e confirmado por parecer do Conselho Fiscal, mediante parecer prévio favorável da Inspecção Geral de Finanças (Nota 49 (b)).

- No respeitante aos benefícios fiscais, as situações mais relevantes são como segue: ! Manutenção da isenção do imposto do selo e de derrama até 31 de Dezembro de 2005.

(19)

19

! No que diz respeito ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a actividade

da Brisa, no âmbito do contrato de concessão, deixou de estar isenta, passando a Empresa a poder deduzir à colecta, até à sua concorrência, uma importância correspondente a 50% dos investimentos em imobilizações corpóreas reversíveis, na parte não comparticipável pelo Estado, realizados pela Empresa entre 1995 e 2002, inclusivé. A dedução acima referida será efectuada nas liquidações respeitantes aos exercícios de 1997 a 2007 (Nota 6).

- O capital da Empresa terá de ser aumentado quando a relação entre o capital próprio, deduzidos os resultados do exercício a distribuir, e o passivo, deduzidos os proveitos diferidos, com base no último balanço anual aprovado seja inferior a 25%.

- Nos últimos cinco anos da concessão poderá o Estado, mediante determinadas condições, proceder ao seu resgate.

- A fiscalização da concessão é da competência do Ministério das Finanças, para as questões financeiras, e do ministério da tutela do sector rodoviário para as demais.

As demonstrações financeiras anexas referem-se à Empresa em termos individuais, tendo os investimentos financeiros sido registados pelo método de equivalência patrimonial (Nota 3 d)). A Empresa apresenta em separado demonstrações financeiras consolidadas nas quais estão incluídas as demonstrações financeiras das empresas em que participa.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. Aquelas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

2. CONTAS NÃO COMPARÁVEIS COM PERÍODOS ANTERIORES

Conforme referido na Nota 3 m), a Empresa aplicou a partir de 1 de Janeiro de 2002, o disposto da Directriz Contabilista 28 – Imposto sobre o rendimento, tendo sido registados os impostos diferidos resultantes de diferenças temporárias entre o resultado contabilístico e o fiscal. Como consequência, foram registados impostos diferidos activos de Euro 441 817 318 (Nota 50), tendo os resultados transitados em 30 de Junho de 2002 e o resultado do semestre findo naquela data sido aumentados em Euro 390 794 547 e Euro 51 022 771, respectivamente (Notas 6 e 40). Deste modo as demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de Junho de 2002 não são directamente comparáveis com os dos períodos anteriores.

(20)

20

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas, no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas, que compreendem essencialmente despesas com a constituição e organização da empresa, com aumentos de capital, com estudos e projectos de desenvolvimento, com propriedade industrial e outros direitos, encontram-se registadas ao custo de aquisição e são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas a partir do ano de entrada em funcionamento do bem, pelo método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas máximas aceites fiscalmente que se considera representarem a melhor estimativa de vida útil dos bens. As taxas de amortização praticadas correspondem às seguintes vidas úteis estimadas:

Anos de vida útil

Edifícios e outras construções 10 a 50

Equipamento básico 5 a 10

Equipamento de transporte 4 a 7

Ferramentas e utensílios 4

Equipamento administrativo 3 a 10

Outras imobilizações corpóreas 4

c) Imobilizações corpóreas reversíveis para o Estado

Em conformidade com o actual contrato de concessão, os bens directamente relacionados com a actividade concessionada revertem, sem qualquer compensação, para o Estado em 31 de Dezembro de 2032. Estes bens estão sujeitos ao regime de domínio público e estão afectos à actividade da Empresa que os pode administrar livremente, nesse âmbito, mas não dispor dos mesmos no que diz respeito ao comércio jurídico privado.

(21)

21

(i) As imobilizações corpóreas reversíveis foram originalmente contabilizadas pelo

respectivo valor histórico de aquisição ou de construção, incluindo os custos indirectos que lhes sejam atribuíveis durante o período de construção.

O valor histórico das infra-estruturas dos lanços e sublanços que se encontravam em exploração à data de 31 de Dezembro de 1988 foi reavaliado no exercício de 1989, ao abrigo do Despacho nº 158/90F-DE, de 15 de Fevereiro, do Secretário de Estado das Finanças (Nota 12).

(ii) Os critérios de inclusão dos custos indirectos no imobilizado corpóreo reversível, durante o período de construção, são os seguintes:

Custos de estrutura

Os custos de estrutura dos departamentos afectos à área de construção são adicionados ao custo dos lanços, sublanços e áreas de serviço em estudo e em construção, proporcionalmente ao valor do respectivo investimento directo realizado. Encargos financeiros

Os encargos financeiros, que correspondem essencialmente ao valor líquido dos custos e proveitos com juros e diferenças de câmbio, são calculados pela aplicação de uma taxa média do custo do financiamento, ao valor acumulado do investimento directo em lanços, sublanços e áreas de serviço que se encontram em estudo e em construção, adicionado dos respectivos custos de estrutura e encargos financeiros, deduzido dos montantes recebidos do Estado e dos fundos comunitários a fundo perdido.

Os custos de estrutura e os encargos financeiros calculados e incluídos conforme descrito acima no custo das imobilizações em curso, por contrapartida da rubrica de proveitos “Trabalhos para a própria empresa”, são transferidos para imobilizações corpóreas reversíveis quando os lanços, sublanços e áreas de serviço entram em exploração (Nota 53).

As amortizações das imobilizações corpóreas reversíveis são calculadas sobre o valor de aquisição, construção ou reavaliado, da seguinte forma:

Lanços e sublanços (excluindo a camada de desgaste dos pavimentos flexíveis), áreas de serviço e projectos complementares em exploração

Segundo o método das quotas constantes, com base no período a decorrer até ao final da concessão, a partir do mês de entrada em exploração. Para o efeito, o termo do período da concessão utilizado foi o seguinte, em função do período de realização do investimento:

Termo da concessão

Até 30 de Setembro de 1985 2002

Entre 1 de Outubro de 1985 e 31 de Agosto de 1991 2015

Entre 1 de Setembro de 1991 e 31 de Dezembro de 1995 2020

Entre 1 de Janeiro de 1996 e 30 de Setembro de 1997 2025

Entre 1 de Outubro de 1997 e 30 de Junho de 1999 2030

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Pavimentos flexíveis – camada de desgaste

Segundo o método das quotas constantes num período de oito anos (tempo médio de vida útil estimado para a camada de desgaste dos pavimentos flexíveis), a partir do ano de entrada em exploração dos respectivos lanços e sublanços, devendo, em qualquer circunstância, estarem completamente amortizados no final do período da concessão.

Reparações de lanços e sublanços

As grandes reparações e beneficiações, que consistem essencialmente na substituição da camada de desgaste, são amortizadas em quotas constantes durante um período de oito anos, devendo, em qualquer circunstância estarem completamente amortizadas no final do período da concessão.

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados como custos do exercício em que ocorrem.

Equipamento básico de exploração

Segundo o método das quotas constantes, com base na sua vida útil estimada, que corresponde à que resulta da aplicação das taxas máximas aceites fiscalmente, a partir do ano de entrada em funcionamento, devendo, em qualquer circunstância, estarem completamente amortizados no final do período da concessão.

As taxas de amortização praticadas correspondem às seguintes vidas úteis estimadas: Anos de vida útil Rede de comunicações 10 Equipamento de portagem 5 Equipamento complementar 4 a 20 d) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo encontram-se registados pelo método de equivalência patrimonial. Segundo este método, os investimentos financeiros são inicialmente registados ao custo de aquisição e este é comparado com o valor proporcional dos capitais próprios das empresas participadas. A diferença apurada é registada em imobilizações incorpóreas na rubrica de “Trespasses” e o valor de aquisição ajustado em conformidade. Periodicamente este valor é ajustado pela proporção dos resultados líquidos ou variações nas restantes rubricas de capital próprio das empresas participadas, como proveitos ou custos financeiros, ou como ajustamentos de partes de capital, respectivamente. Os resultados distribuídos pelas empresas participadas, a título de dividendos ou lucros, são deduzidos ao valor da participação financeira no momento da sua atribuição.

Os restantes investimentos financeiros encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual não é superior ao valor de realização.

e) Existências

As mercadorias encontram-se valorizadas ao custo de aquisição deduzido de uma provisão para a perda estimada na sua realização (Nota 34).

f) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

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riscos estimados pela não cobrança das contas a receber de clientes.

g) Saldos e transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira para os quais não há acordo de fixação de taxa de câmbio foram convertidos para Euro, utilizando-se as taxas de câmbio vigentes no final do período. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados.

h) Custos diferidos

Os custos diferidos compreendem principalmente, diferenciais de receitas garantidas e encargos financeiros dos empréstimos da cláusula 2ª do Acordo de Equilíbrio Financeiro: (i) Os diferenciais de receitas garantidas correspondem a valores que a Brisa tinha direito

a receber do Estado com base no contrato de concessão que vigorou até 1985, tendo os mesmos sido recebidos até Dezembro de 1989 sob a forma de adiantamentos sem juros (Nota 50 (a)), e que, segundo o contrato de concessão de 1985, seriam reembolsados se, e quando, existissem excedentes financeiros.

(ii) Os encargos financeiros dos empréstimos da cláusula 2ª do Acordo de Equilíbrio Financeiro, celebrado em 1985, correspondem a juros do período de 1986 a Agosto de 1991 relativos a empréstimos pagos pelo Estado por conta da Empresa (Nota 50 (b)). Até à entrada em vigor do contrato de concessão de 1991, os estudos então disponíveis evidenciavam que a Empresa não teria capacidade financeira para efectuar o reembolso dos diferenciais de receitas garantidas, pelo que não se procedeu à amortização do valor em causa. Contudo, o contrato de concessão de 1991 estabeleceu a incondicional obrigatoriedade do pagamento ao Estado dos diferenciais de receitas garantidas e dos encargos financeiros dos empréstimos da cláusula 2ª do Acordo de Equilíbrio Financeiro, pelo que, tendo em consideração que a Brisa aceitou pagar aqueles valores em face da obtenção de contrapartidas que permitissem a sua viabilização, os valores em causa passaram a ser transferidos para custos do exercício no horizonte da concessão, em montantes iguais a partir de Setembro de 1991, data da entrada em vigor daquele contrato de concessão.

i) Proveitos diferidos

Os proveitos diferidos compreendem principalmente:

(i) As comparticipações recebidas do Estado e da União Europeia para financiamento de imobilizações corpóreas reversíveis, que para o efeito são calculadas aplicando as percentagens definidas no contrato de concessão ao investimento comparticipável realizado, que são registadas em proveitos diferidos no ano em que a Empresa adquire o direito a receber aqueles valores e reconhecidas na demonstração de resultados de acordo com o critério aplicável às amortizações das imobilizações corpóreas reversíveis comparticipadas (Nota 50 (d)).

(ii) O valor das compensações obtidas do Estado em Dezembro de 1995, resultante da abolição de cobrança de portagens em alguns sublanços das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, nos termos do Decreto-Lei nº 330-A/95, de 16 de Dezembro, foi registado em proveitos diferidos, sendo reconhecido na demonstração de resultados em montantes iguais até 2025 (data do término da concessão à data em que a cobrança de portagens foi abolida) (Nota 50 (e)).

j) Pensões de reforma

Desde 1988 que está em vigor um plano complementar de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência para os empregados da Brisa, excepto administradores, de benefício definido. Para a cobertura destas responsabilidades, em 1988 foi constituído um fundo de

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pensões que é gerido autonomamente por uma sociedade gestora de fundos de pensões. A Empresa adopta como política contabilística para o registo das suas responsabilidades por pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência os critérios consagrados na Directriz Contabilística nº 19, emanada pela Comissão de Normalização Contabilística em 21 de Maio de 1997. Esta Directriz estabelece a obrigatoriedade das empresas com planos de pensões reconhecerem os custos com a atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo, no final de cada período contabilístico a Brisa obtém um estudo actuarial elaborado por uma entidade independente, no sentido de conhecer o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse exercício. As responsabilidades assim estimadas são comparadas com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças a registar no passivo. Os custos com pensões são registados na rubrica “Custos com o pessoal – Encargos sociais”, conforme previsto pela referida Directriz, com base nos valores determinados pelo estudo actuarial (Nota 31).

k) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de “Acréscimos e diferimentos” (Nota 50).

l) Instrumentos financeiros

Os instrumentos financeiros dizem respeito a operações de “swap” de taxa de juro e de taxa de câmbio em empréstimos bancários, para reduzir o risco de perdas pela variação nestas taxas.

As diferenças de câmbio apuradas à data das operações “swap”, entre o câmbio a que se encontravam convertidos os empréstimos e a taxa de câmbio contratada, são registadas na demonstração de resultados. Para os contratos de “swap” de taxa de juro, os encargos financeiros são calculados e contabilizados na demonstração de resultados com base nas taxas de juro previstas em cada contrato.

m) Impostos diferidos

A empresa passou a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2002 a Directriz Contabilistica nº 28 – Imposto Sobre o Rendimento, tendo sido registados os impostos diferidos resultantes quer de diferenças temporárias entre o resultado contabilístico e fiscal, quer de benefícios fiscais obtidos (Notas 6 e 50).

6. IMPOSTOS

Na sequência da publicação dos Decretos-Lei nº 287/99 e nº 294/97, de 28 de Julho e 24 de Outubro, respectivamente, verificou-se uma alteração dos benefícios de que a Empresa gozava, em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). A actividade da Brisa, enquadrável no âmbito do contrato de concessão, deixou de estar isenta de IRC, passando a Empresa a poder deduzir à colecta, até à sua concorrência, uma importância correspondente a 50% dos investimentos em imobilizações corpóreas reversíveis, na parte não comparticipável pelo Estado, realizados entre 1995 e 2000, inclusivé. Esta dedução pode ser efectuada nas liquidações respeitantes aos exercícios de 1997 a 2005. Nos termos do Decreto-Lei nº 287/99, de 28 de Julho, os investimentos que servem de base para o cálculo da dedução à colecta foram alargados aos realizados em 2001 e 2002, sendo apenas considerados, neste caso, os investimentos que foram objecto de alteração no programa de abertura de tráfego que consta da base VII anexa ao Decreto-Lei nº 287/99 de 28 de Julho. A dedução correspondente a estes investimentos apenas poderá ser efectuada na colecta de IRC respeitante a 2006 e 2007. Não foi ainda, no entanto, publicada a autorização legislativa que fundamenta a alteração referida.

Adicionalmente, a Empresa ficou isenta do Imposto do Selo e de Derrama até 31 de Dezembro de 2005, no respeitante à actividade desenvolvida no âmbito do contrato de

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25

concessão, nos termos do Decreto-Lei nº 271/99 de 16 de Julho.

Os valores resultantes da aplicação do método agora estabelecido, resumem-se como segue: ! Valor correspondente a 50% dos investimentos em

imobilizações corpóreas reversíveis, na parte não comparticipável pelo Estado, realizados pela Brisa:

- Entre 1995 e 31 de Dezembro de 2001 - No semestre findo em 30 de Junho de 2002

671 264 789 85 263 149 756 527 938 ! Montantes deduzidos à colecta de IRC respeitantes a:

- Exercícios de 1997 a 2001

- Semestre findo em 30 de Junho de 2002

(280 470 242) (34 240 378) (314 710 620) Saldo em 30 de Junho de 2002, a ser deduzido à colecta de

períodos contabilísticos futuros. 441 817 318

Apesar de não ter sido publicada a autorização legislativa, fundamentada no Decreto - Lei nº 287/99 de 28 de Julho, é convicção do Conselho de Administração que a mesma venha a ser efectuada em breve. Por esse facto a Empresa apurou os montantes a deduzir, de acordo com as condições do documento supra, relativamente aos investimentos realizados no semestre em 30 de Junho de 2002.

No respeitante à parte da actividade não isenta, a Empresa encontra-se sujeita a IRC à taxa normal de 30%, que pode ser incrementada pela Derrama até à taxa máxima de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada máxima de 33%.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos para os períodos tributáveis iniciados em 1 de Janeiro de 1998 e cinco para períodos anteriores (dez anos para a Segurança Social). As declarações fiscais da Empresa dos anos de 1997 a 2002 ainda poderão estar sujeitas a revisão, embora se considere que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2002.

A Empresa aplicou em 30 de Junho de 2002 a Directriz Contabilística nº 28 - Imposto sobre o Rendimento. Assim, será relevante referir que, decorrente do antes descrito enquadramento fiscal da Empresa, em 30 de Junho de 2002 encontram-se registados impostos diferidos activos no montante de Euro 441 817 318 (Nota 50), das quais Euro 390 794 547 originados em exercícios anteriores. Em resultado do disposto na referida Directriz, o registo dos impostos diferidos tem os seguintes impactos nas demonstrações financeiras:

Registo em resultados transitados do efeito

de exercícios anteriores (Nota 40) 390 794 547

Regularizações do imposto diferido activo correspondente

à dedução à colecta no semestre (34 240 378)

Imposto diferido activo correspondente ao beneficio

originado no semestre 85 263 149

Efeito total em resultados do semestre 51 022 771

Imposto diferido activo em 30 de Junho de 2002 (Nota 50) 441 817 318

O imposto sobre o rendimento do período corresponde ao seguinte:

Imposto diferido 51 022 771

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50 323 849

7. PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESA

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002, a Empresa teve ao seu serviço, em média, 2 356 empregados.

10. ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002, o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Saldo Equivalência Saldo inicial Aumentos patrimonial Transferências final Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas do grupo 11 321 268 7 100 000 ( 270 732) - 18 150 536 Partes de capital em outras empresas 249 802 437 - - ( 6 636 515) 243 165 922 Empréstimos a empresas do grupo 28 300 800 - - - 28 300 800

Títulos e outras aplicações financeiras 68 214 301 30 723 256 - - 98 937 557 357 638 806 37 823 256 ( 270 732) ( 6 636 515) 388 554 815

Activo bruto Activo bruto

Saldo Alienações Transfe- Saldo inicial Aumentos e abates rências final mobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 5 896 034 - ( 10) - 5 896 024 Propriedade industrial e outros direitos 10 392 - - - 10 392 5 906 426 - ( 10) - 5 906 416 mobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 111 483 - - - 111 483 Edifícios e outras construções 9 302 261 21 592 - - 9 323 853 Equipamento básico 4 566 264 353 749 ( 307 542) - 4 612 471 Equipamento de transporte 10 531 929 1 079 927 ( 463 689) - 11 148 167 Ferramentas e utensílios 161 710 179 ( 23 568) - 138 321 Equipamento administrativo 12 632 348 37 368 ( 323 840) - 12 345 876 Imobilizações em curso 80 306 - - - 80 306 Adiantamentos por conta de

imobilizações corpóreas - 83 434 - - 83 434 37 386 301 1 576 249 (1 118 639) - 37 843 911

mobilizações corpóreas reversíveis:

Lanços de auto-estradas (a) 3 055 968 963 7 072 944 - 119 504 547 3 182 546 454 Equipamento básico de exploração 43 966 311 1 757 262 - - 45 723 573 Áreas de serviço, monumentos e esculturas 10 321 146 - - 10 321 146 Imobilizações em curso (a) 404 200 666 255 254 966 - (119 504 547) 539 951 085 Adiantamentos por conta de

imobilizações corpóreas 998 80 275 - - 81 273 3 514 458 084 264 165 447 - - 3 778 623 531

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Imobilizações corpóreas reversíveis - lanços e sublanços de auto–estradas em exploração Os custos dos lanços e sublanços em exploração por, auto-estrada, em 30 de Junho de 2002, bem como as respectivas amortizações acumuladas, têm a seguinte composição:

Amortizações acumuladas

Saldo Alienações Saldo

inicial Reforço e abates final Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 4 124 139 605 077 - 4 729 216 Propriedade industrial e outros direitos 10 392 - - 10 392 4 134 531 605 077 - 4 739 608

Imobilizações corpóreas:

Edifícios e outras construções 1 587 862 135 319 - 1 723 181 Equipamento básico 3 333 183 146 750 ( 260 236) 3 219 697 Equipamento de transporte 7 264 123 877 828 ( 330 637) 7 811 314 Ferramentas e utensílios 151 871 1 791 ( 21 802) 131 860 Equipamento administrativo 9 947 537 622 184 ( 260 468) 10 309 253 22 284 576 1 783 872 ( 873 143) 23 195 305 Imobilizações corpóreas reversíveis:

Lanços de auto-estradas 760 363 620 41 623 780 - 801 987 400 Equipamento básico de exploração 32 136 405 1 814 435 - 33 950 840 Áreas de serviço, monumentos e esculturas 1 594 433 140 753 - 1 735 186 794 094 458 43 578 968 - 837 673 426

A3 A4 A5 A6 A12 A13 A14

A1 A2 Porto/ Porto/ Costa do Marateca/ A9 Setúbal/ Almeirim/ Fig. Foz/ Total Norte Sul Valença Amarante Estoril Caia CREL Montijo Marateca Coimbra 2002 Valor bruto Estudos 11 567 386 11 234 241 11 969 653 4 413 269 3 250 845 7 032 002 5 533 847 1 373 752 1 884 860 1 780 461 60 040 316 Aquisição de terrenos 30 049 227 13 126 073 66 123 832 35 987 421 33 669 578 12 456 092 29 287 827 10 840 667 4 167 348 6 317 910 242 025 975 Obras 512 987 969 418 804 732 421 082 776 180 156 402 132 344 471 274 784 902 199 269 130 66 813 631 75 875 907 58 103 925 2 340 223 845 Outros custos 1 068 798 160 637 298 264 261 283 560 627 64 371 127 302 18 749 11 677 64 967 2 636 675 555 673 380 443 325 683 499 474 525 220 818 375 169 825 521 294 337 367 234 218 106 79 046 799 81 939 792 66 267 263 2 644 926 811 Custos de estrutura 27 133 819 16 627 363 20 169 805 8 281 005 7 176 689 11 963 006 7 709 880 2 552 589 3 175 109 4 652 246 109 441 511 Encargos financeiros (Nota 11 e 14) 67 214 330 20 002 258 27 283 597 11 537 208 7 945 772 16 047 218 19 204 034 4 258 747 1 773 306 2 416 082 177 682 552 Custo histórico bruto 650 021 529 479 955 304 546 927 927 240 636 588 184 947 982 322 347 591 261 132 020 85 858 135 86 888 207 73 335 591 2 932 050 874 Reavaliação 190 812 834 34 173 420 - - - 15 172 103 - - 240 158 357 - Expropriações (Nota 52 (a)) - - - 10 337 223 Custo bruto reavaliado 840 834 363 514 128 724 546 927 927 240 636 588 184 947 982 322 347 591 261 132 020 101 030 238 86 888 207 73 335 591 3 182 546 454

Amortização acumulada

Depreciação histórica 248 979 252 66 129 793 102 717 884 65 784 100 58 203 156 49 383 254 51 661 403 15 384 349 882 460 2 784 081 661 909 732 Reavaliação 109 274 889 21 546 240 - - - 9 256 539 - - 140 077 668 Amortização acumulada reavaliada 358 254 141 87 676 033 102 717 884 65 784 100 58 203 156 49 383 254 51 661 403 24 640 888 882 460 2 784 081 801 987 400 Valores contabilisticos líquidos reavaliados 482 580 222 426 452 691 444 210 043 174 852 488 126 744 826 272 964 337 209 470 617 76 389 350 86 005 747 70 551 510 2 380 559 054

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O investimento verificado em imobilizações corpóreas reversíveis no semestre findo em 30 de Junho de 2002, resultou de:

Investimento directo: Obras Aquisição de terrenos Outros 231 480 491 8 242 859 7 296 153 247 019 503

Investimento indirecto (Nota 53) 17 145 944

264 165 447

Imobilizações corpóreas reversíveis em curso

O movimento ocorrido em imobilizações corpóreas reversíveis em curso no semestre findo em 30 de Junho de 2002, foi como segue:

Saldo Saldo

inicial Adições Transferências final

Lanços de auto-estradas:

Infraestruturas 334 349 564 222 566 589 ( 111 598 505) 445 317 648

Custos de estrutura 11 419 422 6 017 999 ( 4 885 971) 12 551 450

Encargos financeiros (Nota 11) 7 520 347 8 834 309 ( 3 020 071) 13 334 585

353 289 333 237 418 897 ( 119 504 547) 471 203 683

Projectos complementares:

Infraestruturas 41 951 091 12 047 590 - 53 998 681

Custos de estrutura 2 570 399 894 302 - 3 464 701

Encargos financeiros (Nota 11) 2 359 875 1 399 054 - 3 758 929

46 881 365 14 340 946 - 61 222 311

Grandes reparações 4 018 339 3 494 844 - 7 513 183

Áreas de serviço:

Infraestruturas 8 850 - - 8 850

Custos de estrutura 1 596 - - 1 596

Encargos financeiros (Nota 11) 1 183 279 - 1 462

11 629 279 - 11 908

(29)

29

Os lanços e sublanços em curso em relação aos quais já se incorreram em despesas com estudos e/ou construção, são os seguintes:

(a) As transferências ocorridas nas imobilizações corpóreas reversíveis durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002, no montante de Euro 119 504 547, resultam da entrada em funcionamento dos sublanços Santo Estevão/Pegões/Marateca da A13, Almeirim/Marateca e Braga (Sul)/Circular Sul de Braga da A3 Porto/Valença.

Os aumentos ocorridos durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002 nas rubricas de investimentos financeiros, foram como segue:

Partes de capital em outras empresas

O montante de Euro 6 636 515 incluído na coluna de transferências de “ Partes de capital em outras empresas” corresponde à participação na Schemaventotto, S.A., cuja titularidade foi transferida para a Brisa Internacional, SGPS, S.A. (“Brisa Internacional”), no âmbito do aumento de capital desta ultima realizado em espécie pela Empresa. Esta transferência foi registada como redução da provisão correspondente à participação da Empresa nos capitais próprios negativos da Brisa Internacional (Nota 34).

Títulos e outras aplicações financeiras

O aumento de Euro 30 723 256 registado na rubrica de “Títulos e outras aplicações financeiras”, corresponde ao valor da “Promissory Note” adquirida em 28 de Março de 2002, ao Banco Citibank, S.A. (Brasil), a qual deverá ser reembolsada em 19 de Junho de 2006 e vence juros à taxa Euribor a seis meses, pagos semestralmente. Esta operação teve como objectivo permitir a concessão de um empréstimo de montante idêntico, por parte da mesma instituição bancária, a uma empresa participada da Brisa (Brisa, Participações e Empreendimentos, Ltda.).

Extensão Data de início

Projectos (Kms) de construção Até 2001 2002 Total

A2 - Sul

Castro Verde/VLA 61,7 2º semestre de 1999 223 259 058 161 394 961 384 654 019 A10 - Bucelas/Carregado (IC3)

Bucelas/IC3 33,6 1º semestre de 2002 8 378 838 13 908 404 22 287 242 A13 - Almeirim/Marateca

Almeirim/Stº Estevão 61,5 - 803 983 830 967 1 634 950 A14 - Figueira da Foz/Coimbra

Ancã/Coimbra 3,1 2º semestre de 2000 23 282 782 13 306 798 36 589 580 A6 - Marateca/Caia

Elvas/Caia (Rede de Comunicações) - 1º semestre de 2001 151 857 - 151 857 159,9 255 876 518 189 441 130 445 317 648

Investimento directo já incorrido

Partes de capital em empresas do grupo Aumentos de capital:

Brisa Finance, BV (“Brisa Finance”) 4 100 0

Constituição:

Brisa - Serviços de Apoio à Gestão de Empresas, S.A. (“Brisa Sage”) 1 000 0

Brisa - Conservação de Infraestruturas, S.A.(“BCI”) 1 000 0

Brisa - Engenharia e Gestão, S.A. ( BEG ) 1 000 0

(30)

30

A aplicação do método de equivalência patrimonial aos investimentos financeiros em empresas do grupo, em 30 de Junho de 2002, tem o seguinte impacto:

No semestre findo em 30 de Junho de 2002, a Brisa Internacional registou uma reserva de conversão cambial no montante de Euro 2 150 711, em resultado da conversão para Euro das demonstrações financeiras da Brisa Participações e Empreendimentos, Ltda. (“Brisa Participações”) originalmente expressas em Reais Brasileiros. A aplicação do método da equivalência patrimonial à participação financeira na Brisa Internacional conduziu, adicionalmente, ao registo na rubrica “Ajustamentos de partes de capital” (Nota 40) de um montante equivalente. Este montante, bem como o valor correspondente à participação no resultado líquido negativo do semestre da Brisa Internacional foi registado em contrapartida da rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” (Nota 34).

11. CUSTOS FINANCEIROS CAPITALIZADOS

No decurso do semestre findo em 30 de Junho de 2002, a Empresa incluiu na rubrica de “Imobilizações corpóreas reversíveis em curso” o montante de Euro 10 233 642 (Notas 14, 45 e 53), relativo a encargos financeiros de empréstimos que financiam imobilizado corpóreo reversível, durante o seu período de construção.

Nesse período, a taxa de juro média anual utilizada no cálculo desses encargos financeiros foi de 4,5%.

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS (LEGISLAÇÃO)

O activo imobilizado corpóreo reversível que se encontrava em exploração em 31 de Dezembro de 1988, que correspondia às auto-estradas do Norte (A1), do Sul (A2) e Setúbal/Montijo (A12), foi reavaliado ao abrigo do Despacho nº 158/90F-DE de 15 de Fevereiro, do Secretário de Estado das Finanças. A reavaliação foi efectuada no exercício de 1989 e reportou-se a 31 de Dezembro de 1988, tendo sido utilizados os coeficientes de desvalorização da moeda publicados pela Portaria nº 237/89, de 30 de Março (Nota 13).

Ganhos em Perdas em Ajustamentos de empresas do empresas do partes de capital

Denominação grupo (Nota 45) grupo (Nota 45) (Nota 40) Total Brisa - Serviços Viários, S.A.

("Brisa Serviços") - ( 545 151) 205 061 ( 340 090) Brisa Internacional - ( 13 220 611) ( 2 150 711) ( 15 371 322)

Brisa Finance - ( 24 120) - ( 24 120)

Brisa Sage 333 721 - - 333 721

Brisa Conservação de Infraestruturas - ( 38 588) - ( 38 588) Brisa Engenharia e Gestão - ( 201 655) - ( 201 655) 333 721 ( 14 030 125) ( 1 945 650) ( 15 642 054)

(31)

31

13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos das imobilizações corpóreas e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações em 30 de Junho de 2002, é o seguinte:

Face ao actual regime fiscal da Brisa (Nota 6), as amortizações correspondentes à reavaliação efectuada são integralmente aceites como custo fiscal.

14. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E EM CURSO (INFORMAÇÃO ADICIONAL)

As imobilizações corpóreas reversíveis para o Estado no fim da concessão, afectas a cada uma das actividades da Empresa, são como segue em 30 de Junho de 2002 (valores brutos) :

Construção, conservação e exploração de auto-estradas 3 768 478 424

Construção, conservação e exploração de áreas de serviço 10 145 107

3 778 623 531 Os encargos financeiros incluídos em imobilizações corpóreas reversíveis (Nota 3 c) (ii)), são como segue:

Saldo inicial 184 806 442

Aumentos do período (Nota 11) 10 233 642

Saldo final 195 040 084

Do saldo final indicado, o valor de Euro 177 682 552 refere-se a sublanços em exploração (Nota 10), Euro 262 556 refere-se às áreas de serviço em exploração e Euro 17 094 976 refere-se a imobilizações em curso (Nota 10).

Valores

Custos contabilísticos

históricos Reavaliações líquidos

líquidos líquidas reavaliados

Imobilizações corpóreas reversíveis:

Auto-estrada do Norte (A1) 401 042 277 81 537 945 482 580 222

Auto-estrada do Sul (A2) 413 825 511 12 627 180 426 452 691

Auto-estrada Setúbal/Montijo (A12) 70 473 786 5 915 564 76 389 350

(32)

32

16. EMPRESAS DO GRUPO

Em 30 de Junho de 2002, as empresas do grupo, bem como a principal informação financeira respeitante às mesmas, era como segue:

Os capitais próprios da Brisa Internacional incluem um montante de Euro 27 950 800, relativo a prestações acessórias de capital, as quais se encontram registadas no balanço da Empresa como “Empréstimos a empresas do grupo”.

Adicionalmente, conforme referido na Nota 10, a Empresa possui os seguintes investimentos financeiros:

Partes de capital em outras empresas:

EDP (a) 182 397 848

ONI 60 758 093

Outras 9 981

243 165 922 Empréstimos a empresas do grupo:

Brisa Internacional 27 950 800

Brisa Access 350 000

28 300 800 Títulos e outras aplicações financeiras:

Notas promissórias adquiridas em 2001 (b) 68 214 301

Nota promissória adquirida em 2002 (Nota 10) 30 723 256

98 937 557 (a) A participação na EDP corresponde a 60 002 297 acções nominativas, representativas de

aproximadamente 2% do respectivo capital. A aquisição destas acções em exercícios anteriores enquadra-se num quadro de parcerias futuras, tendo por esse motivo um interesse estratégico. De acordo com a respectiva cotação em 30 de Junho de 2002, o valor de mercado destes títulos ascendia a, aproximadamente, Euro 117 604 502.

(b) Este montante corresponde a duas “Promissory Note” nos montantes de Euro 61 231 110 e Euro 6 983 171 adquiridas em 20 de Junho de 2001 e 30 de Julho de 2001, respectivamente, ao Banco Citibank S.A. (Brasil), as quais deverão ser reembolsadas em 19 de Junho de 2006, acrescidas de juros calculados a taxas anuais de 5,81% e 5,63%, respectivamente. Esta operação teve como objectivo a garantia de um empréstimo de montante idêntico, por parte de uma instituição bancária a uma empresa participada da Brisa (Brisa Participações)

Percentagem Resultado

directa de Capitais Proveitos líquido do Valor de Denominação Sede participação próprios totais semestre balanço

Brisa Serviços Quinta da Torre da Aguilha 100% 10 958 658 1 849 819 ( 545 151) 10 958 658 S. Domingos de Rana

Brisa Internacional Quinta da Torre da Aguilha 100% 9 994 397 1 289 922 ( 12 534 394) -S. Domingos de Rana

Brisa Finance Amsterdam 100% 4 098 400 15 095 644 30 574 4 098 400 Holanda

Sage Quinta da Torre da Aguilha 100% 1 333 721 1 641 462 333 721 1 333 721 S. Domingos de Rana

BCI Quinta da Torre da Aguilha 100% 961 412 1 171 ( 38 588) 961 412 S. Domingos de Rana

BEG Quinta da Torre da Aguilha 100% 798 345 456 ( 201 655) 798 345 S. Domingos de Rana

(33)

33

Os saldos em 30 de Junho de 2002 com empresas do grupo, são como segue:

Adicionalmente, as transações efectuadas com empresas do grupo no semestre findo em 30 de Junho de 2002, foram com segue:

23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 30 de Junho de 2002, existiam dívidas de clientes classificadas como de cobrança duvidosa no montante de Euro 11 476 733, as quais se encontravam provisionadas pelo valor das perdas estimadas pela sua não cobrança, no montante de Euro 11 377 938 (Nota 34).

25. DÍVIDAS DO PESSOAL

Em 30 de Junho de 2002, a Empresa tinha as seguintes dívidas activas e passivas com empregados:

Saldos devedores (Nota 49) 1 822 619

Saldos credores (Nota 52) 809 325

Outros Acréscimos Outros

Adiantamentos devedores diferimentos credores Fornecedores, Fornecedores a fornecedores (Nota 49) activos (Nota 52) conta corrente de imobilizado Brisa Serviços - 4 773 967 21 149 - - -

Brisa Internacional - 42 056 715 540 - - -

Via Verde Portugal - 2 168 856 - - 313 713 -

Brisa Sage - 177 627 - 700 000 1 085 641 - Brisa Access - 7 607 17 549 - - - BAR - 125 801 - - 1 763 453 - BER 438 916 1 664 277 - - 991 079 734 021 BCI - 42 552 - 700 000 - - BEG - 129 082 - 700 000 - - Brisa Finance - 612 565 - - - - Controlauto - 23 868 - - 3 797 - 438 916 9 768 258 754 238 2 100 000 4 157 683 734 021 Fornecimentos

Custos das e serviços Custos Prestações Proveitos Proveitos vendas externos financeiros Vendas de serviços suplementares financeiros Brisa Serviços - - - - 42 203 3 117 12 038 Brisa Internacional - - - 14 - Via Verde Portugal - 5 220 921 - - - 320 476 - Brisa Sage - 1 380 039 - - - 38 - Brisa Access - - - 9 148 BAR 25 999 2 181 808 - 31 410 - 8 412 - BER 2 773 775 1 139 906 - 2 818 519 - 4 274 - BCI - - - - - 58 - Brisa Finance - - 14 810 644 - - - 14 810 644 Controlauto - - - - - 3.292 - BPE - - 2 245 425 - - - 2 245 425 2 799 774 9 922 674 17 056 069 2 849 929 42 203 339 681 17 077 255

(34)

34

29. DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE CINCO ANOS

Em 30 de Junho de 2002 existiam dívidas a terceiros com vencimento a mais de cinco anos no montante de Euro 539 904 648 (Nota 51).

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Pensões de reforma

Está em vigor um plano complementar de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência, através do qual os empregados, que atinjam a idade de reforma ao serviço da Empresa e que tenham pelo menos dez anos de antiguidade, bem como aqueles que com pelo menos cinco anos de antiguidade fiquem na situação de invalidez, têm direito a uma pensão de reforma complementar à pensão garantida pela Segurança Social.

O benefício definido no plano de pensões corresponde a 7% da remuneração ilíquida à data da reforma acrescido de 0,5% por cada ano de trabalho após o décimo ano. Também de acordo com o plano em vigor, o complemento da pensão de reforma não poderá exceder em 17% o valor da remuneração ilíquida à data de reforma e o somatório desta pensão com a atribuída pela Segurança Social também não poderá ultrapassar essa remuneração ilíquida. Este plano confere ainda, em determinadas condições, em caso de morte do beneficiário, o direito a uma pensão complementar de sobrevivência ao cônjuge sobrevivo, aos filhos ou aos equiparados, que corresponderá a 50% da pensão complementar de reforma que o beneficiário estiver a receber.

As responsabilidades decorrentes do esquema supra referido foram transferidas para um fundo de pensões autónomo e são apuradas semestralmente com base em estudos actuariais, elaborados por peritos independentes, sendo o último disponível reportado a 30 de Junho de 2002.

Os estudos actuariais reportados a 30 de Junho de 2002 e 2001, utilizaram a metodologia denominada por “Projected Unit Credit” e assentaram nos seguintes pressupostos e bases técnicas actuariais:

2001 2000

Taxa técnica actuarial 4,5% 4,5%

Taxa anual de rendimento do fundo 6,0% 6,0%

Taxa anual de crescimento salarial 3,0% 3,0%

Taxa anual de crescimento de pensões 0% 0%

Adicionalmente, os pressupostos demográficos considerados em 30 de Junho de 2002 e 2001 foram os seguintes:

. Tábuas de mortalidade – TV 73/77

(35)

35

De acordo com os referidos estudos actuariais, o custo com complementos de pensão de reforma dos semestres findos em 30 de Junho de 2002 e 2001, é como segue:

A responsabilidade pelo pagamento dos benefícios sociais antes referidos foi transferida para um fundo de pensões autónomo, para onde a Empresa faz contribuições regulares, tendentes a cobrir essa responsabilidade. Ainda assim, em 30 de Junho de 2002 e 2001 existiam responsabilidades não financiadas com a seguinte composição:

2002 2001

Valor actual das responsabilidades projectadas 11 046 072 9 806 866

Valor de mercado dos fundos (9 753 339) (8 732 071)

Responsabilidades não financiadas 1 292 733 1 074 795

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002, a Empresa transferiu para o fundo de Pensões o montante de Euro 1 547 879, para cobrir as responsabilidades não financiadas à data de 31 de Dezembro de 2001, apuradas pelos estudos actuariais reportados à mesma data. As responsabilidades não financiadas estão registadas como uma conta a pagar ao fundo (Nota 52).

Os administradores e directores têm o benefício de um complemento de pensão de reforma de contribuição definida, tendo a Empresa assumido o compromisso de entregar a uma companhia de seguros 10% da respectiva remuneração base anual. O valor dos prémios registados em custos no semestre findo em 30 de Junho de 2002, foi de Euro 134 676.

Plano de incentivos

Na Assembleia Geral de 30 de Março de 1999 foi deliberado estabelecer um plano de incentivos à gestão que veio a ser aprovado em reunião do Conselho de Administração de 27 de Abril de 1999. Este plano consiste na atribuição de opções de compra de acções da Empresa, sendo que o Conselho de Administração seleccionará, de entre directores e administradores, aqueles a quem atribuirá a qualidade de participante, bem como o número de opções a conferir a cada um. De acordo com este plano, iniciado em 17 de Agosto de 1999 e com duração de cinco anos, as opções atribuídas podem ser exercidas a partir do terceiro ano.

Em Assembleia Geral realizada em 19 de Março de 2001 foi deliberado alterar o plano de incentivos à gestão actualmente em vigor, alargando o número de beneficiários e estendendo o respectivo beneficio temporalmente, tendo sido aprovado em reunião de Conselho de Administração de 5 de Fevereiro de 2002. De acordo com a nova versão do plano (Versão II), iniciado em 19 de Abril de 2001, este irá vigorar por um período indeterminado de tempo, competindo ao Conselho de Administração: (i) definir os critérios de atribuição da qualidade dos participantes; (ii) fixar o numero de opções atribuíveis a cada participante; e (iii) estabelecer os requisitos para o exercício das opções, incluindo o preço de aquisição, forma e prazo de pagamento, prazos e condições da transmissão e depósito das acções. Adicionalmente, em alternativa à aquisição das acções poderá ser formalmente acordado entre os participantes e o Conselho de Administração a atribuição de uma determinada quantia correspondente à diferença entre o preço de aquisição das acções e o preço de venda na Bolsa. O plano estabelece ainda que a Empresa deverá manter em carteira o número de acções necessárias à plena satisfação das opções que em cada momento se encontrem atribuídas. Visando fazer face aos compromissos assumidos a Empresa adquiriu, em exercícios anteriores, acções próprias correspondentes a 0,9% do seu capital (Nota 40).

2002 2001

Custo com serviços correntes 378 927 351 041

Custo do financiamento do semestre 317 892 279 193

Ganhos e perdas actuariais 151 959 240 262

Rendimento do fundo 434 955 204 299

(36)

36

32. GARANTIAS PRESTADAS

Em 30 de Junho de 2002, as garantias bancárias prestadas a terceiros, eram como segue:

Garantias bancárias a favor de tribunais (a) 8 927 101

Outras garantias prestadas a terceiros (b) 37 683 849

46 610 950

(a) Este montante é referente a garantias bancárias prestadas pela Empresa a diversos tribunais no âmbito de processos de expropriação de imóveis.

(b) Neste montante está incluída a garantia bancária prestada pela Empresa ao IEP – Instituto das Estradas de Portugal, ao abrigo da Base XX do Contrato de Concessão, no montante de Euro 31 465 520.

34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002, realizaram-se os seguintes movimentos nos saldos das rubricas de provisões:

A provisão para riscos e encargos engloba as provisões constituídas pela Empresa relativas: (i) processos judiciais em curso; e (ii) a participação da Empresa nos capitais próprios negativos das empresas do grupo.

(a) A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazer face a responsabilidades,

estimadas com base em informações dos advogados, decorrentes de processos intentados contra a Empresa por acidentes de viação, prejuízos causados pela construção de auto-estradas e de processos laborais. O valor das indemnizações reclamadas à Empresa, em 30 de Junho de 2002, ascendia a, aproximadamente, Euro 19 242 000, e a respectiva provisão para processos judiciais em curso a essa data corresponde à melhor estimativa do Conselho de Administração, estimado com base nas informações dos advogados sobre responsabilidades emergentes de negociações ou decisões judiciais em curso.

O reforço da provisão para riscos e encargos verificado no semestre findo em 30 de Junho de 2002, no montante de Euro 15 371 322, corresponde à participação da Empresa nos capitais próprios negativos da Brisa Internacional, em 30 de Junho de 2002.

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

O capital da Empresa em 30 de Junho de 2002 encontra-se totalmente subscrito e realizado e está representado por 600 000 000 acções de 1 Euro cada.

Saldo Saldo

inicial Aumentos Reduções final

Provisões para depreciação

de existências - 802 613 - 802 613

Provisões para dívidas de cobrança

duvidosas (Nota 23) 9 500 000 1 877 938 - 11 377 938

Provisões para riscos e encargos:

Processos judiciais em curso (a) 8 432 000 832 863 - 9 264 863

Empresas participadas (Notas 10 e 45) 9 221 596 15 371 322 ( 6 636 515) 17 956 403

17 653 596 16 204 185 ( 6 636 515) 27 221 266

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